6ccsdftmt16 - PRAC

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UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 6CCSDFTMT16 INTERVENÇÃO PROTÉTICA EM AMPUTAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES (MMSS) (1) (2) (2) Pollyana Costa Tavares ;Luis Henrique Tormes ; Roberta Aragão Araújo ; (3) Benonias Rodrigues Torres Centro de Ciências da Saúde/ Departamento de Fisioterapia/ MONITORIA RESUMO A disciplina de Prótese e Órtese tem como objeto de estudo os aspectos cinesio­biomecânicos das próteses e órteses e a fundamentação teórico­prático de suas funções. O principal objetivo é propiciar competências e habilidades gerais e específicas aos alunos nas adapatações das próteses e órteses na prevenção, tratamento e na reabilitação cinético­funcional do portador de deficiência física, como coadjuvante à intervenção fisioterapêutica. Este trabalho teve como objetivo auxiliar o corpo docente nas tarefas pedagógicas e científicas, no atendimento aos alunos matriculados na disciplina, para auxiliar o desenvolvimento do processo ensino­ aprendizagem. Foi realizado através de uma revisão bibliográfica, a fim de transmitir o conhecimento sobre um importante tema abordado pela disciplina: os níveis de amputação de membros superiores e a intervenção das próteses indicadas para MMSS, como coadjuvante no tratamento fisioterapêutico. Observou­se como resultado a boa assiduidade e participação dos alunos nas aulas ministradas, bem como o bom desempenho desses nas avaliações escritas, demonstrando com isso a construção do conhecimento. Concluímos que foi cumprido o papel dos monitores no projeto ensino­aprendizagem, sendo atingidos os objetivos gerais do programa na consolidação e transmissão do conhecimento aos acadêmicos de Fisioterapia, futuros profissionais mais qualificados e melhor instruídos. Palavras chave: Amputação ­ MMSS ­ Próteses – Reabilitação. INTRODUÇÃO A disciplina de Prótese e Órtese tem como ementa o estudo dos aspectos cinesio­ biomecânicos das próteses e órteses e a fundamentação teórico­prático de suas funções. O principal objetivo é propiciar competências e habilidades gerais e específicas aos alunos nas adapatações das próteses e órteses na prevenção, tratamento e na reabilitação cinético­ funcional do portador de deficiência física, como coadjuvante à intervenção fisioterapêutica. É uma disciplina com caráter profissionalizante, complementar obrigatória, de quatro créditos e com carga horária de 60 horas semanais. Como trata de uma matéria profissionalizante, possui uma grande importância na formação curricular do futuro fisioterapeuta, pois os principais conteúdos abordados são: conhecer a problemática da reabilitação plena do amputado de membros inferiores e superiores, conhecer os níveis de amputação, a etiologia, técnicas cirúrgicas, as classificações das próteses e das órteses, seus materiais com vantagens e desvantagens para o paciente, abordar sobre a intervenção da fisioterapia no pré­operatório, pós­imediato e tardio, no preparo do coto e na protetização. Os conteúdos são ministrados através de aulas expositivas, exposição de vídeos sobre o tema abordado, atividades prático­teóricas que envolvem o aluno em pesquisa bibliográfica, seminários, situação­problema, assistir a cirurgias de amputação, confecção de próteses ou órteses e visitas aos setores gestores especializados na assistência ao portador de deficiência física. A avaliação tem caráter formativo, que propõe acompanhar o processo de aprendizagem longitudinalmente e somativo, que visa identificar a aprendizagem vertical. São realizados três estágios programados, ao longo de cada semestre letivo, essencialmente educativos e coerentes com os conteúdos ministrados e a metodologia utilizada no processo ensino­aprendizagem. Com a finalidade de contribuir com a construção do ensino­aprendizado foi desenvolvido uma revisão bibliográfica de um conteúdo da disciplina: intervenção protética em amputação de membros superiores é um tema com menor incidência, mas com grandes repercussões quando acomete o indivíduo, pois já existem muitos avanços na confecção desse tipo de prótese. No entanto, em João Pessoa essa produção ainda é muito limitada. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ (1) Moni tor(a) Bol sista; (2) (3) Moni tor(a) Voluntário(a); Pr of(a) Ori entador(a)/Coor denador(a).
