Guia de Audiologia para Pais www.siemens.com/audiologia 2 Índice A Siemens Audiologia desenvolveu esse guia de informações para vocês – pais, professores e pessoas que convivem com crianças com perda auditiva – pensando em ajudá-los a entender melhor uma perda auditiva e saber conviver com ela. Audição e perda auditiva Como ouvimos 04 O que é som 06 O que é perda auditiva 07 Diagnóstico Teste 08 O audiograma 10 Grau de perda auditiva 11 Intervenção Uma mão amiga 12 Aparelhos auditivos 13 Tecnologia dos aparelhos auditivos 14 Estilos de aparelhos auditivos 15 Sistema FM e aparelhos auditivos 16 O que perguntar ao seu fonoaudiólogo 18 3 | Audição e perda auditiva | Diagnóstico | Intervenção | Como ouvimos 2 a 3 crianças a cada 1.000 nascidas possuem algum grau de perda auditiva. A audição é fundamental para o desenvolvimento da criança. O primeiro passo para entender a perda auditiva é entender como ouvimos. 4 1. A orelha humana é formada por três partes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. O processo de audição começa quando as ondas sonoras são captadas do ambiente pelo ouvido externo (pinna) e transportadas pelo conduto auditivo até o tímpano. Orelha Externa Tímpano Orelha Média Orelha Interna 2. O impacto das ondas sonoras causa vibração no tímpano e em seus três ossículos (estribo, bigorna e martelo). Estes por sua vez, conduzem o som ao ouvido interno, também chamado de cóclea. A cóclea é uma estrutura similar a uma concha de caracol no seu formato, e ela contém inúmeras células ciliadas microscópicas. 3. O impulso sonoro é transformado em mecânico. A movimentação do liquido do ouvido interno estimula as células ciliadas internas. O resultado desta estimulação é o impulso nervoso que trafega no nervo auditivo. 4. O nervo auditivo leva o sinal até vários centros de audição no cérebro. Estes centros traduzem os impulsos em “sons”percebidos. Nervo Auditivo Processamento de som de orelha externa ao nervo auditivo Conduto Auditivo Externo Tímpano Martelo Bigorna Estribo Cóclea 5 | O que é o som O som pode ser definido tanto em termos de intensidade quanto de frequência. A unidade usada para medir a intensidade é chamada decibel (dB) Audição e perda auditiva A audição pode ser mostrada em um gráfico chamado audiograma. Para humanos, a variação da audição pode ser de 0dB NA(muito baixo) a 100dB NA(muito alto). A média da fala, que pode variar de acordo com a frequência, varia entre 10dB NA a 65dB NA (veja abaixo). O ouvido humano pode em geral detectar frequências (expressas em Hertz ou Hz) tão baixas quanto 20Hz e tão altas quanto 16.000 a 20.000Hz. Nem todas essas frequências possibilitam entendimento de fala. Por esse motivo, testes auditivos são geralmente conduzidos para frequências chave que variam de 125 a 8.000Hz. Soft | Diagnóstico | Intervenção | A fala é composta por vogais e consoantes. Ambas são diferenciadas em intensidade e frequência. Geralmente as vogais são maiores em intensidade e menores em frequência. Já as consoantes são menores em intensidade e maiores em frequência. Por essa razão, as vogais contribuem mais na 'sensação de intensidade de som' da fala. No entanto, as consoantes têm um papel significante no entendimento de fala. Elas carregam grande parte do significado das palavras. dB 0 20 m db n l ua 40 Intensidade fsht i k pg er sch 60 80 100 120 Loud 125 250 500 1k Low 4k 8k Hz High Frequência 6 2k Audiograma com mapa de sons Representação da frequência (pitch) e intensidade de fala (loudness). A área dos sons da fala é semelhante ao formato de uma banana. Seu fonoaudiólogo poderá apontar a perda auditiva no gráfico para demonstrar quais partes da fala sua criança não consegue ouvir. O que é perda auditiva A perda auditiva resulta na inabilidade de escutar diversos sons de fala e do ambiente. A severidade de uma perda auditiva é classificada de acordo com seu tipo e grau. Existem três tipos de perda auditiva: Perda auditiva sensório neural É o tipo mais comum de perda auditiva. Origina-se no ouvido interno ou ao longo das vias neurais. Geralmente o dano ocorre no ouvido interno (cóclea). Neste caso, as