Caso Clínico 1

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Caso Clínico
Aprendendo com Prof. Nicos
Labropoulos
História Clínica
• Paciente sexo feminino, 43 anos
• Queixa-­‐‑se de varizes e edema no membro inferior direito
• Dores, peso e cansaço na perna direita
• Sem antecedentes mórbidos
• Cirurgia prévia de tornozelo esquerdo
em 2010
Exame Físico
• Arterial dirigido: normal
• Venoso dirigido: varizes aparentes e palpáveis na face medial da perna. Varizes
reticulares e telangiectasias são visíveis na
coxa, na face medial e posterolateral, bem
como em fossa poplítea
Varizes reticulares
e telangiectasias
A JSF e a VSM na coxa nos 1/3 proximal e médio
estão normais
A VSM desde o 1/3 médio até o 1/3 distal da coxa apresenta refluxo. A tributária drena na
VSM transferindo fluxo tanto para o segmento
proximal normal quanto para o segmento distal
com refluxo.
Esse fenômeno pode explicar como uma VSM com refluxo pode receber fluxo adicional e apresenta refluxo prolongado durante a descompressão distal
Labropoulos N, et al. Where does venous reflux start? JVascSurg1997;26:736-­‐‑42.
A tributária é dilatada porém não apresenta
refluxo. Os diâmetros variam de 4,1 a 7,9mm. Durante a compressão o fluxo é cefálico, e na
descompressão o fluxo continua. O fluxo
prolongado depois da descompressão alimenta a VSM com refluxo. Labropoulos N, et al. Where does venous reflux start?J VascSurg1997;26:736-­‐‑42.
A transição entre o segmento proximal normal e o segmento médio-­‐‑distal com refluxo é
nitidamente identificado durante a descompressão distal. Não há fluxo reverso no segmento proximal e é possível identificar
refluxo no segmento distal.
Labropoulos N, et al. Where does venous reflux start? JVascSurg1997;26:736-­‐‑42.
A transição entre o segmento proximal normal e o segmento médio-­‐‑distal com refluxo é nitidamente
identificado durante a descompressão distal. Não há
fluxo reverso no segmento proximal e é possível
identificar refluxo prolongado no segmento distal maior que 5s.
Labropoulos N, et al. Where does venous reflux start? JVascSurg1997;26:736-­‐‑42.
O diâmetro do segmento normal é menor do que o segmento distal com refluxo. O Refluxo na coxa distal tem duração maior que 6,4s. O diâmetro
nessa região mede 4,9mm. Quanto maior o diâmetro da VSM, maior a chance de haver refluxo. Todavia, não é incomum
encontrarmos VSM de diâmetros “normais” com refluxo. Como não há como saber o diâmetro previamente ao desenvolvimento
do refluxo, é difícil definir qual seria o diâmetro normal. Safenas
de diâmetro reduzido podem apresentar refluxo significativo.
Labropoulos N, Kokkosis AA, SpentzourisG, Gasparis AP, Tassiopoulos AK. The distribution and significance of varicosities in the saphenous trunks. J VascSurg2010;51:96-­‐‑103.
O Refluxo da VSM em coxa distal tem continuidade para a região do joelho.
Na região proximal da perna há tributária da VSM com refluxo. Há varizes com diâmetros
variando de 3 a 6,1mm conectadas a essa
tributária na face medial da perna.
A VSM na perna distal não apresenta refluxo e os diâmetros
variam de 2 a 2,2mm.
Varizes reticulares na coxa, na face medial e posterolateral, bem como em fossa poplítea
apresentam refluxo. O diâmetro da veia representada mede 1,5mm. Veia poplítea, VSP e extensão cranial são normais.
Como a paciente apresenta edema unilateral importante, as evias ilíacas e a veia cava foram
estudadas. Exame normal. O refluxo prolongado
e a duração da IVC justificam o quadro de edema unilateral, já que não foi evidenciado doença
sistêmica ou linfedema acomentendo o membro.
C1,2,3 S EP AS PR
Identifica-­‐‑se refluxo na
VSM desde coxa média
até abaixo do joelho e em
tributária na face medial da perna. Varizes
reticulares na coxa, na
face medial e posterolateral, bem como
em fossa poplítea
apresentam refluxo. VSP e SVP estão normais.
C1,2,3 S EP AS PR
O diâmetro da VSM nos
segmentos sem refluxo são menores do que o segmento com refluxo.
A VSP e a extensão cranial não tem comunicação
com a área de refluxo. • A paciente apresenta refluxo segmentar de VSM e em tributária na perna, associado a varizes. A VSM não se encontra dilatada.
• O primeiro passo no tratamento consiste em
flebectomias e escleroterpia complementar.
• Avaliação do impacto nos sintomas e um novo exame de Ecografia Vascular em 30 dias determinarão a necessidade de novas
intervenções.
• O tratamento das tributárias isoladamente
mostrou ser capaz de reduzir o diâmetro da VSM e a redução da duração do refluxo.
• Chastanet S, Pittaluga P. Influence of the competence of the sapheno-­‐‑femoral junction on the mode of treatment of varicose veins by surgery. Phlebology. 2014;19:29(1 suppl):61-­‐‑65.
• Pittaluga P, Chastanet S, Locret T, Barbe R. The effect of isolated phlebectomyon reflux and diameter of the great saphenous vein: a prospective study. EurJ
VascEndovascSurg. 2010;40:122-­‐‑8.
• Pittaluga P, Chastanet S, Rea B, Barbe R. Midterm results of the surgical treatment of varices by phlebectomywith
conservation of a refluxing saphenous vein. J VascSurg. 2009;50:107-­‐‑18.
• Biemans AA, et al. The effect of single phlebectomiesof a large varicose tributary on great saphenous vein reflux. • J VascSurg: Venous and LymDis 2014;2:179-­‐‑87.
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