Ana - IVESP

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ANAIS ●
I CONGRESSO DE ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA E INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA APLICADA A NUTRIÇÃO
1ª edição
Fortaleza – CE
2016
FICHA TÉCNICA
Direção
Comissão científica
Rafael Prado Amaral Paes
Natália Matos Ribeiro
Luis Sérgio Fonteles Duarte
Vanessa Azevedo Mendonça
Luis Sérgio Fonteles Duarte
Gerência Administrativa
Rafael Prado Amaral Paes
Solange Prado Amaral Paes
Márcio Caetano Amaral Paes
Comissão Organizadora
José Lucelio Almeida da Silva Junior
Assessoria de Comunicação
Deborah Prado Amaral Paes
Deborah Prado Amaral Paes
Jamila Maria dos S. Dias Fiuza
Chauvin
José Lucelio Almeida da Silva Junior
Madna Costa Freitas
Eric Maciel de Sousa Rodrigues
Secretaria Executiva
Ronald Vieira Santos
Leandro Teixeira Cacau
Thainara Ribeiro de Castro
Rosana Karla Oliveira Magalhães
Viviane Katharine Gurgel Carneiro
Stephane Karen de Sousa Saboya
José Heligleyson Batista Barbosa
Aline Cordeiro Guimarães
Marcos Adriano Bayma Mendes
Ton Kenned de Olivindo Alves
Priscila Gomes dos Santos
ANÁLISE DO DESJEJUM DE ADOLESCENTES ATENDIDOS EM UMA
UNIDADE PRIMÁRIA DE ATENÇÃO À SAÚDE NA CIDADE DE
FORTALEZA-CE
Autores:
Ádna Andreza Moreira Saraiva
Patricilene Alves da Silva
Karine de Almeida Guerreiro
Cristiane Silveira Rodrigues
Silvia Graça Martins Hartel
Introdução: Na adolescência ocorrem intensas modificações físicas, psíquicas,
comportamentais e sociais. É o período de transição da infância para a vida adulta, em
que vários hábitos ou características pertencentes ao estilo de vida adulto são adquiridos.
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar o consumo alimentar do
desjejum de adolescentes atendidos em uma unidade primária de atenção à saúde na
cidade de Fortaleza, Ceará. Método: Foram avaliados 53 protocolos de ambos os sexos
e classificados pelo SISVAN segundo IMC/I e E/I. Constatou-se que das 53 fichas de
atendimento dos adolescentes, 28,30%(n=15) eram do sexo masculino e 71,69%(n=38) do
sexo feminino na faixa etária entre 10 a 19 anos. Os dados coletados foram: idade, sexo,
peso, altura, IMC, consumo do desjejum e alimentos consumidos. Os resultados foram
tabulados em uma planilha de Excel 2013, e apresentados em tabelas e gráficos.
Resultados: Verificou-se que 64,15%dos adolescentes de ambos os sexos realizavam o
desjejum e 35,84%não realizavam a primeira refeição do dia. Observou-se que os
alimentos mais consumidos por adolescentes de ambos os sexos foram, pela ordem: pão
com margarina, café com leite, leite com chocolate, vitamina de frutas e refrigerante com
salgado. Dos adolescentes do sexo masculino que consomem o desjejum, 6,66%foram
classificados com sobrepeso, 13,33%obesidade, 6,66%obesidade grave. Já em relação ao
sexo feminino, observou-se que 10,52%encontrava-se com sobrepeso, 18,42 %obesidade
e 5,26%obesidade grave. Constatou-se uma relação entre os adolescentes que não
consomem o desjejum com o sobrepeso. Dos adolescentes do sexo masculino que não
consomem o café da manhã, 13,33%foram classificados com obesidade. Já em relação às
adolescentes mulheres 2,63%
, 15,78% e 5,26% foram classificadas com sobrepeso,
obesidade e obesidade grave, respectivamente. Conclusão: Nos adolescentes estudados
observou-se que mais da metade realizam o desjejum. Porém os que consomem o café
da manhã estão com pesos superiores quando comparados aos que não consomem,
devido à inadequação da qualidade e quantidade dos alimentos consumidos. Dessa
forma, faz-se necessário o incentivo aos adolescentes do consumo diário e adequado do
desjejum, garantindo assim um hábito alimentar saudável que auxilia na prevenção e na
diminuição do sobrepeso e da obesidade.
Palavras-chave: Desjejum, Adolescentes, Consumo Alimentar.
A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA COMO FATOR DE RISCO PARA A
OBESIDADE INFANTIL
Autores:
Amanda Maia Pontes
Ana Jéssica Araújo Parente
Francisco Vittor Miranda e Araújo
Iarla Cristina Luciano de Morais
Raquel Cristina de Sousa Lima Landim
Introdução: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura
corporal, como resultado de um balanço energético positivo. Possui etiologia
multifatorial e se desenvolve pela associação de fatores genéticos, ambientais e
comportamentais, podendo trazer muitas complicações à saúde do indivíduo. O
ambiente familiar é um lugar de partilha de afetos, cuidados e padrões culturais, onde a
intersubjetividade constrói os processos psicológicos e as características individuais, o
que pode tornar este um fator de rico para o desenvolvimento de obesidade na infância.
Objetivo: Descrever fatores que evidenciam a influência da família no desenvolvimento
da obesidade na infância. Método: Foi realizada revisão de literatura na base de dados
eletrônica BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Como critério de inclusão utilizou-se artigos
originais e de revisão, dos últimos cinco anos, com texto completo em português, e na
faixa etária de zero a dez anos incluindo crianças de ambos os sexos. Para avaliar a
qualidade metodológica foi utilizado como critério que a conclusão respondesse aos
objetivos impostos pelo autor do artigo analisado. Foram excluídos artigos com
desfechos fora da faixa etária de interesse ou sem relação com a família. Por fim foram
selecionados 22 artigos para análise no presente estudo. Resultados: Os estudos
mostraram que o número de crianças com excesso de peso, que vem crescendo com o
decorrer dos anos, relaciona-se a fatores hereditários, a falta de conhecimento dos
familiares, a idade materna, as condições nutricionais da mãe no período pré-gestacional,
ao desmame precoce, ao modo de educar os filhos, ao estímulo a má alimentação e a
falta de percepção da obesidade como problema de saúde. Conclusão: Muitos pais não
reconhecem ou não consideram que o excesso de peso seja um problema de saúde, isso
junto da falta de consciência sobre a importância da promoção de um estilo de vida
saudável desde a vida uterina, acaba dificultando o sucesso da prevenção e tratamento
do excesso de peso. Deste modo o comportamento alimentar estimulado na criança a
partir da família contribui de forma significativa para a prevalência da obesidade na
infância.
Palavras-chave: Obesidade infantil. Sobrepeso. Relação familiar. Comportamento
alimentar.
AS LIMITAÇÕES DE ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO ÂMBITO
HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores:
Ana Carmem de Oliveira Lima
Rayanne Silva Vieira Lima
Introdução: No ambiente hospitalar, o nutricionista tem o objetivo de prover o cuidado
nutricional do paciente em todo o seu período de permanência. Além disso, o controle
qualitativo e quantitativo das etapas do processo de produção e de atendimento é de
responsabilidade do nutricionista, com atuação e competências bem definidas. Dentre as
ações realizadas pode-se destacar a elaboração dos diagnósticos nutricionais com base
em dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e dietéticos; e prescrição dietética
(FIDELIX, 2014). Objetivo: Relatar as limitações enfrentadas pelo nutricionista no âmbito
hospitalar. Método: Trata-se de um relato da experiência vivenciada durante a realização
de estágio curricular em Nutrição Clínica em um Hospital Regional do interior do Estado
do Ceará. Resultados: O estágio permitiu vivenciar a atuação do Nutricionista e observar
as dificuldades existentes. O primeiro desafio de trabalhar no hospital estava relacionado
à limitação de recursos e de materiais. Apesar de ser um polo regional, o mesmo não
estava recebendo recursos dos outros municípios, o que justifica em partes tal situação.
Outro ponto importante de finitude no trabalho do nutricionista, era a falta de equipes
multidisciplinares, e o pouco diálogo existente entre a nutrição e os médicos, fato que
impactava principalmente o tempo de jejum dos pacientes. A triagem nutricional era
realizada através da investigação clínica e relatos do paciente ou familiares, no entanto a
avaliação nutricional, por meio da aferição das medidas antropométricas, não era
possível de ser realizada em todos os enfermos, devido a dificuldade de manuseio do
material disponível, atrelado à dificuldade de locomoção de alguns. Observou-se que as
condições de trabalho oferecidas dificultavam a utilização de cálculos nutricionais mais
acurados, limitando-se a cálculos de classificação do estado nutricional, como IMC (índice
de massa corpórea). Predominava na conduta dietoterápica, a observação das
manifestações clínicas e utilização de recomendações nutricionais gerais de conduta para
as patologias. Não havia oferta de suplementos nutricionais no hospital, sendo todas as
refeições artesanais e preparadas na UAN da unidade. As quantidades porcionadas nas
refeições não eram ajustadas às necessidades do paciente, apenas baseavam-se nos
relatos de aceitação fornecidos pelo mesmo ou familiares. Todavia, buscava-se adequar
o tipo de dieta às patologias do enfermo, sendo as dietas hipossódicas, hipolipídica,
hipoglicídica, laxativa e hipercalórica as mais adotadas. Conclusão: Conclui-se que a falta
de recursos e estrutura limita consideravelmente a atuação do nutricionista, além da falta
de equipes multidisciplinares, que poderiam permitir intervenções mais
adequadas/ajustadas às especificidades do paciente, respaldando o profissional e
gerando maiores benefícios à clientela.
Palavras-chave: Serviço Hospitalar de Nutrição; Nutricionista; Dietoterapia.
ANÁLISE DA RELAÇÃO DO CONSUMO DE SUPLEMENTOS
ALIMENTARES EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA E IMAGEM
CORPORAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Autores:
Ana Lúcia Holanda Oliveira
Douglas Rodrigo Cursino dos Santos
Alexandre Sales Barros
Introdução: Embora haja constante investimento do Ministério da Saúde para o incentivo
à alimentação saudável e do aumento dos níveis de atividade física, ainda são necessários
estudos para avaliar a prática do exercício físico e da alimentação e a adesão para essas
recomendações. A aproximação com o tema se fez através da satisfação corporal dos
praticantes de atividade física que faz uso de suplementos nutricionais, no que diz respeito
a imagem corporal. Objetivo: Analisar segundo a literatura, satisfação dos praticantes de
atividade física no que diz respeito a sua imagem corporal e sua relação com o consumo
de suplementos esportivos. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, de caráter
descritivo, com abordagem qualitativa. Para levantamento dos dados, realizou-se uma
pesquisa bibliográfica pelo acesso online na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foi
realizada uma busca na base de dados Scielo e LILACS, com 14 e 22 artigos selecionados,
respectivamente, com os assuntos: suplemento alimentar, satisfação e insatisfação do
consumidor e imagem corporal. Resultados: De acordo com os motivos que levam os
praticantes de atividade física a consumir suplementação alimentar, os autores relatam
que para que as pessoas estejam aptas para a prática da atividade física é preciso que
tenham uma alimentação saudável e correta, porém buscam outros recursos onde
procuram atingir mais rapidamente seus objetivos. A avaliação do nível de satisfação e
insatisfação com a imagem corporal do consumidor de suplementos, os autores
investigaram e concluíram que as pessoas apresentaram que gostariam de ter silhuetas
mais magras, embora estejam satisfeitas, as mulheres têm procurado alterar seu padrão
de beleza. Segundo pesquisas bibliográficas, as Escalas de Silhuetas buscaram identificar
a prevalência de distorções de imagem corporal em ambos os sexos. A aplicação da
Escala tem sido associada a medidas objetivas que avaliam o grau de beleza que querem
alcançar. Conclusão: A nutrição esportiva vem ganhando destaque na atualidade, pois
cada vez mais a população está em busca de alcançar os seus objetivos, sejam por
motivos relacionados à saúde ou estéticos. De fato, alguns suplementos podem trazer
benefícios, porém, a suplementação deve ser realizada de maneira adequada e
acompanhada por um nutricionista. É possível concluir que um dos principais motivos
para esta realidade é a pressão que a mídia exerce nos indivíduos e faz com que busquem
o modelo de corpo perfeito.
Palavras-chave: Suplementos nutricionais; Satisfação corporal; Musculação; Imagem.
ANÁLISE DE MACRONUTRIENTES EM SUPLEMENTOS
ENERGÉTICOS PARA ATLETAS DE UMA LOJA EM FORTALEZA CE
Autores:
Ana Paula Magalhães Ramos
André Luiz Araújo Maranhão
José Heligleyson Batista Barbosa
Tiago Moreira De Olinda
Introdução: Desde os tempos antigos, atletas têm usado variadas substâncias para
benefícios ergogênicos objetivando melhoria do desempenho físico, o que atualmente se
traduz, entre outras ações, no uso de suplementos alimentares. Os suplementos
dietéticos nem sempre são consumidos com base nas necessidades nutricionais. De
acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, o Brasil tem apresentado um
consumo abusivo de suplementos alimentares, especialmente em ambientes de prática
de exercícios físicos e sem a devida orientação de um profissional de saúde adequado.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de macronutrientes presentes em
suplementos nomeados substitutos parciais de refeição de atletas pela RDC nª 18 e
correlacionar os valores presentes nas tabelas nutricionais dos produtos com a resolução
vigente. Método: A análise foi realizada em uma loja especializada em produtos para
praticantes de atividade física, localizada no município de Fortaleza, no Ceará. Foram
incluídos na análise todos os produtos comercializados como “hipercalóricos”, por
indicação do vendedor, após pergunta prévia dos pesquisadores. Resultados: Apenas um
dos produtos comercializados na loja como “hipercalórico”, não tinha em seu rótulo a
palavra “hipercalórico” ou “suplemento energético para atletas”. E sim, a determinação
de “suplemento para substituição parcial de refeições de atletas”. Com base no exposto,
este único suplemento foi correlacionado com o artigo 9º da mesma RDC já supracitada,
específico para este produto. Apenas um produto não estava em conformidade em
relação ao valor energético total proveniente de carboidratos. Todos os produtos
analisados continham, pelo menos, 15 gramas de carboidratos na porção. Apenas dois
produtos analisados não continham adição de vitaminas e/ou minerais. A maioria dos
produtos analisados continham proteínas e lipídios em sua composição. Apenas um
produto não continha lipídio. Três produtos analisados continham fibras alimentares em
sua composição, contrariando este item da RDC. Conclusão: Neste estudo, foi possível
analisar que a maioria dos produtos energéticos destinados à atletas, estão em
conformidade com a legislação vigente, necessitando apenas de mais estudos, de
preferência laboratoriais, para uma melhor determinação de todos os macro nutrientes
já citados.
Palavras-chave: Suplementação Nutricional. Rotulagem de Produtos. Recurso
energético.
PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES QUEIMADOS INTERNADOS
EM UM HOSPITAL PÚBLICO EM FORTALEZA–CE
Autores:
Ana Paula Magalhães Ramos
André Luiz Araújo Maranhão
José Heligleyson Batista Barbosa
Renata Melo Sampaio
Introdução: Queimadura é uma lesão causada por agentes térmicos, químicos, elétricos
ou radioativos que agem no tecido de revestimento do corpo humano. A terapia
nutricional tem como objetivos: oferecer condições favoráveis para o estabelecimento do
plano terapêutico; oferecer energia, fluidos e nutrientes em quantidades adequadas para
manter as funções vitais e a homeostase; recuperar a atividade do sistema imune; reduzir
os riscos da hiperalimentação; garantir as ofertas proteica e energética adequadas para
minimizar o catabolismo proteico e a perda nitrogenada. Objetivo: O propósito do
presente estudo foi analisar o estado nutricional dos pacientes queimados bem como o
perfil bioquímico utilizando os parâmetros de ureia e creatinina para avaliar o perfil renal
dos mesmos. Método: A amostra foi selecionada por meio da inclusão de todos pacientes
que apresentavam de 15 a 85%de superfície corporal queimada (SCQ). Foi analisada a
dieta recebida, junto com a suplementação fornecida pelo hospital. Foram anotados
níveis de uréia e creatinina do prontuário. Foram excluídos pacientes que, em seus
prontuários, não havia menção com relação ao peso atual. Ao total, foram escolhidos
quatro pacientes do sexo masculino e quatro do sexo feminino. Resultados: A dieta geral
do hospital fornece ao todo 2907,31 calorias e 130,3 gramas de proteínas. Dois pacientes
apresentaram níveis normais de creatinina e uréia. E apenas um paciente apresentava
níveis de creatinina e uréia abaixo dos valores de referência. Porém, para um quadro de
hipermetabolismo, os níveis séricos desses dois marcadores bioquímicos deveriam estar
elevados. Níveis baixos de creatinina indicam uma perda de massa muscular,
possivelmente durante um longo período de tempo. Já níveis baixos de uréia indicam
possivelmente uma hiper-hidratação endovenosa. Conclusão: No presente trabalho
pode-se concluir que, considerando a grande margem de recomendação proteica aos
pacientes queimados, há adequado consumo protéico por parte da população estudada.
