COLESTEROL

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COLESTEROL
causas, orientação e alimentação
O que é?
Entenda os
benefícios e
os perigos
HDL e LDL
Saiba tudo
sobre os tipos
de colesterol
E mais:
A polêmica do ovo
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Vivendo com Saúde
COLESTEROL
Vivendo com Saúde
mexa-se
Como a atividade
física contribui
para a prevenção
Alimentação
Conheça os
alimentos capazes
de reduzir os níveis
de gordura no
sangue
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EDITORIAL
É muito provável que você conheça alguém que possui níveis
elevados de colesterol no sangue. Ou, até mesmo, é possível
que você apresente altas quantidades de colesterol. Isso acontece porque esse mal está cada vez mais comum no mundo e
tem aumentado a insidência na população brasileira nos últimos anos.
O colesterol é uma substância gordurosa encontrada nos alimentos de origem animal e em todas as nossas células. Também é necessário para a fabricação da bile (fluído produzido
pelo fígado que atua na digestão da gordura), dos hormônios
e da vitamina D.
Mas, evidências científicas mostram que o excesso de colesterol no organismo provoca a formação de placas de gordura
nas artérias e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Dados do Ministério da Saúde revelam que cerca de 30% da
população brasileira sofre desse mal, e muitos adolescentes já
apresentam índices alarmantes da substância.
O controle do colesterol reduz em 33% o risco de infarto,
além de 25% menos chance de morte e 20% menos chance
de derrame. Entretanto, para uma vida saudável, é importante
que outras atitudes estejam associadas, como controlar a pressão arterial, parar de fumar para diminuir as probabilidades de
infarto, perder peso e praticar exercícios físicos.
A hipercolesterolemia (taxa elevada de colesterol no sangue)
pode ter várias causas, entre elas dietas com excessiva ingestão de alimentos ricos em colesterol e baixa ingestão de alimentos ricos em fibras, excesso de peso, falta de atividade
física, ou ainda fator genético.
Nessa edição da coleção Vivendo com Saúde você vai saber
um pouco mais sobre esse mal que afeta milhões de pessoas
no mundo todo.
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O QUE É COLESTEROL
Apesar de ser uma gordura fundamental para o organismo, os altos níveis de colesterol podem causar
sérias consequências
O colesterol é um tipo de gordura encontrada nos animais.
Na maioria das vezes essa substância é apresentada como
algo ruim para o nosso organismo, mas ela também possui
funções muito importantes. “Sabemos que [o colesterol] é
benéfico para determinadas funções vitais e tem participação
fundamental na construção e manutenção das membranas
celulares; participação na fabricação da bile e é através dos
ácidos biliares o único meio significativo pelo qual o colesterol pode ser excretado; é fundamental no metabolismo das
vitaminas lipossolúveis A, D, E e K e é responsável pela síntese de hormônios esteroides. É o precursor de todas as classes
de hormônios esteroides; glicocorticoides (cortisol), mineralocorticoides (aldosterona) e hormônios sexuais”, explica Allan
Cembranel, cardiologista do Hospital Alvorada.
Contudo, mesmo sendo importante para o nosso organismo, o
excesso de colesterol pode ser muito prejudicial, pois é fator
de risco para diversas doenças cardiovasculares. Os altos níveis dessa gordura são responsáveis pelo desenvolvimento da
aterosclerose, que atinge principalmente artérias do coração e
cérebro causando infarto e derrame, respectivamente. “O desenvolvimento dessas doenças se dá de forma insidiosa, progressiva, com deposição de colesterol na parede das artérias
e posterior entupimento, impedindo a passagem de sangue e
destruindo o tecido”, alerta Ranieri Carvalho Leitão, cardiologista do Hospital Adventista Silvestre.
O Dr. Adalberto Lorga Filho, presidente da SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas), acrescenta que o co5
lesterol também pode ter relação com o aumento da corrente
elétrica no coração, causando arritmias cardíacas, mas esse
efeito é pouco conhecido. “O maior problema dos níveis altos
de colesterol em relação às arritmias cardíacas é de predispor e aumentar a ocorrência de infarto do miocárdio, o qual
frequentemente cursa com arritmias cardíacas graves. Dessa
forma, do ponto de vista clínico e preventivo, mantendo-se
baixos os níveis sanguíneos de colesterol, reduzimos indiretamente a ocorrência de arritmias cardíacas”, conclui o cardiologista da SOBRAC.
Tipos de colesterol
Para entender melhor os níveis de colesterol e quando ele se
torna prejudicial ao organismo, é importante saber que existem vários tipos de colesterol no sangue e o conjunto de todos
eles é o que se denomina “Colesterol Total”. O colesterol é
uma espécie de gordura e, como as gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol não se mistura com o sangue.