células ciliadas da cóclea são danificadas e não conseguem transmitir impulsos elétricos ao cérebro. A perda auditiva sensório neural pode ser tanto congênita (de nascimento) ou adquirida após o nascimento. Causas congênitas mais comuns: fatores hereditários infecções virais prematuridade traumas no momento do nascimento, como anóxia Causas adquiridas mais comuns incluem ingestão de medicamentos ototóxicos (danos ao sistema auditivo), infecções no ouvido: meningite encefalite dano cerebral exposição à ruído excessivo Perda auditiva condutiva Uma perda auditiva condutiva ocorre quando o ouvido externo ou médio é lesado ou não funciona apropriadamente. Consequentemente, as ondas sonoras não são transportadas ao ouvido interno. Em caso de disfunção temporária, é possível tratar uma perda auditiva condutiva com cirurgia e/ou medicação. Causas comuns de perda auditiva condutiva: Lesão no ouvido externo Bloqueio do canal auditivo devido a cerúmen ou outros pequenos objetos como alimento, sangue ou insetos Infecções no ouvido externo ou médio, geralmente com supuração Perfuração da membrana timpânica Deformidades congênitas (i.e. Síndrome de Down, Síndrome de Franceschetti ou Treacher-Collins ou Acondroplasia (Dwarfism). Perda auditiva mista Causada pela combinação de fatores sensório neurais e condutivos. Qualquer que seja o tipo de perda auditiva da sua criança – sensório neural, condutiva ou mista – é importante lembrar que cada perda auditiva é única. Mesmo se possuir os mesmos limiares auditivos, o impacto da perda auditiva pode ser diferente em cada criança. 7 | Audição e perda auditiva | Diagnóstico | Intervenção | Teste Medindo a perda auditiva: os testes de audição qualificam e quantificam a perda em termos de grau e tipo de perda auditiva. Dependendo da idade da criança, os testes serão selecionados para medir a habilidade física e de desenvolvimento. Tendo como base o grau e o tipo de perda auditiva, a solução auditiva mais adequada será determinada. 8 Métodos subjetivos Audiometria tonal A audiometria tonal é o principal teste auditivo realizado para identificar o tipo e grau da perda auditiva individual. Geralmente este teste é a base para o diagnóstico e tratamento. Ele mede o som mais suave que a criança é capaz de ouvir entre uma gama de frequências. Os testes em geral são conduzidos em forma de jogo para crianças menores em uma sala tratada acusticamente. Audiometria com Reforço Visual (VRA) Este método é baseado no conceito clássico de condicionamento de Pavlov. A VRA reforça respostas de localização sonora de estímulos acústicos com a apresentação conjunta de estímulos visuais. Por exemplo, um brinquedo é mostrado à criança na mesma direção da origem do som. Geralmente a criança fica sentada no colo dos pais, entre os 2 alto falantes. O brinquedo é ativado para recompensar a criança quando ela responde ao estimulo sonoro do lado do alto falante. Audiometria Condicionada Nas fases de desenvolvimento a partir dos 2 anos, a criança passa a ser capaz de participar mais ativamente nos testes. A audiometria condicionada transforma o teste em um jogo. Pode-se solicitar à criança que jogue uma bolinha em um balde para cada som ouvido ou que ela complete um quebra-cabeça. Dependendo da idade, tamanho e comportamento da criança em relação aos fones de ouvido, os testes de som podem ser feitos tanto via alto falante quanto fones de ouvido. Quando alto falantes são usados, o teste auditivo é mais curto, uma vez que os dois ouvidos são testados ao mesmo tempo, mas também menos preciso, considerando que o resultado não permite diferenciação dos limiares auditivos dos ouvidos direito e esquerdo. Métodos objetivos Testes eletrofisiológicos Com recém-nascidos e crianças muito pequenas, o fonoaudiólogo pode testar a sensitividade da audição uasndo técnicas fisiológicas não invasivas como BERA/ABR e OAE. Game display for play audiometry Audiometria de Tronco Encefálico (ABR/BERA) ABR, BERA, BSER or BAER – são diferentes nomes para este tipo de audiometria. Este método permite determinar o limiar auditivo sem a necessidade de cooperação da