Alguns deles podem apresentar demanda maior devido ao possível maior estado
hipermetabólico.
Palavras-chave: Unidade de Queimados. Catabolismo. Consumo Alimentar.
TENDA DO CONTO COM ALIMENTOS, UM NOVO MODO DE
PRODUÇÃO EM SAÚDE
Autores:
Andrea Karoline Ramos Campos
Tatiane Oliveira Meira da Silva Melo
Introdução: A Promoção a Saúde pode ser definida com um processo que permite às
pessoas adquirir maior controle e emponderamento na sua própria saúde, sobretudo nos
seus determinantes, tendo em vista a busca para melhora-los. A “tenda do conto” é um
instrumento que possibilita o trabalho em educação em saúde de forma não
convencional, onde trabalhadores e usuários do sistema único de saúde-SUS revelam
atitudes que apontam aberturas para possibilidades de outros modos de produção em
saúde. Objetivo: Compartilhar experiências pessoais com os alimentos para socializar e
sensibilizar práticas de hábitos alimentares saudáveis em um grupo de trabalhadores
pertencentes à estratégia de saúde da família na cidade de Mossoró/Rio Grande do
Norte-RN. Metodologia: Para realização da construção da Tenda do Conto com
Alimentos, foi entregue com duas semanas de antecedência convites à uma equipe de
saúde. Posteriormente a Tenda do Conto foi montada para acolher as histórias pessoais
com alimentos dos funcionários desta equipe de saúde. Foi separada uma sala e nela foi
exposta uma mesa contendo diversos tipos de alimentos: frutas, hortaliças, vegetais,
tubérculos e produtos alimentícios processados. Iniciou-se a atividade com uma breve
explanação, pela Nutricionista Residente, sobre as Práticas de Alimentação Saudável e
metodologia da Tenda do Conto, em seguida os participantes, voluntariamente,
escolheram o alimento no qual ele sentia o desejo de partilhar sua experiência e histórias
familiares em um determinado momento de sua vida. Resultado: O principal resultado
dessa dinâmica de educação em saúde foi às provocações geradas pela escuta das
narrações compartilhadas pelos participantes. Diante delas houve o surgimento de
questionamentos pessoais e coletivos e as comparações com os seus hábitos
alimentares na infância e adolescência, fazendo-os observar que os hábitos alimentares
relatados eram melhores do que os da vida adulta. E que a compra dos alimentos em sua
forma fresca e natural, hábitos dos seus avós e pais, em sua maioria feita em feiras livres
e mercearias a granel deveria ser utilizado com uma maior frequência nos dias atuais.
Logo, tivemos falas afirmando que buscariam mudar seus hábitos alimentares.
Conclusão: Desse modo, pode-se observar a grande importância do compartilhamento
de saberes e vivência e como essa prática pode impactar nos hábitos alimentares dos
participantes.
Palavras-chaves: Tenda do conto; Educação em Saúde; Educação Nutricional; Atenção
Primária.
PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL (PAAS)
PARA GESTANTES ADOLESCENTES ATENDIDAS NO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE – SUS
Autores:
Andrea Karoline Ramos Campos
Tatiane Oliveira Meira da Silva Melo
Introdução: A alimentação adequada e saudável é entendida como a prática alimentar
apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos indivíduos, assim como o meio
sustentável do meio ambiente. Estando de acordo com as necessidades de cada fase do
curso da vida, levando em consideração a cultura alimentar, aspectos financeiros,
quantidade e qualidade. A Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) é uma
das vertentes da Promoção à Saúde no Sistema Único de Saúde –SUS, sendo vista como
uma possibilidade de enfocar os aspectos que determinam o processo saúde-doença.
Objetivo: Promover alimentação adequada e saudável nas gestantes adolescentes,
atendidas no pré-natal do SUS. Metodologia: A atividade foi realizada no ambulatório
pertencente à rede de atenção primária do município de Mossoró no campos da
Faculdade de Ciências da Saúde - FACS da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte - UERN. A estratégia para a PAAS se deu através de atendimentos individuais, onde
foi realizada avaliação clínica, consumo alimentar e bioquímico, sendo entregue
orientações nutricionais e plano alimentar individualizado. Neste período também foram
realizadas ações educativas coletivas na sala de espera, tendo como participantes as
gestantes e os acompanhantes, durante as ações foram realizadas esclarecimentos de
dúvidas, entrega de receitas e degustações de preparações de alimentos saudáveis.
Resultado: A partir dos retornos das consultas foi possível perceber a evolução na
mudança dos hábitos alimentares, em termos de comprometimento e conscientização
das adolescentes gestantes, bem como à adesão a proposta nutricional e participação do
grupo atendido durante as ações educativas promovidas, o que gerou maior
emponderamento das pacientes no processo de cuidado a sua saúde. Conclusão: Desse
modo, pode-se notar que os atendimentos realizados com as gestantes adolescentes
provocaram mudanças de hábitos alimentares, demonstrando a necessidade do
acompanhamento do profissional nutricionista nessa fase da vida, bem como sua
inserção no serviço de saúde na atenção primária, visando o acesso ampliado dos
usuários do SUS.
Palavras-chaves: Adolescentes Gestantes; Alimentação Adequada e Saudável; Atenção
Primária.
O USO PREVENTIVO ORAL E INTRAVAGINAL DOS LACTOBACILLUS
RHAMNOSUS GR-1, L. ACIDOPHILUS E L. FERMENTUM RC-14 EM
MULHERES COM CANDIDA ALBICANS: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
Autores:
Ângela Dayanna Giffone Nobre
Joyce Moraes Camarneiro
Introdução: Candida albicans é um fungo que faz parte da microbiota gastrintestinal (GI) dos
seres humanos saudáveis, fazendo parte da flora não ocasionando doenças, mas durante a
queda do sistema imune ou uma desregulação da microbiota ou flora, a C. albicans pode
disseminar e causar infecções, trazendo riscos à vida humana, a cândida também pode ser
ocasionada por uso de anticoncepcional, antiinflatórios e/ou antibióticos e uma dieta com
muito açúcar. E para repor está flora ou microbiota os probióticos são indicados para o
tratamento. Os probióticos de Lactobacillus foram estudados quanto aos seus efeitos
inibitórios sobre Candida albicans. No entanto, poucos estudos investigaram o efeito de quatro
diferentes cepas. Objetivo: Do estudo foi verificar os métodos preventivos dos Lactobacillus
rhamnosus GR-1, L. acidophilus e L. fermentum RC-14 por meio do uso oral e intravaginal em
mulheres com Candida albicans. Método: Realizou-se uma revisão de literatura na qual foram
selecionados artigos publicados entre 2006 a 2016. Resultados: Observou-se que os
Lactobacilos rhamnosus tem seu efeito melhor para o tratamento de cândida, no entanto
metodologias de ensaio e os resultados não proporcionam provas suficientes a favor ou contra
do uso dos probióticos recomendando para o tratamento de C. Albicans, pois as cepas sempre
foram analidas com outras espécies, outros estudos ainda devem ser realizados para uma
maior eficacia no tratamento de candidiase. Conclusão: Foi visto que L. rhamnosus possui um
maior efeito no tratamento de C. albicans com relação aos demais lactobacilos. No entanto
estudos ainda precisam comprovar a eficácia do L. rhamnosus, visto que foram usados
diferentes espécies e estirpes bacterianas, posologia, a via de administração, duração do
tratamento e da população em estudo.
Palavras-Chave: Candida albicans; Uso de Lactobacillus rhamnosus; Probióticos.
DOENÇA HEMORROIDÁRIA: EXERCÍCIO FÍSICO E O USO DE
FITOTERÁPICOS COMO FATORES DE TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Autores:
Ângela Dayanna Giffone Nobre
Ramon Krishna Vigorena Damasceno
Introdução: Castanha da índia é um fitoterápico bastante utilizado, devido sua eficácia
comprovada no tratamento de problemas circulatórios, onde podemos citar a doença
hemorroidária que é caracterizada é caracterizada quando existem sintomas na
localização das áreas (internas, externas ou mistas), tendo como alterações patológicas
as hemorragias, o prolapso ou trombose. Para assegurar uma alimentação balanceada
deve-se ingerir uma proporção adequada de acordo com o sexo e idade, bem como seu
estilo de vida, adequando assim os carboidratos, proteína, lipídios, vitaminas e minerais.
Que merece destaque as fibras, por pertencerem ao grupo dos carboidratos, atuando nas
funções gastrointestinais e na prevenção de doenças como constipação, hemorróidas,
doença diverticular, neoplasias do cólon, obesidade, intolerância a glicose, dislipidemia
e doenças cardiovasculares. Objetivo: Apresentar um relato de caso da doença
hemorroidária, promover a qualidade de vida do paciente com o uso de fitoterápico bem
como a dieta para melhora dos sintomas. Método: Homem de 22 anos, atleta, com
queixa de sangramentos retais, os exames confirmaram o diagnóstico da doença (Grau
II). Realizou-se um acompanhamento nutricional durante dois anos com uso de um
fitoterápico chamado Castanha da Índia e avaliação do estado nutricional, como peso,
altura, IMC, peso muscular, peso gordo e percentual de gordura. Resultados: No início do
tratamento o paciente apresentou algumas carências nutricionais como o carboidrato,
vitamina E, selênio, zinco, gasto calórico total e a proteína, a fibra estava acima da
recomendação indicada, sendo assim a dieta foi adequada e no decorrer do tratamento
foi observado a diminuição dos sangramentos, percebeu-se uma adequação das fibras,
cálcio, vitamina E, zinco, selênio, vitamina C, e por fim os macronutrientes como os
carboidratos, proteínas e lipídios, bem como a melhora do rendimento esportista.
Conclusão: O paciente apresentou melhoras na sua doença depois de seis meses de
tratamento, bem como houve uma melhora no rendimento do atleta.
Palavra-chaves: Doença hemorroidária; Exercício físico; Fitoterapia.
EDUCAÇÃO ALIMENTAR: UMA PROPOSTA PARA A PREVENÇÃO
DO CÂNCER DE ESTÔMAGO
Autores:
Ângela Dayanna Giffone Nobre
Ana Marta Vieira Ximendes
Introdução: O número de brasileiros diagnosticados com o câncer gástrico é bem alto,
tornando-se o sexto tumor maligno entre mulheres e o quarto entre os homens, o que já
se tornou um problema de saúde pública. Vários são os fatores envolvidos na etiologia
dessa neoplasia, dentre eles estão os maus hábitos alimentares. Objetivo: Demonstrar o
papel da alimentação saudável na prevenção do câncer de estômago. Método: Estudo
quantitativo e de delineamento transversal e descritivo realizado em um Instituto na
cidade de Fortaleza-CE. A amostra foi composta por 100 indivíduos de ambos os sexos e
nas faixas etárias de 50 a 80 anos. Para a coleta de dados, aplicou-se dois questionários
um sociodemográfico e a mini avaliação nutricional associados com palestras de cunho
educacional que foram ministradas. Resultado: Observou-se a prevalência do público
feminino, correspondendo a 80%(n:80) da amostra. A idade média predominante foi de
69,64 anos. Foi verificado que dos homens entrevistados, nenhum fumava e não ingeria
bebidas alcoólicas e das mulheres 12,5%
(n:10) fumavam, enquanto que 25%(n:20) ingeriam
bebidas alcoólicas. O consumo de enlatados, notou-se que 20%(n:4) dos homens
consumiam todos os dias, enquanto que entre as mulheres o percentual era de 2,5%(n:2).
Após a intervenção, apenas 10%(n:2) dos homens disseram consumir esses tipos de
alimentos todos os dias. Enquanto que entre as mulheres a frequência de consumo foi
reduzida, já que a maior frequência relatada foi semanalmente, em que 31,25 %(n: 25)
consumiam uma vez por semana. Assim, com relação ao consumo diário de frutas,
nenhuma mulher relatou consumir 3 frutas diárias. Já no grupo dos homens, 5%(n:1)
relataram comer 2 frutas e 10%(n:2) disseram comer 3 diariamente. Após o trabalho de
educação nutricional, 31,25%(n:25) do público feminino referiram consumir três frutas
diárias e 12,5%(n: 10) consumiam quatro frutas diárias. Quanto aos homens, observou-se
que 10%(n:2) passaram a consumir três frutas por dia, sendo o mesmo percentual para
aqueles que comiam cinco frutas. Os legumes e as verduras não faziam parte da dieta
diária de nenhum dos homens entrevistados. Após as intervenções, notou-se que 15%(n:3)
dos homens passaram a consumir verduras e legumes diariamente, já entre as mulheres,
31,25%(n:25) relataram consumo diário de verduras e 61,25%(n:49) relataram consumir
legumes diariamente. Conclusão: Assim, percebeu-se que a maioria dos entrevistados
mudou seus hábitos alimentares após as palestras ministradas.
Palavras chaves: Câncer de estômago; Educação alimentar; Hábitos Alimentares.
OBESIDADE, EXERCÍCIO FÍSICO, ALIMENTAÇÃO E PERCA DE
GORDURA – REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Autores:
Ângela Dayanna Giffone Nobre
Ramon Krishna Vigorena Damasceno
Introdução: A obesidade é o maior problema de saúde pública de do século 21
considerado uma pandemia desde os anos 80, uma das formas de prevenção é o
benefício do exercício e da dieta tanto para a prevenção ou até para o combate a
obesidade. Objetivo: Revisar a função e os benefícios do exercício e da alimentação tanto
na saúde e como na perda de gordura, revisar a perda de peso em relação ao %de gordura
ou peso de gordura apenas com o exercício revisar a perca de peso em relação ao %de
gordura ou peso de gordura apenas com a alimentação revisar a perda de peso em
relação ao %de gordura ou peso de gordura utilizando o exercício e alimentação em
conjunto. Metodo: Foi realizada revisão bibliográfica por meio de uma análise e
integração da literatura a respeito da utilização do exercício e alimentação no contesto da
perca de gordura e obesidade. O levantamento bibliográfico foi realizado no mês de julho
de 2016, nas bases de dados indexadas, PubMed, Scielo, Sciencedirec, Biblioteca Virtual
em Saude e Google Acadêmico com restrição de ano de publicação de 2014 e 2016.
Resultados: Media Total de Perda de Peso com o Exercício: 1,61; Media de Perda de Peso
de Gordura com o Exercício: 1,26; Media de Perda de %de Gordura com o Exercício: 0,35;
Media Total de Perda de Peso com a Alimentação: 7,18; Media de Perda de Peso de
Gordura com a Alimentação: 4,46; Media de Perda de %de Gordura com a Alimentação:
3,96; Media de Perda de Peso de Gordura com a Alimentação e o Exercício: 3,76.
Conclusão: De acordo com o levantamento bibliográfico realizado, a utilização do
exercício para a perca de gordura, tem um efeito limitado em relação a utilização da dieta,
entretanto a utilização apenas da dieta para a perca de gordura acomete possivelmente
uma diminuição da massa muscular. Ainda não há um consenso na literatura para qual
queria a melhor estratégia de prescrição de exercício para o combate a obesidade, da
mesma forma a utilização de um planejamento alimentação de seja seguido à risca.
Segundo o levantamento a utilização do exercício e dieta é a melhor estratégia para a
diminuição continuada perca de gordura de forma saudável.
Palavras Chaves: Exercício and obesidade; exercício and perca de gordura; dieta and
perca de gordura.
CONSUMO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS POR
FREQUENTADORES DE ACADEMIAS DA CIDADE DE QUIXADÁ
Autores:
Ana Rebeca Almeida de Oliveira
Camila Saraiva de Oliveira
Ingryd Fernandes de Macêdo
Valéria Alves de Oliveira
Valéria Cristina Nogueira
Introdução: Segundo o Parlamento Europeu do Conselho de 2003, os suplementos
alimentares são gêneros alimentícios que têm por objetivo completar e/ou suplementar
a alimentação normal. Nos esportes, vários recursos ergogênicos têm sido usados em
virtude da sua suposta capacidade de melhorar o desempenho atlético por meio da sua
potência física, da força mental ou da vantagem mecânica (TIRAPEGUI; CASTRO 2012).
Está crescente o uso desses produtos pelos praticantes de atividades físicas, sem
conhecimento prévio e recomendação por um profissional especializado. Objetivo: O
trabalho teve como objetivo identificar o consumo de suplementos nutricionais por
frequentadores de academia da cidade de Quixadá-CE. Método: Realizou-se estudo
transversal com 40 praticantes de atividade física de uma academia na cidade de
Quixadá, do sexo masculino, com idade de 18 a 30 anos. Para levantamento de dados foi
aplicado um questionário investigando os dados sociais (escolaridade e idade); objetivo;
tipo de atividade; frequência de atividade; consumo de suplemento; motivo do consumo
e o não consumo; indicação; orientação de um nutricionista e tipos de suplementos
usados. Resultados: Dos 40 pesquisados, 42,5%
(17) praticavam atividade física pelo
menos cinco vezes na semana e a musculação foi o tipo de atividade mais realizada (92%
).
