Curso de ________________________________________________________________________ Curso de Enfermagem Artigo Original IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE ASPERGER CHILDREN OF EARLY IDENTIFICATION WHITH ASPERGER SYNROME Lisângela Santos Fernandes1, Ana Paula Rocha Albuquerque1, Alexandre Sampaio2 1. Alunas do Curso de Enfermagem 2. Professor Orientador ____________________________________________________________________________________________________________ Resumo Introdução: A Síndrome de Asperger é uma síndrome caracterizada por uma tríade de alterações que se manifestam na interação social, na comunicação e no comportamento. Objetivo: Auxiliar professores na identificação precoce de sinais e sintomas da Síndrome de Asperger e formulação de uma cartilha informativa. Materiais e Métodos: Estudo de revisão de literatura e pesquisa de campo de abordagem qualitativa de caráter categórico foi desenvolvida por meio de entrevista semiestruturada com professores que lecionam para crianças de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade em escolas públicas e particulares de Taguatinga Sul de Brasília, Distrito Federal. Ficou estabelecido que o intuito era orientar os professores acerca da identificação de sinais e sintomas de crianças com Síndrome de Asperger e posteriormente, a formulação de uma ferramenta (cartilha) que possa auxiliá-los nessa identificação. Resultados: Análise dos dados a partir das respostas aos questionamentos feitos aos professores e confecção da cartilha informativa em anexo. Além de determinar a importância do Enfermeiro diante da criança e da família, por meio de um olhar clínico, irá transmitir informação e confiança, diminuindo as dificuldades encontradas pela família. Palavras-Chave: Síndrome de Asperger, identificação precoce, professores, cartilha, Enfermeiro. Abstract Introduction: Asperger syndrome is a syndrome characterized by a triad of changes that manifest them selves in social interaction , communication and behavior. Objective: Assist teachers in the early identification of signs and symptoms of Asperger's Syndrome and formulation of an information booklet . Materials and Methods: literature review study and qualitative approach of field research categorical character was developed through semi-structured interviews with teachers who teach children of four (4) to eight (8) years of age in public schools and private Wansbeck South of Brasilia, Federal District. It was established that the purpose was to guide teachers on the identification of signs and symptoms of children with Asperger's Syndrome and subsequently the development of a tool (booklet ) that can assist them in this identification. Results: Analysis of data from the responses to the questions posed to teachers and making the informative booklet attached. In addition to determining the importance of the nurse on the child and the family, through a clinical perspective , will transmit information and confidence , reducing the difficulties encountered by the family. . Keywords: Asperger Syndrome, Early Identification, teachers, primer, nurse. ____________________________________________________________________________________________________________ Contato: [email protected]; [email protected] Introdução afetados para cada 1 mulher (JUNIOR, 2000). A palavra autismo vem do grego autos, que quer dizer o próprio indivíduo e ismo estado de ação (RODRIGUES, 2008). No decorrer dos anos muitos termos foram utilizados para descrever esta síndrome gerando discussão entre a comunidade científica, pais e educadores (BERGO, 2000). O autismo possui graus de complexidade que variam do mais leve onde se enquadra a Síndrome de Asperger, para o mais grave denominado autismo clássico. A ocorrência se dá em uma proporção de cada 3 homens Na atualidade a Síndrome de Asperger está descrita no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM IV 299.80 e na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID 10 sob o número F 84.5 (TEIXEIRA, 2010). sendo comum encontrar em mais de um membro da família apresentando os sinais e sintomas da síndrome (ORRÚ, 2010). Inicialmente, no ano de 1943 foi descrito por Kanner o Autismo Infantil, que foi denominado por ele como Distúrbio Autístico do Contato Afetivo, esses distúrbios apresentavam as seguintes características comportamentais: perturbações nas relações afetivas, solidão autística extrema, inabilidade na linguagem para comunicação, potencial cognitivo preservado, fisicamente normal e ritualismo no comportamento (TAMANAHA, 2008). Metodologia Já a Síndrome de Asperger foi descrita por Hans Asperger, como uma psicopatia autística, e que apresentou maior divulgação em 1971 por meio dos trabalhos de Kanneer e Van Krevelen, mas