Roteiro para MDDA e unidade sentinela de DDA definitivo

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SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Coordenação de Controle das Doenças Hídricas e Alimentares
Av. 136 s/n, Quadra F44, Lotes 22 a 24, Edifício César Sebba, Setor Sul, Goiânia – GO
Fone: (62) 3201-2687, e-mail: [email protected]
Roteiro para o Monitoramento das Doenças Diarréicas Agudas
A doença diarréica aguda é caracteriza pela diminuição da consistência das fezes e/ou
aumento no número de evacuações (acima de três evacuações diarréicas/dia) e pode ser
acompanhada de náusea, vômitos, febre e dor abdominal. Em geral é autolimitada, com
duração de 2 a 14 dias, e sua gravidade depende da presença e intensidade da
desidratação (Ministério da Saúde, 2009). É reconhecida como importante causa de
morbimortalidade no Brasil, mantendo relação direta com as precárias condições de vida
e saúde dos indivíduos, em consequência da falta de saneamento básico, desnutrição
crônica, entre outros fatores (Ministério da Saúde, 2010).
Quanto à sua etiologia, podem ser classificadas como infecciosas e não infecciosas.
Entre as infecciosas, os agentes patogênicos são: vírus, bactérias, parasitas e fungos.
Outras causas são as substâncias tóxicas presentes nos alimento como as toxinas
(substâncias nocivas à saúde, produzidas por plantas ou micróbios) ou ainda substâncias
químicas tais como praguicidas, aditivos alimentares, antibióticos, hormônios, etc.
(Ministério da Saúde, 2010).
A proposta de Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas - MDDA foi elaborada em
1994, porém, muitas dificuldades operacionais impediram, ao longo dos anos, que as
doenças diarréicas agudas fossem agregadas ao Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica (Ministério da Saúde, 2010).
O MDDA consiste em coletar, consolidar e analisar dados mínimos como idade,
procedência, data do início dos sintomas e plano de tratamento. É um processo de
elaboração e análise de mensurações rotineiras capazes de detectar alterações no
ambiente ou na saúde da população e que se expressem por mudanças na tendência
das diarréias (Ministério da Saúde, 2010).
Outro propósito importante do MDDA é a detecção de surtos de doença transmitida por
alimento uma vez que a diarréia, geralmente, é o primeiro sinal de doenças relacionadas
à ingestão de alimentos ou água contaminados.
1. Definições de doença diarréica aguda (Ministério da Saúde, 2009)
1.1. Caso: Paciente com diminuição da consistência das fezes e/ou mais de 3
evacuações de fezes amolecidas ou aquosas/dia, acompanhada ou não de vômitos,
febre e dor abdominal, presença de muco e/ ou sangue nas fezes, com duração de até 14
dias, com ou sem desidratação.
1.2. Caso novo: É considerado novo caso quando, após a normalização da função
intestinal por um período de 48 horas, o paciente apresentar diarréia novamente.
2. Objetivo do MDDA (Ministério da Saúde, 2009).
•
Detectar alterações no padrão endêmico das doenças diarréicas agudas visando
detectar precocemente surtos da doença;
•
Monitorar e diminuir a incidência das diarréias;
•
Diminuir a letalidade.
•
Investigar suas causas;
•
Manter atividades contínuas de educação em saúde com recomendações de
medidas de prevenção e controle.
3. O Sistema Informatizado de Monitoramento das DDAs
A vigilância epidemiológica de casos individuais de DDA é feita pelo MDDA, que consiste
no registro de dados mínimos dos doentes (faixa etária e plano de tratamento), por
unidades que realizam atendimento de pessoas com doença diarréica aguda. Esses
dados são inseridos no SIVEP - DDA, o Sistema Informatizado de Vigilância
Epidemiológica de Doenças Diarréicas Agudas, que começou a ser utilizado em 2002
(Ministério da Saúde, 2009).
3.1. Fluxo de Informações
•
Um técnico da unidade de saúde revisa os prontuários e outros formulários de
atendimento e preenche o Impresso I;
•
A unidade de saúde, ao final de cada semana epidemiológica, deverá consolidar
os dados do Impresso I para o Impresso II que será encaminhado para a
vigilância epidemiológica do município toda segunda feira;
•
O responsável pela MDDA no município deverá, semanalmente, consolidar os
dados encaminhados pelas unidades de saúde no Impresso II, construir gráficos,
tabelas, mapear os casos, realizar a análise do comportamento das diarréias no
período, retroalimentar as unidades de saúde e encaminhar o consolidado para a
Regional de Saúde;
•
O responsável pela MDDA na Regional de Saúde deverá, semanalmente, receber
os Impressos II encaminhados pelos municípios que não são sede, construir
gráficos, tabelas, mapear os casos e analisar o comportamento das doenças
diarréicas no período nos seus municípios, e digitar os dados no SIVEP – DDA e
fazer retroalimentação dos dados para os municípios semanalmente.