“Por isso, precisa unir-se a certas proteínas para cumprir as
suas funções, formando as chamadas lipoproteínas (substâncias compostas de lipídicos – gorduras – e proteínas). Essas
lipoproteínas deslocam-se por todo o organismo na corrente
sanguínea, sob duas formas principais, o HDL e o LDL”, esclarece o dr. Allan Cembranel.
O LDL colesterol significa “Low Density Lipoprotein”. Ou
seja, lipoproteína de baixa densidade, e sua característica é
conter mais gordura e menos proteína. A função do LDL é
transportar o colesterol para o tecido periférico. Já o HDL colesterol significa “High Density Lipoprotein”, lipoproteína de
alta densidade. Este possui mais proteína e menos gordura e
sua função é transportar o colesterol dos tecidos para o fígado
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e, em seguida, excretá-los, explica Manoel Carlos Castanho,
cardiologista e proprietário do Spa Sorocaba.
Diversos estudos científicos mostram que o HDL, conhecido
como colesterol bom, ajuda a retirar as moléculas de gordura
de dentro das células e possibilita que elas sejam excretadas
pelo organismo, alerta Cembranel. “O LDL colesterol faz exatamente o contrário, fixando estas moléculas de gordura dentro das células, provocando a formação de radicais livres, que
são prejudiciais ao organismo e aceleram o envelhecimento
do corpo”, diferencia o cardiologista do Hospital Alvorada.
Ranieri Carvalho Leitão acrescenta ainda que o LDL se modifica e se deposita na parede das artérias contribuindo no
desenvolvimento da aterosclerose enquanto o HDL retira o
LDL da corrente sanguínea.
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O colesterol faz parte de um grupo muito mais amplo no nosso organismo, que são os lípides, ou seja, as gorduras. Os
lípides mais importantes que conhecemos são os fosfolípides,
o colesterol, os triglicérides (TG) e os ácidos graxos. “Os fosfolípides formam a estrutura básica das membranas celulares.
O colesterol é precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D. Além disso, como constituinte
das membranas celulares, o colesterol atua na fluidez destas
e na ativação de enzimas aí situadas. Os triglicérides são formados a partir de três ácidos graxos ligados a uma molécula
de glicerol e constituem uma das formas de armazenamento
energético mais importante no organismo, depositados nos tecidos adiposo e muscular”, define o cardiologista do Hospital
Adventista Silvestre.
Os ácidos graxos podem ser classificados como saturados,
mono ou poliinsaturados de acordo com o número de ligações duplas na sua cadeia. Eles são encontrados em óleos vegetais e gorduras animais, e são considerados “gorduras boas”,
por isso devem estar inclusos na dieta alimentar, uma vez que
o corpo precisa deles para diversos fins, como gerar energia
para as células, por exemplo. Principalmente os ácidos graxos
poliinsaturados (ácidos graxos essenciais) que confere ao organismo uma série de benefícios.
Voltando ao colesterol, de acordo com o cardiologista Ranieri
Carvalho Leitão, existem quatro grandes classes de lipoproteínas separadas em dois grupos. O primeiro engloba as lipoproteínas ricas em TG, que são maiores e menos densas, representadas pelos quilomícrons, de origem intestinal, e pelas
lipoproteínas de densidade muito baixa ou “very low density
lipoprotein” (VLDL), de origem hepática. O segundo grupo é
formado pelas lipoproteínas ricas em colesterol de densidade
baixa “low density lipoprotein” (LDL) e de densidade alta ou
“high density lipoprotein” (HDL).
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Exame e níveis ideais
Para evitar problemas futuros e doenças que podem estar relacionadas à hipercolesterolemia (colesterol alto), é importante
verificar frequentemente os níveis de colesterol no sangue e
cuidar da alimentação. O ideal é que no resultado do exame
o valor do Colesterol Total esteja abaixo de 200 mg/dL de sangue, já o HDL (bom colesterol) deve estar acima de 35 mg/dL
de sangue e o LDL (mau colesterol) deve ficar abaixo de 130
mg/dL de sangue, especifica o cardiologista Allan Cembranel.
A partir da dosagem no sangue, o médico especialista verifica
se os níveis de colesterol estão mais altos do que deveriam e
quais as medidas que devem ser tomadas. “A interpretação do
resultado deve levar em conta a proporção de suas frações”,
enfatiza Ana Beatriz Freitas Castro Marques, médica endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
Se os valores do Colesterol Total estiverem elevados porque
o HDL está elevado, o quadro clínico não é ruim. Mas se for
o LDL que estiver elevando o Colesterol Total, a situação se
torna preocupante, explica Marques.
“Situações de maior risco exigem controle mais rigoroso do LDL.