somente em 1981 o estudo se tornou conhecido através da médica Lorna Wing, aos quais foi definida por ela como Síndrome de Asperger e em 1993, a síndrome constou nos manuais psiquiátricos (POLLO, 2007). A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Americana de Psiquiatria (APA) reconheceram a Síndrome de Asperger como uma patologia e a partir de então ocorrem discussões sobre critérios e diretrizes para a identificação, devido pouca existência de estudos (JUNIOR, 2005). Existem outros fatores que interferem na realização de uma identificação precoce, refere-se o fato de que alguns de seus principais sintomas se sobrepõem a outras condições (FONSECA, 2007). A Síndrome de Asperger ficou conhecida como a “síndrome do gênio” onde os pacientes desenvolvem habilidades extraordinárias, que é sobreposta por características como dificuldade de interação social, onde o desenvolvimento da criança pode ser prejudicado (TEIXEIRA, 2010). Existe maior predominância da patologia em pessoas do sexo masculino, O estudo de revisão de literatura e pesquisa de campo de abordagem qualitativa descritiva de caráter categórico foi desenvolvido por meio de entrevista semiestruturada com professores que lecionam em escolas públicas e particulares de Taguatinga Sul de Brasília, Distrito Federal. O critério de inclusão corresponde a artigos das bases de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE em português que compreendem o período de 2000 a 2014. Para tal foram previamente selecionados 40 artigos, e utilizados 36 destes. A escolha desse público se deu pelo fato de oportunizar a identificação precoce de crianças com a Síndrome de Asperger, afim de, promover uma intervenção e encaminhamento precoce desses alunos ao serviço de saúde especializado. Para que tenham a possibilidade de atingir um prognóstico favorável o mais breve possível. Participaram do estudo professores que lecionam com crianças de 4 a 8 anos de idade, sendo 8 (oito) escolas públicas e 8 (oito) particulares. A coleta das informações aconteceu por meio de entrevista, após esclarecimento sobre a natureza da pesquisa e os objetivos do estudo. Ficou estabelecido que o intuito era orientar os professores acerca da identificação de sinais e sintomas de crianças com Síndrome de Asperger e posteriormente, a formulação de uma ferramenta (cartilha) que possa auxiliá-los nessa identificação. O projeto de pesquisa foi submetido à Plataforma Brasil de 2014 e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do NIP (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa) da Faculdade Icesp/Promove – Brasília – Distrito Federal, atendendo as normas para tal estudo, garantindo o anonimato e o sigilo dos participantes, sem identificação alguma dos entrevistados e principalmente, foram formalizadas sua anuência por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. levando a inclusão no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais III (DSM III) e na décima revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID – 10) (KLIN, 2006). Desenvolvimento Já a Síndrome de Asperger foi descrita pela primeira vez em 1944, pelo pediatra vienense Hans Asperger com a denominação de uma psicopatia autística, mas somente apresentou maior divulgação em 1971, por meio dos trabalhos de Kanneer e Van Krevelen. Porém em 1981 o estudo se tornou conhecido através da médica Lorna Wing, aos quais foi definida por ela como Síndrome de Asperger, e em 1993 a síndrome constou nos manuais psiquiátricos (POLLO, 2007). O autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano, estudado pela ciência há quase seis décadas, utilizada pela primeira vez pelo psiquiatra Eugen Bleuler em 1911 e caracterizado por ele como a perda do contato com as pessoas e com a realidade, o que gera dificuldade ou impossibilidade de comunicação (GADIA, 2004). Mas em 1943, Leo Kanner, um pediatra americano, fez as primeiras descrições clínicas como incapacidade de relacionamento, distúrbios da linguagem (pouca comunicação), obsessão pelo imutável, denominando, portanto essa característica por “autismo infantil precoce” (RODRIGUES, 2008). O autismo também conhecido como transtorno autístico, autismo da infância, autismo infantil e autismo infantil precoce, pode ser classificado como Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID), geralmente acontece mais em homens, podendo ter início aos 36 meses de vida causando prejuízos nas relações interpessoais (JUNIOR, 2005). Crianças com autismo apresentam um coeficiente intelectual geralmente abaixo do normal, o diagnóstico se dá antes dos três anos de idade, apresenta atraso no aparecimento da linguagem e cerca de 25% são não verbais, tem uma gramática e vocabulário limitados, apresentam desinteresse geral nas interações sociais, não