HEPATITE B: aspectos gerais - Blog da Newton

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HEPATITE B: aspectos gerais*
Luciana Vinhal dos Santos1
Roberta D. Rodrigues Rocha2
Mônica de F. Ribeiro Ferreira2
RESUMO: A hepatite B é uma inflamação no fígado causada pelo vírus da hepatite B - VHB. Seus principais sintomas são a icterícia, colúria, acolia fecal e
astenia. A infecção pode ser assintomática e auto-limitada. A transmissão do vírus se dá pelo contato com sangue e outras secreções corpóreas contaminadas, pelo contato sexual e pela via vertical. As complicações mais comuns são a infecção crônica, a insuficiência hepática e a hepatite recorrente. A infecção
crônica pode levar a cirrose hepática e carcinoma hepatocelular caracterizando um maior risco de morte. O diagnóstico da hepatite B pode ser realizado por
exames bioquímicos e hematológicos, que são métodos considerados auxiliares, e pelos exames sorológicos, que são mais específicos. Considerando a importância do tema, o objetivo do presente trabalho foi reunir informações sobre a hepatite B, para tal foi realizado um foi levantamento bibliográfico abordando
os diversos aspectos do vírus da hepatite B. Concluiu-se a importância do conhecimento a respeito desta infecção bem como da continuidade dos estudos,
para um melhor acompanhamento dos pacientes. Vale também ressaltar a necessidade de campanhas de prevenção, para melhor informar a população dos
riscos da h=epatite B, suas formas de transmissão e a vacinação.
PALAVRAS-CHAVE: Hepatite B. Vírus da hepatite B. Aspectos clínicos. Diagnóstico laboratorial. Prevenção.
1 INTRODUÇÃO
marcadores positivos para HBsAg (antígeno de superfície); HB-
A doença conhecida como hepatite B, é causada pela infec-
cAg (antígeno para VHB do core); HBeAg (antígeno de replica-
ção do vírus da hepatite B (VHB). Apesar avanços tecnológicos
ção viral); anticorpo e antígeno para VHB DNA. Pode haver al-
no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento e profilaxia dessa
gumas variações entre esses marcadores quando em infecção
infecção, a hepatite B mantém-se ainda como um problema de
crônica; porém, esses são os principais preditores de resposta
saúde pública mundial. A infecção crônica pelo vírus da hepa-
ao tratamento viral. (RONCATO et. al., 2008).
tite B é uma importante causa de morbidade e mortalidade no
A vacina contra hepatite B é altamente eficaz, sendo dese-
mundo. A estimativa é que 350 milhões de indivíduos estejam
jável fazer a vacinação na infância e a todos os indivíduos em
infectados e um milhão de infectados morram anualmente pela
risco. A triagem do vírus da hepatite B no pré-natal de todas as
doença (CASTELO et. al., 2005)
gestantes é indicada para prevenir outra geração de portadores
Os indivíduos cronicamente infectados pelo VHB têm maior
de infecção crônica (HEATHCOTE et. al., 2008).
risco de desenvolver cirrose podendo evoluir para descompen-
O principal objetivo do tratamento na hepatite crônica é re-
sação hepática e carcinoma hepatocelular. Embora a maioria
duzir o risco de progressão da doença hepática e de seus des-
dos pacientes com infecção pelo VHB não apresentem compli-
fechos primários, especificamente cirrose, hepatocarcinoma e,
cações hepáticas, existe a possibilidade de evoluir para uma do-
conseqüentemente, o óbito. Com o tratamento busca-se a ne-
ença grave no curso de sua vida, sendo mais provável que isso
gativação sustentada dos marcadores de replicação viral ativa,
aconteça em homens (HEATHCOTE et. al., 2008)
HBeAg e carga viral, pois estes traduzem remissão clínica, bio-
Os principais mecanismos envolvidos na transmissão do
química e histológica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
VHB estão relacionados à exposição percutânea ao sangue e
Considerando a importância do conhecimento sobre o tema
seus derivados, transmissão perinatal e transmissão sexual. Ou-
o objetivo do presente estudo foi reunir informações sobre a hepa-
tros mecanismos de transmissão seriam a intrafamiliar que ainda
tite B, contextualizá-la no cenário mundial, descrever as caracte-
não está bem definida, e em ambiente fechado onde ocorram res-
rísticas do vírus e os aspectos clínicos e laboratoriais da infecção.