Assim, se o paciente for portador de diabetes, for fumante, possuir histórico de doença coronárias ou hipertensão arterial, objetiva-se metas mais rigorosas e o LDL deve ficar abaixo de 80 ou
100 mg/dl”, acrescenta a endocrinologista.
O colesterol é medido a partir de um exame de sangue chamado
Estudo do colesterol ou lipidograma. Para realizar o exame, o
paciente deve ficar em jejum de 12 a 14 horas. Mas antes desse
período de jejum, é necessário que o indivíduo tenha sua dieta
habitual, estado metabólico e peso estáveis por pelo menos duas
semanas antes da realização do exame para que seja feito o perfil lipídico, indica Ranieri Carvalho Leitão. “Além disso, deve-se
evitar a ingestão de álcool 72 horas antes e atividade física 24
horas antes da coleta de sangue”, alerta o cardiologista.
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Fatores de risco e prevenção
O principal fator de risco para
o alto nível de colesterol no
sangue é a herança genética. Ou seja, algumas famílias
possuem predisposição para
hipercolesterolemia. Além disso, existem diversos fatores do
nosso dia a dia que interferem
nos altos índices de colesterol
no sangue. “A obesidade ou
sobrepeso, alimentação inadequada em quantidade e qualidade, alta ingestão de gorduras,
açúcares, proteínas, sedentarismo, estresse e alterações metabólicas”, enumera o cardiologista Manoel Carlos Castanho.
A alimentação adequada é um fator determinante para o controle do colesterol e deve ser composta por frutas, verduras,
legumes, carnes magras, frango sem a pele, peixes, cereais
integrais, feijão, ervilha, lentilha, leite desnatado e derivados
que possuam baixo teor de gordura. Castanho aconselha a
utilizar óleos vegetais de canela, girassol, milho e o de soja
para o preparo dos alimentos, pois possuem gorduras boas
para o organismo e, por serem de origem vegetal, não aumentam os níveis de colesterol no sangue. “O azeite de oliva
extravirgem, sem aquecer, deve ser utilizado para temperar as
saladas. O preparo das carnes deve ser cozido, grelhado ou
assado”, indica o proprietário do Spa Sorocaba. Ele acrescenta
ainda que ingerir 50 g de abacate, duas unidades de nozes e
uma unidade de castanha-do-pará é uma boa opção no combate ao colesterol, pois possuem gorduras monoinsaturadas,
vitaminas e minerais.
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Para combater o colesterol é importante fazer algumas substituições no dia a dia e largar alguns hábitos pouco saudáveis.
Veja abaixo uma lista para acabar com a hipercolesterolemia.
• Reduza o consumo de carne vermelha, substituindo-a por frango ou peixe
• Troque os queijos amarelos pelos brancos
• Prefira as margarinas com fitosterol, que comprovadamente reduzem a absorção do colesterol
• Aumente o consumo de fibras solúveis, encontradas
na aveia, nos feijões e em frutas como a maçã
• Aposte nos alimentos ricos em antioxidantes, como
as frutas cítricas e as folhas verde-escuras
• Exercite-se todo dia por, no mínimo, meia hora
• Abandone o cigarro, pois ele lesa a parede dos vasos sanguíneos
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O que é aterosclerose?
A aterosclerose, ou doença cardíaca coronária (DCC), é o
estreitamento dos pequenos vasos sanguíneos que fornecem
sangue e oxigênio ao coração. A DCC também é chamada de
doença arterial coronária.
“A aterosclerose é classificada pelo envelhecimento da parede
das artérias e pelo depósito de placas de gordura nas artérias,
dificultando o fluxo sanguíneo, prejudicando o funcionamento adequado do coração e da frequência cardíaca”, define o
cardiologista Manoel Carlos Castanho.
A aterosclerose começa a se formar quando um material gorduroso ou outras substâncias formam acúmulo de placa nas
paredes das artérias coronárias. As artérias coronárias levam
sangue e oxigênio para o coração. Este acúmulo causa o estreitamento das artérias e, como resultado, o fluxo de sangue
para o coração pode ser reduzido ou interrompido.
O cardiologista Ranieri Carvalho Leitão explica que a aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial e que afeta, principalmente a camada interna de artérias
de médio e grande calibre. “A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devido
a diversos fatores de risco como elevação de lipoproteínas
aterogênicas (LDL, IDL, VLDL), hipertensão arterial ou tabagismo”, alerta Leitão. O depósito de lipoproteínas na parede
arterial é o processo que tem maior influência no início e desencadeamento da aterogênese e ocorre de maneira proporcional à concentração dessas lipoproteínas no plasma.