desejam ter amigos, 1/3 dessa população apresenta convulsões e em geral prejuízos no cognitivo (ROBALLO,2001). De acordo com Rutter, em 1980 o autismo foi classificado em uma nova classe de transtornos denominada TIDs, Para enquadrar a Síndrome de Asperger (SA), dentro dos padrões do transtorno do espectro autista foi desenvolvido o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais - DSMIV de 1995, da Associação Americana de Psiquiatria (APA), em sua 4° edição, e o Código Internacional de Doenças - CID 10 (1993), da Organização Mundial de Saúde (OSM), que trazem as características da Síndrome que está classificada dentro dos transtornos invasivos do desenvolvimento (TID) (ROBALLO, 2001). No Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais - DSM-IV (2002), o Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), representa uma categoria na qual estão agrupados os transtornos que manifestam alterações desde muito cedo e são definidas por desvio qualitativo na comunicação (linguagem verbal e não verbal), na interação social (socialização), e comportamento (padrão de atividade e interesses restritos, estereotipados e repetitivos) (MISSAGLIA, 2013). Assim fazem parte do Transtorno Global do Desenvolvimento as seguintes síndromes: Transtorno Autista, Síndrome de Rett, Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância, Síndrome de Down e Transtorno Global do Desenvolvimento sem outras especificações (TAMANAHA, 2008). Ainda no DSM-IV (1995), existem considerações a respeito do curso da SA como contínuo e de duração vitalícia, e essa síndrome só é identificada bem mais tarde do que o transtorno autista, geralmente na fase escolar, cuja dificuldade na interação social e na maneira de ver, sentir e agir é mais evidente, atrasos motores e falta de destreza (SCHMIDT, 2012). Quanto à etiologia não existe referências no DSM-IV, por não ter sido comprovada as causas básicas dos TIDs, porém vários fatores biológicos estão sendo aplicados e em alguns casos há um forte componente genético (ROBALLO, 2001). A partir do momento em que a OSM e a APA reconheceram a Síndrome de Asperger como uma patologia, ouve a necessidade de se discutir sobre critérios e diretrizes para a identificação da mesma, por meio de estudos e pesquisas científicas para determinar as especificidades de cada indivíduo na busca de alternativas de intervenção (TEODORO, 2013). Existem fatores que interferem na realização de uma identificação precoce é o fato de que alguns de seus principais sintomas se sobreporem a outras condições, tais como: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), dificultando o reconhecimento das manifestações da Síndrome de Asperger (FONSECA, 2007). Em Maio de 2013, ocorreu o lançamento da quinta edição tornando mais completo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - V (DSM-V), que marcou o fim da revisão dos critérios de diagnóstico e classificação de perturbações mentais. Fizeram parte desse processo de revisão, profissionais da saúde mental, comunidades médicas, pacientes e suas famílias e ainda membros do público (www.dsm5.org). As mudanças que ocorreram relacionadas à área do autismo, foram à união de distúrbios que anteriormente eram classificados separadamente tornando-se parte de uma condição única, mas em seus respectivos níveis de gravidade e sintomatologias, onde fazem parte os níveis leves, moderado, severo ou profundo (MARTINS, 2010). Assim os transtornos do DSM-IV como: Autismo, Síndrome de Asperger, transtorno desintegrativo da infância e o transtorno invasivo do desenvolvimento sem outras especificações, foram reunidos no DSM-V como Transtorno do Espectro Autista, que é caracterizado por déficits na comunicação social (UNTOIGLICH, 2013). Em relação ao autismo a criança apresenta um quadro definido por desvio qualitativo na comunicação, na interação social e no uso da imaginação são definidos por tríade de dificuldades, que ao aparecerem juntas podem ser caracterizadas por Autismo infantil ou Síndrome de Asperger (DIAS, 2009). A descoberta da SA se deu através de um estudo feito por Hans Asperger ao observar crianças que tinham dificuldades em interagir socialmente, tinham inteligência normal, porém, não conseguiam manter uma comunicação entre si e nem demonstravam interesse ou preocupação com o outro, não tinham capacidade de compreender qualquer tipo de sentimento ou reação da outra pessoa (TEODORO, 2013). As crianças com essa patologia apresentam habilidades intelectuais preservadas, inclinação a ter uma fala extensa com uso excessivo de palavras muitas vezes repetitivas e sem coerência, outras vezes essas mesmas crianças desenvolviam uma linguagem altamente correta no ponto de vista gramatical, dificultando assim um diagnóstico nos primeiros anos