ENDOCARDIOSE VALVAR MITRAL EM CÃES Profª Drª Rosângela de Oliveira Alves Profª Drª Rosângela de Oliveira Alves EV/UFG Considerações Iniciais • Definição ç • Importância – Causa mais comum de ICC nos cães – Valva mitral ¨ 60% – Valva tricúspide ¨ Valva tricúspide ¨ 10% – V. mitral e tricúspide ¨ p 30% – Valva aórtica e pulmonar ¨ rara – Morbidade e mortalidadeROA Anatomia • Complexo Valvar Mitral – Folhetos ou cúspides Folhetos ou cúspides – Anel valvar – Cordas tendíneas – Músculos papilares Músculos papilares – Parede posterior atrial esquerda d – Parede livre ventricular esquerda ROA • Sinonímia Si í i – Degeneração Mixomatosa ou Mucóide Valvar Mitral – Doença Degenerativa Crônica Valvar Mitral – Fibrose Valvar Crônica de Mitral – Doença Valvar Adquirida Mitral – Regurgitação ou Insuficiência Adquirida Valvar Mitral – Esclerose Nodular Senil – Valva em “Pára‐quedas” ou em “Balão” – Valva “Floppy” – Síndrome da Valva Redundante ROA EPIDEMIOLOGIA • Raças – Poodle, Schnauzer miniatura, Daschund Teckel, Pinscher, Fox Terrier Cocker Spaniel Pomerania Bichon Frise Fox Terrier, Cocker Spaniel, Pomerania, Bichon Frise, Chihuahua, Boston Terrier e Cavalier King Charles Spaniels – SRD • Idade ¨ prevalência e severidade • Sexo ¨ prevalência sopros e doença ¨ ♀ ≅ ♂ • Sinais de ICC ¨ progressão + rápida e severa nos ♂ ROA ETIOLOGIA • Desconhecida • Fator poligênico hereditário (CKCS e Daschund) Fator poligênico hereditário (CKCS e Daschund) • Múltiplos fatores Múltiplos fatores – Degeneração do colágeno e elastina – Estresse no folheto valvar (resposta à injúria) ROA PATOLOGIA Patologia • Lesão progressiva p g • Folhetos: nodulares, espessados, distorcidos, retraídos, prolapsados para o AE l d AE • Cordas tendíneas: espessadas e fracas • Dilatação do AE, VE e anel valvar • Lesões de Lesões de “jato” jato no AE, fibrose endocárdica e miocárdica no AE fibrose endocárdica e miocárdica • Ruptura parede atrial ROA Patologia • Substituição da faixa densa de colágeno por tecido mixomatoso frouxo ¨ espessamento nodular, deformação e enfraquecimento dos folhetos ¨ distensão, retração e regurgitação valvar – Tecido mixomatoso = mucopolissacarídeos (ácido p ( hialurônico, sulfato de condroitina) dentre outras substâncias • Sem evidências de inflamação ROA FISIOPATOLOGIA ROA Fisiopatologia • Regurgitação valvar gradual (meses‐anos) • Tolerância à doença = evolução da regurgitação + distensibilidade atrial + contratilidade ventricular (assintomáticos × sintomáticos) • Regurgitação valvar ¨ dilatação AE ¨ dilatação VE ¨ dilatação anel valvar • Insuficiência miocárdica ¨ estágios finais ROA Fisiopatologia Regurgitação moderada de Regurgitação moderada de mitral ROA Regurgitação severa de mitral Fonte: www.vmth.ucdavis.edu/cardio/ cases/case9/figures.htm Fisiopatologia Mecanismos Compensatórios Mecanismos Compensatórios Regurgitação Valvar Mitral ¨ Dilatação AE Regurgitação Valvar Mitral Dilatação AE L Débito cardíaco Ativação SNA Simpático K FC Vasoconstricção Melhorar débito cardíaco Melhorar débito cardíaco Manter PA ROA Ativação SRAA Retenção de Na+ e H2O Vasoconstricção ç Dilatação VE Dilatação VE DIAGNÓSTICO G ÓS CO ROA Diagnóstico • Exame Clínico • Radiografias torácicas g • Eletrocardiograma • Ecocardiograma ROA Diagnóstico • Sinais Clínicos – Assintomático i ái – Intolerância à exercícios – Tosse – Taquipnéia, dispnéia ‐ Taquipnéia dispnéia ortopnéia ‐ ortopnéia angústia respiratória