pingos, nas paredes, de sangue contaminado pelo VHB, como
A metodologia utilizada foi levantamento bibliográfico em
exemplo em unidades de hemodiálise (RONCATO et. al., 2008).
artigos científicos consultados em bancos de dados BIREME
É considerado portador da infecção pelo vírus da hepatite B
(Biblioteca Regional de Medicina), LILACS (Literatura Latinoame-
indivíduos que apresentarem nos testes laboratoriais com níveis
ricana em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Li-
duas vezes acima do normal de alanina aminotransferase (ALT);
brary Online), bem como dissertações e livros. Foram utilizadas
PÓS EM REVISTA l 227
as seguintes palavras-chave: hepatite B, epidemiologia, aspec-
rivados e em acidentes com material biológico. Por outros tipos
tos clínicos, diagnóstico e prevenção. Os critérios de inclusão
de exposições percutâneas, incluem tatuagens, piercings, uso
foram textos completos de estudos randomizados e revisões
compartilhado de utensílios cortantes contaminados utilizados
abordando os diversos aspectos hepatite B.
por portadores do HBV como barbeadores, navalhas, lâminas
de depilação, tesouras, alicates de unha entre outros (FERREI-
2 EPIDEMIOLOGIA
A hepatite viral B constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública. Estima-se que cerca de 300 milhões
de indivíduos, em todo o mundo, sejam portadores crônicos do
vírus da hepatite B e que um milhão morram anualmente pela
doença (OSTI et al., 2010). Em algumas regiões mundiais, China
e região sub-Saara da África, o carcinoma hepatocelular associado ao VHB é a principal causa de câncer em homens (KRAS-
RA, 2007; MELO e ISOLANI, 2011).
O risco de desenvolver doença aguda ictérica aumenta com
a idade do paciente, inversamente à possibilidade de cronificação. Quando os recém-nascidos entram em contato com os
vírus B há 90% de chance de se tornarem cronicamente infectados; quando a infecção ocorre aos cinco anos, a possibilidade
cai para 30-50%, sendo a taxa reduzida para 5-10% se a infecção ocorre em adultos (FERREIRA e SILVEIRA, 2004)
TEV, 2006).
No contexto geral, o Brasil é considerado um país de baixa
4 ASPECTOS CLÍNICOS
prevalência de infecção pelo HBV, contudo os estados do Acre,
Amazonas e Rondônia são considerados como regiões geográ-
4.1 FASE AGUDA DA HEPATITE B
ficas de alta prevalência (FERREIRA e SILVEIRA, 1997). Segun-
A infecção aguda pelo HBV costuma ser benigna na maioria
do o Ministério da Saúde, 96.044 casos de hepatite B foram con-
dos casos. Dois terços dos indivíduos infectados apresentam
firmados entre os anos de 1999 e 2009. Desses, mais de 50% se
formas assintomáticas e evolui para cura, um terço tem mani-
concentraram em indivíduos entre 20 e 39 anos, com quadro de
festações clínicas e desses, apenas 10% tornam-se portadores
evolução aguda em cerca de 90% (BRASIL, 2010).
crônicos do vírus, podendo evoluir para hepatite crônica, cirrose
hepática e hepatocarcinoma. Cerca de 1 a 2% dos casos agu-
3 O VÍRUS E AS VIAS DE TRANSMISSÃO
dos podem apresentar formas graves como hepatite fulminante
O HBV é um vírus envelopado pertencente à família Hepad-
ou necrose sub-fulminante (BARONE, 2008; FERREIRA e BOR-
naviridae e possui tropismo por células hepáticas. Apresenta-
GES, 2007).
-se como uma partícula esférica, é composto por ácido deso-
Na hepatite viral aguda em evolução, o período de incuba-
xirribonucleico, sendo o único vírus de hepatite a possuir DNA
ção varia de duas a vinte semanas, em grande parte baseado
como material genético e tem um diâmetro de 42 nm. Também é
na etiologia viral e na dose da exposição. Durante esta fase, o
constituído por um invólucro externo, o qual contém a glicopro-
vírus pode ser detectado no sangue, mas os níveis séricos de
teína de superfície viral – o antígeno de superfície (AgHBs) e uma
aminotransferases e bilirrubina são normais, e os anticorpos não
estrutura interna, núcleo ou core, que compreende o antígeno
são detectados (GOLDMAN, 2011).
