EDIN-aula5

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EDIN – Introdução à Educação
Inclusiva com Tecnologia
Prof. José Antonio Borges
e Profa. Daisy Butteri
PGTIAE – NCE/UFRJ – 2008
Meu filho não para em casa, corre para todo lado sobe,
desce, pula, e quando precisamos de mais descanso, é que
ele mais fica encapetado.
E na escola... Ele faz exatamente isso na sala de aula, pula,
grita, puxa a roupa das meninas, a professora até me
chamou. O desempenho dele em quase todos os temas de
estudo, quando comparado com outros estudantes, é
péssimo.
Eu não sei o que fazer, já pensei em dar uns calmantes para
ele, levar num psicólogo...
Cláudia, técnica em eletrônica
http://www.youtube.com/watch?v=rtOhA9MM3lg&feature=related
Quando soube que meu filho ia provavelmente nascer com
síndrome de Down, eu pensei em abortar. Chorei muito,
pensei em muitas bobagens.
Hoje meu filho é meu mundo, o amor que ele me transmite
vale cada lágrima chorada.
Antonieta, costureira
http://www.youtube.com/watch?v=fSin_SItdFk
http://www.youtube.com/watch?v=4VXtQHW8Y-s
Pode perguntar para ele: quanto vale 3575 vezes 27? Ele
responde em 3 segundos sem errar. Quando tinha 6 anos,
ele solucionou um cubo mágico que eu tinha desistido de
fazer, em menos de 3 minutos.
Luiza, médica
http://www.youtube.com/watch?v=Z9Jq15NqNuQ&feature=related
O cérebro, ilustre desconhecido


Cada indivíduo é muito particular
É difícil impor limites de normalidade


Cada pessoa sempre exprimirá suas "loucuras" ou sua
"genialidade".
Estudaremos apenas alguns casos em que essas
peculiaridades interferem na relação social

Estudo e convivência
Uma experiência com o cérebro
de Einstein


Patologista que fez necrópsia de
Einstein fatiou o cérebro em 240
fatias e escondeu durante
décadas
Não descobriu nada
Avanços no entendimento do
cérebro

Estudos sobre os distúrbios:
alterações químicas, elétricas e
físicas no cérebro


Alguns avanços: Alzheimer


Tomografia computadorizada
Mais fácil: morte de neurônios
Mas no geral, há grande
desconhecimento
Daremos uma olhada em:






Transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
Autismo e Síndrome de Asperger
Síndrome de Down
Superdotação
Retardo mental
Dislexia
Uma breve olhada no cérebro

A metade esquerda do cérebro comanda
o lado direito do corpo e vice-versa.



Esquerdo: pensamento lógico;
Direito: emocional.
Há áreas para controle da fome, do
comportamento social, dos sentimentos
(como amor, angústia, raiva e medo entre
outras), controle hormonal, visão,
audição, mobilidade e sensibilidade dos
membros, além de muitas outras.
É importante saber diferenciar

Patologia cerebral


Transtorno ou déficit cognitivo


dano ou defeito do cérebro, ou um mau
funcionamento das redes de neurônios.
dificuldades na aprendizagem, lentidão de raciocínio
e grande dificuldade de compreensão.
Transtorno ou déficit mental

estado de redução notável do funcionamento
intelectual
Neurônios

Transmitem "mensagens" através de um processo que
mistura a transmissão elétrica e química

Alguns neurônios se especializam em armazenar
informações, estruturando-as

Não se entende bem como funciona

Imitação no computador: rede neuronal, usada para
procedimentos lógico não convencionais
TDAH




Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade
Atinge 3 a 5% das crianças.
Causa desconhecida
Um dos transtornos menos conhecidos por
profissionais da área da educação e de
saúde.



Demora no diagnóstico e no tratamento das
pessoas que o possuem
Tratamento multimodal
Frustração dos pais, sofrem por vários anos sem
saber que a situação pode ser tratada.
TDAH






Grande dificuldade de atenção e concentração
Desatenção, dificuldade de se organizar
Esquece informações, compromissos, datas, etc...
Costuma perder ou não se lembrar onde colocaram suas
coisas.
Dificuldades para seguir regras, normas e instruções que
lhe são dadas.
Aversão à tarefas que requerem muita concentração e
atenção, como lições de casa e tarefas escolares.
Algumas dicas: TDAH





Ambientes onde tenha a menor distração possível
Supervisionar as tarefas pessoalmente.
Uso de ajudas visuais e computador para manter a atenção
Ser positivo, gratificando os sucessos, e tentando reduzir
o estado de frustração nos erros
Usar métodos de autocontrole: agendas, listas, etc.
Autismo

Transtorno do desenvolvimento




Se manifesta antes dos 3 anos
A cada 150 crianças, 1 é autista
Afeta mais os meninos
Dificuldade inata do indivíduo para o
relacionamento pessoal, de constituir o
contato afetivo habitual com as pessoas


Grande dificuldade de exprimir emoções e
reconhecer emoções emoção no rosto dos
outros
Pouco sensível aos afetos
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Autismo

Clássico
O sintoma mais básico para o Autismo Clássico Infantil,
é o severo déficit cognitivo, que se constitui na mais
importante desvantagem dessas crianças em relação às
outras, em especial no âmbito educacional.

