MARIA CLAUDETE ZULIM CAPACITAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MONITORAMENTO DAS DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS Ponta Porã– MS 2011 2 MARIA CLAUDETE ZULIM CAPACITAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MONITORAMENTO DAS DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientador (a): Profa. Msc. Luiza Helena de Oliveira Cazola. Ponta Porã– MS 2011 3 RESUMO A capacitação é um conjunto de ações pedagógicas, compreendidas como aperfeiçoamento/qualificação vinculado ao planejamento de ações, que visam promover de forma continuada, o desenvolvimento integral das ações do ACS, possibilitando qualidade e competência técnica na execução de suas atividades diárias. Houve a necessidade de implantação de uma atividade educativa que pudesse servir de apoio e facilitar o conhecimento e a importância do diagnóstico de casos de doenças diarréicas agudas, assim como, a notificação e o monitoramento desses casos. É necessária uma organização mínima da equipe de saúde da família juntamente com todas as unidades de saúde do município para que o programa opere continuamente e permita detecção de agravos de forma oportuna e eficaz, contribuindo na prevenção de surtos e epidemias. Após a capacitação dos ACS, cabe ao enfermeiro de cada unidade de saúde ser responsável pelas ações da MDDA o planejamento da implantação do programa, treinamentos, assessoria técnica ao local, supervisão das atividades, garantia dos insumos, processamento dos dados, cumprimento dos prazos de envio e avaliação dos dados. A capacitação realizada na unidade de estratégia da saúde da família do bairro Ipê II em Ponta Porã contribuiu para orientar e esclarecer aos agentes comunitários de saúde a estarem sempre atentos aos primeiros sinais e sintomas de uma doença diarréica aguda, orientar com clareza a população sobre as principais complicações da doença e as atitudes corretas a serem prestadas para um atendimento eficaz e tratamento imediato. Palavras - chave: Capacitação em serviço, Saúde da família; Diarréia. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................7 2.1. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA.......................................................................8 2.2. SISTEMA DE INFORMAÇÃ...............................................................................8 2.3. MONITORIZAÇÃO DAS DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS......................9 2.4. A IMPORTÂNCIA DO ACS NO ACOMPANHAMENTO DOS CASOS DE DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS..................................................................13 3. OBJETIVO GERAL........................................................................................14 4. CONTEXTUALIZAÇÃO DA UNIDADE..........................................................15 5. DESCRICÃO DA EXPERIÊNCIA..................................................................16 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................18 APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO.................................................................................19 APÊNDICE B: GRÁFICOS...........................................................................................22 ANEXOS I: FICHA MDDA IMPRESSO I....................................................................29 ANEXOS II: FICHA MDDA IMPRESSO II..................................................................30 ANEXOS III: FICHA MDDA IMPRESSO III...............................................................31 ANEXOS IV: FICHA MDDA IMPRESSO IV...............................................................32 ANEXOS V: MANEJO DAS DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS...........................33 ANEXOS VI: ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS NO CONBTROLE DAS DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS (ACS)................................................................34 REFERÊNCIAS..............................................................................................................35 5 1. INTRODUÇÃO De acordo com um plano de intervenção de uma atividade realizada no Módulo 02, do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família na modalidade à distância, foi identificado por meio da coleta de dados das planilhas semanais de notificação de casos de diarréias agudas da Vigilância Epidemiológica na Unidade de Saúde da Família do bairro Ipê-II, em Ponta Porã, uma sub-notificação no número de casos de doenças diarréicas agudas. Em virtude dessa informação, foi observada à necessidade de implantação de uma atividade educativa que pudesse servir de apoio e facilitar o conhecimento e a importância do diagnóstico de casos de doenças diarréicas agudas, sua notificação e monitoramento desses casos. A diarréia, embora reconhecida como importante causa no quadro da morbi-mortalidade do país, até o presente não teve sua inclusão consolidada com sucesso no Sistema de Vigilância Epidemiológica (BRASIL, 2006). Por ser um assunto relevante, cabe a nós profissionais de saúde, uma intervenção imediata para que possa minimizar essa