de vida (KLIN, 2006). Pouco se sabe a origem neurológica dessa síndrome, mas segundo estudos, indivíduos com Autismo apresentaram nos lobos frontais e parietais anormalidades (MACEDO, 2008). De acordo com Carniel (2010), é possível que haja um componente genético associado a falhas em conexões neurais, demonstrando uma origem orgânica. A criança com autismo em um nível de funcionalidade baixo “vive num mundo próprio”, em contrapartida, a criança com autismo de funcionalidade alto (Síndrome de Asperger) “vive em nosso mundo de sua própria maneira” (GALENTI, 2009). A Síndrome de Asperger apresenta anormalidades em três aspectos sendo eles os de relacionamento social, na comunicação com o uso da linguagem, características comportamentais próprias e características repetitivas no seu estilo ou interesse intenso e limitado sobre um determinado assunto (MACEDO, 2008). Rodrigues (2013) aponta que a Síndrome de Asperger (SA) está relacionada ao transtorno de espectro autista de alta funcionalidade, pois não existe retardo mental e foi definida como uma desordem do desenvolvimento que pode ser caracterizada por: Dificuldade de interagir com os colegas, e devido sua maneira desajeitada de aborda-los acabam se frustrando (KLIN, 2006); Quando chamado pelo nome costuma não responder parecendo que é “surdo” (MACEDO, 2008); Relacionam-se melhor com adultos do que com crianças (TEIXEIRA, 2010); Não se interessa por jogos cooperativos (MONTEIRO, 2008); Tem movimentos motores descoordenados (DIAS, 2009); Não entende as regras implícitas do jogo (GUIMARÃES, 2009); Em algumas áreas pode ser confundido a um pequeno gênio (GALENTI, 2009); Normalmente não há atraso da fala, mas pode apresentar fala pedante e pouco usual para a idade. Fala estruturada gramaticalmente, mas com alterações pragmáticas (GUIMARÃES, 2009); Ausência de noções de perigo (MONTEIRO, 2008); Prefere ficar em casa ao ter que sair (ORRÚ, 2010); Apresenta mais birras do que o normal (LOPES-HERRERA, 2008); Pode não entender ironias ou metáforas, ingênuo, sincero e sem malícias (SCHMIDT, 2012); Tem interesses restritos e obsessivos (AMORIM, 2012); Tem dificuldade em ler as mensagens sociais e emocionais dos olhares (TEODORO, 2013); Pode se sentir estranho, esquisito e muitas vezes depressivo (TAMANAHA, 2008); Contato visual superficial, mas presente (GUIMARÃES, 2009); Possui o apetite restrito, distúrbios do sono (sono agitado), medo, fobia(CAMARGOS, 2014). Por esses motivos o apoio é fundamental na vida de uma criança com a Síndrome de Asperger (MENEZES, 2008). O Programa Saúde na Escola (PSE) foi inicializado em 2007, e tem por objetivo promover saúde e educação integral voltada para as crianças, adolescente e adulto. Este programa é uma articulação intersetorial das redes públicas de saúde e educação e das redes sociais que propiciam o desenvolvimento das ações do PSE (BRASIL, 2013). O principal objetivo do PSE é identificar entre os estudantes aqueles que apresentam alguma alteração podendo ser encaminhado para o atendimento especializado, por isso é muito importante a integração entre os educadores e os profissionais de saúde (BRASIL, 2013). É importante destacar que os indivíduos com SA, possuem características individualizadas, portanto não adianta pensar que existe uma única metodologia de lidar com essas crianças, mas algumas estratégias, por exemplo, uma classe com menor número de alunos ou até mesmo em alguns casos a necessidade de atendimento personalizado, podem ser utilizadas para o melhor desenvolvimento escolar (MACEDO, 2008). Para o diagnóstico definitivo é necessário um exame detalhado, do físico e psiconeurológico desse indivíduo com entrevista com a família, observação e exame psicomental, exames complementares para doenças genéticas e/ou hereditária (RODRIGUES, 2008). De acordo com Fonseca (2007), não existe tratamento específico para a Síndrome de Asperger, sendo realizando um manejo adequado do comportamento e sintomatologia individual apresentada, além de identificar a existência de comorbidades, podendo haver a necessidade do uso de fármacos como antipsicóticos atípicos para redução da agitação e dos maneirismos. A participação da família é de fundamental importância na evolução do tratamento e desenvolvimento. Sendo essenciais terapias para mudança do comportamento, da comunicação e de atividades educativas (SIMÕES, 2010). As crianças na escola As famílias que tinham crianças especiais muitas vezes não encontravam um local para educar seus filhos, ficando sujeitas a alternativas individuais, porém com o desenvolvimento das políticas públicas e a criação de instituições foram conquistados espaços destinados ao desenvolvimento educacional crianças (SERRA, 2010). dessas É importante refletir como é a forma que as