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ANATOMIA DE UM ATAQUE CARDÍACO
A placa
aterosclerótica
com coágulo
sangüíneo
ARTÉRIA SAUDÁVEL
ATEROSCLEROSE
ARTÉRIA
NORMAL
FLUXO DE SANGUE
Artéria estreitada
por placas
placa
aterosclerótica
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O PODER DA ALIMENTAÇÃO
Os alimentos ingeridos no dia a dia têm um papel fundamental no controle e na prevenção da hipercolesterolemia
A alimentação ocupa um papel importante na prevenção e
na manutenção dos níveis adequados de colesterol no sangue. Apesar de saber que 70% do colesterol que circula pelo
sangue é produzido pelo organismo, o cuidado com os outros
30% decorrentes da alimentação é fundamental para evitar o
desenvolvimento da hipercolesterolemia.
Como vimos anteriormente, o colesterol é essencial para o
nosso organismo, pois é responsável por todas as membranas
que envolvem as células e auxilia nos processos do metabolismo. Também é necessário para o crescimento e regeneração
celular e, além de estar presente no sangue e em todos os
tecidos, colabora com a produção dos hormônios sexuais e
do cortisol.
O HDL (colesterol bom) protege o organismo, recolhendo o
colesterol ruim depositado nos vasos sanguíneos para ser eliminado pelo fígado. E o LDL (colesterol ruim), quando presente em grande quantidade no organismo, pode provocar o
entupimento das artérias – aterosclerose, responsável por problemas cardiovasculares como infartos e derrames.
Por isso, é muito importante entender que os dois tipos de colesterol podem ser influenciados pelos nossos hábitos de vida.
O HDL pode aumentar quando se pratica atividades físicas
ou ingerindo determinados alimentos, já o colesterol ruim é
aumentado por fatores como alimentação errada e excesso de
peso e, geralmente, está associado a outros fatores de risco
como diabetes, tabagismo e pressão alta.
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Os alimentos que contêm colesterol são os de origem animal,
ricos em gordura do tipo saturada. “A alimentação inadequada, rica em gordura saturada, trans, carboidratos simples e pobre em fibras pode favorecer o aumento do colesterol”, alerta
Joana Lucyk, mestre em Nutrição pela UnB e diretora da Clínica Saúde Ativa – Nutrição & Qualidade de Vida.
“As principais fontes de colesterol são o leite integral, queijos,
manteiga, creme de leite, miúdos de boi e aves (fígado, coração, etc), biscoitos amanteigados, bacon, embutidos (salsicha,
linguiça, etc), frios (salame, presunto, etc), frutos do mar, gema
de ovo e pele de aves”, enumera Simone Abreu, nutricionista
da clínica BeSlim. A gordura trans também aumenta os níveis
de LDL e diminui o HDL. “Ela está presente nas gorduras hidrogenadas, muito utilizadas pelas indústrias na fabricação de sorvetes, chocolates, pães, molhos para salada, etc”, lista Abreu.
É importante entender que existem diversos tipos de gordura e
que algumas trazem mais benefícios do que outras, para uma
dieta equilibrada deve-se respeitar as quantidades ideais de
consumo de cada uma.
“A gordura saturada está presente nos alimentos de origem
animal (carnes, ovos, manteiga, leite e derivados) e deve completar até 10% do total de energia da dieta diária. Essas gorduras aumentam o risco de dislipidemias e doenças cardíacas
e por este motivo devem ser consumidas com moderação”,
explica Gabriela Marcellino, nutricionista da empresa Congelados da Sônia. As gorduras insaturadas são benéficas ao organismo, mas também devem ser consumidas em quantidades
moderadas. Elas são divididas em monoinsaturadas, presentes
nos óleos vegetais e sementes oleaginosas e em poliinsaturadas, que podem ser encontradas além dos óleos vegetais no
óleo de peixe em peixes de água fria, acrescenta Marcellino.
“As gorduras são fonte de vitaminas lipossolúveis (A, D, E,
e K), fazem parte da formação de hormônios, atuam como
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protetores de órgãos, fazem parte das membranas celulares,
ajudam na melhora de doenças do cérebro e reumáticas, entre
outras funções. Não devem ser excluídas da dieta e sim escolhidas de acordo com sua qualidade nutricional.
O excesso no consumo de alimentos gordurosos, frituras e
carnes gordurosas é o grande vilão. E quando não existe a
prática de atividades físicas e controle do peso corporal, a
situação tende a piorar.
A nutricionista Simone Abreu auxilia na definição de gordura
saturada, insaturada e trans.
• Gordura saturada
O que é: um tipo de gordura encontrado principalmente em
produtos de origem animal e que, em temperatura ambiente,
apresenta-se em estado sólido.
Onde é encontrada? - Carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados
integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de
dendê.
Consumo máximo por dia em uma dieta de 2000 calorias - 20 gramas.