sub-notificação, capacitando os ACS a identificar casos de doenças diarréicas agudas, notificar e monitorar os casos encontrados. Com isto, terá sua parcela de contribuição para que estes dados sejam cada vez mais reais. A dificuldade em vigiar as doenças diarréicas decorre, fundamentalmente, de sua elevada incidência, da inobservância da obrigatoriedade de notificação de surtos e da aceitação tanto da parte da população leiga, quanto da maioria dos técnicos de que o problema de diarréia é “normal” no Brasil (BRASIL, 2008). Em estudos analisados de vários autores, permitem a afirmativa de que a diarréia é responsável por uma elevada proporção de óbitos em menores de cinco anos, e que sua maior prevalência se registra nas áreas carentes de saneamento e onde há maior concentração de populações de reduzida condição sócio-econômica, como é o caso da população estudada da região Oeste de Ponta Porã, nas áreas abrangentes da Unidade de Saúde da Família do Ipê II. Não dependem somente dos profissionais de saúde as intervenções, mas as promoções de saúde envolvendo a comunidade, as informações sobre os agravos que a doença diarréica pode causar, e as maneiras simples de prevenção que cada membro da comunidade deve saber para evitar a doença diarréica, contribui para uma diminuição nas internações e ao óbito. 6 Estas constatações não se aliam, porém, a um conhecimento da dinâmica dessas doenças e não têm resultado em ações objetivas para a prevenção ou controle. É urgente a necessidade de se organizar uma capacitação aos agentes de saúde para sensibilizar da importância de colher, registrar e analisar com suficiente agilidade dos dados referentes às doenças diarréicas agudas, e principalmente transmitir as orientações básicas à população sobre as causas das doenças diarréicas, o tratamento e a prevenção. Para que isto se torne viável em futuro próximo, estas ações deverão ser simplificadas e descentralizadas, ressaltando de um interesse em abordar todas as unidades de saúde do município. 7 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Doenças Diarréicas Agudas: é uma síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitas), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Com frequência, é acompanhada de vômitos, febre e dor abdominal. Em alguns casos, há presença de muco ou sangue. No geral, é autolimitado, com duração entre dois a quatorze dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos, principalmente quando associada à desnutrição (BRASIL, 2008). As crianças de baixa idade, sobretudo aquelas que se encontram em precárias condições de vida, são as que pagam maiores tributo a esta patologia, 85% das mortes por diarréia, acontecem em crianças no 1º ano de vida. Com o advento da hidratação oral houve um decréscimo significativo da mortalidade por diarréia aguda na infância (BRASIL, 2006). A diarréia é responsável por altos índices de atendimento médico, absenteísmo em escolas e trabalhos, e ainda expressiva causa de morbimortalidade no mundo e no país (no mundo, mais de quatro milhões de crianças menores de cinco anos, principalmente, em países em desenvolvimento, vão a óbito devido à diarréia infantil aguda. No Brasil ocorrem mais de 600 mil internações/ano e oito mil óbitos por diarréia (BRASIL, 2008). 8 2.1. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA A notificação compulsória consiste na comunicação da ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, do rol de agravos relacionados na Portaria, que deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Além disso, alguns eventos ambientais e doença ou morte de determinados animais também se tornaram de notificação obrigatória. Não é uma doença de notificação compulsória, em virtude de sua elevada frequência. A vigilância é feita pela Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas, que consiste no registro de dados mínimos dos doentes (residência, idade, plano de tratamento) em unidades de saúde (BRASIL, 2008). 2.2. SISTEMA DE INFORMAÇÃO Os Sistemas de Informação em Saúde são importantes ferramentas para definição das prioridades no setor saúde, embora não sejam utilizadas de forma sistemática. Este trabalho tem por objetivo avaliar as potencialidades do Sistema de Informação das Unidades de Saúde da Família, como um sistema complementar para a Vigilância Epidemiológica com relação à notificação e registro na ficha de Monitoramento de Doenças Diarréicas Agudas (MDDA). Representa um problema de Saúde Pública de grande magnitude, admite-se que ocorrem anualmente 1,5 bilhões de episódios agudos de diarréias no mundo, com cerca de três milhões de óbitos por ano. A depender da área geográfica considerada, as taxas de ataque variam de 2 a 12 episódios por criança por ano (BRASIL, 2006). A informação em saúde é considerada a matéria-prima para o processo de tomada de decisões, principalmente para os níveis locais, possibilitando a análise da situação de uma população. Desta forma, um conjunto de informações correlacionadas com um evento esporádico ou contínuo, fez gerar Sistema de Informação em Saúde (SIS), que são norteadores e instrumentos para tomada de decisões. (CAZOLA, 2008, p. 26). 