crianças aprendem e como a escola ensina, qual a proposta pedagógica e como organizar o currículo para atender de forma adequada esses alunos. Quando se pensa em um programa educacional para essas crianças com TEA, deve se preocupar primeiramente em auxiliá-los a adquirir habilidades funcionais e assim desenvolver sua capacidade e minimizar comportamentos inadequados que podem prejudicar seu aprendizado (TEODORO, 2013). A educação desses alunos requer dos educadores um aprendizado e um plano de trabalho diferenciado, é muito importante para os professores a formação profissional voltada para esse tipo de aluno especial (MACEDO, 2008). É necessário que o professor saiba identificar os sinais e sintomas da síndrome e fazê-lo entender que cada criança tem características próprias e que cabe a ele como educador organizar o ambiente que está envolvido. É importante que o educador divida as tarefas de casa, que as crianças sentemse nas primeiras carteiras, pois precisam sempre ser encorajadas e incentivadas, promovendo brincadeiras de modo que elas possam interagir (GALENTI, 2009). Lei nº 12796/2013, artigo 4, inciso III Dispõe sobre “atendimento educacional especializado e gratuito aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino” (MISSAGLIA, 2013). Lei nº 7.853 de 24 de outubro de 1989 Dispõe sobre a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais e transtornos neuropsiquiátricos, que institui o dever do estado de estabelecer os serviços, recursos e apoio necessários para garantir a escolarização de qualidade a esses estudantes, oferecendo habilitação e reabilitação aos profissionais envolvidos, oferecendo obrigatoriamente programas de educação especial em nível pré-escolar e escolar (MEC, 2013). O papel da enfermagem A enfermagem deve estar atenta às reações da criança visto que esse profissional tem maior contato com esse indivíduo seja no hospital ou em postos de saúde devendo estar habilitado à investigação e identificação dos sinais do transtorno do espectro autista (QUEIROZ, 2013). É importante o enfermeiro avaliar o nível de compreensão da família envolvida com a criança, a fim de proporcionar o conhecimento, bem como maneiras de enfrentar o problema que aparece em sua grande maioria de forma inesperada (QUEIROZ, 2013). Para uma boa orientação a equipe de enfermagem deverá ter embasamento científico, pois só assim poderá identificar as metas, necessidades e planejar intervenções para orientar os pais de forma adequada. Por essa razão, torna-se indispensável o estudo aprofundado acerca do assunto, mesmo se durante a formação acadêmica pouco seja estudado a esse respeito, visto a notável escassez de profissionais que trabalham ou que trabalharam com criança com esse tipo de transtorno (CARNIEL, 2010). Diagnóstico de Enfermagem Para atingir o diagnóstico de Enfermagem e prestar assistência de forma holística e individualizada o Enfermeiro planeja, executa e avalia ações que contribuem para a promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde mental da criança (SUDRÉ, 2011). De acordo com o processo de Enfermagem e nas características apresentadas pela criança com Síndrome de Asperger e seus familiares, definiramse os seguintes diagnósticos de enfermagem: (CARNIEL, 2011). Relacionada à criança: (NANDA, 2010) - comunicação verbal prejudicada caracterizada por habilidade diminuída de contato visual relacionada a barreiras psicológicas. - interação social prejudicada caracterizada por comportamentos de interação social mal sucedido, relacionada ao déficit de maneiras de fortalecer a mutualidade. - desempenho do papel ineficaz caracterizada por habilidade inadequada relacionada ao nível de desenvolvimento. - isolamento social caracterizado por interesse inapropriado para a idade / estágio de desenvolvimento relacionado ao comportamento social inaceitável. Risco de atraso desenvolvimento relacionado transtorno do comportamento. no ao - risco de baixa autoestima situacional relacionada a alterações do desenvolvimento e/ou rejeições. Relacionada 2010) à família: (NANDA, - paternidade ou maternidade prejudicada caracterizada por transtornos do comportamento relacionada pela habilidade insatisfatória para resolução de problemas. sobrecarga de estresse caracterizada por estresse situacional excessivo relacionada a múltiplos estressores concomitantes. Segundo Nogueira (2011), a equipe de enfermagem poderá intervir de modo eficaz no planejamento e condutas para atender as necessidades das famílias e das crianças especiais. Resultados e Discussão Os resultados derivam de entrevista autorizada pelo comitê de ética, respondida por um grupo de professores que lecionam para crianças de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade, de escolas públicas e particulares de