Seus efeitos no corpo – Ela ajuda a aumentar o colesterol
ruim (LDL), que se deposita nas artérias, o que faz com que
ocorra o aumento no risco de problemas no coração.
• Gordura insaturada
O que é: existente principalmente em vegetais, ela é líquida
em temperatura ambiente. Há a monoinsaturada (com apenas
uma ligação dupla de carbono) e a poliinsaturada (com mais
de uma ligação dupla de carbono)
Onde é encontrada? - Azeite de oliva, óleo de canola e
de milho, amêndoa, castanha-do-pará, abacate, semente de
linhaça, truta e salmão.
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Consumo máximo por dia em uma dieta de 2000 calorias - 44 gramas
Efeitos no corpo - Ajuda a reduzir o colesterol ruim, o triglicérides (tipo de gordura que, em níveis elevados, pode causar
doenças coronarianas) e a pressão arterial.
• Gordura trans
O que é: um tipo de gordura formada por um processo quí
mico (hidrogenação), no qual óleos vegetais líquidos são
transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida
Onde é encontrada? - Margarina, biscoitos, batatas fritas,
sorvete e salgadinhos de pacote
Consumo máximo por dia em uma dieta de 2000 calorias - 2 gramas
Efeitos no corpo - Não traz nenhum benefício à saúde. Esse
tipo de gordura aumenta o colesterol ruim e, ao mesmo tempo, reduz o bom.
A polêmica do ovo
Por muito tempo o ovo foi visto
como um dos maiores vilões. Muitos médicos recomendavam que as
pessoas parassem de comê-lo e destacavam que ele deveria ser completamente excluído da alimentação. Entretanto, como a medicina
está em constante mudança e novas
pesquisas são iniciadas a todo o momento, o ovo conseguiu mudar seu
status de vilão e pôde voltar à mesa
da população.
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O que podemos afirmar é que, mesmo contendo colesterol, a
quantidade apresentada não influencia tanto nas taxas de colesterol do sangue. Além disso, o ovo possui inúmeros benefícios para o nosso organismo. “Em nossa alimentação sempre
deve haver um equilíbrio. Com o ovo não pode ser diferente,
apesar de possuir uma concentração alta de colesterol, há estudos que dizem que a gordura do ovo é menos prejudicial
que a carne”, exemplifica Ilana Gonzales, nutricionista e supervisora de Planejamento e Controle de Produção da Vivo
Sabor Alimentação.
Segundo o site Ovos Brasil (www.ovosbrasil.com.br), citado
pela nutricionista Ilana Gonzales, hoje, já se sabe que o colesterol do ovo não interfere nas taxas de colesterol sanguíneo e
que os grandes vilões neste sentido são as gorduras saturadas
e trans, dietas pobres em fibras, sedentarismo, obesidade e
tabagismo. Um ovo grande contém 6 g de proteínas. Tem 4,5
g de gorduras e somente um terço desta é gordura saturada.
Além disso, Simone Abreu acrescenta que uma análise feita
pelo Departamento de Agricultura dos EUA mostrou que o
ovo tem 14% menos colesterol do que a estimativa anterior
– passando de 215 miligramas para 185 miligramas. O consumo de gordura saturada pode ainda ser mais propenso a elevar
o colesterol do que o consumo do colesterol propriamente
dito. Os ovos, por sua vez, contêm relativamente pouca gordura saturada.
Atualmente sabe-se que o colesterol presente na gema do ovo,
se o indivíduo tem uma alimentação saudável, não interfere
diretamente no aumento do colesterol sanguíneo. “Para controlar o colesterol sanguíneo deve-se modular sua produção.
Para isso, o intestino deve ser íntegro, a microbiota intestinal
saudável e a alimentação equilibrada e rica em fibras”, incentiva Joana Lucyk, diretora da Clínica Saúde Ativa – Nutrição &
Qualidade de Vida.
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O ovo é fonte de proteínas de alto valor biológico, cada unidade contem em média 70 Kcal, apresenta vitaminas lipossolúveis A, D, E e K, ácido fólico, fósforo, zinco, ferro, selênio e
outros, defende a nutricionista Gabriela Marcellino. “Na medida em que as pesquisas avançaram tiraram o ovo do grupo
dos vilões. Nele podemos encontrar todos os aminoácidos essenciais que o nosso organismo necessita para desempenhar
as funções vitais, tais como, imunidade, transporte de nutrientes, fabricação de hormônios, produção de tecidos. As vitaminas e minerais presentes também têm funções de regulação e
equilíbrio no organismo”, destaca.