9 2.3. MONITORIZAÇÃO DAS DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS A Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas – MDDA é um programa de âmbitos nacionais, em unidades sentinelas municipais que atendem a doença diarréica aguda (incluída a vigilância da diarréia sanguinolenta) – tem como objetivo espelhar o perfil de diarréias nos municípios e respectivas regionais de saúde e, através de permanente acompanhamento de sua tendência, detectar precocemente surtos e epidemias (BRASIL, 2009). O termo "sentinela", quando utilizado em Saúde Pública, vem antecedido de diversos substantivos como unidades de saúde, eventos, áreas, populações, que têm como eixo comum a coleta de informações com sensibilidade para monitorar certo universo de fenômenos. Esta designação foi empregada pela primeira vez pela vigilância epidemiológica, em 1976, quando Rutstein e colaboradores chamaram a atenção para a necessidade de se identificar “eventos sentinelas” em saúde, definindo-os como doenças previsíveis, incapacidades ou óbitos evitáveis (BRASIL, 2007). A formação das “unidades sentinelas” com a participação de todas as unidades de saúde que atendem casos de diarréias é um avanço importante para controlar os surtos de diarréia aguda no município contando com a fundamental participação do ACS (BRASIL, 2008). O programa exige continuidade no acompanhamento através de três componentes: Coleta de informações; análise de dados e divulgação dos dados em todos os níveis do sistema de saúde (BRASIL, 2007). Uma avaliação sistemática semanal é também requisito básico no nível das unidades sentinelas e no de coordenação municipal, buscando relações entre os casos atendidos (BRASIL, 2006). Se ocorrer detecção de surtos de diarréia/epidemias – deverá ocorrer a notificação imediata e investigação epidemiológica (seguir as recomendações e formulários de trabalho/informação do manual de investigação de surtos de DTA) (BRASIL, 2006). 10 Em Mato Grosso do Sul, a doença diarréica, está em terceiro lugar entre maiores gastos com internações em crianças menores de cinco anos, aproximadamente o índice é de 10,4% de casos da população perdendo apenas pelas doenças perinatais com índice de 16,0% e pelas Iras com índice de 41,52 (BRASIL, 2002). Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde e Vigilância Epidemiológica, dão conta que a diarréia constitui um dos principais agravos da população, devido à falta de infraestrutura no saneamento básico e no abastecimento de água potável (BRASIL, 2008). O município deve oferecer subsídios para o planejamento do atendimento à demanda de doenças diarréicas nas unidades de saúde (material de consumo, fichas, mapas, sais hidratantes – TRO, medicamentos, RH, estabelecimento de serviço de referências, etc.) e ter como apoio a estratégia da Saúde da Família (ESF). E este deve estar integrado ao programa da Saúde da Criança (BRASIL, 2009). É necessária uma organização mínima da equipe de saúde da família juntamente com todas as unidades de saúde do município para que o programa opere continuamente e permita detecção de agravos de forma oportuna e eficaz, contribuindo na prevenção de surtos e epidemias (BRASIL, 2006). De acordo com o manual de Vigilância e saúde, deve considerar uma avaliação do estado de hidratação da pessoa ou criança com doença diarréica aguda. - Condição da pessoa, letargia, fraqueza; - Olhos brilhantes, opacos; - Lágrimas, presença ou ausência; - Boca e Língua, seca ou saburrosa; - Sede intensa; - Sinal da prega; - Pulso, fraco, taquicárdico; 11 - Enchimento capilar demorado. Os exames parasitológicos de fezes, culturas de bactérias e vírus servirão para um diagnóstico clínico-epidemiológico (BRASIL, 2008). E para um diagnóstico diferencial, são utilizados entre os agentes causadores das diarréias, exames específicos, no caso de surto. E para o diagnóstico etiológico de um ou mais casos ou da fonte de infecção, utiliza-se também o critério clínico-epidemiológico (BRASIL, 2006). O modo de transmissão pode ocorrer pela via oral ou fecal-oral, sendo específico para cada agente etiológico. Transmissão indireta – ingestão de água e alimentos contaminados e contato com objetos contaminados (ex.: utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, equipamentos hospitalares); Transmissão direta – pessoa a pessoa (ex.: mãos contaminadas) e de animais para as pessoas (BRASIL, 2008). Os manipuladores de alimentos, e vetores como as moscas, formigas e baratas, podem contaminar, principalmente, os alimentos e utensílios. Locais de uso coletivo, tais como escolas, creches, hospitais e penitenciárias apresentam maior risco de transmissão (BRASIL, 2008). A terapêutica indicada é a hidratação oral, através do sal de reidratação oral (SRO), que simplificou o tratamento e vem contribuindo significativamente, para a diminuição da mortalidade por diarréias. O esquema de tratamento independe do diagnóstico etiológico, já que o objetivo da terapêutica é reidratar ou evitar a desidratação. O esquema terapêutico não é rígido, administrando-se líquidos e o SRO de acordo com as perdas. Se houver sinais e sintomas de desidratação, administrar soro de reidratação oral, de acordo com