criança. O teste é realizado com a criança adormecida. Os eletrodos são fixados atrás da orelha. Os fones de ouvido são posicionados sobre as orelhas. A atividade elétrica evocada pelo estimulo de teste é medida e registrada. Emissões Otoacústicas (EOAs) Esse é o método mais comum utilizado com recém nascidos, pois não necessita participação ativa da criança. Uma sonda que possui um pequeno alto falante e um microfone é colocada no canal auditivo da criança. Se o estímulo de teste que sai do alto falante da sonda move as células ciliadas, o microfone pode detectar as ondas sonoras resultantes. Acompanhamento audiológico é fundamental para toda criança que possui perda auditiva. Testes periódicos são necessários para verificar se a perda auditiva sofreu mudança e se os aparelhos auditivos estão sendo usados em boas condições e funcionamento adequado para cada perda auditiva. Nenhum destes testes causa desconforto à criança. Testes eletrofisiológicos oferecem informações objetivas sobre audição sem necessitar de participação ativa da criança e em geral são feitos enquanto ela dorme. 9 | O audiograma O audiograma pode ser definido como uma figura da sensibilidade auditiva. Ele mostra o nível mais baixo em decibéis (dB) que os sons são percebidos pela criança. Essa medida é chamada de limiar auditivo da criança. Quanto mais altos os sons têm que ser apresentados para a criança conseguir ouvir, mais severa a perda auditiva. Assim como já mencionado, a unidade de medida para frequência (volume) é Hertz (Hz) enquanto que para intensidade é decibéis (dB). O gráfico audiograma mostra as frequências graves a agudas da esquerda pra direita. Na maioria dos casos, o nível de intensidade é mostrado da parte superior para a inferior. A maioria dos fonoaudiólogos usam símbolos como “O” e “X” para os limiares dos ouvidos direito e esquerdo. Orelha direita Soft Um audiograma com uma figura de “rampa” da esquerda para direita indica que sua criança pode ouvir som em frequências baixas ( graves) melhor que em altas (agudas). Por outro lado, uma figura ascendente no audiograma sugere que a criança pode ouvir sons em altas frequências melhor que em baixas. Uma linha reta no audiograma indica que a perda auditiva da criança está distribuída igualmente para sons em frequências baixas e altas. Degree of hearing loss dB Orelha Esquerda dB 0 Mild 20 m db n l ua 40 Intensidade Soft 0 20 m db n l ua fsht i k pg er sch Moderate Intensity Consoantes Vogais 60 fsht i k pg 40 er sch Intensidade Consoantes Vogais 60 Severe 80 80 100 Profound 100 120 120 Loud 125 250 500 1k Low 4k 8k Hz High Frequência 10 2k 125 250 500 1k Low 2k 4k 8k Hz High Frequência Loud Audição e perda auditiva | Diagnóstico | Intervenção | Grau de perda auditiva Perda auditiva mínima (16-25dB) Essa perda auditiva é comparável a levemente tapar os dois ouvidos com as mãos. Com uma perda auditiva mínima, sua criança terá dificuldade para ouvir falas muito baixas ou falas de uma certa distância. Também será difícil ouvir com a presença de ruído de fundo, como em auditórios, salas de aula ou restaurantes. O uso de aparelhos auditivos pode ser benéfico mas isso dependerá da análise de cada caso. Perda auditiva leve (26-40dB) Essa categoria é similar à perda auditiva mínima, mas com efeitos em graus mais avançados. Sua criança é capaz de entender a fala, mas não por completo, especialmente as palavras mais curtas. O final das palavras ou a distinção de sons semelhantes pode não ser possível. A presença de ruído de fundo na sala de aula ou em outros ambientes torna a audição ainda mais difícil. Nesses casos, o uso de aparelhos auditivos é geralmente recomendado. Perda auditiva moderada (41-55dB) Com uma perda auditiva de grau moderado, a criança pode não entender 50% da fala ou mais, especialmente se houver presença de ruído no ambiente. Consequentemente, o uso de aparelhos auditivos é necessário para oferecer a amplificação necessária para que a criança ouça. Sem essa amplificação, a criança pode desenvolver vocabulário limitado, apresentar pouca articulação de fala e desenvolver habilidades limitadas de