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DESCRIÇÃO METODOLÓGICA Amputação é uma palavra derivada do latim, com o seguinte significado: ambi=ao redor de/ em volta de e putatio= podar/retirar. Portanto, amputação consiste na retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Nas amputações de membros inferiores podemos encontrar etiologias relacionadas a processos: vasculares, neuropáticos, traumáticos, tumorais, infecciosos, congênitos, iatrogênicos. As causas mais freqüentes das amputações de membros superiores são traumáticas (acidentes de trabalho e explosivos) e tumorais (CARVALHO,2003). Não tem sentido falar em prótese, sem antes ter o conceito de amputação, pois essa irá gera a necessidade do estudo e desenvolvimento das próteses, tanto de membros superior e inferior. Segundo Carvalho (2003) próteses são utensílios empregados para substituir alguma região perdida ou malformada do nosso organismo. O membro residual de amputação é denominado coto. O coto de amputação, agora considerado como um novo membro, é o responsável pelo controle da prótese durante a preensão, percepção, comunicação e atividades laborais. Para que isso seja possível, é necessário que o coto tenha um nível adequado, seja estável, presença de um coxim com mioplastia e miodese, um bom estado da pele, com boa sensibilidade, sem úlceras e enxerto cutâneo, ausência de neuromas terminais e espículas ósseas, ter uma boa circulação arterial e venosa, boa cicatrização e ausência de edema. Os cotos de amputação de membros superiores são classificados pelo nível de amputação considerando a porcentagem do membro residual. Para tanto, deve ser realizada a medida do comprimento do coto. As amputações proximais ao cotovelo, com exceção da desarticulação do ombro, são também denominadas transumerais, e as distais ao cotovelo, com exceção da desarticulação do punho e parciais de mão, são também chamadas transradiais (KOTTKE, F.J.; LEHMANN, J.F., 1994). As próteses podem ser divididas em dois grupos com características próprias: próteses exoesqueléticas ou convencionais e endoesqueléticas ou modulares (CARVALHO,2003). As próteses de membro superior podem ser classificadas de acordo com seu potencial funcional, seus componentes e as fontes de energia. São classificadas em próteses não funcionais: estéticas; próteses funcionais: convencionais, mioelétricas e híbridas. As fontes de energia podem ser através do sistema endoenergético ou de propulsão muscular cuja energia origina­se no próprio corpo do paciente, transmitindo­se através das correias e cabos para o dispositivo terminal; o sistema exoenergético ou de propulsão artificial cuja energia é originada externamente ao corpo e que independe de transmissão via cabos ou correias e o sistema híbrido o qual resulta da combinação dos dois acima citados (LIANZA S., 2001). As próteses estéticas ou passivas pertencem ao grupo de próteses não funcionais. Elas restabelecem o aspecto externo, sem proporcionar funções ativas, favorecendo o aspecto estético e são grandes as exigências em relação ao aspecto externo, conforto de uso e peso reduzido. Enquanto, no grupo das próteses funcionais que são acionadas pelo próprio paciente, mediante o movimento do segmento residual do membro através da tração de tirantes. Para coordenar as diferentes funções, o paciente necessita de um intenso programa de treinamento, a fim de adquirir, de forma gradativa, o controle dos diferentes movimentos da prótese (KOTTKE, F.J.; LEHMANN, J.F., 1994). A mão é a estrutura mais complexa de membro superior. As suas principais funções são a manipulação de objetos, preensão e a pinça. A pinça exige ao menos dois dedos em oposição, com mobilidade e sensibilidade preservadas, os tipos básicos de pinça: bidigital (ponta­ponta), trididigital e lateral (chave). O coto não deve ser coberto pelo encaixe para que seja mantida a sensibilidade durante a preensão. Na desarticulação carpometacarpal ainda preserva a movimentação ativa do punho permitindo a adaptação de dispositivos terminais para preensão com preservação da sensibilidade tátil (PEDRINELLI, A.;,1997) Uma prótese para amputação parcial de mão apenas terá utilidade se aumentar a funcionalidade com o mínimo comprometimento da sensibilidade e da função residuais da mão e se melhor a estética. Com dois dedos o indivíduo pode aduzir ou opor um dedo ao outro. Se somente o polegar remanescer uma órtese para permitir uma superfície de oposição pode ser confeccionada (PEDRINELLI, A.;,1997).