a sede. Inicialmente, a criança de até 12 meses deve receber de 50 a 100 ml e aquelas acima de 12 meses, 100 a 200 ml. Após a avaliação, recomenda-se o aumento da ingestão de líquidos como soro caseiro, sopas e sucos não laxantes. Manter a alimentação habitual, em especial o leite materno, e corrigir eventuais erros alimentares. Persistindo os sinais e sintomas de desidratação e se o paciente vomitar, deve-se reduzir o volume e aumentar a freqüência da administração. Manter a criança na unidade de saúde até a reidratação. O uso de sonda nasogástrica (SNG) é indicado apenas em casos de perda de peso após as duas primeiras horas de tratamento oral, com vômitos persistentes, distensão abdominal e ruídos hidroaéreos presentes ou dificuldades de ingestão. Nesses casos, administrar 20 a 30 ml/kg/hora de SRO. A hidratação parenteral só é 12 indicada quando houver alteração da consciência, vômitos persistentes, mesmo com uso de sonda nasogástrica, presença de íleo paralítico e nos casos em que a criança não ganha ou perde peso com a hidratação por SNG. Os antimicrobianos devem ser utilizados apenas na disenteria e casos graves de cólera. Quando há identificação de trofozoítos de G. lambia (15mg/kg/dia) ou E. hystolitica (30mg/kg/dia) é recomendado o Metronidazol, dividido em 3 doses, por cinco dias (BRASIL, 2006). Há fortes evidências que o leite materno protege contra a diarréia, principalmente em crianças mais pobres. É importante destacar que esta proteção pode diminuir quando o aleitamento materno deixa de ser exclusivo. Oferecer à criança amamentada água ou chás, prática considerada in ofensiva até pouco tempo atrás, pode dobrar o risco de diarréia nos primeiro seis meses (BROWN et al., 1989; POPKIN et al., 1992). Além de evitar a diarréia, a amamentação também exerce influência na gravidade dessa doença. Crianças não amamentadas têm um risco três vezes maior de desidratarem e de morrerem por diarréia quando comparada com as que são amamentadas (VICTÓRIA et al., 1992). A diarréia é uma doença que está entre as principais causas de mortes em crianças em nosso país. O desmame precoce, o baixo nível educacional e as más condições de saneamento ambiental são fatores predisponentes para a doença diarréica (BRASIL, 2002). Segundo dados do sistema DATASUS, no ano de 2010, foram notificados 2.156 casos de doenças diarréicas, em toda a região de Ponta Porã, e foram registrados 72 casos notificados de doenças diarréicas na área de abrangência da ESF IPÊ II. 13 2.4. A IMPORTÂNCIA DO ACS NO ACOMPANHAMENTO DOS CASOS DE DOENÇAS DIARRÉIACAS AGUDAS. Cada equipe é composta, minimamente, por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e ACS, cujo total não deve ultrapassar a 12. Essa equipe pode ser ampliada com a incorporação de profissionais de Odontologia: cirurgião dentista, auxiliar de saúde bucal e/ou técnico em saúde bucal. Cabe ao gestor municipal a decisão de incluir ou não outros profissionais às equipes (BRASIL, 2009). Atualmente são mais de 200mil em todo o Brasil desenvolvendo ações de promoção e vigilância em saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas (BRASIL, 2009). O agente comunitário de saúde é, portanto um profissional que desempenha a principal função em uma unidade de saúde é o elo entre a equipe de saúde da família e a comunidade e por ser um morador da microárea, também é um conhecedor de todos da comunidade em que atua, é capaz de apontar as dificuldades, agravos, vulnerabilidade da região tendo a facilidade de se aproximar das pessoas e, saber exatamente os problemas, ouvir, promover saúde, informar e orientar as famílias em suas visitas domiciliares e acompanhar a equipe da unidade de saúde da família nas ações comunitárias e campanhas. No processo de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o agente comunitário de saúde (ACS) tem sido um personagem muito importante realizando a integração dos serviços de saúde da atenção primária à saúde com a comunidade (BRASIL, 2009). Após a capacitação dos ACS, cabe ao enfermeiro de cada unidade de saúde ser responsável pelas ações da MDDA (planejamento da implantação do programa, treinamentos, assessoria técnica ao local, supervisão das atividades, garantia dos insumos, processamento dos dados, cumprimento dos prazos de envio e avaliação dos dados) (BRASIL, 2008). . 14 3. OBJETIVO GERAL Realizar capacitação aos agentes comunitários de saúde da Unidade de Saúde da Família Ipê II sobre o monitoramento das doenças diarréicas agudas. 