comunicação. Crianças com perda auditiva moderada, podem ainda apresentar uma entonação/melodia de voz “plana” com apenas pouca modulação devido à inabilidade de monitorar sua própria voz. Perda auditiva modera a severa (56-70dB) Com esse grau de perda auditiva, a maioria dos sons não são audíveis para a criança. As habilidades de fala e linguagem podem não ser completamente desenvolvidas sem uma amplificação adequada e oferecida desde cedo através do uso de aparelhos auditivos. A criança pode ainda precisar de suporte de fonoaudiólogos para terapia de voz e linguagem. Perda auditiva severa a produnda (a partir de 71dB) Com um grau de perda auditiva de severo a profundo, a maioria dos ambientes sonoros e até mesmo a fala são quase inaudíveis. A fala provavelmente não será desenvolvida sem a ajuda de aparelhos auditivos ou outras intervenções. Muitas crianças com perda auditiva de grau severo a profundo serão direcionadas a programas que oferecem instruções especializadas e métodos de suporte à comunicação, como por exemplo a leitura labial e a linguagem dos sinais. Perda auditiva flutuante Crianças que em geral possuem infecções no ouvido médio (otites) com presença de fluídos podem possuir variação no grau da perda auditiva. Esses casos de perda auditiva temporária podem durar meses ou mais. Nesses casos, m e s m o a p e rd a a u d i t i v a s e n d o te mp o r á r i a , o desenvolvimento de fala da criança pode ser afetado. A criança pode escutar mas constantemente vai perder fragmentos da informação. Perda auditiva de alta frequência ( 1500 – 8000Hz) Uma criança com este tipo de perda auditiva apresentará dificuldade na percepção de sons consonantais. Partes importantes de informação de fala podem ser perdidas. Ruídos de fundo de alta intensidade dificultam mais ainda a audição. Perda auditiva unilateral Essa perda auditiva implica em audição normal em um ouvido e perda auditiva no outro, que pode causar um desequilíbrio na audição. A criança pode apresentar dificuldade na localização sonora de ruídos e vozes. Além disso, pode também apresentar dificuldade para diferenciar sons suaves de ruídos de fundo, especialmente se a fonte sonora está do lado do ouvido que possui a perda auditiva. O uso de aparelho auditivo é recomendável em alguns casos. Monitoramento auditivo periódico é muito importante para garantir a devida intervenção se uma perda auditiva se desenvolver no ouvido com audição normal ou se a perda auditiva existente progredir. 11 | Audição e perda auditiva | Diagnóstico | Intervenção | Uma mão amiga Quanto mais cedo a perda auditiva for identificada e a intervenção providenciada, melhor será o prognóstico para desenvolvimento da fala e linguagem da criança. “Intervenção precoce” se refere aos esforços da família para alavancar o potencial completo de comunicação da criança. 12 Quanto mais cedo a perda auditiva for identificada e a intervenção providenciada, melhor será o prognóstico para desenvolvimento da fala e linguagem da criança. “Intervenção precoce” se refere aos esforços da família para alavancar o potencial completo de comunicação da criança. A intervenção individual necessária para cada criança é única e determinada pela família em conjunto com os profissionais. Esses profissionais incluem o pediatra, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo e uma intervenção o mais precoce possível. Outros profissionais também podem estar envolvidos, especialmente se a criança tiver outras necessidades médicas ou de desenvolvimento. A intervenção pode incluir o uso de aparelhos auditivos, sistema de FM em casa ou na escola e até mesmo de implante coclear. Algumas intervenções podem ser estendidas a treinamentos de comunicação baseando-se no método escolhido. Métodos de comunicação incluem: Treinamento Auditivo, que foca nas habilidades de fala e audição; Linguagem Americana dos Sinais; Cued Speech, que usa os movimentos das mãos para melhor entendimento das palavras faladas; Comunicação Total, que envolve simultaneamente sinais e fala. Quanto maior o envolvimento e suporte dos pais, maiores as chances de sucesso em qualquer