doença pulmonar obstrutiva crônica

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Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade física adaptada e saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
O que é?
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade
para a respiração. A maioria das pessoas com esta doença apresentam tanto as características da
bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos a doença de DPOC.
Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a todas as doenças
pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma
brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente
dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.
A bronquite crônica está presente quando uma pessoa tem tosse produtiva (com catarro) na maioria
dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos consecutivos. Mas outras causas para
tosse crônica, como infecções respiratórias e tumores, tem que ser excluídas para que o diagnóstico
de bronquite crônica seja firmado.
O enfisema pulmonar está presente quando muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos e os
restantes ficam com o seu funcionamento alterado. Os pulmões são compostos por incontáveis
alvéolos, que são diminutos sacos de ar, onde entra o oxigênio e sai o gás carbônico.
Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo
de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai
progredindo com o passar dos anos.
Como se desenvolve?
O DPOC se desenvolve após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30
anos), levando à danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes danos podem ser
permanentes. O fumo contém irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam alterações que
podem levar à doença obstrutiva crônica.
O que se sente?
Os sintomas típicos de DPOC são: tosse, produção de catarro e encurtamento da respiração.
Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece
eventualmente. Outras, costumam ter tosse com expectoração (catarro) durante o dia,
principalmente pela manhã, e tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias. Neste caso, a
tosse piora, o escarro (catarro) torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar,
surgindo, às vezes, chiado no peito (sibilância). À medida que os anos passam e a pessoa segue
fumando, a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com atividades mínimas, como se
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vestir ou se pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma
fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.
Como o médico faz o diagnóstico?
O médico faz o diagnóstico baseado nas alterações identificadas no exame físico, aliado às
alterações referidas pelo paciente e sua longa exposição ao fumo. O médico poderá, ainda, solicitar
exames de imagem ou de função pulmonar, além de exames de sangue. Todos estes exames
complementares irão corroborar o diagnóstico de DPOC. Os exames de imagem, como a radiografia
ou a tomografia computadorizada do tórax mostrarão alterações características da doença. A
espirometria, que é um exame que demonstra como está a função pulmonar, usualmente demonstra
a diminuição dos fluxos aéreos. Neste exame, a pessoa puxa o ar fundo e assopra num aparelho
que medirá os fluxos e volumes pulmonares. Outro exame importante é a gasometria arterial, em
que é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é medida a quantidade de oxigênio. Nas
pessoas com DPOC, a oxigenação está freqüentemente diminuída.
Como se trata?
A primeira coisa a fazer é parar de fumar. Nas pessoas com muita dificuldade para abandonar o
fumo, podem ser utilizadas medicações que diminuem os sintomas causados pela abstinência deste.
Os broncodilatadores são medicamentos muito importantes no tratamento. Podem ser utilizados de
várias formas: através de nebulizadores, nebulímetros (sprays ou "bombinhas"), turbohaler ( um tipo
de "bombinha" que se inala um pó seco ), rotadisks (uma "bombinha" com formato de disco que se
inala um pó seco), comprimidos, xaropes ou cápsulas de inalar. Os médicos costumam indicar estes
medicamentos através de nebulímetros, turbohaler, cápsulas inalatórias ou nebulizadores, por terem
efeito mais rápido e eficaz, além de contabilizarem menos efeitos colaterais. Contudo, os
medicamentos corticosteróides também podem ser úteis no tratamento de alguns pacientes com
DPOC. O uso de oxigênio domiciliar também poderá ser necessário no tratamento da pessoa com
DPOC, melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente. Além disso, a reabilitação pulmonar
através de orientações e exercícios também poderá ser indicada pelo médico com o intuito de
diminuir os sintomas da doença, a incapacidade e as limitações do indivíduo, tornando o seu dia-adia mais fácil.
Devemos lembrar a importância da vacinação contra a gripe (anual) e pneumonia, que, geralmente,
é feita uma única vez.
Como se previne?
Evitar o fumo é a única forma de prevenção da doença. A terapia de reposição de nicotina ou o uso
de uma medicação chamada bupropiona poderá auxiliar neste sentido.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Tem como o médico antever os casos de fumantes que evoluirão para tal doença?
Quais as principais diferenças entre a DPOC e a asma brônquica?
O que há de novo em relação ao tratamento da DPOC?
Quais os pacientes que deverão fazer a reabilitação pulmonar como auxílio no tratamento?
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Autores: Equipe ABC da Saúde
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