Taguatinga Sul. Foram formuladas 5 (cinco) perguntas, sendo 4 (quatro) objetivas e 1(uma) aberta, acerca de temas como: se conhece alguma síndrome ligada ao transtorno global do desenvolvimento, para citar uma síndrome que tenha tido contato, se como educador tem o conhecimento sobre a patologia Síndrome de Asperger, se seria capaz de identificar os sinais e sintomas de uma criança com essa síndrome e finalizando se o docente considera importante implantar nas escolas uma ferramenta que possa orientá-los a reconhecer precocemente os sinais e sintomas da Síndrome de Asperger. Houve relatos de ser muito comum o professor se deparar com crianças que necessitam de atenção especial por apresentarem algum tipo de comportamento que desenquadra dos demais alunos, trazendo para esse profissional um novo desafio. Em levantamento feito por Macedo e Ferreira (2008) de revisão bibliográfica foi relatado que é importante o professor saber olhar e analisar comportamentos caracterizados como incomuns ou que não se adequam aos padrões sociais, para posteriormente intervir de modo a permitir a igualdade de oportunidades ao contrário de propiciar o insucesso desse aluno à escola. Gráfico 1 - VOCÊ CONHECE ALGUMA SÍNDROME LIGADA AO TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO? Durante nossa pesquisa foram visitadas 22 escolas, havendo negativa na participação por motivos variados de 6 escolas. Quanto à participação dos profissionais foram entrevistados 140 professores de um total de 153, sendo assim não obtivemos 100% dos professores, devido a 13 docentes encontrarem-se ausentes por licença médica ou não se propuseram a responder pela indisponibilidade de tempo. Desse total de professores 61 são de escolas públicas e 79 de escolas particulares. Em todo o percurso das entrevistas obtivemos ótima demonstração de interesse acerca do tema. Inicialmente foi questionado sobre conhecer alguma síndrome ligada ao Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). A maioria dos profissionais respondeu sim, sendo evidenciado no gráfico, que 76% dos professores das escolas públicas responderam sim e 24% não, já nas escolas particulares, 67% responderam sim e 33% não. Observamos que alguns professores tiveram dificuldade na resposta por não conhecer o termo TGD e por não ter tido contato com crianças com síndromes, mas se propuseram a pesquisar. Gráfico 2– CITE UMA SÍNDROME QUE TENHA TIDO CONTATO: intervenção precoce para atingir o melhor desenvolvimento do aluno. Mas Rodrigues (2008) enfatiza que a descoberta da síndrome traz às famílias um impacto e um sentimento de impotência e desamparo. Por esse motivo o atendimento humanizado, além do preparo dos profissionais envolvidos traz à família confiança e o sentimento de proteção que se encontrava perdido. Simões (2010) acrescenta que inserir e engajar a família no tratamento, são ações primordiais para a evolução e desenvolvimento da criança. No segundo questionamento foi pedido para que fosse citada uma síndrome que tenha tido contato e a patologia mais citada foi o autismo (35 professores), a segunda mais citada foi o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (34 professores), seguida da Síndrome de Down (24 professores) e a Síndrome de Asperger (17 professores), outras síndromes diferentes foram citadas por 4 professores somando um total de 114 respostas para essa pergunta. Foram entrevistados 140 profissionais, mas 26 não tiveram contato com nenhuma síndrome. Alguns professores relataram que é difícil trabalhar quando não se possui um treinamento adequado para atender de forma satisfatória o aluno que possui alguma síndrome e muitas vezes a família não aceita, acha que seu filho está sofrendo algum tipo de perseguição e acabam não trabalhando junto com a escola na busca de profissionais da área da saúde para determinar a melhor conduta e tratamento ou ainda simplesmente retiram a criança da escola. Segundo Galenti (2009) é importante que o professor tenha autonomia para colher informações e percebendo a necessidade relate aos pais, encaminhando essa criança ao serviço de saúde especializado, a fim de conseguir a Gráfico 3 – O SENHOR COMO EDUCADOR TEM O CONHECIMENTO SOBRE A PATOLOGIA SÍNDROME DE ASPERGER? Quando foi perguntado se conheciam a patologia Síndrome de Asperger a maioria dos professores 57% das escolas públicas respondeu afirmativamente que conhecia e 43% informou que não conhecia. Já nas escolas particulares 63% disseram que sim, e 37% afirmaram que não. Estabelecendo um comparativo, percebese que houve maior conhecimento nas escolas particulares que foi de 6%, mas esse valor não se torna significativo devido a maior participação de professores das escolas particulares, sendo 79, enquanto das escolas públicas 61 professores. Sobre