1 Nota Técnica nº 02/2014 Assunto: Aumento de casos de diarréia A

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Secretaria Municipal da Saúde
Diretoria Geral de Vigilância em Saúde
Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica
Centro de Informações Estratégicas da Vigilância à Saúde
Nota Técnica nº 02/2014
Assunto: Aumento de casos de diarréia
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Informações Estratégicas
em Vigilância à Saúde - CIEVS em parceria com os Distritos Sanitários vem acompanhando e
monitorando um aumento nos casos diarréia em Salvador registrado pelos Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde.
A diarréia é uma doença aguda, de relevância em nosso meio, e que se não for
devidamente tratada pode levar à morte por causa da desidratação. Ela pode ser causada
principalmente por bactérias, vírus e parasitos, e pode estar relacionada com a falta de
saneamento básico e de higiene. Segundo orientações do Ministério da Saúde, acima de três
evacuações por dia, com diminuição da consistência das fezes, pode ser considerado como
diarréia. Freqüentemente vem acompanhada de vômitos, febre e dor abdominal e geralmente
tende a se curar espontaneamente.
A transmissão da diarréia se faz principalmente, através da água e alimentos
contaminados pelas mãos sujas de doentes que não tem bons hábitos de higiene. Os vetores
(moscas) também podem contaminar os alimentos. Além disso, objetos contaminados levados à
boca como chupetas, mamadeiras, brinquedos e outros, podem causar doenças diarréicas. Vale
salientar que o homem, animais e alimentos, são reservatórios de microorganismos que causam
diarréias e a sua transmissão ocorre através do contato direto (pelas mãos contaminadas) ou
indireto (alimentos, água e utensílios contaminados).
As viroses também podem causar gastroenterites ou intoxicação alimentar. Alguns
resultados laboratoriais dos casos de diarréia ocorridos neste período em Salvador apontam como
principal causa agentes de infecção não-bacteriana (rotavírus e norovírus). Esses agentes são
muito contagiosos e responsáveis por causar gastroenterites em diversos países acometendo
todas as idades, e tem o mesmo modo de transmissão das outras diarréias.
No caso de suspeita de rotavírus, o serviço de saúde deve garantir a coleta de material para
confirmação diagnóstica.
Diagnóstico laboratorial – o exame laboratorial específico é a investigação do vírus nas fezes do
paciente. A época ideal para detecção do vírus nas fezes vai do 1º ao 4º dia de doença, período de
maior excreção viral. O serviço de saúde que prestar o atendimento deverá providenciar coleta de
fezes (pelo menos 05 ml, em frasco estéril, tampa com rosca, manter sob refrigeração) e
encaminhar juntamente com a Ficha de Coleta para Exame de Rotavírus ao LACEN até no máximo
de 48 horas.
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Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica
Centro de Informações Estratégicas da Vigilância à Saúde
As formas de prevenção mais eficazes desta doença são as medidas adequadas de
higiene pessoal, alimentar e ambiental.
Deve-se ainda adotar os seguintes cuidados:
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Consumir alimentos em estabelecimentos licenciados, lembrando que todos os
alimentos especialmente os bivalves (em conchas), como ostras, mexilhões, etc,
devem ser bem cozidos antes de consumidos.
Ao preparar alimentos, fazê-lo com higiene, consumi-los cozidos e ainda quentes,
guardar adequadamente, e reaquecer bem antes de consumir os que foram
congelados ou refrigerados. Evitar também o contato do alimento cru com o cozido.
Os vegetais e saladas para consumo devem ser bem lavados e conservados sob
refrigeração, em temperatura de 4C°.
A lavagem das mãos deve ser realizada com água corrente e sabão sempre após
usar o sanitário, após trocar uma criança que evacuou, antes de preparar alimentos,
de comer e de alimentar crianças e idosos.
Ao prestar cuidados a doentes, especialmente em presença de fezes e vômitos
utilizar sempre luvas e em seguida lavar as mãos.
Os manipuladores de alimentos e prestadores de cuidados médicos que
apresentarem vômitos e diarréia devem ser afastados destas atividades até a
recuperação.
Em caso de diarréia, beber bastante liquido, soro caseiro ou soro de reidratação oral,
adquirido na unidade de saúde, evitar o uso de medicação por conta própria (auto-medicação), não
interromper a amamentação, ter o cuidado de higienizar bem as mamas antes de amamentar o
bebê e se a diarréia continuar, procurar a unidade de saúde.
O CIEVS, CEVESP e áreas técnicas continuarão monitorando a ocorrência desse evento
adotando as medidas adequadas para controle com objetivo de evitar a disseminação desse
agravo no município.
Secretaria Municipal de Saúde
Setor de Agravos Transmissìveis
Secretaria Estadual da Saúde
GT Diarréias/DIVEP
Tel.: 2201-8639/8642
Tel. (71) 3116-0078
Centro de Informações Estratégicas de
Coordenação Estadual de Vigilância
Vigilância em Saúde (CIEVS)
Emergências em Saúde Pública (CEVESP)
Tel.: (71)2201 8614/9982-0841
Tel.: (71) 3116-0037/9994-1088
Email:[email protected]
E-mail: [email protected]
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