nuclear da hepatite B (AgHBc), o antígeno e (AgHBe), o DNA vi-
As complicações da hepatite viral aguda incluem infecção
ral e a proteína DNA polimerase. O invólucro externo é composto
crônica, insuficiência hepática fulminante, hepatite recorrente
por proteínas, glicoproteínas e lipídios (HUSSAIN e LOK, 2001).
ou colestática e síndromes extra-hepáticas. A hepatite crônica,
É considerado bastante infectivo e sabe-se que uma só
que geralmente implica pelo menos seis meses de enfermidade,
partícula viral é capaz de infectar o ser humano. Apresenta alta
ocorre em aproximadamente em 5% dos adultos com hepatite B,
especificidade, infecta o homem, que constitui o seu reservatório
mais comumente em homens e indivíduos imunossuprimidos.. A
natural. O HBV é estável e resistente ao meio ambiente, sobre-
hepatite B é denominada crônica se a viremia persistir por mais
vivendo até uma semana fora do corpo humano. No plasma, a
de três meses após o início dos sintomas (GOLDMAN, 2011).
vida média do HBV varia de um a três dias, enquanto nos hepatócitos, pode variar de 10 a 100 dias (FONSECA, 2007).
O tempo decorrido entre o contato com a fonte de infecção
e o aparecimento dos sinais e sintomas varia de 30 a 180 dias,
A transmissão do vírus pode ocorrer por via vertical - da mãe
média aproximada de 70 dias, essa variação pode estar relacio-
para o filho, no nascimento - por via sexual, por meio de feri-
nada em parte à quantidade do inóculo e ao modo de transmis-
mentos cutâneos, por compartilhamento de seringas e agulhas
são. O período de infectividade pode ser de várias semanas an-
entre usuários de drogas, por transfusão de sangue ou hemode-
tes do início dos primeiros sintomas até o final da fase aguda e,
228 | PÓS EM REVISTA
pode prolongar-se por vários anos, dependendo da replicação
pacientes possuem bom prognóstico (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
do vírus durante o estado de portador (MINAS GERAIS, 2007)
2009).
4.2 FASES DA HEPATITE B CRÔNICA
racterizados pelo reaparecimento dos marcadores de replicação
Após essa fase, podem surgir fenômenos de reativação, caO curso da HBV é afetado pelo nível de replicação viral, pela
resposta imune e por outros fatores, como idade, alcoolismo,
infecção pelo HIV podendo se dividir em três fases ao longo da
vida (NGUYEN e KEEFFE et. al., 2009)
A primeira fase é definida como fase da imunotolerância.
Ocorre após o período de transmissão perinatal e é caracterizada pela presença sérica do HbsAg e do HBeAg, altos títulos de
HBV-DNA (105 a 1010 cópias por mL), ALT normal ou discreta-
e exacerbação das atividades bioquímica e histológica. Essa reativação pode ocorrer de forma espontânea, através do VHB,
ou após o emprego de drogas imunossupressoras (corticóides,
quimioterápicos antineoplásicos, etc.), podendo adquirir caráter
fulminante em alguns casos (FERREIRA, 2000; MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2002). Portanto, nessa fase recomendam-se determinações quantitativas de HBV-DNA a cada seis meses (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2009).
mente
elevada, mínima lesão hepática histológica e curso assin-
5 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
tomático. Esta fase pode permanecer por até quatro décadas
A formulação diagnóstica é respaldada no quadro clínico,
em indivíduos expostos ao VHB na infância (FONSECA, 2007;
nos exames laboratoriais e na determinação dos marcadores vi-
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009) Nesta fase não há indicação de
rais (MATOS e DANTAS, 2001). Os testes de função hepática, es-
tratamento com as drogas atualmente disponíveis (MINISTÉRIO
pecialmente os níveis séricos das aminotransferases, apesar de
DA SAÚDE, 2009).
serem indicadores sensíveis do dano do parênquima hepático,
A segunda fase é conhecida como imunoativa, onde se es-
não são específicos para hepatites. O diagnóstico laboratorial por
gota a tolerância imunológica, e é caracterizada pela presença
meio de testes sorológicos ou biologia molecular é fundamental
no soro do HBeAg ou do anti-HBe+. Elevados níveis da ALT,
para a definição do agente etiológico (MINAS GERAIS, 2007).
altos níveis de HBV-DNA e doença hepática ativa observada na
biópsia caracterizam esta fase. Nessa fase ocorre uma replicação viral pronunciada, com destruição dos hepatócitos pelo
sistema imune e conseqüente elevação das transaminases,
principalmente ALT (FONSECA, 2007; MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2002, 2009; NGUYEN e KEEFFE, 2009). A intensa replicação do
VHB nessa fase pode ser observada pela presença no soro do
HBeAg, do próprio DNA viral (DNAVHB), detectado por técnica
de PCR, além dos anticorpos contra o core viral (anti- HBc) da
classe IgG e, ocasionalmente, da classe IgM (FERREIRA, 2000).