Síndrome de Asperger
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Síndrome de Asperger




dificuldade de interação social e empatia;
interpretação muito literal da linguagem;
dificuldade com mudanças;
perseveram em comportamentos
estereotipados.
É comum indivíduos com essa Síndrome serem músicos
virtuosos, cientistas ou profissionais de computação com
habilidades extraordinárias. Entretanto, essas pessoas não
conseguem estabelecer um relacionamento razoável com
seu entorno social (colegas, platéias, alunos, etc) e se
isolam nas suas atividades com dedicação absoluta,
brilhando nas suas atividades de forma espantosa.
Glen Gould
http://www.youtube.com/watch?v=buq-p8vSCLQ
Síndrome de Down




Deficiência de ordem mental
devida a um defeito genético, provocado pelo
cromossomo 21
graus de dificuldades na aprendizagem e
inabilitações físicas altamente variáveis.
atinge os dois sexos e está presente na proporção
de 1/650.
A criança com síndrome de Down

TEMPO tem que ser mais longo



Desvantagem em níveis variáveis na escola



QI geralmente < 60
Preconceito: um tema a cuidar
Necessidade de intervenção precoce



Aprende, mas bem mais devagar
Respeitando-se o tempo sempre sempre se produzem excelentes
resultados.
educação, é necessariamente diferenciada
respeitando as peculiaridades
O importante é a felicidade do indivíduo

Veja http://www.romeuneto.com.br
Superdotação





Rapidez e facilidade para aprender, abstrair ou fazer
associações;
Criatividade;
Capacidade para analisar e resolver problemas;
Independência de pensamento;
Habilidade excepcional para esportes, música, artes,
dança, informática ou outros talentos;
Curiosidade
e senso crítico exagerados;
Senso de humor;
Investimento nas atividades de interesse e descuido com as demais;
Bom relacionamento social e liderança;
Aborrecimento com a rotina;
Hipersensibilidade.
Há determinados centros de pesquisa no Brasil que realizam a busca
sistemática dos super-dotados dando a eles condições especiais para
que floresçam rapidamente em suas áreas de talento (o IMPA –
Instituto de Matemática Pura e Aplicada, é um destes lugares,
possibilitando que se envolvam em um projeto de doutorado em
matemática sem ter concluído a graduação). Nestes lugares, como
acaba por haver uma abundância de pessoas nestas situações, é
comum a obtenção de resultados científicos muito significativos,
especialmente se houver uma orientação de alto nível a essas
pessoas.
Entretanto, não há um estudo sistemático sobre a felicidade destas
pessoas ao serem imersas nestes ambientes. Há quem afirme que as
pessoas acabam alienadas nas suas áreas, e por serem medíocres em
outras áreas, não conseguem realizar-se socialmente fora destes
ambientes isolados.

filmes modulo 5\superdotado.rm
Superdotação não é sinônimo de
sucesso

A inserção de uma pessoa dentro de uma sociedade como
indivíduo integrado e útil é um processo complexo que
não depende exclusivamente da inteligência, mas também
de fatores emocionais, motivacionais, econômicos,
sociais, etc.

Há até um termo que define isso: Inteligência Emocional. É
comum encontrar pessoas de inteligência mediana que são bem
mais produtivas, ricas ou proeminentes socialmente do que
algumas pessoas extremamente inteligentes.
Não é fácil educar um superdotado

É muito importante criar um ambiente favorável para o
desenvolvimento pleno do superdotado.

Uma criança intelectualmente superior imersa num
ambiente preparado para crianças medianas
provavelmente sofrerá tantas pressões que a tendência
será um imenso prejuízo no potencial de rendimento
escolar.


desenvolvem bloqueios, medos, recalques e traumas
se tornam incapazes de se desenvolver minimamente
Dislexia

do grego

dus = difícil, dificuldade;
lexis = palavra.

distúrbio ou transtorno de
aprendizagem na área da
leitura, escrita e
soletração

a dislexia é o distúrbio de
maior incidência nas
salas de aula.
Haverá sempre:
- dificuldades com a linguagem e escrita ;
- dificuldades em escrever;
- dificuldades com a ortografia;
- lentidão na aprendizagem da leitura;
Haverá muitas vezes outras dificuldades:
- disgrafia (letra feia);
- discalculia, (matemática e símbolos);
- memória de curto prazo;
- organização;
- em seguir indicações de caminhos
- executar seqüências de tarefas complexas;
- compreender textos escritos;
- em aprender uma segunda língua.
Às vezes:
- dificuldades com a linguagem falada;
- dificuldade com a percepção espacial;
- confusão entre direita e esquerda.
Disléxicos famosos
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Agatha Christie (escritora)
Charles Darwin (cientista)
Cher (cantora)
Franklin D. Roosevelt (32° presidente dos Estados Unidos)
George Washington (1º presidente dos Estados Unidos)
Leonardo Da Vinci (artista e inventor)
Napoleão Bonaparte (imperador da França)
Pablo Picasso (artista plástico)
Robin Williams (ator)
Thomas A. Edison (inventor da lâmpada)
Tom Cruise (ator)
Vincent van Gogh (pintor)
Winston Churchill (primeiro-ministro britânico)
Walt Disney (fundador dos estúdios Disney)
Whoopi Goldberg (atriz)
Retardo mental

Retardo Profundo:


Retardo Agudo Grave:



necessitam que se trabalhe para instaurar alguns hábitos de
autonomia
capacidade de comunicação é muito primária.
Retardo Moderado:



incapacidade total de autonomia.
podem ser capazes de adquirir hábitos de autonomia e,
inclusive, podem realizar certas atitudes bem elaboradas.
Quando adultos podem freqüentar lugares ocupacionais, mesmo
que sempre estejam necessitando de supervisão.
Retardo Leve:

São casos perfeitamente educáveis.
Adaptação social dos DM

A maioria é portadora de DM leve e não se
distingue fisicamente das outras crianças.


Convivência com outras crianças é fundamental para
diminuir preconceito
A postura do professor


Descobrir o potencial da pessoa e trabalhar para que
ela se desenvolva.
Trabalhar o lado afetivo.
EDIN – fim da aula #5
José Antonio Borges
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