que seja o método escolhido e os tipos de intervenção usadas. Aparelhos auditivos Utilizando os resultados da audiometria, o fonoaudiólogo determina o modelo de aparelho auditivo e recursos mais adequados para determinada perda auditiva. Mesmo se a perda auditiva for mais severa em um dos ouvidos, a maioria das crianças que possuem perda auditiva podem obter melhor qualidade sonora ouvindo nos dois ouvidos. Crianças com perda auditiva precisam passar por uma avaliação médica feita por um otorrinolaringologista antes de serem adaptadas com aparelhos auditivos. Aparelhos auditivos são equipamentos eletrônicos, alimentados com bateria e possuem microfones que amplificam os sons. Com os avanços tecnológicos, muitos aparelhos auditivos atualmente podem ser programados para processamento individual de sons e amplificação de acordo com a característica individual da perda auditiva da criança. Assim como mencionado na primeira parte deste guia, é importante achar a solução mais adequada para a perda auditiva de cada criança. Uma vez que os testes forem concluídos, o fonoaudiólogo poderá recomendar os aparelhos auditivos mais adequados para sua criança. Nenhum aparelho auditivo é capaz de resolver todos os problemas auditivos ou restabelecer a audição normal. Os aparelhos auditivos são desenvolvidos para oferecer amplificação dos sons, de forma que a criança possa ouvir melhor em diferentes situações. Siemens Explorer com sapata de áudio A utilização de dois aparelhos auditivos, também chamada de amplificação binaural, é recomendada quando existe perda auditiva nos dois ouvidos. Amplificação binaural manda ao cérebro – o verdadeiro órgão da audição – informações dos dois ouvidos. Com uma amplificação binaural, sua criança pode se beneficiar de audição equilibrada e melhor entendimento de fala em ambientes com presença de ruído. 13 | Audição e perda auditiva | Diagnóstico | Intervenção | Tecnologia dos aparelhos auditivos Tecnologia Poderosa Gancho Robusto Nanocoating Os aparelhos auditivos modernos são pequenos, mas altamente tecnológicos e potentes e podem ser programados para atender com precisão as necessidades auditivas da sua criança. Eles possuem habilidade de processamento de sinal avançado que oferece alta flexibilidade e recursos tecnológicos tais como redutores de ruído e microfone automático adaptativo. Em geral os aparelho auditivos possuem quatro ou mais canais separados de amplificação. Isso é importante para colocar a amplificação devida nas diferentes frequências. Nada deve ser menos ou mais amplificado do que necessário. Controle de volume programável com função liga-desliga Botão de programas programável Compartimento de Bateria 14 LED Sistema TEK Estilos de aparelhos auditivos significa que eles vêm acompanhados de sondas e conectores, que são confortáveis e não causam oclusão. Esses tipos de aparelhos não são os mais recomendados para crianças. Existem diferentes modelos de aparelhos auditivos – BTE (behind-the-ear) ou retroauriculares e intra-auriculares, que são modelos customizados. Celular Música Segurança é a chave Para uma criança pequena, o aparelho auditivo deve ser seguro e resistente. Aparelhos auditivos usados em crianças novas precisam estar equipados com trava de gaveta de pilha, para evitar que a criança tenha acesso a partes pequenas do aparelho. Outras partes do aparelho como o gancho devem ser fáceis de colocar mas difíceis de remover. Uma caixa externa protegida com nanocoating repele sujeira e umidade, estando preparado para os ambientes que a criança frequenta como parquinho ou quadras de esporte. Crescendo juntos Um aparelho auditivo deve ter a flexibilidade para ser ajustado durante as fases de desenvolvimento da criança. Para ter essa flexibilidade, os aparelhos auditivos devem ser compatíveis com sistemas de FM, possuir múltiplos programas auditivos e tecnologia Bluetooth. Televisão A compatibilidade com sistemas de FM é importante para crianças em idade escolar. Os múltiplos programas auditivos permitem ao fonoaudiólogo definir diferentes programações para diferentes situações, tais como “fala no