Na terceira fase ocorre baixa replicação viral com normalização dos níveis das transaminases. A transição da segunda para
a terceira fase é chamada de soroconversão, onde há negativação do HBeAg, surgimento do soro de anti-HBe, com títulos
baixos ou indetectáveis do HBV-DNA. Nesta fase há diminuição
dos riscos de desenvolvimento de cirrose e hepatocarcinomas.
Para avaliar se houve soroconversão também podem ser realizados testes de quantificação viral, sendo que alguns estudos
mostram que a hepatite B em atividade está associada com cargas virais acima de 100.000 cópias/mL (FERREIRA, 2007; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002; NGUYEN E KEEFFE, 2009). Apesar
disso, a eliminação do VHB não pode ser realizada pelo fato de
o DNA viral se integrar ao núcleo dos hepatócitos do hospedeiro.
Nesta fase também não há indicação de tratamento, pois esses
5.1 PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA
5.1.1 AMINOTRANSFERASES
Na hepatite B, as aminotransferases persistem como as
enzimas que melhor refletem lesão celular ou necrose do hepatócito e estão sempre elevadas durante alguma fase de todos os casos de hepatite aguda viral (MATOS e DANTAS, 2001).
Os níveis de aminotransferases séricas elevam-se uma a duas
semanas antes do início dos sintomas (MOTTA, 2009). As aminotransferases começam a elevar-se antes do início da icterícia
e retornam ao normal, em média, depois de duas a quatro semanas da hepatite A. Na hepatite B e, notoriamente, na hepatite C, permanecem elevadas por um período mais prolongado.
Normalmente, atingem níveis acima de dez vezes a cem vezes
o valor normal, apesar de níveis entre 20 a 50 vezes, serem os
mais encontrados (MATOS e DANTAS, 2001; MOTTA, 2009). Porém, poucos pacientes podem evoluir com índices mais baixos,
às vezes, não superiores a três a quatro vezes o valor normal.
As atividades máximas ocorrem entre o 7° e 12° dia; declinando
entre a terceira e quinta semana, logo após o desaparecimento
dos sintomas. Na fase aguda da hepatite viral ou tóxica, a ALT
(TGP), geralmente, apresenta atividade maior que a AST (TGO).
A relação AST/ALT é menor que 1. Geralmente, se encontram hiPÓS EM REVISTA l 229
perbilirrubinemia e bilirrubinúria com pequena elevação dos teo-
liação diagnóstica da hepatite aguda viral (MATOS e DANTAS,
res séricos da fosfatase alcalina (MOTTA, 2009). Outras enzimas
2001). Devido à presença normalmente aumentada da fração
não substituem com vantagens as aminotransferases (MATOS e
osteoblástica dessa enzima, durante o período de crescimen-
DANTAS, 2001).
to, esse aspecto deve ser considerado no acompanhamento de
Usualmente, a ALT aumenta mais do que a AST em pacientes com hepatite viral aguda ou crônica. Assim, a proporção
crianças e adolescentes. Não deve ser solicitada de rotina no
acompanhamento de casos agudos (FUNASA, 2009).
AST/ALT é geralmente igual a 1 ou inferior em pacientes com
lesão hepatocelular aguda (HENRY, 2008) Entretanto, em outras
doenças hepatocelulares, como por exemplo, cirrose, hepatites
crônicas, entre outras, é sempre maior que 1 (VIEIRA, 2003).