4. Proposta final para as Unidades Sentinelas de coleta de amostras clínicas
•
Todas as 1143 unidades que atualmente monitoram as DDA no Estado
continuarão a fazer o MDDA;
•
Os municípios sede das Regionais de Saúde identificarão no mínimo UMA
UNIDADE SENTINELA para coletar amostras clinicas (de fezes) para diagnóstico
laboratorial (identificação de agente etiológico) das doenças diarréicas;
•
Cada Unidade Sentinela deverá preencher o Impresso I e a planilha de
acompanhamento de casos com coleta de amostras das Unidades Sentinelas de
Doenças Diarréicas Agudas e fazer 05 coletas de amostras clínicas por mês;
•
As amostras clínicas serão coletadas de 05 pacientes escolhidos aleatoriamente
durante o mês e deverão ser colocadas no Potinho e no Swab Cary Blair e
enviadas ao LACEN-GO seguindo as orientações de coleta, acondicionamento e
Transporte do Protocolo para Encaminhamento de Amostras Clínicas (Fezes)
para MDDA;
•
As fezes deverão ser enviadas ao Lacen junto à Ficha do GAL (ver anexos);
•
Os municípios sedes ficarão responsáveis por digitar no SIVEP – DDA os dados
de todas as unidades de saúde do município que fazem o MDDA, semanalmente;
•
O responsável pela MDDA no município sede deverá construir gráficos, tabelas,
mapear os casos, realizar a análise do comportamento das diarréias no período,
retroalimentarem as unidades de saúde e encaminhar o consolidado para a
Regional de Saúde;
•
Uma cópia da Planilha de Acompanhamento de Casos com coleta de amostras
das Unidades Sentinelas de Doenças Diarréicas Agudas (ver anexos) deverá ser
enviada mensalmente, até o dia 5 de cada mês, para a Regional e para a
Coordenação de DTAs (seguir fluxo estabelecido);
•
As Regionais de Saúde continuarão a digitar no SIVEP - DDA os dados dos
outros municípios;
•
Será implantada 01 unidade de MDDA no distrito da Secretaria Especial da Saúde
Indígena - SESAI para atender as aldeias indígenas dos municípios de Aruanã e
Rubiataba.
5. Perfil para ser escolhida como Unidade Sentinela de coleta de amostras clínicas
•
Representatividade;
•
Capacidades de resposta;
•
Situação geográfica;
•
Número de consultas ofertadas/ mês;
•
Proporção de crianças e adultos atendidos;
•
Procedência dos usuários;
•
Condições sócias econômicas.
1. Ficha do GAL
1.1. Como preenchê-la para fazer solicitação dos dois exames para identificação de
agentes etiológicos (vírus e bactérias)
•
Na primeira linha coloque a primeira solicitação conforme modelo e nos campos
abaixo.
Pesquisa
para vírus
fezes
única
1-IN
Deixar campo em branco
Colocar a observação “Unidade Sentinela de DDA”
•
Na segunda linha coloque a segunda solicitação conforme modelo e nos campos
abaixo.
Coprocultura
Swab
Fecal
4 - MTB
única
Deixar campo em branco
Colocar a observação “Unidade Sentinela de DDA”
Superintendência de Vigilância em Saúde
Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis
Coordenação de Controle de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar
Planilha de Acompanhamento de casos com coleta de amostras das Unidades Sentinelas de Doenças Diarréicas Agudas - DDA
Unidade Sentinela: ___________________________________________________________________________________________________
Município: _________________________________________
Número de atendimento de DDA no mês: ___________
Mês: ___________________________
2
Outros
Febre
Dor
abdominal
Vômito
Diarréia
Negativo
1
Sinais e Sintomas
Outros
spp
Yersínia
Campylobacter
Shigella
spp
Salmonella
Escherichi
a Coli
e+
Rotavírus
Nome
Agente Etiológico
Norovírus
Faixa Etária
Data
10
da
<1 1-4 5-9
Coleta ano anos anos anos Ign
Relacionado Tem caso
de
com
diarréia
ingestão de
alimento ou entre os
3
água?
contatos?
1
Outros (especificar qual (is) agente (s)):
2
Outros (especificar qual (is) sinal (is) e sintoma (s)):
Responsável pelo preenchimento: ___________________________________________
3
Obs: Se tiver 01 ou mais casos entre os contatos, investigar a ocorrência de surto e comunicar ao Núcleo de Vigilância
Epidemiológica do Município.
Data: ______/______/______
Referências Bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Capacitação em monitorização das doenças diarréicas agudas – MDDA: manual do monitor / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2010. 94 p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica. – 7.ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 816 p.
Elaboração Técnica: Técnicos da Coordenação de Controle das Doenças de Transmissão Hídrica e
Alimentar.
Goiânia, 19 de junho de 2013
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