Constatou-se que 45%(18) utilizam ou já utilizaram algum tipo de suplementação, sendo
creatina (50%
) e BCAA (38,88%
) os mais utilizados e a maioria 55,55%faz utilização com
objetivo de hipertrofia. Os adultos jovens, com o ensino médio completo, de 18 a 21 anos
mostraram utilizar mais suplementos que os demais. Entre os motivos que levaram ao
consumo 83,33%destacou que seria para otimizar resultados.Quanto à indicação, 44,44%
passou a utilizar a suplementação a partir de indicação de amigos e apenas 16,66%teve
indicação de um nutricionista.55% (22) dos praticantes não faz o consumo de
suplementos, sendo que 54,54%não fazia o uso por não ter indicação de um profissional
qualificado.95,45%relatou que nunca tiveram orientação de uma nutricionista. Conclusão:
As informações coletadas mostraram que, mais da metade dos pesquisados nunca teve
orientação de um nutricionista, mostrando assim a necessidade desse profissional na
região. Os praticantes que não consumiam suplementos se destacaram mais, seja por
falta de profissional qualificado para indicação ou medo dos efeitos colaterais do
consumo desses produtos. Sugere-se a partir dos dados obtidos, realização de palestras
para os praticantes de atividade física, um profissional nutricionista habilitado presente
nas academias e maior fiscalização por parte dos órgãos responsáveis pela proteção do
consumidor.
Palavras-chave: suplementos; nutricionista; atividade física; academia.
CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS,
PROCESSADOS E IN NATURA EM TRABALHADORES NOTURNOS
DE UMA INDÚSTRIA CEARENSE
Autores:
Ana Clara Vital Batista
Carine Costa dos Santos
Lizyane Camila Oliveira Vieira
Valéria Cristina Nogueira
Soraia Pinheiro Machado Arruda
Introdução: As alterações no comportamento alimentar, aliadas ao aumento do
sedentarismo e maior expectativa de vida da população demonstram o crescimento das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, como a Diabetes Mellitus Tipo 2
e a obesidade. Alguns alimentos apresentam tendência de aumentar o aparecimento de
DCNT, como os alimentos processados e ultraprocessados, por conta do seu elevado
teor de gorduras saturadas e trans, açúcar simples, além da pouca quantidade de fibras
e proteínas. Além da menor qualidade nutricional desses alimentos, usualmente há uma
substituição dos alimentos in natura ou minimamente processados, que são aqueles que
passaram por alterações mínimas até chegar ao consumidor. Objetivo: Desta forma, este
trabalho teve como objeto descrever o nível de processamento dos alimentos
consumidos pelos trabalhadores. Método: estudo transversal com 50 funcionários do
sexo masculino que trabalham no turno da noite no setor de produção em uma indústria
da região metropolitana de Fortaleza, Ceará. Para levantamentos de dados de consumo
alimentar foram aplicados dois recordatórios alimentar de 24 horas em dias não
consecutivos. Os dados foram convertidos em gramas ou mililitros por meio de tabela
específica. Tais valores foram então tabulados em planilha no programa Microsoft Office
Excel contendo informações nutricionais de alimentos obtidos pela Tabela Brasileira de
Composição de Alimentos (TACO). Essa planilha possui cada grupo alimentar divido por
cores baseado de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014 e
deste modo pôde ser identificado à contribuição calórica de cada grupo em relação ao
valor calórico total obtido (VCT). Resultados: A média de VCT obtida do primeiro dia de
recordatório foi de 2882,78Kcal e 2368,63Kcal no segundo dia. Os percentuais obtidos
dos grupos de alimento foram 42,73% de alimentos in natura ou minimamente
processados, 16,38%de alimentos processados e 40,88%de alimentos ultraprocessados.
Respectivamente as médias obtidas do segundo registro de consumo foram 42,14%
, 17,15%
e 40,01%
. Embora possa ser observada uma equiparação dos valores de alimentos in
natura e ultraprocessados, os valores de processados somados ao grupo de
ultraprocessados são responsáveis por mais da metade da contribuição de calorias totais
da dieta evidenciando assim a baixa qualidade da dieta. Conclusão: Desta forma são
necessários mais estudos que possam evidenciar a influência do horário de trabalho na
composição alimentar dos trabalhadores noturnos uma vez que o alto consumo de
alimentos processados pode acarretar em prejuízos à qualidade de vida dos mesmos.
Palavras-chave: Ultraprocessados; DCNT; In natura; Industrializados; Processados.
PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS COM
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM UM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA EM FORTALEZA-CEARÁ.
Autores:
Caroline de Pinho Ribeiro Andrade
Dayse Roberta dos Santos de Farias
Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) pode ser definido como déficit
neurológico focal súbito devido a uma lesão vascular. Entre todos os países da América
Latina, o Brasil é o que apresenta as maiores taxas de mortalidade. São fatores de risco:
idade, histórico familiar, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, sedentarismo,
hipercolesterolemia e obesidade. Como não existe um “padrão ouro” para a
determinação do estado nutricional, a maioria nos estudos que avaliam pacientes com
AVC usam parametros objetivos, que são as medidas antropometricas peso, altura, índice
de massa corporal (IMC), circunferência e pregas cutâneas, dados bioquímicos e
imunológicos. Objetivo: Conhecer o perfil nutricional de pacientes internados com
acidente vascular cerebral em um hospital de referência em Fortaleza-Ceará. Métodos:
Estudo transversal, realizado na Unidade de Acidente Vascular Cerebral do Hospital Geral
de Fortaleza. A população foi constituída por 36 pacientes internados. Este estudo atende
às Normas Regulamentares de Pesquisa envolvendo Seres Humanos e foi submetido
para aprovação ao Comitê de Ética em Pesquisa, de acordo com o parecer
nº60377916.8.0000.5040. Os dados foram coletados e registrados em instrumento de
coleta. Para a avaliação e diagnóstico nutricional dos pacientes foram aferidas as
medidas de peso e altura, e dependendo da condição motora foram utilizadas fórmulas
de estimativas de peso e altura, com a aferição da circunferência braquial (CB) e altura do
joelho (AJ). O IMC foi determinado pela divisão da massa corpórea pela estatura.
Resultados: Na sua maioria eram do sexo masculino (52,77%
), com idade superior a 60
anos. O diagnóstico de maior impacto foi o de AVCi (94,44%
), seguidos pelo AIT e AVCh na
mesma proporção (2,78%
). Observa-se que 63,88%dos pacientes alimentavam-se pela via
oral durante o referido período, e apenas 30,56%faziam o uso da alimentação enteral para
suprir suas necessidades nutricionais. Analisando a distribuição percentual do IMC é
possível perceber que, a maioria dos pacientes encontrava-se com eutrofia (50%
) e 38,89%
com sobrepeso ou obesidade, já a minoria (11,11%
) foi classificada na faixa de baixo peso ou
desnutrição. Conclusão: Ressalta-se a importância de um melhor monitoramento do
estado nutricional, visando à diminuição da permanência hospitalar, aumento da
qualidade de vida e melhores resultados de reabilitação.
Palavras-chave: Acidente vascular cerebral; Perfil nutricional; Avaliação nutricional.
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL DE UM PACIENTE
COM MIASTENIA GRAVIS: UM ESTUDO DE CASO
Autores:
Cristiane Souto Almeida
Lusyanny Parente Albuquerque
Maria Elizabete Yum
Tais Cavalcanti Batista Matos
Joana Soares Araújo
Introdução: A miastenia grave (MG) é uma doença autoimune da porção pós-sináptica da
junção neuromuscular caracterizada por fraqueza flutuante, tendo etiologia
desconhecida. Os idosos têm maiores taxas de internação hospitalar e permanência mais
prolongada, sendo que parte significativa destes encontram-se com desnutrição. Diante
desta realidade a avaliação nutricional é essencial para o diagnóstico precoce de
desnutrição e implantação de uma conduta eficiente.
Objetivo: realizar um
acompanhamento clínico nutricional, de um paciente idoso internado na enfermaria de
clínica médica de um Hospital Público de Fortaleza, oferecendo ao mesmo um aporte
proteico calórico adequado as suas necessidades e reduzindo, desta forma, o tempo de
permanecia hospitalar. Método: O acompanhamento do paciente com diagnóstico de
miastenia grave foi realizado diariamente. Analisou-se variáveis antropométricas,
bioquímicas e intercorrências diárias. Ofertou-se o aporte proteico calórico necessário ao
paciente. A avaliação antropométrica foi realizada em três dias. Sendo aferidos peso,
altura, circunferências do braço (CB) e da panturrilha (CP). No início do acompanhamento
foi realizada a Mini Avaliação Nutricional (MAN). Os exames bioquímicos presentes no
prontuário do paciente foram analisados. Esta analise ocorreu nos dias 3,10 e 11 de abril
de 2015 e envolveu hemoglobina, leucócitos, plaquetas, creatinina, ureia, TGO, TGP,
sódio e potássio. As intercorrências e a aceitação da dieta foram questionadas
diariamente com o paciente, visando desta forma investigar a necessidade de possíveis
alterações na dieta. Para evolução da consistência da dieta foi observada a prescrição
médica diária e o laudo da fonaudiologa. Resultados: O paciente foi diagnosticado com
desnutrição pela MAN e apresentou continuas perdas de peso grave, devido à dificuldade
de alimentar-se pela disfagia. Contudo apresentou melhora deste quadro e teve a
consistência da dieta evoluída de líquida completa para pastosa e depois para branda.
Conclusão: L.B.A recebeu o aporte proteico a calórico recomendado, com 36,4kcal por
kg de peso atual, 1,67g/kg de peso de proteína, 58,55%de carboidrato e 23,11%
de lipídio.
Teve melhora do quadro de disfagia e relatou boa aceitação da dieta ofertada (100%
). Não
apresentou náuseas, diarreias, constipação e vômitos. Recebeu alta hospitalar após 14
dias de acompanhamento nutricional. Sendo realizado orientações gerais de alta e a
prescrição de um cardápio com dieta hipercalórica para ganho de peso, visto que o
paciente recebeu alta com diagnostico de desnutrição.
Palavras chaves: miastenia gravis; idoso; dietoterapia; estado nutricional.
USO DA TÉCNICA DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS E
CONTROLE GLICÊMICO EM CRIANÇAS COM DIABETES MELLITUS
TIPO 1
Autores:
Natasha Vasconcelos Albuquerque
Cristiane Souto Almeida
Tatiana Uchôa Passos
Taís Cavalcanti Batista Matos
Leandro Teixeira Cacau
Introdução: A contagem de carboidratos é uma técnica utilizada para controlar o diabetes
por meio da alimentação, melhorando seu controle metabólico e aumentando a adesão
ao tratamento. Sabe-se que aproximadamente 100%dos carboidratos ingeridos serão
convertidos em glicose, já nas proteínas a conversão é de 50%e nos lipídios em torno de
10%
. Com ênfase nos carboidratos esta técnica além de somar a quantidade total de
carboidratos consumidos por refeição, deverá obedecer às necessidades diárias dos
pacientes. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar se a contagem de
carboidratos é efetiva no controle glicêmico de crianças com diabetes mellitus tipo 1.
Método: Estudo transversal, que selecionou aleatoriamente 14 crianças com idade entre
2 a 9 anos. As crianças foram atendidas em um ambulatório de endocrinologia pediátrica
de um Hospital de referência de Fortaleza - CE no ano de 2015. Após autorização dos
responsáveis e a assinatura do TCLE foi aplicado um questionário e coletado o valor da
hemoglobina glicada (HbA1C) desses pacientes. Resultados: A Sociedade Brasileira de
Diabetes (SBD) preconiza valores para a HbA1C de acordo com a faixa etária. Em crianças
com menos de 6 anos de idade, o valor é entre 7,5 e 8,5%
, já em crianças entre 6 e 12 anos
de idade, os valores devem ser menores de 8,0%
. Dos 14 pacientes que faziam o uso da
técnica de contagem de carboidratos apenas 6 alcançaram os valores recomendados de
acordo com a SBD. O cuidado com a alimentação da criança com DM1 é fundamental
para a obtenção de melhores resultados do tratamento com insulina. Como esta
ferramenta promove maior flexibilidade de escolhas alimentares e liberdade aos
pacientes é importante a realização de ações de educação nutricional ao longo do
tratamento do paciente. Para isso é necessário que a técnica de contagem de
carboidratos esteja inserida no contexto de uma alimentação saudável. Conclusão:
Podemos concluir que a maioria das crianças diabéticas possivelmente não segue uma
alimentação equilibrada e saudável, visto que a maioria possui a HbA1C elevada para a
idade. O estudo mostra a importância da educação nutricional para esses pacientes, já
que a contagem de carboidratos promove uma maior liberdade ao paciente diabético e
flexibilidade nas escolhas alimentares. Contudo é necessário alertar que esses valores
aumentados de HbA1C podem trazer complicações agudas e crônicas ocorridas pelo
diabetes descompensado, além de interferir no crescimento e no desenvolvimento
adequado dessas crianças.
Palavras-chave: crianças; diabetes mellitus tipo 1; contagem de carboidratos;
hemoglobina glicada.
CONDUTA NUTRICIONAL EM UM PACIENTE PORTADOR DE
MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO II, DIAGNOSTICADO COM
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
Autores:
Eline Albuquerque Machado
Maria Leticia Melo
Rafaelle Castro Lopes
Introdução: A síndrome de Hunter ou mucopolissacaridose tipo II (MPS II) é uma doença
genética hereditária, ligada ao cromossomo X, da classe das doenças de depósito
lisossômico (DDLs). O traumatismos crânio encefálico (TCE) é um problema comum na
infância e é uma das principais causas de morte e de sequelas em crianças e adolescentes
do mundo. As manifestações clínicas nas MPS são variadas e são descritas na literatura
alterações nas funções orais que repercutem negativamente sobre o estado nutricional.
Objetivo: Evidenciar com base na experiência vivida a importância da intervenção
nutricional para o tratamento de pessoas portadoras de MPS II e TCE. Matérias e
Métodos: Trata-se de um relato de caso de um paciente do sexo masculino, 7 anos e 10
meses (86 meses), portador de MPS II diagnosticado com TCE, após sofrer queda da
própria altura, atendido no Hospital de referencia em trauma localizado na cidade de
Fortaleza/Ceará no período de março a abril de 2016. Resultado: Paciente na avaliação
clínica inicial apresentou desnutrição leve e quadro de disfagia, logo iniciou-se nutrição
enteral, prescrita dieta polimérica, densidade calórica 1.0 4 x ao dia mais dieta oral líquida.
Paciente apresentou risco de broscoaspiração ficando 2 dias de dieta zero e foi transferido
à UTI. Após estabilização hemodinâmica iniciou-se novamente dieta polimérica,
densidade calórica 1.0 4 x ao dia com evolução significativa. Paciente apresentou melhora
no quadro de TCE e foi prescrita alta hospitalar. Então foi prescrita orientação de alta
domiciliar para nutrição enteral, visto que pelas limitações da doença hereditária a
administração de dieta por via oral torna-se limitada o que pode comprometer o estado
nutricional. Conclusão: A MPS II é uma doença de caráter progressivo, com
manifestações clínicas agressivas que afetam diversas partes do corpo, inclusive o trato
gastrointestinal, comprometendo frequentemente o estado nutricional de seus
portadores. A intervenção nutricional conjunta com os demais profissionais da saúde, se
torna fundamental na tentativa de minimizar os sintomas apresentados, determinar a via
alimentar segura, diminuir o risco de aspiração e otimizar a ingestão alimentar adequada,
repercutindo assim positivamente na qualidade de vida destes indivíduos.
Palavras-chave: Doença hereditária, Trauma, Evolução clínica.
EXPERIÊNCIAS E PERCEPÇÕES DE PACIENTES COM TRANSTORNO
DA COMPULSÃO ALIMENTAR SOBRE O TRATAMENTO
NUTRICIONAL EM GRUPO
Autores:
Eline Albuquerque Machado;
Maria Leticia Melo;
Rafaelle Castro.
Introdução: Na contemporaneidade, a incidência de transtorno alimentar vem
apresentando aumento significativo.
Dada à complexidade desses transtornos,
de etiopatogenia multifatorial, dificilmente podem ser tratadas por um profissional
isolado. As mudanças nos hábitos alimentares são difíceis de acontecer, sendo necessária
a conscientização dos indivíduos sobre a importância da alimentação saudável, para gerar
assim mudanças no seu comportamento alimentar. Além da existência de uma equipe
multidisciplinar, o enquadre grupal pode funcionar como potencializador dessas
mudanças. O tratamento desse grupo de patologias permanece como desafio para os
profissionais de saúde. Objetivo: Conhecer as experiências e percepções de pacientes
portadores do transtorno da compulsão alimentar sobre o tratamento em grupo.
Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem qualitativa
que foi realizado com pacientes de um centro de referência em transtornos alimentares
do Ceará, localizado na cidade de Fortaleza, que realizaram tratamento em grupo no ano
de 2015. Utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para tabulação e
análise dos dados. Resultados: Os DSC das participantes revelaram vantagens e
limitações do tratamento em grupo como “O grupo é um espaço de troca, aprendizagem
e de ser compreendida”, “A experiência do outro me deixava mais angustiada,
desconfortável e com medo”. Embora não tenha sido alvo do estudo, as participantes
trouxeram como ideias centrais dificuldades e limitações do tratamento individual para
transtornos alimentares tais como “Preencher o diário alimentar nem sempre é uma
experiência agradável” “A paciente não se sente compreendida pelo profissional de
saúde”. O grupo apresentou como ideia central a importância do tipo de abordagem do
tratamento grupo e se mostrou satisfeito com uma abordagem comportamental.
Conclusão: As experiências e percepções dos participantes do estudo revelaram que o
tratamento em grupo tem possível potencial positivo quando associado à abordagem
individual e que as limitações, também apontadas, precisam ser identificadas e
manejadas para a efetividade e adesão à abordagem em grupo.
Palavras-chave: Transtorno alimentar; grupos focais; educação alimentar e nutricional.
A VIDA APÓS A GASTROPLASTIA: UMA ABORDAGEM
INTERDISCIPLINAR
Autores:
Jacqueline Jaguaribe Bezerra
Fábia Karine de Moura Lopes
Morgana Lígia Marques Lima Moraes
Juliana Magalhães da Cunha Rêgo
Introdução: A obesidade é uma doença crônica mundial, que consiste na deposição
excessiva de gordura corporal. A cirurgia bariátrica tem sido apontada como uma das
opções para o tratamento da obesidade mórbida e é indicada quando os demais métodos
conservadores não obtiverem sucesso, assim, esse procedimento cirúrgico modifica os
hábitos e a absorção dos nutrientes. No entanto, é importante que também haja uma
mudança no estilo de vida. O acompanhamento deve ser realizado por equipe
multidisciplinar tanto no pré como no pós-operatório. Objetivo: Expor o
acompanhamento e a avaliação interdisciplinar de um grupo de pacientes submetidos à
cirurgia bariátrica, bem como situar o problema da obesidade no sistema de saúde.
Método: O presente trabalho foi realizado na cidade de Fortaleza-CE, trata-se de um
relato de experiência. Pensando nas dificuldades enfrentadas pelos pacientes
submetidos à gastroplastia, um plano de saúde formou uma equipe composta por
médico, psicólogo e nutricionista, no qual foram organizados 3 encontros mensais
interdisciplinares e interativos entre essa equipe e os pacientes submetidos à cirurgia, no
primeiro encontro foram apresentados os objetivos da equipe. Já nos demais encontros
os participantes foram sensibilizados para a construção de um estilo de vida mais
saudável, focando-se no auto-cuidado sob os aspectos da reeducação alimentar, na
atividade física e no equilíbrio emocional, sendo realizadas oficinas culinárias e visita a
uma academia. Também foi realizada uma dinâmica com os pacientes para possibilitar o
reconhecimento de cada participante, onde foi solicitado aos participantes que cada um
escolhesse 3 gravuras representativas do seu momento: “Como era antes”; “O que
mudou” e “O que eu preciso”. Resultados: Conforme a dinâmica desenvolvida, todos os
participantes compartilharam suas dificuldades e vitórias. Foram registradas as frases
representativas das gravuras escolhidas pelos oito participantes. De uma maneira geral
as frases representativas de “Como era antes”, tinham uma visão infeliz e pessimista; “O
que mudou”, nesse momento da vida, em geral os pacientes escolheram gravuras que
demonstravam felicidade, melhora do estado de saúde e pensamentos otimistas; já em
“O que eu preciso”, em sua maioria tinha um apelo estético e emocional. Conclusão: A
equipe verificou a necessidade do apoio interdisciplinar para os participantes devido às
adaptações após a cirurgia. Os participantes relataram dificuldades para encontrar o
equilíbrio alimentar, praticar atividade física regular, adaptação a nova imagem corporal,
resolver questões de relacionamentos e de ordem emocional. Nesse sentido, é
importante a atuação em conjunto dos profissionais da saúde para facilitar esta
adaptação.
Palavras-chave: Gastroplastia; Obesidade; Interdisciplinar.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EM POPULAÇÃO PORTADORA DE
DIABETES DE UM PLANO DE SAÚDE NA CIDADE DE FORTALEZA,
CEARÁ
Autores
Jacqueline Jaguaribe Bezerra
Morgana Lígia Marques Lima Morais
Fábia Karine de Moura Lopes
Juliana Magalhães da Cunha Rêgo
Introdução: Diabetes Mellitus não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de
distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, sendo resultante de
defeitos na ação da insulina e na secreção da mesma. O diabetes mellitus tipo 1 é
caracterizado pela destruição das células beta, levando a uma deficiência de insulina. E o
diabetes mellitus tipo 2 é caracterizado por defeitos na ação e secreção da insulina e na
regulação da produção hepática de glicose. Segundo a International Diabetes Federation
(IDF, 2013), o gasto médio de um diabético brasileiro, durante o ano para tratar a doença,
é de U$ 3. 437,56. Objetivo: O estudo tratou-se de uma proposta de intervenção, para os
portadores de diabetes, com o objetivo de divulgar os agravos da doença, e a proposta
incluiu os profissionais de saúde que faziam parte da equipe do plano de saúde, para
acompanhamento sistemático para com os pacientes. Método: O plano de saúde
contava com 2.148 pacientes, e o estudo deu enfoque nos pacientes que estavam com
risco muito alto, com intuito de controlar a doença, e com risco muito baixo, para prevenir
a doença. Foram utilizados materiais ilustrativos, aulas didáticas com mini-oficinas de
culinária e aulas com educador físico, além de acompanhamento com a equipe de saúde.
Resultados: Os pacientes durante conversas, relataram que os profissionais de saúde não
esclareciam sobre a problemática que envolve a patologia, e não o acompanhavam,
queixa de quase todos que participaram da pesquisa. Em relação aos profissionais de
saúde, relataram que os pacientes não faziam modificações no estilo de vida, piorando e
interferindo no controle e prevenção da doença. Conclusão: O presente trabalho
elaborou atividades educativas para os pacientes diabéticos, e com queixas sobre os
profissionais de saúde, também houveram reuniões com estes para esclarecer os
principais dilemas e dificuldades encontradas no dia a dia com esses pacientes. Para
evitar o agravo dessa patologia, o acompanhamento e os esclarecimentos sobre a
doença ajudarão os pacientes a tentar mudar o estilo de vida, além de reduzir os gastos
com medicamentos e internações.
Palavras-chave: Diabetes mellitus; Patologia; Educação nutricional.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (RELATO DE CASO)
Autores:
Fernanda Crisciana Sales Lopes
Antonio Wislley Pedrosa Cavalcante
Paloma de Sousa Bezerra
Maria Aclécia de Souza Dantas
Thayná Bezerra de Luna
Introdução: Uma nutrição adequada é indispensável para uma boa saúde durante toda a
vida, sendo que diversas patologias podem atingir um corpo sadio levando a estados
anormais de mau funcionamento de órgãos e sistemas, dentre estas pode-se citar o
grupo das doenças que afetam o coração ou Doenças Cardiovasculares (DCV). As DCV
são apontadas como as principais causas de morte no Brasil, sendo fatores como:
alimentação, sedentarismo, tabagismo, etilismo, dislipidemias, hipertensão arterial,
sobrepeso e hiperinsulinemia, os mais citados para sua ocorrência. Objetivo: Identificar
as práticas dietoterápicas utilizadas num caso de Insuficiência Cardíaca Congestiva,
vivenciados em estágio supervisionado de nutrição clínica. Método: Inicialmente utilizouse Avaliação Subjetiva Global para coleta de dados que auxiliassem uma melhor conduta
nutricional, com visitas diárias ao leito do paciente para acompanhamento da aceitação
da dieta, do quadro clinico e sintomatológico. Resultados: Paciente sexo masculino, 63
anos, procurou o serviço hospitalar, devido vários casos de dispneia juntamente com
tosse seca e sudorese que progrediam há três semanas, acompanhados por edema de
membros inferiores, ex-fumante e ex-etilista, diagnosticado no ano 2000 com
insuficiência cardíaca congestiva, seguindo tratamento farmacológico. Dentro da unidade
recebeu como diagnóstico: pneumonia não especificada e lesão dupla grave da aorta
com indicação cirúrgica. Aplicada conduta dietoterápica com objetivos de evitar grandes
perdas ponderais de peso, diminuir edemas e sintomas gastrointestinais apresentados
(náuseas, vômitos e constipação) e melhora da qualidade de vida do paciente. Prescrita
dieta em consistência branda HAS, via oral, hipercalórica, hiperprotéica, hipolipídida,
optou-se ainda por utilizar restrição hídrica na terapia nutricional trocando refeições como
sopas e chás, por alimentos sólidos com menor quantidade de água. Ao longo da vivência
observou-se considerável melhora dos sintomas gastrointestinais apresentados, bem
como diminuição de edemas, porém relatado quadros dispnéicos no momento das
refeições, sendo necessária a regressão da consistência da dieta para pastosa. Ao final
do estágio supervisionado o paciente ainda encontrava-se em tratamento para
cardiopatia, aguardando vaga para procedimento cirúrgico. Conclusão: A vivência diária
nos possibilitou perceber a atuação marcante do profissional nutricionista num ambiente
hospitalar, bem como a importância da utilização das corretas estratégias nutricionais
para amenização de sintomas e do quadro geral, nas diversas patologias apresentadas
pelo paciente.
Palavras-chave: Relato de caso; DCV; Dietoterapia; Estratégias nutricionais;
AVALIAÇÃO DO CARTÃO DA GESTANTE POR PROFISSIONAIS DE
SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA
Autores:
Gabriela Oliveira Costa
Luana Viana Pereira Lobo
Nara Larissa Frota Menezes
Ilana Nogueira Bezerra
INTRODUÇÃO: Durante o período gestacional, a mulher passa por grandes modificações
nos âmbitos biológico, afetivo, emocional e sócio-cultural. O acompanhamento da
mulher no ciclo gravídico-puerperal deve começar com a maior antecedência possível e
só será finalizado após o 42º dia de puerpério, período em que deverá ter sido realizada a
consulta de puerpério. A assistência pré-natal é definida como ações destinadas às
mulheres no ciclo gravídico-puerperal e ao concepto, visando a diminuição da
morbimortalidade materna e fetal, através da prevenção, diagnóstico e tratamento de
eventos indesejáveis na gestação, no parto e no puerpério. OBJETIVO: avaliar a
atualização do cartão da gestante na atenção básica pelos profissionais de saúde da ESF
(Estratégia de Saúde da Família). MÉTODO: É um estudo transversal, observacional, do
tipo descritivo. A coleta de dados se deu a partir da aplicação de um formulário
semiestruturado, contendo perguntas sobre perfil socioeconômico, demográfico e de
saúde das gestantes. A população em estudo foi constituída por 29 gestantes, atendidas
na Unidade Primária à Saúde Mattos Dourado na cidade de Fortaleza –CE, com média de
idade de 23 anos. RESULTADOS: A média de consultas de pré-natal foi 4,8, variando de 1
a 9 consultas. Todas as mulheres entrevistadas levaram o cartão da gestante. O
preenchimento das informações quanto ao peso e estatura da gestante em quase todos
os cartões (80%
) encontrava-se completo, porém o preenchimento do gráfico de ganho
de peso estava incompleto (10%
) ou não preenchido (73%
). A realização do exame de
glicemia em jejum não estava preenchido na maioria dos cartões (72%
). CONCLUSÃO:
Concluiu-se que houve preenchimento da maioria dos dados presentes no cartão. No
entanto, informações importantes como identificação, resultado de exame de glicemia e
gráfico de ganho de peso não constavam ou apresentavam-se incompletos. Os
resultados chamam atenção para uma limitação da produção de dados que geram
informações fundamentais à organização e ao planejamento dos serviços pré-natais,
sendo necessária uma melhor qualificação dos serviços, estrutura e profissionais
comprometidos com a saúde materno-infantil.
Palavras-chaves: Gestação; Cuidado Pré-natal; Saúde pública.
CONDUTA NUTRICIONAL NA PERICARDITE CONSTRITIVA
CRÔNICA: UM RELATO DE CASO
Autores:
Gabriela Oliveira Costa
Luana Viana Pereira Lobo
Nara Larissa Frota Menezes
Daniele Maria Oliveira
INTRODUÇÃO: O pericárdio é uma membrana pouco distensível que envolve o coração,
com uma capa aderida ao pericárdio (pericárdio visceral) e outra fibrosa que o separa dos
órgãos do mediastino anterior (pericárdio parietal). É nesta cavidade onde se acumula o
líquido provocando processo inflamatório chamado pericardite. A Pericardite Crônica
Constritiva (PCC) se caracteriza pela presença de um pericárdio fibrótico, espessado,
inflamado e aderente, que restringe o enchimento diastólico do coração. São várias as
causas de pericardite como infecciosa (ex. pneumonia), neoplásica, pós-tratamento
radioterápico e medicamentoso. OBJETIVO: Adequação e manutenção do estado
nutricional e clínico do paciente através de uma alimentação nutricionalmente adequada.
MÉTODO: é um relato de caso realizado no Hospital de Messejana Alberto Studart
Gomes em Fortaleza-CE no mês de novembro do ano de 2014. Para a coleta dos dados
foi utilizado protocolo de atendimento estruturado com a avaliação antropométrica
(peso, estatura, circunferência do braço e índice de massa corporal). RESULTADOS:
Paciente do sexo masculino, 54 anos, foi internado no Hospital Cesar Cals com sensação
de plenitude gástrica, associada a náuseas, vômitos e sudorese, alguns dias depois foi
transferido ao Hospital de Messejana Alberto Studart Gomes diagnosticado com
pericardite constritiva crônica. Apresentava anorexia e ascite moderada. O mesmo foi
avaliado antes do início da intervenção nutricional, no qual foi diagnosticado com
desnutrição grave. Para adequação do estado nutricional houve aumento das porções em
algumas refeições oferecidas no hospital, assim como inclusão de suplemento
nutricional líquido, hipercalórico e hiperproteico recomendado para pacientes com
restrição hídrica (1000ml). De acordo com a literatura o recomendado é oferecer em
média 1700 Kcal/dia com distribuição de 50 a 60%de carboidratos, 15%(1,5 a 2g) de
proteínas e 25 a 35%de lipídios. A intervenção nutricional teve como calorias oferecias
1870 Kcal/dia distribuídos em 46%de carboidratos, 16%(1,5g/Kg/dia) de proteínas e 34%de
lipídios. Entretanto, o paciente apresentava baixa aceitação da dieta oferecida (1870 Kcal).
CONCLUSÃO: O paciente foi incentivado a realizar todas as refeições conforme
orientação, com o objetivo de recuperar o peso e o estado nutricional.
Palavras-chaves: Pericárdio; Pericardite constritiva; Intervenção nutricional.
ASSOCIAÇÃO ENTRE CATEGORIAS DE PRATICANTES DE
CORRIDAS DE RUA COM A COMPOSIÇÃO CORPORAL E
CONSUMO DE MACRONUTRIENTES
Autores:
Isabela Limaverde Gomes
Maria Rosimar Teixeira Matos
Introdução: Os praticantes de corridas iniciantes e avançados devem apresentar hábitos
alimentares saudáveis a fim de manter a saúde, obter um melhor rendimento no exercício
e controlar a composição corporal. Método: A amostra foi constituída de 177 praticantes
divididos em duas categorias (108 iniciantes e 69 avançados). Foram aplicados
recordatórios alimentares e questionários e coletados dados antropométricos para
cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC), relação cintura quadril (RCQ) e percentual de
gordura. Foi realizada a adequação dos dados e comparados entre os dois grupos. Para
as análises estatísticas, considerou-se nível de significância de 5%e utilizou-se o teste de
x2. Resultados: A maioria dos participantes avançados apresentou adequação para RCQ
e percentual de gordura, enquanto que a maioria dos iniciantes obteve adequação para
IMC e RCQ, com diferenças significativas para IMC e percentual de gordura (p<0,05). Em
relação ao consumo alimentar, a maioria dos participantes apresentou adequação, com
excessão para consumo de proteína por quilo de peso por parte dos dois grupos (p<0,05).
Conclusão: A partir da análise de adequação, é possível afirmar que existem
inadequações na composição corporal e no consumo de proteína por quilo de peso.
Palavras-chave: Consumo alimentar, corridas, composição corporal, macronutrientes,
Nutrição Esportiva.
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE UM PACIENTE
ONCOLÓGICO INTERNADO EM UM HOSPITAL DE FORTALEZA:
ESTUDO DE CASO.