15 4. CONTEXTUALIZAÇÃO DA UNIDADE O trabalho foi realizado na UESF IPÊ II, pertencente à região urbana na cidade de Ponta Porã (MS), localizada na região Oeste, que abrange os seguintes bairros: Ipê II; Ipê III; Pq. Das Aroeiras; Pq. Dos Eucaliptos; Jd. Independência; Jd. Ivone; Jd. Planalto; Jd. Itaipu; Jd. Das Oliveiras; Jd. Botânico; Gui Vilela; Vila Maísa; Vista Alegre; Cabeceira São João Mirim; Manoel Pardial; São Pedro; São Bernardo I; São Bernardo II, com suas seis respectivas micro-áreas. Possui aproximadamente uma população em torno de 5.317 habitantes e 1.500 famílias, com a atuação de seis agentes comunitários de saúde. De acordo com dados do SIAB, o tratamento de água no domicílio corresponde em ordem decrescente uma porcentagem de famílias que se dispõem de alguns métodos para o próprio consumo: 47,65% das famílias utilizam para seu consumo a água proveniente das redes públicas, que são consideradas “sem tratamento domiciliar”; 36,73% das famílias utilizam para seu consumo a cloração em sua água além do tratamento das redes públicas; 11,80% das famílias utilizam a filtração para o consumo das águas procedentes das rédeas públicas; e somente 3,82% das famílias fervem a água para o consumo, sendo que, 5,29% das famílias possuem poços ou nascentes para o consumo de água, ou seja, 1,47% destas famílias consomem água de poços ou nascentes “inatura”, sem nenhum tipo de tratamento destes acima citados. 16 5. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA Foi elaborado em forma de questionário, um instrumento para melhorar o aprendizado, acompanhamento e monitoramento dos casos de diarréia encontrados em visitas domiciliares de rotina pelos ACS, a fim de levar ao conhecimento sinais e sintomas específicos de doenças diarréicas agudas, sensibilizando a importância de sua notificação junto à unidade de saúde, com base nas recomendações do Ministério da Saúde para a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), uma vez que essa estratégia se apresenta como um novo enfoque de abordagem à saúde da criança no primeiro nível de assistência, integrando ações curativas com medidas de prevenção e promoção da saúde, em forma de dramatizações, e teoria em apresentações de slides, baseado no Guia de Vigilância em Saúde das Doenças Diarréicas Agudas, uma capacitação do Ministério da Saúde, salientando a importância desta atividade. O questionário foi aplicado a doze agentes comunitários de saúde na sala de reuniões da unidade de Estratégia de Saúde da Família do bairro Ipê II em Ponta Porã (apêndice A). Foi comentado sobre cada resposta e houve a participação de todos os agentes comunitários de saúde e, em debate, foi possível destacar algumas falhas de comunicação e conhecimento entre a teoria e a prática, como mostra o gráfico (apêndice B). Na capacitação foram utilizados multimídias como data-show e notebook, em forma de slides em linguagem bem simples, parte teórica, com a oportunidade de debates, relatos de experiências de campo, muito rica de informações. Na parte prática, foi realizado o preparo do SRO e soro caseiro com a utilização da colher medida. De acordo com o Plano A, do manual de Vigilância em Saúde de MS, destina-se a pacientes com diarréia, sem sinais de desidratação (anexo V). A capacitação do ACS estará voltada principalmente a identificar estes sinais e sintomas, com o objetivo de orientar o paciente ou o responsável sobre 17 a importância do aumento da ingestão de líquidos e da manutenção da alimentação, fornecendo o (SRO) soro de reidratação oral em sache e orientando e preparando para o uso imediato. De acordo com o plano B, do manual de Vigilância em Saúde de MS, destina-se a paciente com diarréia e com sinais leves de desidratação (anexo V). E a conduta preconizada é orientar que seja levado o paciente para a unidade de saúde, para que se possa mantê-lo em observação, fornecer a ele, SRO até o regresso do quadro de desidratação, em crianças orienta-se a medida de 100 ml por Kg por um período não superior a 4 horas, liberar o paciente após melhora e realizar as recomendações idem ao PLANO A. De acordo com o plano C, do manual de Vigilância em Saúde de MS, destina-se a paciente com diarréia com sinais graves de desidratação, e a conduta preconizada, neste caso é orientá-lo para se encaminhar com urgência ao Hospital Regional, para que se possa utilizar uma reidratação venosa (Anexo V). A capacitação teve uma duração de seis horas no total, divididos em três encontros com duração de duas horas. Após a capacitação foi realizado uma avaliação do curso de modo a avaliar o conhecimento teórico aprendido na capacitação. Cabe ainda dizer que foram baseadas nas atribuições já existentes de acordo com o Ministério da Saúde de Mato Grosso do Sul, Campo Grande. 18 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A capacitação realizada na unidade de estratégia da saúde da família do bairro Ipê II em Ponta Porã contribuiu para orientar e esclarecer aos agentes comunitários de saúde a estarem sempre atentos aos primeiros sinais e sintomas de uma doença diarréica aguda, orientar com clareza a população sobre as principais complicações da doença e as atitudes corretas a serem prestadas para um atendimento eficaz e tratamento imediato. E para o desenvolvimento e aplicabilidade da atividade, a equipe participou ativamente e demonstraram interesse em aprender, participaram da atividade prática e não se opuseram às convocações e sabiamente terão condições de desenvolver seu trabalho com mais conhecimento e segurança. A capacitação serviu para enriquecer e ampliar os conhecimentos e avaliar as ações desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde em relação às atividades cotidianas referentes à busca de casos novos de doenças diarréicas agudas e a forma de orientação ao tratamento antes de agravar as condições da pessoa, e contribuiu também para desenvolver ações de prevenção de doenças diarréicas, envolvendo a comunidade. Foi verificado em loco junto à vigilância epidemiológica do município de Ponta Porã um aumento significativo no número de notificações de casos de doenças diarréicas agudas, da unidade saúde da família do IPÊ II, e estes resultados nos indicam de tal maneira como é importante uma reciclagem e atualização periódica dos procedimentos rotineiros de toda a equipe de saúde para manter o nível de qualidade no atendimento da comunidade. 