Doenças de transmissão vertical

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Vigilância Epidemiológica
Em situação de enchentes
Profa. Sandra Fonseca
Disciplina de Epidemiologia IV
• O que esperar em relação ao
surgimento de doenças após
inundações?
Principais Doenças
• Leptospirose
Contato com águas e lama de enchentes contaminadas pela
urina de rato.
• Doenças de Transmissão Hídrica
 Hepatite A
 Cólera e demais doenças diarréicas (surtos*)
As principais doenças relacionadas à ingestão de água contaminada são:
cólera, febre tifóide, hepatite A e doenças diarréicas agudas de várias
etiologias: bactérias; vírus e parasitas.
Leptospirose
2008:
3500 casos
322 óbitos
Relembrando...
• Zoonose de grande importância - elevada incidência em algumas
áreas e letalidade (pode chegar a 40%)\
• Agente etiológico: Leptospira
– Cerca de sete espécies (interrogans)
– Vários sorovares
(icterohemorragiae, copenhagen, canícola, ballum,
pyrogenes, grippotyphosa,australis y autumnalis.)
• Principal reservatório: roedores sinantrópicos
 Ratazana de esgoto (L. interrogans icterohemorragiae)
• Transmissão: Contato com urina dos roedores (mais frequente em
enchentes, ocupações relacionadas à limpeza).
• Imunidade: Sorovar-específica (soroconversão após 7 a 10 dias)
Critérios de caso:
Caso suspeito
Nos últimos anos, tem sido descrito casos da forma pulmonar grave da leptospirose,
com quadros respiratórios agudos evoluindo para insuficiência respiratória aguda,
com hemorragia pulmonar maciça ou síndrome da angústia respiratória do adulto.
Muitas vezes precede o quadro de icterícia e insuficiência renal. O óbito pode ocorrer
nas primeiras 24h de internação.
Caso confirmado:
Clínico-laboratorial
 Isolamento da bactéria (sangue, urina, líquor ou tecido) ou;
 Reação de macroaglutinação presente (sensibilidade moderada a boa) ou
Teste Elisa-IGM reagente ou
 Microaglutinação com soro-conversão ( ≥ 2 amostras /15 dias,
aumento de títulos 4 vezes; ou ≥ 1:800) - muito sensivel e específica,
recomendado pela OMS
 Imunohistoquímica positiva (óbito)
Clínico-epidemiológico
 Todo caso suspeito com alterações hepáticas e/ou renais e/ou
vasculares + antecedentes epidemiológicos (sem laboratório)
Diagnóstico diferencial
 Síndrome Febril
• Anictérica – Dengue, “viroses”, malária
• Síndrome Febril Ictérica (ou ictero-hemorrágica)
Hepatites, febre amarela, meningococcemia, malária, sepse
 Síndrome Respiratória aguda
Hantavirose, Influenza, outras SARG.
 Síndrome Neurológica Aguda
Encefalites virais, Poliomielite, Meningite
Relembrando:
Febres hemorrágicas por vírus
• Flaviviridae (dengue, febre amarela, febre do Nilo, Rocio,
encefalite St Louis-SLEV,)
• Bunyaviridae (Hantavírus, Oropouche, febre do Rift)
• Togaviridae (Mayaro, Chikungunya , encefalite venezuelana)
• Arenaviridae (Junin, Machupo, Sabiá, Lassa)
• Filoviridae (Marburg e Ebola)
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Hemorragia, extravasamento capilar, plaquetopenia, CIVD
danos hepáticos
Danos renais
SNC – encefalites
Exantema e poliartrite
Hepatites
Fonte: FAPESP-Pesquisa – estudo de soroprevalência capitais do Brasil
Fonte: FAPESP-Pesquisa – estudo de soroprevalência capitais do Brasil
Hepatite A
Declining prevalence of hepatitis A virus antibodies among
children from low socioeconomic groups reinforces the
need for the implementation of hepatitis A vaccination in
Brazil
– Vitral et al., 2007
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