DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA – DPOC. Objetivos • Ao final desta aula o aluno deverá: • Ser capaz de definir a DPOC, e seus dois tipos: enfisema pulmonar e bronquite crônica. • Reconhecer os sintomas e sinais da DPOC. • Compreender os principais fatores de risco para a DPOC. • Identificar os principais pontos do tratamento da DPOC. DPOC - Definição Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Patologia Clínica 5º Período Tabagismo e VEF1 DPOC - Patologia Doença pulmonar obstrutiva crônica Doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC é o termo usado para descrever a obstrução progressiva, crônica e irreversível das vias aéreas comumente associada ao tabagismo. Resulta em duas entidades clínicas principais, o enfisema pulmonar e a bronquite crônica. Bronquite crônica Hiperplasia e hipertrofia das glândulas mucosas do epitélio das grandes vias aéreas, acompanhada por inflamação neutrofílica e aumento da musculatura lisa dos brônquios. A obstrução ocorre pela hipertrofia brônquica e hiperreatividade da musculatura lisa. Episódios de infecções brôquicas são frequentes. Enfisema Definida como o aumento dos espaços aéreos distais, isto é os bronquíolos respiratórios e alvéolos devido à destruição de paredes alveolares. Pode ser dividida em panacinar e centroacinar. A perda de paredes alveolares diminui a elasticidade pulmonar e leva à obstrução ao fluxo respiratório. Bronquíolos terminais e alvéolos na DPOC Bronquite crônica e enfisema pulmonar. Tipos clínicos na DPOC Bronquite crônica e enfisema pulmonar. Soprador rosado X Tossidor azul. Tabagismo X DPOC Evolução do VEF1 Tabagismo X DPOC O principal fator de risco é tabagismo. O uso de cigarros parece mais agressivo do que o fumo de charutos ou cachimbo. Como mensurar o hábito (ou vício?) de fumar: Número de cigarros por dia. Maços-ano: Nº de cigarros/dia X anos de tabagismo. Correlação direta entre este indicador e a ocorrência e a gravidade da DPOC. Patogênese da DPOC Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Patologia Clínica 5º Período Desenvolvimento da hiperinsulflação DPOC – Quadro clínico Espectro de doença: Enfisema. Bronquite crônica. •Bronquite crônica •Enfisema pulmonar •Destruição de septos alveolares com dilatação consequente dos espaços aéreos e perda da elasticidade pulmonar. •Pink puffer / soprador rosado A maioria dos pacientes tem características das duas condições simultaneamente. •Tosse produtiva por 3 meses ao ano por 2 anos consecutivos, está associada com hipertrofia das glândulas mucosas e aumento de células caliciformes nas vias aéreas centrais e fibrose peribronquiolar nas vias aéreas periféricas. •Blue bloater/tossidor azul Fonte: Hernandez, 2010 Fonte: Hernandez, 2010 Fonte: Hernandez, 2010 Fonte: Hernandez, 2010 Fonte: Hernandez, 2010 Fonte: Hernandez, 2010 Fonte: Hernandez, 2010 RX – bronquite crônica Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Patologia Clínica 5º Período Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Patologia Clínica 5º Período Fonte: Hernandez, 2010 Avaliação da gravidade da DPOC Sob risco Tosse crônica, escarro produtivo Leve Com ou sem tosse crônica, ou escarro produtivo Moderada Com ou sem tosse crônica, ou escarro produtivo Grave Com ou sem tosse crônica, ou escarro produtivo Muito grave Com ou sem tosse crônica, ou escarro produtivo SABA: broncodilatador de ação curta LABA: broncodilatador de ação longa Fonte: Fontes, 2010 Exacerbações Piora do quadro clínico – Aumento da tosse, dispnéia e expectoração com ou sem mudanças da característica do catarro. Geralmente há fator precipitante. Tabagismo. Infecção – viral ou bacteriana Pode ser tratada no domicílio ou no hospital. Hospitalização em casos graves, paciente muito idoso, suporte domiciliar insuficiente. Tratamento. Antibioticoterapia precoce. Amoxicilina/ Amoxicilina+Ac.Clav. / Cefalosporinas de 2ª ou 3ª. Macrolídeos. Quinolonas respiratórias. Broncodilatadores. Beta agonista + anticolinérgico. Hidratação oral / sintomáticos. Acompanhamento.