Autores:
Joana Carla Soares Araújo
Cristiane Souto Almeida
Cleycianne Mendes de Almeida
Priscila Carmelita Paiva Dias Carneiro
Introdução: O câncer origina-se do crescimento celular anormal, são três os processos
da carcinogênese. No estágio de iniciação as células sofrem o efeito do carcinógeno
ocorrendo modificações em alguns genes. No estágio de promoção as células alteradas
sofrem o efeito dos oncopromotores e é transformada em célula maligna. O estágio de
progressão se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células
alteradas. Objetivo: Acompanhar a evolução nutricional e clínica de um paciente
oncológico internado em um Hospital Geral de Fortaleza – CE. Materiais e Métodos: Foi
realizada avaliação antropométrica, exame físico, triagem nutricional e avaliação
nutricional subjetiva global para diagnóstico nutricional do paciente. Para avaliação
dietética, aplicou-se o recordatório alimentar e após cálculos de necessidades
nutricionais, foi elaborada e aplicada uma conduta nutricional para o paciente seguindo a
literatura especifica. Foi realizado o monitoramento do percentual de aceitação da dieta
após implementação da conduta. Resultados: Paciente com câncer de cólon e sigmoide,
segundo avaliação nutricional apresentou perda leve de gordura corporal e moderada de
massa muscular, com presença de edema nos membros inferiores e sem ascite. Houve
diferença nas medidas da circunferência do braço e na circunferência da panturrilha entre
as avaliações. Apesar da aceitação da dieta hospitalar de acordo com as necessidades
nutricionais, o paciente evoluiu para perda grave de gordura corporal e massa muscular.
Avaliação bioquímica indicou linfopenia, proteína C reativa elevada, hipoalbuminemia e
hipocalemia. Conclusão: Conclui-se que embora a dieta oferecida tenha atendido as
necessidades nutricionais e o percentual de aceitação tenha sido satisfatório, o paciente
apresentou evolução da desnutrição, podendo tal fato ser atribuído a fatores próprios da
doença, sendo a desnutrição o diagnóstico secundário mais comum em pacientes com
câncer.
Palavras-chave: Câncer, Terapia nutricional, Desnutrição, Avaliação nutricional.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES
POLITRAUMATIZADOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO
DE FORTALEZA-CE
Autores:
José Heligleyson Batista Barbosa;
André Luiz Araújo Maranhão;
Ana Paula Magalhães Ramos;
Renata Melo.
Grande parte dos traumatismos é decorrente de acidentes com veículos motorizados,
quedas, acidentes de trabalho, além de ferimentos causados por armas de fogo.
Desnutrição e risco nutricional são problemas comuns em pacientes hospitalizados. O
aumento do tempo de internação pode interferir no estado nutricional do paciente. A
terapia nutricional adequada é a principal forma de minimizar a desnutrição do paciente
internado. O propósito deste estudo foi verificar o estado nutricional e a prevalência de
desnutrição em pacientes poli traumatizados internados em um hospital de referência na
cidade de Fortaleza – CE. O estudo caracteriza-se como descritivo transversal e
observacional. Foi realizado durante 30 dias onde foram coletados dados de 15 pacientes
de ambos os sexos na faixa etária de 18 a 53 anos. Foram aplicados o questionário da
Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG), além do cálculo de adequação da
Circunferência do Braço (CB). Segundo aclassificação da ANSG, 60%dos pacientes
encontram-se bem nutridos e 40%apresentam um quadro de desnutrição moderada. Pela
adequação da CB, 20%são eutróficos, 26,67%são desnutridos leves, 13,33%desnutridos
moderados, 6,67%desnutridos graves e 33,33%em estado de sobrepeso. Foi possível
concluir que o método de adequação da CB e da ANSG difere em muitos aspectos.
Possivelmente, o questionário da ANSG é o melhor método entre os dois descritos neste
estudo.
Palavras-chave: Desnutrição. Circunferência do Braço. Avaliação Nutricional.
ANÁLISE DA QUANTIDADE PROTÉICA PRESENTE EM
SUPLEMENTOS DERIVADOS DO SORO DO LEITE
COMERCIALIZADOS EM UMA LOJA EM FORTALEZA – CE
Autores:
José Heligleyson Batista Barbosa;
André Luiz Araújo Maranhão;
Ana Paula Magalhães Ramos;
Tiago Moreira De Olinda.
INTRODUÇÃO: Suplementos são alimentos que completam a dieta da uma pessoa
saudável. Com a preocupação em relação à aparência e a imposição da mídia, atletas e
praticantes de atividade físicas do mundo estão utilizando substâncias, ou manipulações
dietéticas com o intuito de conquistar o “corpo perfeito”. As proteínas do soro do leite,
também conhecidas como Whey Protein, são extraídas durante o processo de fabricação
do queijo. Dependendo do tipo de filtração, ele pode ser classificado como Whey Protein
Concentrado (WPC), Whey Protein Isolado (WPI) e Whey Protein Hidrolisado (WPH).
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar a quantidade proteica em suplementos
Whey Protein, correlacionando com a legislação atual (RDC nº 18/2010). METODOLOGIA:
Esta pesquisa teve caráter quantitativo, exploratório, descritivo e observacional. As
amostras foram escolhidas de acordo com a disponibilidade dos suplementos na loja,
durante o mês de outubro de 2016. A análise foi realizada em uma loja especializada em
produtos para praticantes de atividade física, localizada no município de Fortaleza, no
Ceará.Foram analisados 16 rótulos de WPC e WPI de 10 fabricantes diferentes e
comparados com os que é recomendado de acordo com o artigo 8º da RDC 18/2010.
RESULTDOS: Todos os produtos analisados continham mais de 10 gramas de proteínas
na porção e pelo menos 50%do valor energético total proveniente de proteínas. Apenas
três produtos eram enriquecidos com vitaminas e minerais. E dois produtos eram
adicionados de fibras alimentares, o que fere a legislação. Vale ressaltar que, apesar da
maioria dos suplementos analisados estarem dentro do padrão pedido por lei, não
podemos afirmar que o conteúdo dos produtos condiz com as informações dos rótulos.
Um estudo realizado por Oliveira et al., (2015) analisou cinco amostras de suplementos
proteicos do soro do leite (whey protein) em laboratório, constatando uma divergência
entre os valores apresentados nos rótulos e os encontrados na análise de todas as
amostras. CONCLUSÃO: Foi possível observar que a maioria dos produtos analisados
está de acordo com a legislação vigente mencionada anteriormente no estudo.
Entretanto são necessários mais estudos, preferencialmente laboratoriais, para
determinar com uma fidedignidade maior a quantidade de proteínas presentes em cada
suplemento.
Palavras-chave: Suplementação Nutricional. Rotulagem de Produtos. Soro do Leite.
INVESTIGAÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E
PRÉ - ADOLESCENTES ESTUDANTES DA ESCOLA YOLANDA
QUEIROZ
Autores:
Joyce Ferreira Soares
Maria Das Dores Pereira Gomes
Introdução: Segundo Marchi –Alves et al. (2011) a obesidade pode ser definida como uma
doença de origem multifatorial, em que engloba aspectos genéticos, ambientais além de
influências socioeconômicas e alterações endócrinas e metabólicas. Tornando-se uma
condição complexa que sobrecarrega o sistema de saúde, interfere em recursos
econômicos e traz consequências clínicas, psicológicas e sociais de grande aspecto.
Descrever suas causas não é tarefa simples, pois já está bem estabelecido na literatura
que o aumento do peso corporal e também do excesso de adiposidade é um processo
bastante complexo em que ocorre interação de inúmeros fatores. Objetivo: O objetivo
deste estudo foi verificar o estado nutricional, por meio da antropometria, e a adiposidade
central em escolares da Escola Yolanda Queiroz – Fortaleza (Ce). Métodos: Pesquisa
quantitativa do tipo transversal, na qual participaram 178 crianças, na faixa etária de 6 e
10 anos de ambos os sexos. O estudo foi realizado na Escola Iolanda Queiroz, que fica
situada no campus da Universidade de Fortaleza. Foram considerados como parâmetros
antropométricos (peso, estatura e índice de massa corporal, circunferência da cintura).
Resultados: Segundo os percentis do IMC/Idade e a preconização da OMS, observou-se
que no total 2 (2,12%
) escolares estão com magreza, sendo 1,01%feminino e 1,27%
masculino, seguidos de 81 (45,51%
) eutróficos o qual 48,49%feminino e 41,77%masculino,
32 (17,98%
) com sobrepeso, sendo que por gênero 16,16%é do sexo feminino e 20,25%sexo
masculino, 41(23,03 %
) obesos, 26,26%e 18,99%para feminino e masculino respectivamente
e 22 (12,36%
) com obesidade grave, considerando por gênero os valores de 8,08%e 17,72%
para meninas e meninos de forma respectiva. A prevalência de obesidade central que foi
de 31(17,42%
) em que feminino foi de 19,19%e masculino foi 15,19%classificados como
normal, 46 (25,84%
), segundo o gênero 23,23%meninas e 29,11%meninos considerados
com circunferência da cintura aumentada, além disso, 101 (56,74%
) sendo que sexo 57,58%
feminino e 55,7% masculino teve diagnóstico de circunferência da cintura muito
aumentada. Conclusão: Os dados mostram que o IMC e a CC mostraram-se altos em
ambos os gêneros, podendo leva-los como consequência o desencadeamento futuro de
doenças plurimetabólicas comprometendo o crescimento e desenvolvimento dos
escolares.
Palavras-chave: Avaliação nutricional; circunferência da cintura; crianças; escolares;
Sobrepeso.
TERAPIA NUTRICIONAL ESPECIALIZADA NO TRATAMENTO DE
PACIENTE CRÍTICO COM DOENÇA PULMONAR E COMPLICAÇÕES:
ESTUDO DE CASO
Autores:
Karine de Almeida Guerreiro;
Ádna Andreza Moreira Saraiva;
Cristiane Silveira Rodrigues;
Gecica Kercia Sousa Coelho;
Patricilene Alves da Silva.
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é umas das principais causas
de morte no Brasil, gerando impacto econômico e altas taxas de morbimortalidade. A
mesma promove alterações metabólicas que podem acentuar o processo da inflamação
sistêmica que interfere em todo o suporte nutricional, sendo um dos maiores desafios
clínicos dentro da UTI devido à pluralidade de causas. Objetivo: Ofertar terapia nutricional
em busca de atingir um bom estado nutricional através do fornecimento de macro e
micronutrientes adequados, suplemento imunomodulador e controle do balanço hídrico
e protéico. Métodos: Paciente R. C. S., feminino, 82 anos, admitida na UTI de um hospital
terciário de Fortaleza-CE, foi diagnosticada com DPOC exacerbada por PAC grave, IRpA
tipo II com retenção crônica de CO2, cor pulmonale, IRC agudizada (em resolução),
hipertensa e ex-tabagista pesada há 20 anos, com presença de UPP grau II na região
sacral. Realizou-se avaliação nutricional através de exame físico, bioquímico e
antropométrico. A antropometria foi realizada no momento da admissão na UTI, pela
circunferência do braço e altura do joelho, obtendo-se peso e altura estimados. Calculouse o gasto energético, a escolha da formulação e volume da nutrição enteral para melhor
atender as necessidades da paciente. Resultados: Constatou-se excesso de peso da
paciente, mas durante o internamento, ela apresentou depleção proteica leve e edema
nos MMSS e MMII, prejudicando o acompanhamento do estado nutricional com exatidão
através da antropometria. Ao final do acompanhamento observou-se redução no edema.
Clinicamente a paciente manteve-se estável na maior parte do tempo, orientada,
cooperativa e vigil, predominando resposta inflamatória positiva. Teve boa evolução no
perfil bioquímico, com melhora no processo infeccioso bacteriano e na infecção aguda,
normalização dos minerais sódio e potássio, que se apresentaram em alguns momentos
fora da normalidade, indicando melhora da função renal e redução do edema. Recebeu
fórmula polimérica fracionada em sete refeições por via enteral, ofertando dieta
hipercalórica, hiperproteica e suplemento imunomodulador específico para cicatrização
de feridas. Obteve estabilidade na aceitação da dieta (100%de aceitação), sem formação
de resíduo gástrico e diarreia. Conclusão: A terapia nutricional aplicada nesta paciente
atingiu os objetivos propostos, com melhora no funcionamento renal, redução do edema
e melhora no processo de cicatrização da úlcera.
Palavras-chave: Estado nutricional; Enteral; Suplemento imunomodulador.
CONSUMO DE PORÇÕES DE FRUTAS E VERDURAS POR IDOSOS
HIPERTENSOS
Autores:
Keithyanne Marinho Sabóia
Valéria Cristina Nogueira
Helena Alves de Carvalho Sampaio
Soraia Pinheiro Machado Arruda
Introdução: O consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras está entre os principais
fatores de riscos para as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) em todo o mundo,
já que são considerados importantes na manutenção da saúde e no balanço energético,
inserindo nutrientes com efeitos significativos na prevenção dessas doenças. Além disso,
o aumento da expectativa de vida e o crescimento da população idosa no Brasil implicam
em mudanças no perfil epidemiológico, observando-se aumento na prevalência de
DCNT. Dessa forma, faz-se necessário investigar o consumo de frutas e verduras por
idosos hipertensos para que sejam caracterizadas as práticas alimentares nessa
população. Objetivo: Investigar o consumo de porções de frutas e verduras de idosos
hipertensos segundo a primeira versão do Guia Alimentar para a População Brasileira,
publicado em 2006. Método: Foi realizado um estudo transversal com 229 idosos
hipertensos atendidos em Ambulatório de Hipertensão Arterial, de uma unidade de
referência do Sistema Único de Saúde, na cidade de Fortaleza, Ceará. Para determinação
das porções alimentares, utilizou-se o método do recordatório alimentar de 24 horas, em
três dias não consecutivos e incluindo um dia de final de semana, com transformação das
medidas caseiras em gramas. Foi analisado o número de porções diárias consumidas dos
grupos alimentares de frutas e de verduras conforme recomenda a primeira versão do
Guia Alimentar para a População Brasileira. O número de porções diárias consumidas de
cada grupo foi confrontada, após média aritmética dos três dias de recordatório
alimentar, com as recomendações da primeira versão do guia. Resultados: Houve
consumo de 1,2 porção (0,6 - 2,0) de frutas e 0,7 porção (0,3 - 1,5) de verduras, sendo
recomendado a ingestão de 3 porções diárias de cada grupo. Conclusão: Os idosos
hipertensos desse estudo apresentam elevada inadequação da ingestão de frutas e de
verduras, que são reconhecidos como protetores contra as doenças crônicas.
Palavras-chave: Consumo alimentar; Doenças crônicas; Idosos; Hipertensão.
EVOLUÇÃO CLÍNICA-NUTRICIONAL DE PACIENTE IDOSO COM
ALZHEIMER, DISFAGIA E PNEUMONIA: UM RELATO DE CASO
Autores:
Lívia Rêgo Studart;
Sabrina Glicia Alencar dos Santos Castro;
Priscila Carmelita Paiva Dias Mendes Carneiro.
Introdução: A Alzheimer é distúrbio neurológico progressivo de início insidioso, crônico,
de causa desconhecida e declínio contínuo no qual há comprometimento da memória,
prejuízo nas funções cognitivas interferindo no desempenho social e/ou profissional do
indivíduo. Este distúrbio acarreta também alterações de deglutição, levando ao
desenvolvimento da disfagia, que é uma dificuldade na condução do alimento da boca
até o estômago, aumentando o risco de pneumonia aspirativa, que é um processo
infeccioso ocasionado pela inalação de microorganismos da orofaringe e apresenta-se
fortemente associada com a disfagia em pacientes com doença de Alzheimer. Objetivo:
Analisar a relação existente entre a doença de Alzheimer, disfagia e o desenvolvimento
de pneumonia em idosos. Método: R.S.M. sexo feminino, 87 anos, Diagnóstico de
Alzheimer, diabetes e hipertensão arterial, pneumonia aspirativa. Apresenta disfagia,
principal causa para o desenvolvimento da pneumonia. Iniciou a internação em dieta
pastosa, evoluindo negativamente para dieta enteral devido a broncoaspiração.
Coletados informações do prontuário, tomografia computadorizada (TC), exames de
sangue e avaliação nutricional através de exame físico, miniavaliação nutricional (MAN),
peso e altura e cálculo de necessidades energéticas, considerando fator injúria e fator
atividade da paciente. Resultados: Foi observado que o paciente acompanhado
apresentou processo inflamatório progressivo analisados através de todos os exames
coletados, além de perda de peso no período analisado, o que concorda com os estudos
analisados que revelam que pacientes com doença de Alzheimer apresentavam
deficiências de deglutição, mudanças e redução no apetite, perda de peso, baixo peso
corporal e desnutrição, que a pneumonia como uma das maiores causas de morte em
pacientes com Alzheimer em comparação com pacientes sem a doença. Conclusão:
Paciente com disfagia que contribuiu para o desenvolvimento na pneumonia e a perda
progressiva de peso, agravada pela idade. Compreende-se a importância do
acompanhamento e intervenção nutricional para evitar o desenvolvimento de
comorbidades associada ao Alzheimer. Comprovou-se uma relação positiva entre a
doença de Alzheimer, disfagia e o desenvolvimento de pneumonia em idosos. É
necessário mais estudos que apresentem a relação da desnutrição com o agravamento
da demência.