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA Para a protetização das desarticulações de punho existem vários sistemas de próteses estéticas e funcionais. A prótese estética é mais leve, mas tem uma função passiva bastante limitada. É indicada para pacientes que dispensam ou não se adaptam a próteses funcionais. Para uma fixação segura da prótese basta confeccionar um encaixe de contato, já que a parte distal do coto é mais larga. O encaixe deve terminar um pouco abaixo do cotovelo, permitindo um movimento livre de prono­supinação. A mão é fixada ao encaixe externo, devendo­se evitar o alongamento excessivo da prótese e uma luva cosmética reveste a mão internamente. A prótese ativa, acionada por um cabo de tração, requer um tirante envolvendo o ombro. Esta prótese é indicada especialmente quando não existem meios para colocação de uma prótese mioelétrica ou quando for da preferência do paciente. Algumas vantagens em relação à prótese mioelétrica são: a simplicidade de sua manutenção, ser mais leve e não depender de fonte externa. A fixação da mão ao encaixe é feita através de um chassi sem rosca, evitando um alongamento excessivo da prótese em relação ao membro não amputado. Para a colocação de um gancho torna­se necessário um adaptador especial. Nas amputações transradiais , assim como para desarticulação de punho, a prótese estética é indicada para pacientes que dispensam ou não se adaptam a uma prótese funcional. A fixação da prótese é feita através de um encaixe de contato envolvendo o cotovelo. Utiliza­se uma mão cosmética ou passiva como dispositivo terminal. Em comparação à prótese mioelétrica tem a vantagem de ser mais leve, de manutenção mais simples, menor custo e de não necessitar de fonte de energia externa. Por outro lado, o emprego de um tirante de tração representa uma limitação de movimentos e menor conforto de uso. A fixação da prótese é feita através de um encaixe de contato envolvendo o cotovelo. Para cotos extremamente curtos torna­se necessário um auxílio de fixação. Utiliza­se uma mão ou gancho como dispositivo terminal. A fixação ao encaixe externo é feita através de diferentes tipos de punho. A desarticulação de cotovelo representa apenas cerca de 0.2% das amputações. Trata­ se de um nível pouco freqüente de amputação (MANDRUP POULSEN, T.; JENSEN, J.S,1982). O paciente submetido à desarticulação de cotovelo necessitará substituição mecânica da flexão e extensão do cotovelo. Para este nível de amputação pode ser indicada uma prótese estética, ativa ou híbrida. Na prótese híbrida a articulação de cotovelo é acionada por um tirante envolvendo o ombro, e o controle da mão é feito através da emissão de sinais mioelétricos. A fixação é feita através de um encaixe de contato envolvendo parte do ombro, preso através de uma correia. Os eletrodos são fixados ao encaixe através de uma correia. Os eletrodos são fixados ao encaixe através de uma suspensão elástica. O tirante que envolve o ombro é o responsável pelo controle da flexão e do bloqueio do cotovelo mecânico. Utiliza­se uma mão ou gancho mioelétrico como dispositivo terminal, que são intercambiáveis através de diferentes tipos de punhos. A prótese mioelétrica é totalmente controlada por sinais emitidos através da contração muscular, que são detectados através de eletrodos. A fixação é feita através de um encaixe de contato, preso através de uma correia. Os eletrodos possuem uma suspensão elástica, e recebem sinais do bíceps e do tríceps. Estes sinais são transformados em quatro impulsos distintos, através de uma unidade de acionamento, e direcionados à mão e cotovelo elétrico. O encaixe externo cobre os cabos e eletrodos, e fixa a parte distal da prótese através de uma articulação de