5.1.5 PROTEÍNAS TOTAIS E FRAÇÕES
Estão normais, na maioria dos casos; no entanto, pode haver queda pouco acentuada na albuminemia (MINAS GERAIS,
2007). Porém, a determinação precoce pode contribuir para o
5.1.2 BILIRRUBINAS
diagnóstico diferencial que, ocasionalmente, impõe-se, entre
Na hepatite B, as bilirrubinas totais, habitualmente se ele-
uma hepatite aguda e uma hepatite crônica agudizada. A pre-
vam logo após as transaminases, podem alcançar valores de
sença de hipo-albuminemia com hiperglobulinemia, logo no
20 a 25 vezes acima do normal. De um modo geral, para a per-
início da fase ictérica, é sugestiva de doença hepática crônica
cepção de icterícia clínica e, conseqüentemente, definição de
(MATOS e DANTAS, 2001). O padrão eletroforético tem gran-
hepatite ictérica, são necessários valores de 2,5 a 3,0 mg/dL ou
de importância no acompanhamento das formas crônicas. Não
acima. Há, na maioria das vezes, o predomínio das bilirrubinas
deve ser solicitada de rotina no acompanhamento de casos agu-
conjugadas, embora as bilirrubinas não conjugadas também se
dos (FUNASA, 2009).
elevem. O valor total raramente ultrapassa o nível de 30 mg/dL.
As bilirrubinas voltam aos níveis normais, em média, 4 a 8 sema-
5.2 O HEMOGRAMA
nas após o início da icterícia (FUNASA, 2009; MATOS e DAN-
A leucopenia e a linfocitose são habituais nas formas agu-
TAS, 2001). Na urina pode ser detectada precocemente, antes
das, entretanto muitos casos cursam sem alteração no leuco-
mesmo do surgimento da icterícia. Sua normalização costuma
grama. A freqüência de linfócitos atípicos é inferior a 10%. A
ocorrer antes das aminotransferases, exceto nas formas coles-
presença de leucocitose sugere intensa necrose hepatocelular
táticas (FUNASA, 2009).
ou a associação com outras patologias. Não ocorrem alterações
significativas na série vermelha, podendo ocorrer apenas a leve
5.1.3 GAMA-GLUTAMILTRANSPEPTIDASE
A ɣ-GT é a enzima mais relacionada aos fenômenos co-
diminuição na concentração da hemoglobina (FUNASA, 2009;
MINAS GERAIS, 2007).
lestáticos, sejam eles intra e/ou extra-hepáticos. Em geral, há
aumento nos níveis da ɣ-GT em icterícias obstrutivas, hepato-
5.3 A ATIVIDADE DE PROTROMBINA
patias alcoólicas, hepatites tóxicomedicamentosas, tumores
Nas formas agudas benignas, esta prova sofre pouca al-
hepáticos. Ocorre elevação discreta nas hepatites virais, exceto
teração, assim como, nas formas crônicas, quando pode não
nas formas colestáticas. Não deve ser solicitada de rotina no
haver alterações significativas até as fases terminais da doen-
acompanhamento de casos agudos (FUNASA, 2009).
ça. Nos quadros de insuficiência hepática, encontrada tanto nas
formas agudas fulminantes, quanto nas cirroses descompen-
5.1.4 FOSFATASE ALCALINA
Na hepatite B, a fosfatase alcalina apresenta-se moderadamente elevada, salvo nas formas colestáticas, quando ascende
a níveis mais altos (MATOS e DANTAS, 2001) Em função da pre-
sadas, a avaliação da atividade da protrombina adquire suma
importância, pois os níveis detectados vão decrescendo proporcionalmente à gravidade do quadro, constituindo-se, por isso,
o melhor marcador na avaliação prognóstica (FUNASA, 2009).
sença normalmente aumentada da fração osteoblástica dessa
enzima, durante o período de crescimento, esse aspecto deve
5.4 ALFAFETOPROTEÍNA
ser considerado no acompanhamento de crianças e adoles-
Não tem valor clínico na avaliação das hepatites agudas. A
centes. Não deve ser solicitada de rotina no acompanhamento
presença de valores elevados, ou progressivamente crescentes,
de casos agudos (MINAS GERAIS, 2007). A fosfatase alcalina,
em pacientes portadores de hepatite crônica, em geral, indica o
como a 5-nucleotidade e γ-GT podem ser dispensáveis na ava-
desenvolvimento de hepatocarcinoma, sendo, por isso, utilizada
230 | PÓS EM REVISTA
no seguimento dos portadores dos vírus das hepatites B e C
(MINAS GERAIS, 2007).
início dos sintomas,
até 30 dias após o aparecimento do AgHBs e em geral são
detectáveis por cerca de seis meses, enquanto o IgG anti-HBc
5.5 OS TESTES SOROLÓGICOS E MOLECULARES
O diagnóstico laboratorial específico da hepatite B é realizado através da detecção dos constituintes do vírus, nas diferentes fases evolutivas da infecção, através de testes sorológicos
- pesquisa de antígenos e anticorpos e moleculares - pesquisa
qualitativa e quantitativa do DNA viral.