19 Apêndice A Questionário: 1. Ao identificar os casos de doenças diarréicas agudas em visita domiciliar, qual sua atitude: a) ( ) encaminhá-lo à unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento; b) ( ) encaminhá-lo ao Pronto Socorro do Hospital Regional; c) ( ) orienta a procurar a unidade de saúde em caso de piora do quadro; d) ( ) orienta a fazer chás caseiros com ervas de seus conhecimentos; 2. Ao identificar sinais ou situações de riscos em casos de diarréia o qual sua orientação? a) ( ) sobre o tratamento da água para consumo humano, o destino dos dejetos e o lixo residencial; b ( ) a chamar o responsável pela coleta de lixo urbano; c ( ) reclamar com os responsáveis pela distribuição da rede pública de água; d ( ) a perfurar poço artesiano, pois este não tem impurezas na água e não necessita de tratamento. 3. Em suas ações educativas junto à comunidade você: a ( ) leva informações e orientações às famílias, para que possam identificar e prevenir as doenças diarréicas; b ( ) traz reclamações dos atendimentos para que possam ser melhorados; c ( ) leva remédio ou ervas para que a pessoa possa iniciar o tratamento; d ( ) leva o paciente até o Hospital Regional. 4. Ao acompanhar os pacientes com doenças diarréicas agudas qual sua orientação? a ( ) orienta quanto à necessidade na continuidade do tratamento; b ( ) que não deve beber muito líquido para não vomitar; c ( ) que deve ingerir muito chá caseiro, mesmo que estiver vomitando; d ( ) que só retorne no posto de saúde se a diarréia piorar. 5. Qual orientação de prevenção das doenças diarréicas agudas? a ( ) sobre a doença, seus sinais e sintomas, riscos e forma de transmissão; 20 b ( ) que a diarréia pode ser adquirida na escola, na creche, e em casa, por falta de higiene principalmente das mãos e alimentos ao serem consumidos. c ( ) que manter lixo destampado e alimentos mal cozidos, contribuem para casos de diarréias agudas. d ( ) beber a água do poço sem ferver, clorar ou filtrar, pode desencadear a diarréia aguda. 6 . Sobre o tratamento das diarréias, o que você orienta: a ( ) hidratação oral com SRO; b ( ) hidratação oral com soro caseiro; c ( ) manter a alimentação normal, evitando dietas laxantes; d ( ) em caso de vômitos, diminuir a quantidade do soro e aumentar o número de vezes. 7. Ao notificar um ou mais casos de diarréia qual sua conduta? a ( ) certificar a presença dos sinais e sintomas, e orientá-lo iniciar a reidratação oral; b ( ) encaminhá-lo à unidade de saúde para que possa ser diagnosticado a doença; c ( ) notificar à unidade de saúde no mesmo dia em que houve o caso de diarréia para ser registrado na ficha de notificação e monitoramento dos casos de doenças diarréicas agudas; d ( ) acompanhar e monitorar a recuperação do paciente após a notificação. 8. Como você atua como elemento mobilizador da comunidade? a ( ) chamando a atenção das pessoas para a importância da participação de todos em campanhas e mutirões no combate às doenças diarréicas agudas; b ( ) aguardando que o paciente vá à unidade de saúde para se informar; c ( ) não se interessa pelas campanhas e mutirões; d ( ) não é obrigado a informar sobres tais campanhas e mutirões. 9. Como você contribui para o desenvolvimento de uma assistência mais integral e resolutiva? a ( ) Registrando informações, dados e percepções que vão possibilitar que os profissionais da unidade básica de saúde articulem a visão clínicoepidemiológica; 21 b ( ) divulgando à equipe de saúde os aspectos sociais e culturais para que favoreça a assistência; c ( ) participando ativamente das reuniões e capacitações, afim de aplicar na prática seus conhecimentos em benefício da população; d ( ) orientar continuamente sobre o tratamento da água para consumo humano, o destino dos dejetos e o lixo residencial. 10. Quais os sintomas da diarréia? a ( ) aumento do número de evacuações, com fezes aquosas, ou de pouca consistência; b ( ) com frequência é acompanhada de vômitos, febre e dor abdominal; c ( ) em alguns casos há presença de sangue; d ( ) pode ser causada por toxinas naturais, produtos químicos e estar associada a outras doenças não de origem alimentar. 22 Apêndice B GRÁFICOS 1. Ao identificar os casos de doenças diarréicas agudas em visita domiciliar, qual sua atitude: a( ) encaminhá-lo à unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento; b( ) encaminhá-lo ao Pronto Socorro do Hospital Regional; c( ) orienta a procurar a unidade de saúde em caso de piora do quadro; d( ) orienta a fazer chás caseiros com ervas de seus conhecimentos; FIGURA 1. 