ruído”, “televisão” e até mesmo “telefone” para atender às necessidades da criança. Alguns aparelhos auditivos atualmente podem ser conectados a equipamentos que possuem a tecnologia Bluetooth, tornando possível a conexão sem fio com equipamentos de áudio como TV, som, MP3 ou computadores. Esses recursos estão se tornando cada vez mais importantes para adolescentes, uma vez que permitem que eles participem das atividades comuns da idade. Os aparelhos retroauriculares são usados atrás do ouvido. Eles são conectados ao canal auditivo através de um molde customizado (feito de acrílico ou silicone) para encaixar no ouvido. Esse molde mantém o aparelho auditivo no lugar através de um tubo que transmite os sons amplificados do aparelho para dentro do canal auditivo. A medida que a criança cresce, novos moldes podem ser confeccionados para garantir mais conforto e melhor adaptação. Primeiro porque eles podem não oferecer a amplificação necessária à criança e, segundo porque eles podem não estar equipados com os recursos necessários como conexão FM. Os modelos retroauriculares são os mais recomendados para bebês e crianças pequenas pela sua flexibilidade e potência. Além disso, os moldes customizados podem ser facilmente trocados para acompanhar o rápido crescimento dos ouvidos da criança. Aparelhos customizados também não são recomendados para bebês e crianças. Esse tipo de aparelho não oferece os níveis de amplificação necessários para perdas auditivas de grau severo a profundo. Além disso, em geral, eles não são compatíveis com sistemas de FM que são necessários para muitas crianças. Suas medidas customizadas também o tornam difíceis de adaptar aos ouvidos constantemente em crescimento. Outro fator, é que o tamanho pequeno do aparelho customizado o torna mais perigoso para ser ingerido acidentalmente pelas crianças. Dependendo da idade, esses aparelhos podem ser usados por adolescentes, dependendo do grau da perda auditiva e das necessidades individuais. Atualmente, a tecnologia dos aparelhos auditivos já permite retroauriculares pequenos, que não causam efeito de oclusão no ouvido e que não possuem controles manuais. Esses aparelhos são chamados de “life” ou “RIC – receptor no canal”. Em geral são usados para adaptação aberta, o que Se a amplificação oferecida pelos aparelhos auditivos ainda não for suficiente, é possível que sua criança seja candidato ao uso de implante coclear. O médico otorrinolaringologista pode orientá-lo se essa seria a solução adequada assim como discutir a tecnologia envolvida. 15 | Selecionando cores e adesivos 16 Audição e perda auditiva | Diagnóstico | Intervenção | As crianças devem ser estimuladas a se responsabilizarem por seus aparelhos auditivos escolhendo por exemplo as cores que combinam com sua personalidade e estilo. Os aparelhos retroauriculares (BTE) da Siemens estão disponíveis em diferentes cores, as quais podem ser personalizadas com o uso de adesivos. Para o modelo Explorer 500 e outros de caixa semelhante, a Siemens oferece um livro de adesivos com mais de 40 modelos. Sistema de FM e aparelhos auditivos Os moldes auriculares também podem ser confeccionados em diferentes cores. Pequenos detalhes como a cor dos aparelhos auditivos e seus moldes podem ter um importante papel na aceitação do uso dos aparelhos pela criança. Isso pode contribuir para a melhora da auto estima durante o uso deles. Esforços conjuntos para uma melhor audição da criança A amplificação oferecida pelos aparelhos auditivos permite mais acesso a informações, melhor detecção, identificação e reconhecimento. No entanto, a amplificação sozinha não é a solução perfeita. Muitas crianças com aparelhos auditivos bem adaptados continuam a apresentar dificuldade para ouvir em ambientes com presença de ruído, como uma sala de aula. Ruídos de fundo como papéis sendo amassados, crianças conversando e sistemas de ventilação, podem gerar distração e atrasar a habilidade da criança em distinguir fala do ruído do ambiente. Em salas de aula, auditórios e outros locais públicos onde a acústica seja ruim e a fonte sonora esteja distante, a habilidade da criança