cotovelo. Como dispositivo terminal, utilizam­se mão ou gancho mioelétricos, intercambiáveis através de diferentes tipos de punhos. Na desarticulação do ombro as próteses estéticas modulares são particularmente interessantes pelo peso reduzido. As próteses funcionais apresentam alto índice de abandono e são de manuseio mais difícil neste nível de amputação. O encaixe de contato envolve parte do ombro, sendo fixado através de uma correia. Em caso de perda substancial de tecidos, como na desarticulação escápulo­torácica, necessita­se de um encaixe adicional para compensação do volume. Uma articulação de ombro realiza a união ao braço, que por sua vez fixa o antebraço através de uma articulação de cotovelo. Utiliza­se uma mão cosmética que é fixada ao antebraço através de uma articulação de diferentes tipos de adaptadores e é revestida por uma luva cosmética.
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA RESULTADOS No presente trabalho pode­se analisar o aprendizado dos aluno através de três avaliações feitas pelos alunos, nas quais obtiveram um bom desempenho, assim como a participação e interação durante as aulas ministradas e relatos de situações­problemas, demonstrando, assim, a consolidação do conhecimento e dos conteúdos abordados na disciplina. CONCLUSÃO Concluímos que foi cumprido o papel dos monitores no projeto ensino­aprendizagem, sendo atingidos os objetivos do programa de monitoria, na construção e transmissão do conhecimento aos acadêmicos. A disciplina de Prótese e Órtese contribui, significativamente, na formação acadêmica dos estudantes de Fisioterapia, ajudando­os na melhor prescrição de aparelhos protéticos que promovam a autonomia na realização das atividades com o membro superior, fazendo com que os pacientes possuam mais liberdade de escolha, de ação e autocontrole. Portanto, podemos considerar que a autonomia está diretamente relacionada à capacidade do indivíduo em ser dependente ou independente na realização das atividades da vida diária. Especialmente, para os pacientes idosos a presença de uma limitação física, seja ela causada por uma doença ou resultante de uma cirurgia mutiladora representa um risco para a sua autonomia, principalmente quando esta limitação gera a dependência na realização das atividades da vida diária, como movimentos dos membros superiores, de preensão para alimentar­se e fazer a higiene pessoal, percepção, comunicação e atividades laborativas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, José André. Amputações de membros inferiores: em busca da plena reabilitação. 2 ed.São Paulo: Manole, 2003. DIOGO, M.J.D’E. A dinâmica dependência­autonomia em idosos submetidos à amputação de membros inferiores. Rev.latino­am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5, n. 1, p. 59­64, janeiro 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104­ 11691997000100007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 Mar 2007. Pré­publicação. doi: a 10.1590/S0104­11691997000100007LIANZA S. Medicina de Reabilitação. 3 edição. Editora Guanabara Koogan SA. Rio de Janeiro, 2001. a KOTTKE, F.J.; LEHMANN, J.F. Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen. 4 edição. Editora Manole, São Paulo, 1994. PEDRINELLI, A.; OKAMOTO, A.M,; OLIVEIRA,M.S.C.M. Tratamento ao paciente amputado. São Paulo 1997. ROMMERS, G.M,; VOS, L.D.W,; GROOTHOFF, J.W,; SCHUILING, C.H, EISMA, W.H. Epidemiology of lower limb amputees in the north of the Netherlands: etiology, discharge destination and proothetic use. Prosthet Orthot Int 1997, 21:92­97. MANDRUP POULSEN, T.; JENSEN, J.S. Incidence of major amputation following gangrene of the lower limb. Prosthet Orthot Int 1982, 6:35­37.
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