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Alternativa A Alternativa B A figura 01 representa que oito agentes comunitários de saúde indicam que devem ser encaminhados à unidade de saúde a pessoa com doença diarréica aguda, para o diagnóstico e tratamento adequado. E apenas duas estariam encaminhando diretamente ao Pronto Socorro do Hospital sem antes passar pela unidade de saúde. 2. Ao identificar sinais ou situações de riscos em casos de diarréia o qual sua orientação? a) ( ) sobre o tratamento da água para consumo humano, o destino dos dejetos e o lixo residencial; b) ( ) a chamar o responsável pela coleta de lixo urbano; c) ( ) reclamar com os responsáveis pela distribuição da rede pública de água; d) ( ) a perfurar poço artesiano, pois este não tem impurezas na água e não necessita de tratamento. 23 FIGURA 2. 12 10 8 6 4 2 0 Alternativa A A figura 2 representa que todos os agentes comunitários de saúde ao identificar sinais e situações de risco, orientam sobre o tratamento da água para consumo e o destino de dejetos e lixo residencial. 3. Em suas ações educativas junto à comunidade você: a) ( ) leva informações e orientações às famílias, para que possam identificar e prevenir as doenças diarréicas; b) ( ) traz reclamações dos atendimentos para que possam ser melhorados; c) ( ) leva remédio ou ervas para que a pessoa possa iniciar o tratamento; d) ( ) leva o paciente até o Hospital Regional. FIGURA 3. 12 10 8 6 4 2 0 Alternativa A A figura 3 indica que todos os agentes comunitários de saúde em suas ações educativas com a comunidade, levam informações e orientações às famílias para que possam identificar e prevenir as doenças diarréicas. 24 4. Ao acompanhar os pacientes com doenças diarréicas agudas qual sua orientação? a) ( ) orienta quanto à necessidade na continuidade do tratamento; b) ( ) que não deve beber muito líquido para não vomitar; c) ( ) que deve ingerir muito chá caseiro, mesmo que estiver vomitando; d) ( ) que só retorne no posto de saúde se a diarréia piorar. FIGURA 4. 12 10 8 6 4 2 0 Alternativa A A figura 4 representa que todos os agentes comunitários de saúde ao se depararem com casos de doenças diarréicas agudas orientam sobre a importância da continuidade do tratamento, para a cura. 5. Qual orientação de prevenção das doenças diarréicas agudas? a) ( ) sobre a doença, seus sinais e sintomas, riscos e forma de transmissão; b) ( ) que a diarréia pode ser adquirida na escola, na creche, e em casa, por falta de higiene principalmente das mãos e alimentos ao serem consumidos. c) ( ) que manter lixo destampado e alimentos mal cozidos, contribuem para casos de diarréias agudas. d) ( ) beber a água do poço sem ferver, clorar ou filtrar, pode desencadear a diarréia aguda. 25 FIGURA 5. 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Alternativa B Alternativa C Alternativa D A figura 5 representa que todos os agentes comunitários de saúde sabem ao menos uma das alternativas como sendo, principais orientações sobre a prevenção das doenças diarréicas agudas. 6 . Sobre o tratamento das diarréias, o que você orienta: a) ( ) hidratação oral com SRO; b) ( ) hidratação oral com soro caseiro; c) ( ) manter a alimentação normal, evitando dietas laxantes; d) ( ) em caso de vômitos, diminuir a quantidade do soro e aumentar o número de vezes. FIGURA 6. 7 6 5 4 3 2 1 0 Alternativa A Alternativa B A figura 6 representa que cinco agentes comunitários de saúde fornecem o envelope de SRO para iniciar imediatamente a hidratação, e sete Agentes comunitários orienta o preparo do soro oral com a colher medida. 7. Ao notificar um ou mais casos de diarréia qual sua conduta? 26 a) ( ) certificar a presença dos sinais e sintomas, e orientá-lo iniciar a reidratação oral; b) ( ) encaminhá-lo à unidade de saúde para que possa ser diagnosticado a doença; c) ( ) notificar à unidade de saúde no mesmo dia em que houve o caso de diarréia para ser registrado na ficha de notificação e monitoramento dos casos de doenças diarréicas agudas; d) ( ) acompanhar e monitorar a recuperação do paciente após a notificação. FIGURA 7. 12 10 8 6 4 2 0 Alternativa C A figura 7 representa que todos os agentes comunitários de saúde ao se deparar com caso de diarréia aguda, encaminham à unidade de saúde para serem diagnosticado o caso e iniciar o tratamento. 8. Como você atua como elemento mobilizador da comunidade? a) ( ) chamando a atenção das pessoas para a importância da participação de todos em campanhas e mutirões no combate às doenças diarréicas agudas; b) ( ) aguardando que o paciente vá à unidade de saúde para se informar; c) ( ) não se interessa pelas campanhas e mutirões; d) ( ) não é obrigado a informar sobres tais campanhas e mutirões. 27 FIGURA 8. 12 10 8 6 4 2 0 Alternativa A A figura 8 representa que o agente comunitário é atuante em seu trabalho de divulgação e conhecedor da importância da participação da comunidade nas campanhas e mutirões. 9. Como você contribui para o desenvolvimento de uma assistência mais integral e resolutiva? a) ( ) Registrando informações, dados e percepções que vão possibilitar que os profissionais da unidade básica de saúde articulem a visão clínicoepidemiológica; b) ( ) divulgando à equipe de saúde os aspectos sociais e culturais para que favoreça a assistência; c) ( ) participando ativamente das reuniões e capacitações, afim de aplicar na prática seus conhecimentos em benefício da população; d) ( ) orientar continuamente sobre o tratamento da água para consumo humano, o destino dos dejetos e o lixo residencial. FIGURA 9. 