Palavras-chave: Alzheimer; Disfagia; Pneumonia; Idosos
RELAÇÃO ENTRE TEMPO DESTINADO À COMPRA DE ALIMENTOS
E AQUISIÇÃO DE PRODUTOS ULTRAPROCESSADOS
Autores:
Luana Viana Pereira Lobo
Nara Larissa Frota Menezes
Gabriela Oliveira Costa
Gabriela Medeiros de Castro
Ilana Nogueira Bezerra
Introdução: O processamento industrial de alimentos vem sendo recentemente incluído
em estudos de avaliação do consumo alimentar da população e em recomendações
dietéticas para a população, como o novo Guia Alimentar para a População Brasileira,
publicado em 20141 Essa nova proposta classifica os alimentos em três grupos: alimentos
in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários processados; e produtos
alimentícios prontos para o consumo, processados ou ultra-processados1. Apesar da
literatura reconhecer a escassez de tempo destinado à alimentação nos dias atuais, os
estudos que investigam a relação entre o tempo destinado à compra de alimentos e o
tipo de alimento adquirido são limitados. Objetivo: Avaliar a relação entre o tempo
destinado à compra de alimentos e aquisição de produtos ultraprocessados. Métodos:
Trata-se de um estudo observacional, transversal de caráter descritivo e analítico. A
pesquisa foi realizada em um supermercado de grande porte da cidade de FortalezaCeará. A amostra compreendeu adultos de 20 a 59 anos de idade que frequentaram o
supermercado no período de Janeiro a Março de 2015. Resultados: O tempo de
permanência dos indivíduos no supermercado variou de 7 a 120 minutos, com média de
41 minutos (desvio-padrão= 23,1). O principal motivo para aquisição de alimentos foi à
praticidade de preparo dos alimentos com (40%
) e os grupos de alimentos com maior
aquisição foram o grupo de alimentos in natura e os processados. Conclusão: Observouse que os indivíduos que adquiriram alimentos in natura e ingredientes culinários
permaneceram mais tempo no supermercado em comparação com os que não
adquiriram alimentos desses grupos. Os grupos de alimentos com maior frequência de
aquisição foram in natura e os processados, sugerindo que a aquisição de alimentos in
natura não evita a aquisição de alimentos processados.
Palavras-chave: Produtos ultraprocessados. Compra de alimentos. Obesidade.
CONSUMO DE AÇÚCARES E DOCES POR PORTADORES DE
LESÕES ORAIS USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM
FORTALEZA – CE
Autores:
Maria Helena Lima D’oran
Mariana Dantas Cordeiro
Renata Cristina Machado Mendes
Dayanna Magalhães dos Reis
Marina de Paula Mendonça
Introdução: O cuidado com a saúde oral se faz necessário em todas as fases da vida. Uma
alimentação adequada é fundamental para que se mantenha, não somente um bom
estado de saúde geral, mas também boa saúde oral. A cárie é um tipo de lesão oral
frequente, e o consumo excessivo de açúcares e doces é fator dietético determinante para
o surgimento deste tipo de lesão. Uma dieta em que há elevado consumo de frutas,
legumes e fibras, além de baixo teor de açúcares e gordura, possui efeito anticariogênico.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo caracterizar o consumo de açúcares e doces,
em porções, segundo a primeira edição do Guia Alimentar para a População Brasileira,
em portadores de lesões orais usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Fortaleza CE. Método: Este é um estudo transversal, realizado em serviço odontológico de
referência do município de Fortaleza –CE, com 42 pacientes, de 20 anos ou mais e ambos
os sexos, portadores de lesões orais, que buscaram atendimento nesta unidade. Foi
aplicado um Questionário de Frequência Alimentar (QFA) para avaliar o consumo
alimentar dos participantes. Tal consumo foi obtido em medidas caseiras, cujos dados
foram transformados em porções/dia, segundo a primeira edição do Guia Alimentar para
a População Brasileira, publicado em 2006. Foram considerados apenas os alimentos
que tiveram seu consumo maior que uma vez por semana para a contabilização do
número de porções de açúcares e doces. Resultados: Entre os pacientes avaliados,
prevaleceu o sexo feminino (73,8%
). A média de idade do grupo amostral foi de 41,1 (12,3)
anos. Observou-se consumo médio de porções do grupo de açúcares e doces de 1,3 (1,9).
Tal consumo foi superior ao recomendado pelo Ministério da Saúde no Guia Alimentar
de, no máximo, 1 porção/dia para uma dieta de 2000 Kcal/dia. Conclusão: O consumo de
açúcares e doces pelos pacientes foi maior que o recomendado. Desta forma, sugere-se
que sejam realizadas mais ações de educação nutricional para a conscientização da
população brasileira acerca do consumo excessivo de alimentos açucarados.
Palavra Chave: Lesões orais; Consumo alimentar; Açúcares e doces
INGESTÃO CALÓRICA E DE MACRONUTRIENTES POR
PORTADORES DE LESÕES ORAIS ATENDIDOS PELO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE
Autores:
Mariana Pimentel Gomes Souza
Anna Carolina Sampaio Leonardo
Mariana Dantas Cordeiro
Renata Cristina Machado Mendes
Soraia Pinheiro Machado Arruda
Introdução: Obtenção, compreensão e utilização de informações para prevenir lesões
orais e promover a saúde oral são partes essenciais da manutenção da saúde pessoal. É
reconhecido que uma dieta balanceada tem influencia positiva não apenas no bem estar
do indivíduo, como também na saúde bucal, pois condutas nutricionais que previnem
doenças orais coincidem com as práticas que levam a manutenção da saúde geral.
Objetivo:Avaliar a ingestão calórica e de macronutrientes por portadores de lesões orais
atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Método: Estudo transversal, realizado em
serviço de odontologia de referência no cuidado ao portador de lesões orais, através do
SUS, de Fortaleza Ceará. A amostra foi composta por 42 pacientes, de 20 anos ou mais,
portadores de lesões orais, de ambos os sexos. Aplicou-se o Questionário de Frequência
Alimentar (QFA), cujos dados em medidas caseiras foram transformados em gramas ou
mililitros, de acordo com tabela específica. Estes foram inseridos no software DietWin
Profissional 2.0, para obtenção da ingestão diária de macronutrientes. Este estudo faz
parte de uma pesquisa maior, a qual foi iniciada após aprovação pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos da instituição responsável. Resultado: Revelou-se uma
média de consumo calórico de 1064,6 (373,3) kcal, o que representa um pouco mais que
a metade do valor recomendado em média para um adulto pela WHO/FAO, que é de
2000 kcal diárias. Em relação a distribuição de macronutrientes, os valores obtidos
mostram que há um consumo inadequado pois, de acordo com o IOM, são
recomendados: de 55 a 65%
, 10 a 15%e 25 a 30%para CHO, PTN e LIP, respectivamente, o
que evidencia um consumo abaixo da recomendação de carboidratos e lipídios e excesso
no consumo de proteínas. Apesar do consumo inadequado de lipídios, as porcentagens
dos ácidos graxos encontram-se dentro da porcentagem recomendada pela IOM de <10%
para saturados e 6 a 10%para poli e monoinsaturados. O consumo médio de fibras foi de
11,1g, inadequado se comparado a recomendação de pelo menos 25g, pela IOM.
Conclusão: Portanto, conclui-se que o consumo calórico e de macronutrientes pelos
pacientes portadores de lesões orais apresentou-se inadequado de acordo com as
recomendações.
Palavras-chave: Ingestão calórica; Ingestão de macronutrientes; Portador de lesão oral.
RELAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM A
PREVALÊNCIA DE SARCOPENIA EM IDOSOS.
Autores:
Amanda Maia Pontes
Meoneis Morais Costa Nascimento
Nayra Girão Aguiar
Natália Souza Dantas
Lôrrainy Umbelina Alves de Souza Cortez
Introdução: No envelhecimento ocorrem mudanças morfológicas e fisiológicas. Entre
elas estão a diminuição da massa magra com comprometimento na força muscular,
afetando a capacidade funcional com redução da mobilidade. Essas alterações
caracterizam a síndrome da sarcopenia. A massa muscular, força e desempenho físico
tendem a diminuir com a idade. Portanto, a sarcopenia torna-se cada vez mais prevalente
com o envelhecimento, sendo um importante preditor de fragilidade, fratura de quadril,
incapacidade e mortalidade em idosos. O estado nutricional é um dos fatores que
induzem a sarcopenia e intervenções nutricionais podem contribuir para sua prevenção.
Objetivo: Relacionar o estado nutricional com a prevalência de sarcopenia em idosos.
Método: Trata-se de um estudo quantitativo observacional, transversal descritivo e
analítico. Fizeram parte do estudo 50 idosos de ambos os sexos, com idade igual ou
superior a 65 anos e alfabetizadas. Para a avaliação do estado nutricional, foram aferidas
medidas antropométricas como peso, altura e circunferência do braço. E para o
diagnóstico da sarcopenia, foram aferidos parâmetros como a força de preensão palmar,
velocidade da marcha e a circunferência da panturrilha, seguindo as recomendações do
Consenso Europeu de Definição e Diagnóstico de Sarcopenia. A associação entre estado
nutricional e sarcopenia foi avaliada utilizando os testes Qui-quadrado ou exato de Fisher
para variáveis categóricas e teste t de Student para variáveis continuas. Considerou-se
significante valores de p<0,05. Resultados: A média de idade foi 72,9 ± 7,3 anos e a média
de IMC foi 25,9 ± 3,5 kg/m² e CB foi 28,3 ± 3,1 cm, respectivamente. Dos 50 idosos
avaliados 30% apresentavam sarcopenia. 92% eram do sexo feminino e a maioria
apresentou estado nutricional de eutrofia segundo classificação de IMC (56%
) e CB (48%
).
O estado nutricional foi associado com o diagnóstico de sarcopenia, o baixo peso foi
maior entre os idosos com sarcopenia (p=0,016). A desnutrição, segundo classificação da
CB, foi maior entre sarcopênicos (p<0,001). Conclusão: A desnutrição e baixo peso
medidos foram associados com a prevalência de sarcopenia em idosos
institucionalizados.
Palavras-chave: sarcopenia; estado nutricional; idoso.
AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE ESTUDANTES
INGRESSANTES E CONCLUDENTES DO CURSO DE NUTRIÇÃO DE
UMA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ
Autores:
Ana Mariany Barreto Cardoso
Meoneis Morais Costa Nascimento
Rafaelle Teixeira Moreira
Wallacy Ramon Pinheiro da Rocha
Lôrrainy Umbelina Alves de Souza Cortez
Introdução: Os hábitos alimentares são influenciados por mudanças como entrada a
universidade. Na grande maioria isto implica em mudanças radicais, como deixar a casa
dos pais e a falta de tempo para realizar as refeições completas devido as atividades
acadêmicas. Portanto um dos determinantes na alimentação dos universitários é a
influência nas escolhas dos alimentos e na substituição das refeições completas por
lanches práticos e rápidos, com alto valor calórico, e o estabelecimento de novos
comportamentos e relações sociais. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e estilo de vida
de estudantes ingressantes e concludentes do curso de nutrição da Universidade de
Fortaleza. Método: O estudo foi do tipo transversal de caráter analítico. Foi realizado na
Universidade de Fortaleza – UNIFOR. A população em estudo foi composta por
ingressantes e concludentes do curso de Nutrição. A amostra total do estudo foi
composta por 40 estudantes, 20 do grupo de ingressantes e 20 do grupo de
concludentes. A média de idade dos ingressantes foi de 22 anos e concludentes 26 anos.
Resultado: Foi encontrado associação da melhoria do estilo de vida e hábitos alimentares
de estudantes concludentes, em relação aos ingressantes. Na avaliação dietética, foi
observado que o consumo calórico nos concludentes (75%
, p= p=0,025a) apresentou-se
mais adequado significativamente do que dos ingressantes (35%
). Na distribuição de
macronutrientes, a maioria dos ingressantes (65%
) apresentaram consumo insuficiente de
carboidrato, enquanto os concludentes apresentaram a maioria da população com
adequação de consumo de carboidratos (75%
). Houve alta porcentagem de consumo
excedido de proteína entre os grupos. Foi possível identificar que não há diferença
significativa na distribuição das diferentes categorias de adequação do consumo de
lipídios para os diferentes grupos (p=0,323). Os dados mostraram que há uma proporção
maior (90%
) e estatisticamente significante de consumo adequado de colesterol entre os
concludentes, enquanto que consumo excedido de colesterol é maior e estatisticamente
significante entre os ingressantes (45%
). Conclusão: Houve diferença entre os grupos
quanto ao consumo calórico, sendo insuficiente entre os ingressantes. Poucas diferenças
em macronutrientes, porém melhores resultados nos concludentes, houve também
consumo adequado de colesterol entre os concludentes, e consumo excedido de
colesterol entre os ingressantes. O estudo mostra que houve mudanças benéficas entre
os concludentes do curso de nutrição, devido aos conhecimentos adquiridos na
graduação. Contudo, é necessário, maior exploração nesta linha de conhecimento para
explicar a real influência da vida acadêmica no estilo de vida de universitários.
Palavras Chave: Avaliação nutricional, Consumo alimentar, Estudantes de nutrição.
ANÁLISE DO CONSUMO DA DIETA HOSPITALAR DE UM PACIENTE
COM NEOPLASIA COLOSTOMIZADO EM UM HOSPITAL DE
FORTALEZA, CEARÁ
Autores:
Morgana Lígia Marques Lima Morais
Fábia Karine de Moura Lopes
Jacqueline Jaguaribe Bezerra
Juliana Magalhães da Cunha Rêgo
Introdução: O câncer é considerado um dos principais problemas de saúde pública, o de
colorretal sendo considerado a terceira causa mais comum de câncer, atingindo ambos
os sexos. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer estima que 34.280 casos de câncer de
colorretal sejam registrados, sendo 16.660 de homens e 17.620 de mulheres. Para o
tratamento do câncer de cólon, a cirurgia é indicada, podendo ser paliativa ou curativa.
Colostomizados precisam seguir algumas recomendações nutricionais para não causar
flatos e desconfortos intestinais. Uma dieta fracionada, com redução do volume dos
alimentos, ingerir frutas e verduras para uma dieta com nutrientes é essencial para
manter o estado nutricional do paciente. Objetivo: Avaliação da aceitação da dieta
hospitalar de um paciente neoplásico e colostomizado, observando a tolerância e o
consumo oferecido pelo Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar. Método: A
coleta de dados foi realizada no período do estágio obrigatório da discente. O paciente
escolhido tinha sido submetido a colostomia, devido ao seu diagnóstico de neoplasia de
ceco. Foi avaliado o prontuário, realizada entrevista com o paciente e os familiares, sobre
o estilo e o hábito alimentar do mesmo, avaliação antropométrica (Circunferência do
Braço, Peso, Altura estimada) e a avaliação da ingestão da dieta hospitalar. Resultados:
A avaliação antropométrica, segundo o Índice de Massa Corpórea (IMC), apresentou
resultado eutrófico, porém o percentual de perda de peso apresentou perda intensa de
peso, e a circunferência do braço também apresentou perda intensa de massa muscular.
A aceitação da dieta do paciente apresentou diferenças significativas, com resultados
baixos na colação e no jantar, e aceitação de 100%no café da manhã e ceia. Comparando
o valor calórico que o hospital oferece e o valor calórico da dieta consumida, o paciente
não ingere nem 50%do valor total. Conclusão: a dieta prescrita deve atender as
necessidades energéticas e a tolerância, respeitando a patologia e a colostomia do
paciente. O médico deve estar em contato frequente, junto com nutricionista e
enfermeiros do hospital, para um melhor cuidado com esse tipo de paciente.
Palavras-chave: Câncer de cólon; Colostomia; Dieta.
CUIDADOS PALIATIVOS: UMA DECISÃO FAMILIAR
Autores:
Jacqueline Jaguaribe Bezerra
Fábia Karine de Moura Lopes
Morgana Lígia Marques Lima Moraes
Juliana Magalhães da Cunha Rêgo
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados
paliativos foram definidos em 1990 e redefinidos em 2002, como sendo um tratamento
que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, que enfrentam
problemas relacionados a patologias, prevenindo e aliviando o sofrimento de ambos, por
meio da identificação precoce, avaliação correta, tratamento da dor, e outros problemas
físicos, espirituais e psicossociais. Os cuidados paliativos são iniciados quando o
tratamento curativo deixa de ser o objetivo. Objetivo: Realizar um relato de experiência,
bem como destacar o papel do nutricionista na terapêutica paliativa. Desenvolvimento:
O estudo se desenvolveu com uma paciente idosa de 93 anos atendida por um plano de
saúde de Fortaleza-CE, que sempre apresentou sinais de depressão na fase adulta. Em
julho de 2014, apresentou sinais de adinamia, sem aceitar a alimentação, muita
sonolência. Devido ao quadro, foi levada para emergência de um hospital particular,
quando foi encaminhada para UTI, com possível diagnóstico de AVC (Acidente Vascular
Cerebral). No dia seguinte recebeu alta para internação em apartamento, com respirador,
sonda vesical e sonda nasoenteral, com diagnóstico de pneumonia aspirativa. Durante o
período ficou sendo acompanhada por equipe multidisciplinar, cuidadores e familiares.