de ouvir e entender também pode ser prejudicada. Um sistema de FM pode melhorar significativamente a percepção de fala da criança em ambientes acústicos não ideais. O sistema de FM capta a fala na fonte (via um microfone dedicado) e transmite o som diretamente ao aparelho auditivo no ouvido da criança. Sistemas de FM podem reduzir ruídos de fundo oferecendo uma melhora da relação sinal-ruido (SNR) de 12 a 20 dB. A tecnologia FM aprimora o desenvolvimento da habilidade de comunicação da criança. Para uma criança pequena com perda auditiva, o sistema de FM maximiza o início do desenvolvimento de fala e linguagem e pode ajudar o relacionamento criança-pais no que diz respeito à comunicação verbal. A tecnologia FM também aprimora a interação entre professor e aluno no jardim de infância e na pré-escola. Com um sistema FM, a criança pode ouvir o que os professores dizem sem interferência dos ruídos do ambiente. Sistemas de FM podem ser bastante úteis em salas de aula, igrejas, shopping centers, teatros e centros de convenção, permitindo que crianças (e adultos) com perda auditiva estejam em locais com muitas pessoas ou audiências com conforto e segurança. Os aparelhos auditivos pediátricos da Siemens são compatíveis com sistemas FM. 17 | Audição e perda auditiva | Diagnóstico O que perguntar ao seu fonoaudiólogo Abaixo está uma lista com perguntas para pais e responsáveis fazerem ao fonoaudiólogo para garantir à criança um melhor processo de adaptação Quais os tipos de aparelhos auditivos que estão disponíveis? Existem recomendações específicas para diferentes idades? Existem diferentes modelos de aparelhos auditivos disponíveis no mercado, para diferentes tipos de perda auditiva assim como para diferentes idades. Os aparelhos auditivos que você selecionar, devem atender às necessidades específicas das crianças no que diz respeito à segurança, estética e recursos tecnológicos. Nem todos os aparelhos são feitos para uso pediátrico. Os aparelhos auditivos possuem uma entrada direta de áudio (DAI – Direct Audio Input)? A entrada direta de áudio é necessária para ligar o aparelho auditivo ao Sistema de FM, por exemplo, em um sistema de transmissão sem fio usado geralmente em escolas e em ambientes com ruídos, para melhorar o entendimento de fala. 18 Quais os custos dos aparelhos auditivos e da adaptação? Antes de tomar a decisão, informe-se sobre os custos dos aparelhos auditivos, baterias e acessórios. Informe-se sobre a garantia e possível adaptação do aparelho ao crescimento da orelha de seu filho. Existem acessórios específicos para crianças? Existem alguns acessórios específicos para crianças como um clipe para segurar os aparelhos auditivos à roupa evitando que eles se percam, ou o uso de um kit com acessórios para auxiliar na limpeza e bom funcionamento dos aparelhos. Quais as cores disponíveis? As crianças gostam de cores. Um aparelho auditivo colorido pode ser aceito mais fácil. Adesivos divertidos ajudam a personalizar os aparelhos e também auxiliam na aceitação. Verifique com seu fonoaudiólogo as opções disponíveis para cada modelo, assim como os adesivos para decoração. | Intervenção | Descubra o mundo mágico da audição Esperamos que as informações contidas aqui tenham sido importantes para você.lembre-se que uma atitude positiva e a seleção da solução auditiva mais adequada certamente tornarão sua jornada mais fácil. O programa pediátrico da Siemens foi desenvolvido para auxiliar tanto você quanto a sua criança nesse caminho. Para informações adicionais, por favor, acesse o site: www.siemens.com.br/audiologia Ou entre em contato: [email protected] 19 A informação contida neste material contempla informações gerais das opções técnicas disponíveis, que não necessariamente estão presentes em todos os casos e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. Os recursos solicitados devem ser especificados em cada caso antes do fechamento da compra. Siemens Audiology Solutions - Healthcare Sector Rua Werner Siemens, 111 - Lapa. CEP: 05069-000 - São Paulo, SP. 0800 77 OUVIR (0800 77 68847) [email protected] www.siemens.com.br/audiologia