A nutricionista da Clínica BeSlim, Simone Abreu, acrescenta
ainda que os ovos são importantes para as dietas de emagrecimento, força muscular, funcionamento do cérebro, saúde dos
olhos, entre outros benefícios. “Hoje não existe recomendação para limitar o consumo de ovos para pessoas saudáveis”,
afirma a especialista.
Além de todos esses benefícios, ele é um alimento de fácil
acesso para diversas classes sociais e é considerado pela OMS
padrão ouro na oferta de proteínas. “A quantidade [de consumo] varia de acordo com a idade, mas de uma forma geral, adultos saudáveis podem consumir de 3 a 4 unidades na
semana, intercalando com o consumo de outras proteínas,
como aves, carnes e peixes. Para quem faz controle de colesterol, deve apenas ficar atento para não exceder o total de
colesterol do dia”, alerta Gabriela Marcelino, nutricionista da
empresa Congelados da Sônia.
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De olho nos alimentos
O Guia Alimentar para a População Brasileira de 2005 recomenda que o consumo de lipídios esteja entre 15% e 30% do
VET (valor baseado em uma dieta de 2000 kcal), esta recomendação é semelhante à da OMS (Organização Mundial de
Saúde), sendo que menos de 10% devem provir de gorduras
saturadas. “O que significa que o restante das calorias deve
derivar das gorduras mono e poliinsaturadas. É também importante incluir gorduras poliinsaturadas ômega 3 na dieta”,
explica a nutricionista Ilana Gonzales.
“Para limitar o consumo de gorduras no dia a dia dê preferência às carnes com baixos teores de gordura. Escolha carnes
brancas, como peixe e aves sem pele, e cortes magros de carne vermelha. Coma peixes marinhos pelo menos uma vez por
semana. Fuja das gorduras aparentes, como picanha e bacon.
Massas do tipo croissant e podre devem ser evitadas, porque
levam muito óleo na receita. Troque o leite integral pelo desnatado. Substitua o queijo amarelo pelo branco. Restrinja o
consumo de frituras no cardápio. Alimentos grelhados, assados ou cozidos são as melhores opções. Aumente a ingestão
de vegetais crus e o consumo de fibras incluindo cereais integrais no cardápio. Evite comer doces com alta concentração
de carboidratos, prefira as frutas aos doces calóricos. Para o
preparo dos alimentos, prefira óleo vegetal à gordura animal
(ou saturada)”, enumera a nutricionista.
O consumo de alimentos funcionais ajudará na redução dos
níveis de colesterol, assim como os ricos em fibras solúveis
e insolúveis. Estes são indicados, pois as fibras reduzem o
colesterol e tornam a absorção dos carboidratos mais lenta.
“A ingestão de fibras ajuda a diminuir os níveis de colesterol
sanguíneo, uma vez que este nutriente diminui a absorção da
gordura no intestino, ligando-se aos ácidos biliares, levando a
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um aumento na degradação do colesterol e da excreção pela
via dos ácidos biliares”, afirma a nutricionista Gabriela Marcellino. Entre os alimentos ricos nestas fibras, a nutricionista
destaca a aveia, leguminosas, laranja com bagaço, maçã com
casca, maracujá com a parte branca, vegetais folhosos e cereais integrais.
“Os ácidos graxos ômega 3 e 6, têm se mostrado importantes
na redução dos níveis de colesterol e redução das complicações cardiovasculares, podemos encontrar o ômega 3 em
peixes de água fria e linhaça, já o ômega 6 pode ser encontrado em óleos vegetais. É importante que exista equilíbrio nas
quantidades destes ácidos graxos para obtenção do beneficio”, alerta Marcellino.
Para ajudar a identificar quais alimentos podem auxiliar na
redução do colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL),
a nutricionista Ilana Sartori Gonzales, nutricionista e supervisora de PCP – Planejamento e Controle de Produção da Vivo
Sabor Alimentação, indica alguns alimentos.
• Peixes
Ótima fonte de ácido graxo ômega 3, um tipo de gordura boa,
do tipo insaturada, encontrada nos peixes de água fria, como
salmão, atum e truta.
• Aveia
Além das fibras insolúveis, contém uma fibra solúvel chamada
betaglucana, que exerce efeitos benéficos ao nosso organismo. Retarda o esvaziamento gástrico, melhora a circulação e
inibe a absorção de gordura (colesterol).
• Nozes e castanhas
Ricas em gorduras monoinsaturadas que ajudam a reduzir o
colesterol.
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• Azeite
Fonte de ácido oleico, que regula as taxas de colesterol e protege contra doenças cardíacas.
• Alcachofra
Suas fibras são resistentes à ação de enzimas que ajudam na
diminuição dos níveis de colesterol e triglicérides sanguíneos.
• Frutas cítricas
Os flavonóides, substâncias antioxidantes presentes nestas
frutas, diminuem os níveis de LDL (colesterol ruim) no organismo, pois limitam a absorção do colesterol no intestino.