Por diversas vezes a equipe médica conversou com os familiares sobre o retorno para a
UTI para procedimento de traqueostomia e suporte ventilatório mais consistente, no
entanto, os familiares optaram por não autorizar o retorno a UTI, impondo isolamento,
distanciando-a dos familiares. A família decidiu realizar os procedimentos paliativos na
residência, junto com cuidadores e parentes. Nesse caso, a terapia nutricional tinha o
objetivo principal de minimizar os desconfortos apresentados pela paciente, já que ela
estava recebendo a dieta por via enteral. O quadro se agravou, evoluindo para uma
Insuficiência Cardíaca Congestiva e hipertensão pulmonar, e em agosto de 2014 veio a
óbito. Conclusão: A paciente recebeu no hospital suporte terapêutico necessário para a
manutenção da vida sem procedimentos invasivos radicais. A família estava consciente
da gravidade do caso, acompanhou todo o processo de cuidados e a médica que
acompanhou a paciente foi respeitosa, sempre informando aos familiares a conduta e
esclarecendo os riscos. O papel do nutricionista em cuidados paliativos não tem como
objetivo principal a recuperação do estado nutricional, o papel desse profissional nesse
caso está relacionado ao prazer e a questão emocional com a qual a alimentação tem
relação, além de minimizar qualquer desconforto que esse paciente tem apresentado.
Palavras-chave: Cuidados paliativos; Família; Nutrição.
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTE RECÉMNASCIDO PRÉ-TERMO COM SÍNDROME DO DESCONFORTO
RESPIRATÓRIO: RELATO DE CASO
Autores:
Nara Larissa Frota Menezes
Gabriela Oliveira Costa
Luana Viana Pereira Lobo
Ana Vaneska Passos Meireles
INTRODUÇÃO: A Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) é decorrente a deficiência
primaria de surfactantes no recém-nascido pré-termo ou de muito baixo peso devido a
imaturidade pulmonar. OBJETIVO: Promover o ganho de peso adequado, prevenir
complicações e corrigir a desnutrição. METODO: Estudo de caso clínico realizado com
recém-nascido pré-termo (RNPT) mediante acompanhamento nutricional no período de
24 de março à 01 de abril de 2015 em hospital da cidade de Fortaleza. RNPT, sexo feminino
de parto cesáreo com extremo baixo peso ao nascer (0,975g). Ao nascer foi internado na
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) com diagnostico de SDR. Fez uso de HOOD
durante 4 dias, CPAP em 7 dias e usou Nutrição Parenteral Total por 7 dias. Lactente em
uso de leite Humano Ordenhado Pasteurizado (LHOP) exclusivo por sonda orogástrica.
Ao exame físico encontrava-se hidratada, ativo e reativo, ausência de edema, leve icterícia
e com dispneia leve. Na avaliação antropométrica os dados observados foram o peso ao
nascer (0,975g), perímetro cefálico (27) e perímetro torácico (23). Quanto aos exames
bioquímicos foi possível observar que o sódio e as hemácias estavam abaixo do
recomendado. RESULTADOS: No inicio do acompanhamento nutricional o lactente
estava com 32 semanas e 3 dias de idade corrigida, 20 dias de vida, pesando 0,990g e
fazendo uso de LHOP (128mL em 8 etapas de 3/3 horas) com boa aceitação e sem resíduo
gástrico atingindo a kcal planejada de 99,53kcal/kg. Ao final do acompanhamento o
lactente com 33 semanas e 4 dias e 28 dias de vida, ganhou peso (1,105kg) e passou a
receber 160mL (144,79mL/kg/dia) de LHOP em 8 etapas de 3/3 horas (20mL/etapa) com
ausência de resíduo gástrico. Ao analisar os macronutrientes da kcal utilizada no dia 31 de
março observou-se uma diminuição da proteína (1,73g/kg), aumento dos lipídeos
(5,50g/kg) e adequação do carboidrato (10,13g/kg). As recomendações de
macronutrientes para RNPT é de 10 – 15g/kg/dia (9,04 – 13,57g) de carboidrato, proteína
4,0g/kg/dia (3,63g) e lipídeo 5,9g/kg/dia (5,33g). Lactente seguiu com ganho de peso
porem, durante o período de acompanhamento, permaneceu com muito baixo peso.
Curva de monitoramento nutricional ascendente. O acompanhamento do paciente se
deu através da observação da aceitação da dieta, visitas diárias e acompanhamento dos
dados contidos no prontuário. CONCLUSÃO: A SDR é algo comum em bebe prematuro
trazendo risco de óbito para o lactente, dessa forma é fundamental um
acompanhamento nutricional tendo em vista a necessidade de evitar o catabolismo.
Palavras-chave: Surfactante. Síndrome do desconforto respiratório. Recém-nascido prétermo.
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM
PACIENTES TRIADOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO
NÚCLEO DE ATENÇÃO MÉDICA INTEGRADA
Autores:
Natália Souza Dantas
Nayra Girão Aguiar
Andreza Matos Penafort
Rafaelle de Azevedo Santiago
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são caracterizadas por um
conjunto de fatores situacionais crônicos. Por vezes estão associadas a diversas causas
como tabagismo, alcoolismo, inatividade física e má alimentação, e são definidas por
princípio gradativo, prognóstico eventualmente indefinido, com extensa ou ilimitada
duração. Objetivo: Avaliar a prevalência de obesidade, diabetes mellitus, hipertensão,
dislipidemias, doenças cardiovasculares em pacientes atendidos no ambulatório de
nutrição Método: Foi desenvolvido um estudo transversal de caráter quantitativo, para
analisar a prevalência das doenças crônicas em pacientes encaminhados pelo Sistema
Único Saúde (SUS) para atendimento no ambulatório de Nutrição inserido no Núcleo de
Atenção Médica Integrada da Universidade de Fortaleza durante o mês de julho de 2016.
Foram avaliados no total 78 pacientes entre 5 e 80 anos, do sexo feminino e masculino,
foram avaliados os prontuários dos pacientes previamente triados e selecionados
aqueles que possuem doenças crônicas já diagnosticadas e excluídos os que não
possuem as doenças. As doenças utilizadas como critério para seleção foram: obesidade,
diabetes, dislipidemias e doenças cardiovasculares. Foram divididos em três grupos
baseado na combinação de uma ou mais patologias. Resultados: Diante dos percentuais
encontrados a obesidade foi a doença crônica não transmissível de maior prevalência
entre os pacientes com 47,43%
, seguida pelo Diabetes mellitus 8,97%
, dislipidemia com
5,12%e hipertensão arterial sistêmica com 5,12%
. Segundo dados da OMS a prevalência
das DCNT na população é tão alta que 45%da população brasileira possui pelo menos
uma dessas doenças. Essa alta prevalência das DCNT traz grande preocupação, pois é
válido destacar que essas doenças possuem alta mortalidade e morbidade sendo causa
de inúmeras internações e também estão entre as maiores causas de amputamento de
membros e de morte no mundo, correspondendo a 72%das mortes mundiais. Conclusão:
As DCNT estão com alta prevalência em todo mundo, acometendo várias faixas etárias,
sendo considerada como um problema de saúde pública na atualidade, assim é
fundamental monitorá-las principalmente pela alta morbimortalidade e fatores de risco.
É importante estar atento aos grupos de risco e devem ser implementadas estratégias
para melhorar a saúde desses grupos evitando que os fatores de risco acabem tornandose novas doenças.
Palavras-chave: Obesidade; Hipertensão Arterial; Dislipidemia; Diabetes mellitus;
Doenças crônicas.
DESENVOLVIMENTO DE TRUFA PROTEICA DIET SEM GLÚTEN E
LACTOSE: PÚBLICO ALVO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA
Autores:
Rafaela Bezerra Da Silva;
Paulo Roberto Moaes Barros Filho.
O aumento da prática de atividade física leva a maior preocupação com a alimentação,
os indivíduos buscam estar fisicamente ativos e seguir uma dieta equilibrada e completa,
a fim de conseguir um corpo ideal e saudável. A procura por suplementos nutricionais,
especialmente pelos proteicos, está tornando-se cada vez mais comum entre os
praticantes de atividade física, com a finalidade de auxiliar na prática dessas atividades. O
glúten é a proteína do trigo que tem dado muita alergia alimentar nos praticantes de
atividade física. A lactose é o principal carboidrato do leite e encontra-se em grande
quantidade no soro. Segundo a Portaria nº 29, de 1998 da ANVISA, o termo diet pode, ser
utilizado para os alimentos exclusivamente empregados para controle de peso,
alimentos para praticantes de atividade física e alimentos para dieta de ingestão
controlada de açúcares. Em virtude disso, a formulação foi criada a partir da ideia de
produzir um doce proteico, diet, sem glúten e sem lactose para ajudar no pré-treino e póstreino de praticantes de atividade física em nível de musculação alcançando uma boa
aceitação do público alvo. O objetivo desse trabalho foi produzir um doce proteico, diet,
sem glúten e sem lactose para ajudar no pré e pós-treino de praticantes de atividade física
em nível de musculação. Foi feita uma substituição em comparação a uma trufa padrão:
o uso de cacau em pó 100%(em substituição do chocolate tradicional). Para a elaboração
da trufa proteica foram utilizados Whey Protein Isolate Definition da marca (Body Action
Ltda), amendoim da marca (Yoki Alimentos Ltda) cacau em pó da marca (Mavalério
Alimentos Ltda). A trufa foi preparada usando medidas caseiras. A análise dos parâmetros
físico-químicos da trufa proteica diet sem glúten e sem lactose foram realizadas no
laboratório de Bromatologia da Universidade Federal do Piauí (CSHNB). Foram feitas as
seguintes análises físico-químicas: umidade, cinzas e acidez. Para fazer a rotulagem do
produto foi realizado o cálculo da informação nutricional com as quantidades das
medidas caseiras obtidas de cada alimento adicionados a preparação, e com o auxilio da
tabela TACO (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos). Foram realizadas análises
físico-químicas (Acidez titulável, Cinzas e Umidade) da trufa proteica. Os teores médios
da qualidade físico-químicas da trufa proteica encontrados foram: umidade -27,4%
; cinzas
- 2,02%
; acidez titulável - 1,03%
. Assim, percebe-se que a umidade da trufa proteica está
dentro do padrão da resolução citada para doce de leite em pasta, também está dentro
dos padrões quanto à acidez titulável e o teor de cinzas. Apresentou 27,4%de umidade,
acidez titulável igual a 1,03%e resíduo mineral de 2,0195%
. Não foi possível comparar os
resultados, já que não existe literatura com o padrão para o produto. Contudo a resolução
– CNNPA nº 12, de 1978 da ANVISA, dispõe alguns critérios para a padronização de doce
de leite que serão tomados como base, como umidade máxima de 30%
, acidez titulável
de no máximo 5%e cinzas de no máximo 2%
. O produto desenvolvido obteve resultados
satisfatórios no que diz respeito às análises físico-químicas, encontrando-se dentro do
padrão estabelecido pela legislação. A trufa elaborada é isenta de lactose, podendo ser
consumida por pessoas intolerantes a lactose, também pode ser destinada àqueles com
doença inflamatória intestinal e aos alérgicos a proteína do leite. Entretanto o produto
desenvolvido tem como alvo principal, os praticantes de atividade física servindo como
um pré e/ou pós-treino. Em relação ao valor nutricional, houve uma importante redução
na quantidade de açúcar presente na trufa diet e quanto ao teor de calorias percebe-se
um aumento, pois a mesma é rica em proteínas.
EVOLUÇÃO DIETOTERÁPICA E MONITORAMENTO NUTRICIONAL
DE UMA PACIENTE COM CÂNCER DE COLO UTERINO E
COMORBIDADES EM UM HOSPITAL DE FORTALEZA: RELATO DE
CASO
Autores:
Rafaelle Castro Lopes
Ana Vaneska Passos
Eline Albuquerque Machado
Introdução: De acordo com BRASIL(2013), o câncer é definido ao termo neoplasia, se
especificando com um tumor maligno, não sendo uma doença única e sim a junção de
mais de 200 patologias, é caracterizada pelo crescimento descontrolado de células
anormais, tendo por consequência a invasão de órgãos e tecidos adjacentes envolvidos,
podendo se espalhar para outros locais do corpo, assim dando origem a tumores em
novos locais, esse processo é chamado metástase. O desenvolvimento do câncer possui
multifatores, podendo ser externos como por exemplo o meio ambiente, hábitos de um
ambiente social e cultural, ou internos sendo resultado de eventos que geram mutações
sucessivas no material genético das células, processo que pode ocorrer ao longo de
décadas, em múltiplos estágios (ARAB; STECK-SCOTT, 2004; RSON; PETTY, 2006).
Objetivo: O estudo tem como objetivo, relatar a evolução dietoterápica e monitoramento
nutricional de uma paciente com câncer de colo uterino. Método: Trata-se de um relato
de caso de uma paciente, diagnosticada com câncer de colo uterino e insuficiência renal
aguda (IRA) atendida em um hospital de Fortaleza - CE. O caso foi escolhido devido ao
risco nutricional da paciente e o tempo de internação da paciente, que foi por 26 dias.
Resultado: De acordo com os parâmetros analisados acima a paciente encontra-se
eutrófica de acordo com IMC e CB, porém de acordo com CMC e DCT está classificada
com desnutrição moderada, além de uma grave perda de peso em um curto período de
tempo. Além dos exames bioquímicos mostrarem uma grave anemia na paciente,
também mostrando uma insuficiência renal. Conclui-se, que a paciente está com
desnutrição leve e um alto risco nutricional. Conclusão: Com o exposto, é possível
concluir que a perda de peso é uma característica grave no paciente com câncer e IRA,
portanto mostrando a importância do monitoramento nutricional nesses pacientes,
dando o aporte calórico de energia, macro e micronutrientes necessários para que não
ocorra a perda de peso.
Palavras-chave: Desnutrição. Avaliação nutricional. Terapia Nutricional.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM PACIENTE CRÍTICO
COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA-DPOC
Autores:
Rafaelle Castro Lopes
Amanda Rodrigues Melo
Eline Albuquerque Machado
Introdução: Na atualidade, o conceito de indicadores de qualidade na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), vem sendo cada vez mais discutido. E o suporte nutricional é visto como
uma ferramenta terapêutica desse cuidado (PETROS,2006). A terapia nutricional é
primordial para o tratamento do paciente crítico, visto que apresentam uma intensa
resposta metabólica, caracterizada pelo hipermetabolismo e hipercatabolismo. Logo,
esses pacientes apresentam alto risco de depleção do estado nutricional, estando
diretamente relacionado com a piora dos desfechos clínicos. (CUPPARI,2002). Objetivo:
Dessa forma, objetivo desse trabalho foi avaliar a adequação TNE de pacientes
internados em UTI adultos, em Fortaleza Método: Trata-se de um estudo de caráter
retrospectivo observacional. O levantamento de dados foi realizado no período de
fevereiro e março de 2016. Foram incluídos apenas os pacientes que receberam a nutrição
enteral (NE) por pelo menos 72 horas. No total foram avaliados 5 pacientes de uma UTI
de um hospital de referência em Fortaleza. Resultados: Foi realizado a avaliação de uma
paciente na UTI de um hospital de referência em Fortaleza. Primeiramente foi realizado
as medidas antropométricas revelando CB: 28cm; AJ:44cm; CP:26,5; em seguida foi
realizado os cálculos de peso e altura estimados para acamados segundo Chumlea et al,
1988, onde obteve-se altura estimada: 1,44m; peso estimado: 56,82kg. De acordo com o
IMC a paciente encontra-se eutrófica. O exame físico revelou perda de massa muscular
na região temporal, deltoide e panturrilha, perda de gordura suborbital, e tríceps, foi
detectado edema através do sinal de cacifo no tornozelo, classificado em grau leve;
abdome inocente. De acordo com os exames laboratoriais foi detectada uma diminuição
na quantidade de células vermelhas confirmando que está ocorrendo processos
infecciosos devido às complicações da patologia, aumento da quantidade de leucócitos
indicando leucocitose e diminuição da quantidade de plaquetas Conclusão: A terapia
nutricional merece uma atenção maior quando se trata de pacientes críticos, uma vez que
são indivíduos em alto estresse metabólico e o estado nutricional está diretamente
relacionado com os desfechos clínicos. Dessa forma, é primordial a administração de
fórmulas e volumes capazes de suprir as necessidades dos pacientes. Entretanto, sabese que devido há agravos clínicos, muitas vezes isso se torna limitado.
Palavras-chave: Terapia nutricional; Nutrição enteral; Avaliação nutricional.