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Alternativa B Alternativa D A figura 9 representa que oito agentes comunitários de saúde contribui com a assistência, divulgando à equipe de saúde os aspectos sociais e culturais da comunidade favorecendo 28 à assistência, e quatro agentes de saúde contribuem informando e orientando sobre o tratamento da água para consumo e destino dos dejetos e lixo. 10. Quais os sintomas da diarréia? a) ( ) aumento do número de evacuações, com fezes aquosas, ou de pouca consistência; b) ( ) com frequência é acompanhada de vômitos, febre e dor abdominal; c) ( ) em alguns casos há presença de sangue; d) ( ) pode ser causada por toxinas naturais, produtos químicos e estar associada a outras doenças não de origem alimentar. FIGURA 10. 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Alternativa A Alternativa C A figura 10 representa que oito agentes comunitários de saúde conhecem os sintomas clássicos de diarréia como indica a alternativa A, e quatro identificam os casos de diarréia somente quando ocorre presença de sangue. 29 Anexo I Ficha de MDDA Impresso I 30 Anexo II Ficha MDDA Impresso II 31 Anexo III Fixa de MDDA Impresso III 32 Anexo IV Ficha MDDA Impresso IV 33 Anexo V Manejo das Doenças Diarréicas Agudas 34 Anexo VI Atribuições dos profissionais no controle das doenças diarréicas agudas Agente Comunitário de Saúde (ACS) • Identificar os casos e encaminhá-los à unidade de saúde para diagnóstico e tratamento. • Identificar sinais e/ou situações de risco em casos de diarréias e orientar sobre o tratamento da água para consumo humano, o destino dos dejetos e o lixo residencial. • Acompanhar os pacientes e orientá-los quanto à necessidade na continuidade do tratamento. • Desenvolver ações educativas, levando informações e orientações às famílias e aos indivíduos, identificando às medidas de prevenção e controle das doenças diarréicas. • Orientar a população informando-a sobre a doença, seus sinais e sintomas, riscos e formas de transmissão. • Atuar como elemento mobilizador da comunidade chamando a atenção das pessoas para a importância da participação de todos em campanhas e mutirões no combate às doenças diarréicas agudas. • Contribuir e participar das atividades de educação em saúde permanente dos membros da equipe de saúde quanto à prevenção, manejo do tratamento e ações de vigilância epidemiológica das doenças diarréicas agudas. • Registrar informações, dados e percepções que vão possibilitar que os profissionais da unidade básica de saúde articulem a visão clínicoepidemiológica e os aspectos sociais e culturais da comunidade, favorecendo uma assistência mais integral e resolutiva. 35 REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2002. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância Epidemiológica das Doenças Diarréicas Agudas. Governo Federal: 2006. [email protected] Vigilância Epidemiológica das Doenças Diarréicas Agudas, 2006. PORTAL DA SAÚDE. www.saúde.gov.br. MDDA fluxo das informações, formulários. Brasília – DF: 2008. MINISTÉRIO DA SAÚDE, SVS – DVE, Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica da Cólera. Brasília – DF: 2008. GUIA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Atribuição dos profissionais no Controle da DDA. Caderno cinco. SVS/MS – 2008. GUI DE BOLSO 7ª EDIÇÃO, SVS-MS, Doenças Diarréicas Agudas. SVS/MS 2008. PORTAL DA SAÚDE. www.saúde.gov.br. Diarréias Agudas. VE – MS, 2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Caderno de Atenção Básica: Saúde da Criança. Brasília DF 2009. GUIA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Modo de Transmissão da DDA. Caderno cinco. SVS/MS – 2008. PORTAL DA SAÚDE. www.saúde.gov.br/manual_dta.pdf.– MS, 2006. SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA E SAUDE www.saude.gov.br/bvs. Relatório de situação - MS (2006). PORTARIA 648 www.saude.pb.gov.br/web_data/saude/copasems/portaria_648.doc. BRASIL, 2006. DATA SUS – Caderno de informações de saúde. MS, Ponta Porã – 2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE, AIDIPI. Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância. Curso de Capacitação Introdução, Módulo I, 2ª. Edição revista. Série F. Comunicação e Educação em Saúde. BRASÍLIA – DF – 2002. CENTRAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SÃO PAULO www.cve.saude.sp.gov.br. 36 TEIXEIRA, M. G.; BARRETO, M.L.; COSTA, M.C. N. Áreas Sentinelas: uma Estratégia de Monitoramento em Saúde Pública. Cad. Saúde Pública, set./out. 2002, vol.18, no.5, p.1189-1195 – BRASILIA – DF – 2007. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa de Agentes Comunitários de Saúde. DF, MS, FUNASA, 1994. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Agente Comunitário de Saúde. DF, MS, FUNASA, 1991. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Prático do Agente Comunitário de saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília DF, 2009.