• Linhaça
A semente é um dos alimentos mais ricos em ômega 3, por
isso, é responsável por prevenir doenças cardiovasculares, e
evitar coágulos ao diminuir as taxas de colesterol total e de
LDL colesterol.
• Soja
É uma excelente opção para proteger o coração, ajuda a diminuir o colesterol ruim.
OS VILÕES
A carne vermelha apresenta uma quantidade maior de colesterol, em comparação com as carnes brancas, ainda mais
quando contém capas de gordura. Mas, isso não significa que
elas devem ser totalmente excluídas do seu cardápio, como
explica a nutricionista Ilana Sartori Gonzales, supervisora de
Planejamento e Controle de Produção da Vivo Sabor Alimentação. “Controlando a ingestão de outros alimentos, é possí-
23
vel ingerir carne vermelha até três vezes por semana, sendo
cortes magros, grelhados, assados ou cozidos”, aconselha a
nutricionista.
“A carne vermelha é um alimento rico em nutrientes e substâncias para o crescimento e o desenvolvimento. É o alimento que contém a maior quantidade de ferro, sendo por isso
muito importante na prevenção de anemia, principalmente
para crianças, gestantes e idosos”, acrescenta Gonzales. Além
disso, a carne vermelha é rica em proteínas de alto valor biológico, essenciais para o crescimento de músculos, órgãos
e tecidos em geral. “O zinco também é encontrado em boa
quantidade, sendo um componente importante para muitas
reações enzimáticas e para o funcionamento do sistema imunológico”, defende a supervisora da Vivo Sabor Alimentação.
A lista abaixo apresenta os alimentos com maior concentração de colesterol e gorduras que podem prejudicar o funcionamento do organismo, principalmente se ingeridas em excesso. Fique atento e modere o consumo.
• Bacon
• Chantilly
• Biscoitos amanteigados
• Doces cremosos
• Pele de aves
• Camarão
• Queijos amarelos
• Carnes vermelhas “gordas”
• Sorvetes cremosos
• Creme de leite
• Lagosta
• Vísceras
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MEXA-SE E DIMINUA O
COLESTEROL
Além dos inúmeros benefícios proporcionados pela
atividade física, ela também auxilia no combate ao
aumento de gordura no sangue
Grande parte das doenças e distúrbios metabólicos que afetam
as artérias e o coração pode ser tratada ou até evitada com
uma mudança nos hábitos de vida. Ou seja, uma alimentação
adequada e a prática de atividades físicas regularmente são
fundamentais para uma vida mais saudável. Mas, qual o papel
da atividade física no tratamento da hipercolesterolemia?
Além de proteger o coração, enrijecer os músculos e aumentar o condicionamento físico, os exercícios também colaboram para o controle do colesterol. A prática de atividades físicas ajuda a diminuir os níveis de colesterol ruim e aumentar
o colesterol bom.
De acordo com Saulo Batista, professor de educação física e
coordenador da Jungle Gym Brazil, a atividade física se torna
importante nesse contexto por estimular a produção de HDL,
aumentando a qualidade de vida dos praticantes.
Como vimos anteriormente, o LDL, colesterol ruim, possui
muitas moléculas de gordura, que se depositam nas paredes
das artérias e dos vasos sanguíneos, formando as placas de
gordura. “Com surgimento dessas placas, diminui-se o diâmetro dos vasos sanguíneos e consequentemente o tamanho do
espaço que o sangue tem para passar. Tal fato implica no aumento da Pressão Arterial, levando a doenças do miocárdio,
como por exemplo, a hipertensão e até mesmo a ocorrência
de infarto”, alerta Batista. Já o HDL, por ser mais denso, é con27
siderado como bom. “Ele tem a função de resgatar essas moléculas de gordura que foram deixadas pelo LDL. Desta forma, o
HDL “limpa” os vasos e artérias normalizando o diâmetro dos
vasos, bem como a Pressão Arterial”, explica o coordenador
da Jungle Gym Brazil.
A prática de exercícios físicos é estimulada tanto na prevenção como no tratamento de fatores de risco cardiovasculares.
“O excesso de peso colabora para o surgimento destes fatores
de risco e a atividade física também é uma forma de prevenir
e tratar a obesidade. Além disso, a atividade física ajuda no
controle da ansiedade e do estresse e na recuperação da autoestima”, indica Cristiane Moulin, endocrinologista da Amil.
Alguns especialistas defendem que a atividade física pode ser
mais eficaz do que os remédios no combate ao colesterol alto.