GASTRONOMIA SUSTENTÁVEL COMO ALIADA NA PRESERVAÇÃO
DO MEIO AMBIENTE E NA SAÚDE
Autores:
Raquel Pessoa de Araújo;
Selene Maia de Morais.
Introdução: Muito tem se falado sobre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável,
pensando nesse contexto percebe-se que o ato de se alimentar está diretamente
associado com o aumento da produção de lixo, resíduos e de impactos ambientais. E a
partir deste cenário que o conceito de gastronomia sustentável vem se destacando, com
princípios que buscam trazer atitudes e ações a fim de minimizar, na medida do possível,
esses danos ao meio ambiente. Algumas atitudes são consideradas positivas e podem
ser incluídas nesta concepção, tais como: reciclar os materiais provenientes do consumo
alimentar; fazer compostagem dos resíduos orgânicos; descartar corretamente o óleo
usado no preparo dos alimentos em postos de coleta; priorizar o consumo de alimentos
locais e regionais; evitar o desperdício de alimentos; consumi-los de forma consciente;
preferir alimentos orgânicos e cultivar pequenas hortas caseiras dentre outras práticas
relacionadas a esse conceito. Objetivo: A pesquisa teve como finalidade analisar a
percepção sobre gastronomia sustentável pelos alunos de vários cursos da Universidade
do Estado do Ceará (UECE), com o intuito de traçar um perfil de práticas relacionadas ao
consumo sustentável a fim de auxiliar na construção de ferramentas educativas voltadas
para o cuidado com o meio ambiente e sua relação com a qualidade de vida. Método: A
coleta foi realizada nas dependências internas da UECE, no Campus do Itaperi, por meio
de um questionário com uma abordagem objetiva. A pesquisa aconteceu no dia 20 de
abril de 2016 e participaram do estudo 214 universitários que foram escolhidos de forma
aleatória. Resultados: De acordo com o estudo, 87,85%dos alunos concordam que o
consumo alimentar provoca impactos no meio ambiente, no entanto, 56,54%consideram
que não realizam práticas de consumo alimentar com características sustentáveis. A
compostagem apesar de ser de conhecimento por parte de 51,87%dos estudantes,
apenas 3,74%realizam. Contudo, foi informado que o consumo de alimentos orgânicos é
uma prática que vem aumentando, como atitudes sustentáveis, pratica essa que também
visa o cuidado com a saúde, percebeu-se que 52,8%buscam ter alimentos orgânicos,
livres de pesticidas e agrotóxicos. Conclusão: Pelos resultados pode-se verificar que a
gastronomia sustentável deve ser melhor trabalhada nas instituições de ensino a fim de
se tornar uma realidade, pois atualmente ainda é uma prática pouco realizada pelos
estudantes, embora a maioria tenha consciência sobre os benefícios que essa pratica gera
ao meio ambiente e consequentemente à saúde.
Palavras-chave: Alimentação sustentável; Sustentabilidade; Compostagem; Impactos
ambientais; Meio ambiente.
ESTADO NUTRICIONAL DE PORTADORES DE LESÕES ORAIS
ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE ODONTOLOGIA DE REFERÊNCIA
DE FORTALEZA, CEARÁ
Autores:
Renata Cristina Machado Mendes
Mariana Dantas Cordeiro
Mariana Pimentel Gomes De Sousa
Carine Costa Dos Santos
Soraia Pinheiro Machado Arruda
Introdução: Há fortes evidências de que hábitos alimentares saudáveis, os quais incluem
o consumo de frutas, legumes, cereais integrais, sementes, peixes e gorduras
insaturadas, com diminuição de produtos ricos em açúcares simples, contribuem para a
saúde geral e oral do indivíduo. A nutrição exerce efeito na saúde oral, uma vez que uma
alteração na ingestão de nutrientes pode acarretar em danos na integridade dos dentes
e da mucosa oral, o que pode refletir no seu consumo, impactando na saúde geral e
alterando o estado nutricional. Objetivo: Este trabalho objetivou descrever o estado
nutricional de portadores de lesões orais, atendidos em serviço de odontologia de
referência no cuidado a esses pacientes, através do Sistema Único de Saúde (SUS), em
Fortaleza, Ceará. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado com um grupo
amostral de 42 pacientes atendidos no serviço supracitado, os quais responderam a um
questionário socioeconômico. Os dados antropométricos (peso, altura, Circunferência da
Cintura e Circunferência do Quadril) foram aferidos durante a entrevista e categorizados
segundo o IMC, Circunferência da Cintura (CC) e Relação Cintura-Quadril (RCQ). Todos os
dados foram tabulados em tabelas do Microsoft Excel 2010, as variáveis numéricas foram
apresentadas por meio de média e desvio padrão e as categóricas por frequências
simples e percentuais. Esta pesquisa faz parte de um projeto maior que fora aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Instituição responsável.
Resultados: O grupo foi predominantemente feminino (73,9%
) e a média de idade foi de
41,1 (12,3) anos. O IMC médio dos pacientes foi 26,3 (4,8) kg/m2, embora 50,0%tenham se
classificado como eutróficos. A CC e RCQ médias dos homens foram: 92,0 (7,8) cm e 0,92
(0,07), respectivamente; e das mulheres foram: 83,4 (12,3) cm e 0,82 (0,08),
respectivamente. Desta forma, a maioria apresentou risco cardiovascular diminuído
segundo a CC (52,4%
) e a RCQ (61,9%
). Conclusão: Embora a maioria dos pacientes tenham
apresentado um estado nutricional adequado, segundo as vaiáveis estudadas, sabe-se
que a qualidade dos alimentos ingeridos também afeta a saúde oral dos indivíduos. Desta
forma, a continuidade do estudo realizará análises mais apronfundadas acerca do
consumo alimentar destes pacientes.
Palavras-chave: Lesões orais; Avaliação nutricional; Sistema Único de Saúde.
DIAGNÓSTICO DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL E
GESTACIONAL: ANÁLISE DAS GESTANTES HOSPITALIZADAS .
Autores:
Rosana Karla de Oliveira Magalhães
Maria Leidiane da Silva Maciel
Erika Maria Nunes Barros
Rosangela Virginia Costa de Araújo
Introdução: A gestação é uma fase muito importante na vida da mulher e requer cuidados
especiais. As alterações nutricionais e metabólicas que ocorrem durante esse período
visam proporcionar um ambiente favorável para o desenvolvimento do concepto, sendo
o perfil nutricional materno determinante para desfechos gestacionais, bem como um
importante indicador de saúde. A inadequação do estado nutricional, tanto prégestacional quanto gestacional, favorece o desenvolvimento de intercorrências durante
a gestação e influencia a saúde materna e do concepto no período pós-parto,
destacando-se como um importante problema de saúde pública. Objetivo: Avaliar o
estado nutricional pregresso e atual relacionando a gestação e suas intercorrências que
influenciam na saúde da mãe. Materiais e Métodos: O presente estudo tem
características quantitativa, descritivo e transversal. A pesquisa foi desenvolvida no
Hospital Público, da cidade de Fortaleza, CE. A amostra, do tipo não probabilística, foi
constituída por 15 gestantes que se encontravam internas no momento da pesquisa e que
aceitaram participar do estudo. O instrumento de coleta compreendeu um questionário,
com questões e fechadas de múltipla escolha. Os dados foram coletados durante o mês
de setembro de 2016. Foram coletadas informações referentes à Idade Gestacional, o
peso pré-gravídico, o peso atual e altura. Após foi calculado o IMC segundo a Idade
Gestacional e feita a avaliação nutricional das gestantes. Os dados coletados foram
processados no programa Microsoft Office Excel versão 2016 para construção de banco
de dados e expressos em figuras e tabelas. Resultados: A idade das gestantes variou de
19 a 45 anos e verificou-se que nenhuma mulher apresentava desnutrição prégestacional, no entanto, houve um aumento de 6,7%com a gravidez. Quanto a eutrofia,
houve uma diminuição de 40%no período pré-gestacional para 33,3%durante a gestação.
Em relação ao sobrepeso, houve um aumento de 26,67%no período pré-gestacional para
33,3%na gestação, e quanto a obesidade 33,3%no período pré-gestacional e durante a
gestação. Observou-se uma variação percentual média de peso em relação algumas
patologias. Maior variação de peso em pacientes com CIUR, DMG, HAS ou ambos, em
média de 12,86%e 12,65%
, respectivamente. Conclusão: Verificou-se um aumento de
desnutrição e sobrepeso com a gestação, ressaltando a importância de ações educativas
preventivas, com intuito de promover um estilo de vida saudável, favorecendo um estado
nutricional adequado que minimize o risco de intercorrências gestacionais.
Palavras-Chave: Gestantes, Estado Nutricional, IMC Pré-Gestacional, IMC Gestacional.
CONDUTA NUTRICIONAL DO PACIENTE COM DIVERTICULITE: UM
RELATO DE CASO.
Autores:
Sabrina Glicia Alencar dos Santos Castro
Lívia Rêgo Studart
Maria Auristela Magalhães Coelho
Introdução: A diverticulite é definida pela inclusão de inflamação, formação de
abscessos, perfuração aguda, hemorragia aguda, obstrução intestinal e sepse e seu
tratamento pode integrar uso de antibióticos, dieta alterada ou repouso intestinal e cerca
de 25 a 30%de pacientes internados necessitam de procedimentos cirúrgicos (KRAUSE,
2012). O quadro clínico da diverticulite apresenta quatro estágios. O diagnóstico deve
seguir protocolo de qualquer paciente com sintoma de dor abdominal aguda, seguindo
com anamnese, exame físico geral, abdominal e toque digital do reto. Porém quando a
investigação é incerta é solicitado exames de radiografia, tomografia computadoriza,
enema contrastado do cólon, ultrassonografia, leucograma e exame de urina (PROJETO
DIRETRIZES, 2008). Objetivo: Acompanhar o estado nutricional e clínico de um paciente
a partir do seu estado crítico. Método: Estudo realizado utilizando os protocolos de um
Hospital particular de Fortaleza analisando o acompanhamento nutricional com dados
antropométricos e intervindo no plano nutricional. T.F.M.M., 78 anos, sexo feminino,
admitida com forte dor abdominal do lado esquerdo acompanhada de febre elevada foi
diagnosticada com diverticulite grave. Houve uma piora no quadro da paciente, sendo
levada para UTI, onde foi intubada com dificuldade respiratória e em seguida retornou
para ventilação espontânea. Apresentou quadro de sepse, alterações renais e encontrase colostomizada. Paciente tratada com antibióticos e dieta enteral e vem progredindo
ao longo do tratamento. Resultados: Ao analisar os exames bioquímicos: hemoglobina e
eritrócito - leve desidratação devido a diminuição do plasma sanguíneo (diálise). Uréia e
creatinina - relacionadas ao catabolismo proteico sofrido durante o estresse agudo.
Leucócitos - associados a sepse e a proteína C reativa - está relacionada a inflamação
decorrente do estresse oxidativo e desequilíbrio o homeostático do organismo
(COSTA,2015). Observou-se que a paciente teve progresso favorável quando ao seu
estado de saúde. A conduta nutricional foi prescrita conforme o diagnóstico nutricional e
clínico observando seus exames bioquímicos e tolerância enteral. A intervenção
nutricional foi o acréscimo de glutamina para diminuir o catabolismo proteico e
antioxidantes para diminuir os radicais livres melhorando o quadro de sepse e estresse
oxidativo. Conclusão: Paciente crítico necessita de cuidados redobrados, pois as
necessidades nutricionais variam de acordo com o quadro clínico, sem falar que a uma
grande necessidade de imunomoduladores e antioxidantes durante o seu tratamento.
Palavras-chave: Diverticulite; Terapia nutricional; Sepse; Avaliação nutricional.
DESPERDÍCIO DE ÁGUA EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO TERCEIRIZADA NA CIDADE DE FORTALEZA-CE
Autores:
Sandra Machado Lira
Carla Laíne Silva Lima
Marcelo Oliveira Holanda
Márcia Rejane de Freitas
Introdução:
A água potável, elemento básico para a vida, vem trazendo uma preocupação crescente
quanto a sua disponibilidade e acesso. Sendo esta um recurso condicionante do
desenvolvimento econômico e do bem-estar social, torna-se progressivo a mobilização
em busca de um novo modelo de sua gestão. A preocupação com disponibilidade da
água é justificável, pois desempenha importância decisiva nos diversos fatores sociais,
econômicos e políticos Objetivo: Quantificar o desperdício da água de uma torneira
quebrada em uma Unidade de Alimentação e Nutrição da cidade de Fortaleza-CE
Método: O estudo tem caráter de natureza transversal, descritivo e analítico. Foi realizada
a coleta de dados no dia 8 de janeiro de 2016. Os materiais utilizados foram garrafa de 1
litro, funil, balde, copo de 200 mL, papel, caneta e relógio. Coletou-se a água que vazava
de uma torneira da UAN após seu fechamento, durante uma hora, em um balde e
transferida para a garrafa de 1 litro com auxilio de um funil. Em seguida a água foi
quantificada. Resultados: Pelo estudo pode-se verificar a quantidade de água
desperdiçada pela torneira que corresponde a 900ml por hora e 21,6L por dia. Por
semana, esse valor sobe para 151,2L e por mês, 669,6L. Estes últimos valores,
ultrapassam a quantidade diária que uma pessoa necessita para suas necessidades com
consumo e higiene, pois segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) esse valor
equivale a 110 litros. A escassez de água está cada vez maior devido ao mau uso desse
recurso e a alternativa mais barata e viável para combater essa situação é usar a água
disponível de forma eficiente, evitando desperdícios e economizando na conta.
Conclusão: A água é um recurso limitado e deve ser usada de forma racional para evitar
o desperdício, além de ajudar a reduzir os custos da empresa. Sendo assim, é importante
que seja feita a substituição, a curto prazo, de torneiras defeituosas por torneiras novas e
economizadoras, realização de campanhas internas à empresa para uso consciente de
água e auditorias que permitam um melhor conhecimento do consumo desse recurso,
obtendo maior controle. Vale ressaltar também a importância da atuação do nutricionista
responsável que deve incorporar também os aspectos da gestão da água, atuando na
implantação de medidas adequadas e na coordenação da continuidade das ações e
manutenções do sistema.
Palavras-chave: Água potável; Desperdício; UAN.
HIPOTIREOIDISMO E EXCESSO DE PESO – RELATO DE CASO
Autores:
Thayná Bezerra de Luna
Rita de Cassia Carvalho Leite
Wilkianne de Souza Antero
Geovana Pinheiro dos Santos
Antonio Wislley Pedrosa Cavalcante
Introdução: Mais da metade dos casos de hipotireoidismo é decorrente de uma doença
auto-imune, conhecida como tireóide de Hashimoto. Em adultos as manifestações mais
comuns são: baixa energia, sensibilidade ao frio, hipercolesterolemia, fadiga, depressão,
constipação além do excesso de peso. Objetivo: objetivo apresentar um caso clínico de
um paciente com hipotireoidismo. Método: Paciente do sexo feminino, 31 anos, buscou
atendimento ambulatorial queixando-se de excesso de peso. A mesma relatou não
apresentar Diabetes Melitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), mas alega
possuir Hipotireoidismo. Possui histórico familiar de DM, HAS, Câncer e
Hipercolesterolemia. Foram aplicados questionários referentes a hábitos, queixas,
história alimentar e nutricional bem como realizado a avaliação antropométrica.
Resultados: A paciente relatou constipação, gases e pirose. Relatou sentir mais fome
durante a noite e faz uso de Puran T4 (50 mg) todos os dias 30 minutos antes do café da
manhã e Vitamina D3, 01 comprimido por semana. Observou-se ainda um consumo
excessivo de alimentos com alto teor de carboidratos simples, sódio e gordura, o que
dificulta a perca de peso, bem como a baixa ingestão hídrica que pode acarretar em
diversos problemas. É visível o consumo reduzido de fibras, frutas e verduras. Através da
avaliação antropométrica (Peso: 74,05Kg, Altura: 1,65m, Circunferência da Cintura: 89cm
e Circunferência do Quadril: 105,5 cm) a paciente encontra-se, segundo o IMC, em
sobrepeso (IMC: 27,22Kg/m²), além da CC e RQC apontarem riscos para doenças
cardiovasculares. Foi prescrito um plano alimentar com o objetivo de: melhorar o estado
nutricional, atingir o peso adequando, auxiliar na melhora do funcionamento intestinal,
implantar hábitos saudáveis para a melhoria da qualidade de vida além do fornecimento
adequando de calorias e nutrientes inserindo alimentos laxativos (mamão, aveia, laranja),
carnes magras, além de orientar o paciente a cerca da importância do consume de frutas,
vegetais e água diariamente. Conclusão: A paciente não compareceu ao retorno o que
dificultou uma conclusão a cerca do caso, da aplicabilidade do plano alimentar bem
como se os objetivos foram atingidos.
Palavras-chave: Hipotireoidismo. Sobrepeso. Alimentação.
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