esse questionamento alguns professores relataram que tomaram conhecimento, a partir do momento que se depararam com um aluno portador da Síndrome de Asperger e com isso, houve a necessidade de buscar o conhecimento para poder atendê-lo de forma satisfatória. Neste contexto foi possível determinar por meio de entrevista que a Síndrome é sim tida como complexa, porém, a literatura oferta artifícios para que os alunos com esta síndrome aprendam de forma eficiente, após ter suas peculiaridades reconhecidas. E o professor sente-se seguro ao ser capacitado para atendê-lo com qualidade. De acordo com Macedo (2008), são muitos os desafios que os educadores enfrentam, sendo imprescindível que este por sua vez, possua a capacitação necessária e adequada, a fim de garantir igualdade de oportunidades ao invés de esperar o insucesso escolar. Sendo reforçado por Galenti (2009), que afirma a importância do preparo do professor, que ao perceber algo diferente possa agir sobre as dificuldades para não ocorrer o desestímulo no trabalho com essa criança. Gráfico 5 – CONSIDERA IMPORTANTE IMPLANTAR NAS ESCOLAS UMA CARTILHA QUE POSSA ORIENTAR OS DOCENTES A RECONHECER PRECOCEMENTE OS SINAIS E SINTOMAS DA SÍNDROME DE ASPERGER? Gráfico 4 – SERIA CAPAZ DE IDENTIFICAR OS SINAIS E SINTOMAS EM UMA CRIANÇA DE SUA CLASSE COM SÍNDROME DE ASPERGER? Mas o fato de conhecer a SA não significa que são capazes de identificar os sinais e sintomas de uma criança, como revela a questão, onde 65% dos professores não se sentem capazes de identificar os sinais e sintomas da SA em um aluno, contra 35% que responderam sim. Por relatos acreditam que a síndrome possui muitas vertentes e características complexas que traz muitas dúvidas. Para 99% dos entrevistados mesmo sendo conhecedores ou não da SA, demonstraram que a proposta de implementação de uma ferramenta que possa auxiliar na identificação precoce da síndrome, seria de extrema importância para que o aluno possa ser identificado e encaminhado o mais breve possível ao serviço de saúde e assim possuir um prognóstico favorável. Além de diminuir o sofrimento da criança portadora, tornando a convivência com outros alunos e professores mais fácil, favorecendo um ambiente de melhor aprendizagem, amenizando os sintomas da SA no cotidiano escolar. Na entrevista apenas um professor não foi a favor da cartilha por acreditar que mesmo com a implementação de tal instrumento, não seria capaz de identificar tais sintomas e características, além de acreditar que esse papel é função de médicos e outros profissionais. Contrariando essa observação, Rodrigues (2008), afirma que na maioria das vezes são os professores que detectam os primeiros sintomas e características da SA, entendendo que possuem uma posição e um papel efetivo, por meio da observação e avaliação dessas crianças relatando à direção escolar, para que o aluno seja encaminhado à equipe de saúde especializada para confirmação do diagnóstico e início do tratamento. Considerações Finais Toda estrutura educacional está organizada com o intuito de oferecer aprendizado e desenvolvimento ao estudante, por isso se faz necessário que todos estejam preparados para tal ato. Portanto é importante oferecer conhecimentos e atentar para um assunto que está muito presente no ambiente escolar, assim sendo é de suma importância que a sociedade de educadores realmente saiba agir diante de uma criança que apresente algum sintoma da Síndrome de Asperger. No desejo de uma educação inclusiva, são claros os desafios a serem enfrentados nas diversas práticas pedagógicas, visto que é necessário ter um olhar especial a uma criança com Síndrome de Asperger para que assim, possa o profissional intervir diante dos comportamentos e atitudes despadronizadas dessa criança. Não é suficiente que os professores somente tenham uma sensibilidade ou boa vontade perante essas crianças, mas que principalmente tenham uma formação condizente para que possam atender melhor, a fim de garantir oportunidades iguais para todos reduzindo significativamente a possibilidade de uma vida escolar desprovida de sucesso. Diante do exposto fez se necessário a realização deste estudo para identificar o conhecimento dos educadores sobre as questões relacionadas à Síndrome de Asperger. E com o resultado obtido, foi confeccionado um instrumento informativo com o intuito de auxiliar os mesmos a identificar precocemente os principais sinais e sintomas da Síndrome. A esses educadores fica a responsabilidade de encaminhar as crianças ao serviço de saúde de referência. Referências 1. AMORIM LCD; JUNIOR FBA. O conceito de morte e a síndrome de asperger. Estudos de Psicologia. Campinas. Julho/setembro. p.363-370. 2012. 