angústia respiratória – Episódios de fraqueza ou síncope – Cianose ROA Diagnóstico • Exame Físico – Dispnéia, taquipnéia, ortopnéia Dispnéia, taquipnéia, ortopnéia – Taquicardia e arritmias cardíacas – Sopro holossistólico, ápice esquerdo h l ól á d – Frêmito pré‐cordial – Crepitações e estertores pulmonares¨ ≠ doença vias aéreas – Cianose – TPC e pulso femoral TPC e pulso femoral ROA Diagnóstico • Eletrocardiografia – Normal – K duração da onda P= P mitral – K duração QRS e amplitude da duração QRS e amplitude da onda R – Taquicardia sinusal – FA – CVP ROA Diagnóstico Diagnóstico Diferencial ♥ Colapso de traquéia ♥ Bronquite crônica ♥ Pneumonia, fibrose e neoplasia pulmonares ♥ Faringite g ♥ Dirofilariose ♥ CMD ♥ Endocardite bacteriana ROA TRATAMENTO Tratamento • Cirúrgico (ainda experimental) – Valvuloplastia, anuloplastia e transplante valvar Valvuloplastia anuloplastia e transplante valvar • Médico – Objetivos – Grau de ICC Grau de ICC – L atividade física, controle do peso • Paciente Assintomático ROA Tratamento • Paciente com ICC leve à moderada P i t ICC l à d d – Dieta hipossódica – Vasodilatadores – V dil t d iECA it li i iECA, nitroglicerina – Diuréticos ‐ furosemida – Digitálicos ?? – Digitálicos ?? digoxina digo ina – Antiarrítmicos • Paciente com ICC severa P i t ICC – Idem – Broncodilatadores – B dil t d aminofilina, teofilina i fili t fili – Associação de diuréticos ROA Tratamento • ICC crônica refratária ô f á – Idem – Intensificar ou modificar a terapia • Monitorização e Reavaliação ROA FATORES COMPLICANTES FATORES COMPLICANTES • Arritmias A it i • Ruptura cordas tendíneas Ruptura cordas tendíneas • Medicação inapropriada ou insuficiente • K esforço cardíaco • Alta ingestão de sal ROA Cardiomiopatia Dilatada em p Cães e Gatos P fª D ª R â l d Oli i Al Profª Drª Rosângela de Oliveira Alves Cardiomiopatia Dilatada • O que significa? – Idiopática – Oculta • Qual a prevalência? Qual a prevalência? – Baixa – Raças grandes – Machos – Idade ROA • Qual a etiologia? Qual a etiologia? ?? ?? ?? ?? • Anormalidade estrutural e bioquímica do q miocárdio... ROA • Como acontece? Como acontece? Ð contratilidade miocárdica Ð Encurtamento da fibra Ï DSF e VSF Ð FE % FS% ⇒ VS Ð PA e DC 0 Catecolaminas SRAA ROA • História Natural – Doberman Pinscher – Boxer – Outras raças ROA • Que sinais clínicos podemos encontrar? – Ausentes – Síncope p – Intolerância aos exercícios – Edema pulmonar Edema pulmonar • Taquipnéia • Dispnéia • Tosse leve – Ascite – Perda de peso – Perfusão deficiente ROA • Como examinar? – Auscultação • Cardíaca • Pulmonar – Palpação abdominal • Hepato e esplenomegalia Hepato e esplenomegalia • Ascite – Distensão jugular – Pulso ROA • Como diagnosticar? – Eletrocardiografia – Radiografia – Ecocardiografia ROA • Tratamento T t t – Objetivos • Reduzir sinais clínicos • Aumentar a sobrevida Aumentar a sobrevida • Retardar ou abolir a morte súbita • Melhorar a qualidade de vida ROA • Como Tratar? – Diurético • Furosemida – Inibidor da ECA – Digitálico • 0,005‐ 0,01 mg/kg BID – Dieta ROA • Tratamento – Antiarrítmicos • β‐bloqueadores β q – Propranolol (0,2‐1,0mg/kg TID) – Atenolol (0,25‐1,0 mg/kg SID ou BID) – Metoprolol (0,25‐1,0 mg/kg BID ou TID) • Amiodarona (10‐20mg/kg SID) • Sotalol (0,5‐2,0 mg/kg BID) Sotalol (0 5‐2 0 mg/kg BID) – Bloqueadores dos canais de cálcio – Taurina/ L Taurina/ L‐carnitina carnitina • 500mg/kg BID 1g/kg BID – Cirurgia g ROA