GOVERNO DA PARAÍBA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NÚCLEO DE DOENÇAS IMUNOPREVENIVEIS E OUTROS AGRAVOS NOTA TÉCNICA 02/2006 Solicitante: Núcleo de Doenças Imunopreveníveis e outros Agravos Assunto: Roteiro para Investigação de Surtos de Doenças Diarréicas Os surtos de diarréia devem ser investigados detalhadamente: quanto à sua origem, se ocorreu em domicílio, creches, escolas, hospitais, etc. quanto ao conhecimento das possíveis causas/fatores de transmissão, para possibilitar tomar as medidas de controle e prevenção de casos futuros. I - Objetivos da Investigação de Surtos de Doenças Diarréicas: Descrever os principais sintomas da doença Identificar o agente etiológico responsável pela diarréia Identificar o mecanismo de transmissão Propor medidas preventivas para evitar o aparecimento de novos casos. II – No relatório deve estar Descrito: 1) Data de início do Surto (quando foram identificados o aumento da freqüência de casos) 2) Fim do Surto (quando não houver o incremento da frequência de casos e voltar ao número de ocorrências antes do surto) 3) Total de habitantes (número de pessoas do município) 4) Total de casos registrados: (ambulatorial, internação ou domiciliar) Número de pessoas entrevistadas, em função do surto dos quais: Internados Casos % Hidratação Oral Casos % Hidratação venosa Recidivantes * Casos Casos (*)durante o surto teve mais de uma ocorrência de diarréia % % 5) Listar os sintomas mais freqüentes durante o surto. Use o quadro abaixo como exemplo Distribuição dos sintomas conforme apresentados pelas pessoas entrevistadas Sinais/Sintomas Nº DE CASOS % III – Esboçar uma análise das informações coletadas usando tabelas e gráficos (expressar em gráficos pois permitirá o entendimento rápido): 1. Colocar em um Mapa os Casos ocorridos durante o Surto de Diarréia (Distribuição de casos por local de residência) 2. Descrever a população total do município por faixa etária e se possível por sexo 3. Distribuir o número de casos por faixa etária 4. Calcular a Incidência de casos por faixa etária ( número de casos de uma determinada faixa etária dividido pela população da mesma faixa etária e multiplicando o resultado por 10.000 habitantes) 5. Distribuir o número de casos DDA por Semanas Epidemiológicas (TODOS OS CASOS) (se possível realizar o mesmo procedimento em anos anteriores para comparações) 6. Número de casos DDA segundo a hora e dia do início dos sintomas (pessoas que fazem parte do surto) 7. Elaborar, quando possível, o diagrama de controle de casos DDA por Semanas Epidemiológicas (período de 05 anos – calculando a média, limite superior, limite inferior e valores do ano atual) IV- Coletar amostras para análises laboratoriais: Amostra de fezes ou de vômitos: COPROCULTURA ( Pesquisa de Cólera, Salmonella sp, Shigella sp, Escherichia coli, Aeromonas spe etc.) Amostra de fezes: PARASITOLÓGICO (Pesquisa de parasitas oportunistas e Hoffman) PESQUISA DE VÍRUS (Elisa, Genoma Viral, Microscopia eletrônica) Amostra de alimentos ou de água (análise microbiológica): V- Distribuir os resultados das análises em tabela conforme modelo a seguir: Número de exames realizados Análise de Fezes Vírus Total % Coprocultura Total Exames % Parasitológico Total % Alimento Total % Água Total % VI – Visitar os Serviços de Saúde para: Nº de Unidades de Saúde que atenderam Nome da Unidades de Saúde Médicos Profissionais Entrevistados Enfermeiros Outros Entrevistar os médicos da Unidade para saber a conduta clínica:______________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Nome da Unidade de Saúde Etiologia bacteriana Diagnóstico presuntivo Total % Etiologia viral Total % Etiologia parasitária Total Tratamento: Hidratação oral, antiemético, antibioticoterapia? Nos casos mais graves hidratação endovenosa? Pouca solicitação de coprocultura e de pesquisa de vírus? Não encontrada solicitação de análise parasitológica? Prontuários contendo data e diagnóstico, sem descrição mais detalhada de sintomas? VII - Rede pública de saneamento Informações sobre a rede de abastecimento de água e esgoto do município; Descrever espacialmente (o mapa) como se dá a distribuição da água no município; Localizar os pontos de água alternativos (os poços, cacimbas , etc) sem tratamento ou análise da qualidade da água; Destino do lixo Pesquisa de possível contaminação via insetos % VIII - Localização das hortas e formas de irrigação; Agrotóxicos utilizados; Índices pluviométrico. Água de irrigação para verduras/legumes e frutas; Distribuição dos produtos. IX – Preencher como os doentes o seguinte Questionário: Quais sintomas o Senhor(a) apresentou? (marque um X) Sintomas Sim Não Diarréia Diarréia com sangue Diarréia aquosa Vômitos Dor de cabeça Náuseas Icterícia Outros Quanto tempo durou a diarréia? _________dias N° médio de evacuações por dia?_________ A água que o Senhor(a) consumia quando adoeceu era? Sim Situação da água Filtrada Fervida Mineral Rede Pública Sem Tratamento” Como as verduras e legumes são higienizados? Higienização Água Cloro Vinagre Não lava Sim Não Não X – CONCLUSÃO 1. Sintomas 2. Agente etiológico: 3. Via de transmissão: 4. Pontos Críticos 5. Medidas preventivas de controle e recomendações : João Pessoa, 31 de março de 2006 ____________________ Vânia R. C. da Silva Responsável pela MDDA De acordo, Dionéia Garcia Coordenadora de Vigilância Epidemiológica