2. BARRETO IB; MAGALHÃES CG; GONÇALVES DT; ANDRADE AA. Processos de intervenção para crianças e adolescentes com síndrome de asperger: uma revisão de literatura. Contextos Clínicos. v.6 p. 32-143. Junho-dezembro. 2013. 3. BERGO MSAA. Uma visão da síndrome de asperger sob o enfoque de Vygotsky. Revista Brasileira de Educação Especial. v.5. 2000. 4. BRASIL, Lei nº 12.796/2013, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 de abril de 2013, página 1. 5. CARNIEL EL; SALDANHA LB; FENSTERSEIFER. A atuação do enfermeiro frente à criança autista. Rev. Pediatria. São Paulo. p. 255 – 260. 2010. 6. DIAS KZ; SILVA RCD; PEREIRA LD; PERISSINOTO J; BERGAMINI CQ. Avaliação da linguagem oral e escrita em sujeitos com síndrome de asperger. Revista CEFAC. São Paulo. v.11. Março. 2009. 7. FONSECA JMA; CAMPOS ALM; LÓPEZ JRRA. Síndrome de asperger e TOC – comorbidade ou unidade? Jornal Brasileiro de Psiquiatria. Janeiro. Rio de Janeiro. v.56 n.4. 2007. 8. GADIA CA; TUCHMAN R; ROTTA NT. Autismo e doenças invasivas de desenvolvimento. Jornal de Pediatria. Porto Alegre. Abril. v.80 n.2. 2004. 9. GALENTI LS; DOMINGUES MRC. Síndrome de asperger. 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( ) Sim ( ) Não 2 – Cite uma Síndrome que você tenha tido _______________________________________________________________ contato. 3 – O Sr (a) como educador (a) tem conhecimento sobre a patologia Síndrome de Asperger ( Autismo de Alta Funcionalidade)? ( ) Sim ( ) Não 4 – Seria capaz de identificar os sinais e sintomas em uma crainça (aluno) de sua classe com Síndrome de Asperger ( Autismo de Alta Funcionalidade)? ( ) Sim ( ) Não 5 – Considera importante implantar nas escolas de ensino Infantil e Fundamental uma ferramenta que possa orientar os docentes a reconhecer precocemente os sinais e sintomas da Síndrome de Asperger ( Autismo de Alta Funcionalidade)? ( ) Sim ( ) Não Anexo 2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O profissional de educação está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa: Identificação precoce de crianças com Síndrome de Asperger. O nosso objetivo é Identificar o conhecimento dos educadores sobre os principais sinais e sintomas de forma precoce de Síndrome de Asperger e após análise construir uma cartilha informativa para educadores que possibilite a identificação precoce de crianças com Síndrome de Asperger. O profissional de educação receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não será informado, sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam sua identificação. A sua participação será realizada no local de trabalho com duração de 06 a 08 horas conforme carga horária do profissional. Não havendo nenhuma outra forma de envolvimento ou comprometimento neste estudo. O resultado do estudo será divulgado na Faculdade ICESP/PROMOVE de Águas Claras - DF, podendo também ser apresentado em encontros ou revistas científicas. Entretanto este estudo mostrará apenas os resultados obtidos como um todo, sem revelar seu nome, instituição a qual pertence ou qualquer informação que esteja relacionada com sua privacidade. Qualquer dúvida em relação aos pesquisadores, por favor telefone para o enfermeiro OrientadorAlexander Sampaio Rodrigues Pereira, no telefone (61) 30469700 ou (61) 82021600. Este projeto será aplicado após Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do NIP da Faculdade ICESP/PROMOVE - DF. Qualquer dúvida com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos através do telefone: (61) 30469700. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. ____________________________________________________________ Educador entrevistado ______________________________ ______________________________ Lisângela Santos Fernandes Ana Paula Rocha de Albuquerque Acadêmicas de Enfermagem entrevistadoras Anexo 3 AGRADECIMENTO Primeiramente a Deus, por ter nos dado saúde e força, que nos fez superar todos os obstáculos encontrados durante esses cinco anos de caminhada rumo à graduação. Aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram e incentivaram no decorrer destes anos. A Faculdade ICESP/PROMOVE, seu corpo docente, direção e administração, em especial o professor orientador Alexandre Sampaio e a coordenadora Judith Trevisan, pelo incentivo, apoio, paciência e dedicação prestada que nos foi de fundamental importância para a concretização deste trabalho. A presença de todos vocês marcou nossa trajetória por terem estado ao nosso lado nos momentos em que precisamos, de tal modo que hoje estamos prontas para uma carreira de sucesso. Por fim, após superar diversos desafios, conquistar novas amizades e vivenciar algumas pessoas que passaram por nossas vidas, perseveramos, e alcançamos nosso objetivo. Por esta razão somos gratas a todos os que fizeram parte desta história e estiveram presentes ao longo desta caminhada.