Contudo, essa relação não se deve aos números em si, mas à
mudança de comportamento. “Exercício físico modifica comportamentos e padrões viciosos. Medicamentos não. Quando
adotamos a proposta de fazer exercícios físicos e cuidar da
alimentação com o objetivo de cuidar da saúde, promovemos
uma modificação de comportamento”, defende o professor de
Educação Física da academia GAFF Studio, Helson Anacleto.
No entanto, se formos analisar apenas os números, os medicamentos se mostram mais eficazes. “A elevação do HDL com a
prática de exercícios físicos variou de 4 a 22% na maioria dos
estudos (em números absolutos traduz-se em uma elevação
de 2 a 8 mg/dL). A niacina ou ácido nicotínico é uma medicação capaz de aumentar os níveis de HDL em 10 a 35%,
tornando-se, em valor absoluto, mais eficaz no aumento do
HDL. Porém, o uso desta medicação está associado ao risco de desenvolvimento de vários efeitos colaterais”, ressalta a
endocrinologista. A especialista afirma ainda que os médicos
só indicam a medicação nos casos em que não houve melhora com a implementação da atividade física ou em pacientes
com fatores de risco específicos associados.
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Atividades mais eficazes
Para que a atividade física auxilie na redução do colesterol
e no aumento do HDL é importante que ela seja feita com o
acompanhamento de um profissional de saúde.
De acordo com Cristiane Moulin, os exercícios aeróbicos,
como corrida, caminhada, natação e bicicleta, são os mais efetivos no combate ao colesterol alto. Entretanto, a escolha da
modalidade irá depender da preferência de cada um. “Como as
respostas benéficas requerem uma prática contínua de atividade física, o exercício deve ser uma prática que traga prazer para
que se tenha aderência”, aconselha a endocrinologista.
O coordenador Saulo Batista defende que o ideal é o treinamento inteligente. “O treinamento é feito de forma individualizada para que cada aluno atinja a sua frequência cardíaca alvo (zona aeróbica) com o objetivo de proporcionar um
maior gasto energético. Para isso utiliza-se assim exercícios
que envolvam o maior número de grupamentos musculares simultaneamente com atividades dinâmicas, objetivando manter a frequência cardíaca sempre elevada, mantendo o gasto
calórico alto, explica.
Para quem detesta academia e exercícios tradicionais, a dança pode ser uma grande aliada. A endocrinologista Cristiane
Moulin explica que a intensidade ideal para alcançar efeitos
benéficos para o organismo é, no mínimo, a moderada, o que
equivale a um consumo de 4-7 kcal/minutos. Isto corresponde
a realizar o exercício mantendo uma frequência cardíaca (FC)
a 60-80% da FC máxima. “Uma forma prática de se notar este
limite, quando não se tem meios de avaliar a frequência, como
através de frequencímetro, é manter o exercício em ritmo que
se torne um pouco difícil conversar, mas não chegue ao nível
de se sentir exausto, que incapacite a fala”, ensina Moulin.
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O segredo é a persistência
Para que a prática de atividade física apresente os resultados
esperados, é importante que ela seja frequente. Ou seja, não
adianta caminhar uma vez por semana e acreditar que será
sufuciente para combater os altos níveis de colesterol e auxiliar na manutenção da saúde. Claro que caminhar uma vez
por semana é melhor do que nenhuma vez, mas, de acordo
com a endocrinologista Cristiane Moulin, quanto mais atividade física, maior será o impacto sobre o perfil lipídico. “[É
importante] lembrar que a intensidade deve ser crescente até
certo limite, a partir do qual o risco de lesões, principalmente
osteomusculares, excede o benefício em potencial. O recomendado é a prática de atividade aeróbica na maioria dos
dias da semana, no mínimo 4 vezes por semana”, determina.
“O consenso mais novo recomenda que, para alcançar efeitos
benéficos na saúde, o adulto deve acumular no mínimo 150
minutos de atividade física aeróbica com intensidade moderada a intensa por semana. A duração recomendada é de 30
a 60 minutos, que pode ser feito em uma única sessão ou em
múltiplas sessões ao longo do dia (de no mínimo 10 minutos
cada)”, reforça a endocrinologista.
O acompanhamento de um especialista no esporte é recomendado para orientar quanto à intensidade, descanso e alimentação garantindo a segurança do paciente.
Independentemente do objetivo - seja perder peso, deixar o
sedentarismo ou melhorar os níveis de colesterol - o primeiro
passo antes de iniciar uma atividade física é passar por um
check-up médico.
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O QUE É COLESTEROL?
Tipos
Exame e níveis ideais
Fatores de risco e prevenção
O PODER DA ALIMENTAÇÃO
A polêmica do ovo
De olho nos alimentos
Os vilões
MEXA-SE E DIMINUA O COLESTEROL
Atividades mais eficazes
O segredo é a persistência
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