Síndrome do "não agüento mais" - Síndrome de Burnout A Síndrome de Burnout aparece como uma conseqüência de prolongado período de estresse no trabalho. Seus principais sintomas são de exaustão emocional, evitação das relações interpessoais, diminuição do sentimento de realização profissional, baixa tolerância ou nenhuma paciência, falta de cordialidade, enfim, todo quadro que poderíamos chamar "de saco cheio" ou "não agüento mais". A prevalência da Síndrome de Burnout ainda é incerta, embora os dados sugiram que acomete um número muito expressivo de pessoas. Com muita freqüência este quadro está associado a outros transtornos emocionais, geralmente com a depressão e/ou ansiedade. Esse transtorno tem importância na medida em que afeta a vida pessoal, seja através das repercussões físicas desse estresse psíquico, seja no comprometimento profissional quanto a eficiência e desempenho, seja social na desarmonia dos relacionamentos interpessoais. Refletindo mais realisticamente sobre alguns preceitos culturais que envolvem o trabalho, tais como "o trabalho enobrece... etc.", Dejours (1992) já afirmava que nem sempre o trabalho possibilita a realização profissional . Algumas vezes o trabalho pode causar desde insatisfação ou frustração, até a exaustão emocional. Freudenberg foi um dos primeiros a descrever essa síndrome em 1974, inicialmente constatando-a apenas em funcionários das equipes de saúde mental . Observava que com o tempo alguns desses funcionários apresentavam uma síndrome composta por exaustão emocional e adaptativa, desilusão ou frustração e vontade de isolamento social. Posteriormente o quadro foi observado também em funcionários dos serviços de saúde em geral e, mais tarde ainda em funcionários que lidam com o público. No Brasil, segundo o decreto 3.048 de 6 de maio de 1999, que fala sobre agentes patogênicos causadores de doenças ocupacionais, a Síndrome de Burnout está classificada junto aos Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho, manifestando-se com a sensação de estar acabado. Neste caso a Síndrome de Burnout aparece como sinônimo de Síndrome de Esgotamento Profissional. Veja Síndrome de Burnout em PsiqWeb. Depressão atrapalha sobrevivência após câncer, diz estudo Para cientistas, depressão afetaria sistema imunológico atrapalhando as chances de sobrevivência de pacientes com câncer, segundo estudo realizado no Canadá que reuniu e revisou 26 pesquisas separadas que envolveram mais de 9,4 mil pacientes. Os cientistas da Universidade de British Columbia descobriram que o número de mortes é 25% maior nos pacientes que mostravam sintomas de depressão. Para os pesquisadores, a descoberta enfatiza a necessidade de se examinar com cuidado os pacientes de câncer para avaliar se não há sinais de problemas psicológicos. Segundo os cientistas, no entanto, ainda é necessário realizar novas pesquisas antes de se chegar a uma conclusão definitiva, já que é difícil descartar outros fatores que podem influenciar no quadro clínico de um paciente com câncer. Os pesquisadores também reforçam que, apesar da depressão atrapalhar as chances de sobrevivência de pacientes com câncer, em geral, o risco de morte por causa da depressão durante um câncer é pequeno, e que os pacientes não devem se sentir obrigados a manter uma atitude positiva para combater a doença. Pesquisas anteriores já haviam sugerido que a depressão tem um grande impacto na mortalidade de vítimas de problemas cardíacos. Este estudo atual mostrou ainda que o stress pode ter um impacto sobre o câncer, afetando o crescimento de tumores e o espalhamento da doença para outras partes do organismo. Para os especialistas, os problemas emocionais podem atingir os hormônios ou o sistema imunológico, ou ainda fazer com que os pacientes acabem adotando um estilo de vida que não condiz com seu tratamento. Fonte: BBC News Veja em PsiqWeb Câncer e Emoção Delinqüência está na moda Virou moda a cada telenovela assistirmos as peripécias dos personagens do mal, modernamente intitulados de sociopatas, ou psicopatas. E, curioso, as novelas estão certas. Sociopatia existe de verdade e popde ter seu início na infância. Napsiquiatria da infância e da adolescência um dos quadros mais problemáticos tem sido o chamado Transtorno de Conduta, anteriormente (e apropriadamente) chamado de Delinqüência, o qual se caracteriza por um padrão repetitivo e persistente de conduta antisocial, agressiva ou desafiadora (segundo a CID10). Sem dúvida, trata-se de um sério problema comportamental, entretanto, muitos são os autores que se recusam a situá-lo como uma doença, alguma patologia capaz de isentar seu portador da responsabilidade civil por seus atos. Pode soar estranho a alguns psiquiatras a necessidade de se considerar "doença" um quadro onde o único sintoma é uma inclinação voraz ao delito. No mínimo, seria de bom senso ter em mente que, "para problemas médicos aplicam-se soluções médicas e para problemas éticos... devem ser aplicadas soluções éticas". Para ser considerado Transtorno de Conduta, esse tipo de comportamento problemático deve alcançar violações importantes, além das expectativas apropriadas à idade da pessoa e, portanto, de natureza mais grave que as travessuras ou a rebeldia normal de um adolescente, ainda que extremamente enfadonhos. Este tipo de comportamento delinqüencial parece preocupar muito mais os outros do que a própria criança ou adolescente que sofre da perturbação (veja mais em Transtorno de Conduta em PsiqWeb). A Raiva é um sentimento negativo que se nutre das diferenças entre o outro e eu; quanto mais o outro contraria nosso modo de ser, maior probabilidade de raiva. A Raiva sempre produz sofrimento emocional e, sobretudo, físico. Este último nem sempre é percebidos na hora. O sofrimento e a Raiva são tão próximos e íntimos que cada um acaba se tornando a causa do outro. (veja sobre a Raiva em PsiqWeb)