Várias técnicas são empregadas no diagnóstico sorológico,
contudo, as mais utilizadas atualmente são os ensaios imunoenzimáticos - ELISA e a quimiluminescência. Além disso, pode ser
realizada a pesquisa dos antígenos AgHBs e AgHBc no tecido
hepático (marcadores virais teciduais) pela imunohistoquímica
(GONÇALES e CAVALHEIRO, 2006; PARANÁ; SCHINONI; OLIVEIRA, 2008).
A carga viral, em geral, é dosada utilizando-se técnicas de
PCR, incluindo PCR em tempo real, que se mostra muito mais
sensível e confiável. A quantificação da carga viral é um componente crucial na avaliação de pacientes com infecção crônica
por HBV e na avaliação da eficácia do tratamento antiviral (LOK
e MACMAHON, 2007).
Os primeiros marcadores virais detectados no soro são o
DNA viral, seguido logo depois pelo AgHBs e AgHBe.
O AgHBs pode ser detectado já entre a 1ª e a 2ª segunda
semana ou somente na 11ª e a 12ª semana após a exposição ao
vírus, a depender da sensibilidade do ensaio usado. A presença
de AgHBs indica que o indivíduo pode transmitir o vírus e sua
persistência é uma marcador de cronicidade (CENTERS FOR
DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2011).
O AgHBe é detectado no soro e sua presença está associada a intensa replicação viral, podendo persistir por 10 semanas
na fase aguda. Em pacientes crônicos esse marcador é associado a um mau prognóstico, refletindo a persistência da infecção
viral e maior taxa de transmissão (VAZ; TAKEI; BUENO, 2007).
O AgHBc é um antígeno intracelular, que não pode ser detectado no soro. O anti-HBc se desenvolve em todas as infecções por HBV. Durante a fase aguda da infecção, anticorpos
permanece detectável por muitos anos, em geral, por toda vida;
sua presença marca uma exposição ao HBV no presente ou no
passado. O anti-HBc total é considerado um marcador de infecção pregressa do HBV. O anti-HBc IgM indica uma infecção
recente, sendo o melhor marcador sorológico para uma infecção
aguda, enquanto que o IgG anti-HBc representa memória imunológica (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2011; GONÇALES e CAVALHEIRO, 2006; VAZ; TAKEI;
BUENO, 2007).
O anti-HBe normalmente aparece logo após o clareamento
do AgHBe, muitas vezes no auge da doença clínica e é um marcador sorológico favorável durante a hepatite B aguda, indicando o início da recuperação.
O anti-HBs surge tardiamente durante a infecção, geralmente durante a recuperação ou convalescência, depois do
clareamento do AgHBs. O anti-HBs persiste depois da recuperação, sendo associado à imunidade contra o HBV - em indivíduos vacinados, o único marcador a aparecer é o anti-HBs
(CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2011;
LIANG, 2009).
Após a resolução da infecção, alguns pacientes, mesmo
sendo anti-HBs positivos, podem cursar com títulos positivos
para DNA-HBV por um longo período de anos ou por toda vida
(FONSECA, 2007).
A ausência da soroconversão de AgHBe para anti- HBe até
o 3º mês da doença aguda é sinal de cronificação, pois indica
falha do sistema imunológico do hospedeiro em reprimir a replicação viral. A infecção crônica estará resolvida quando o paciente apresentar: anti-HBc total positivo, AgHBs negativo, níveis
normais de ALT e DNA-HBV sérico indetectável, com ou sem
soroconversão para anti-HBs (PARANÁ; SCHINONI; OLIVEIRA,
2008; FONSECA, 2007).
As Figuras de 1 a 2, que se seguem, apresentam os gráficos referentes A cinética da produção de antígenos e anticorpos
relacionados às infecções pelos vírus da hepatite B que em um
anti-HBc da classe IgM, seguidos imediatamente da classe IgG,
determinado momento poderá expressar o perfil sorológico do
podem ser detectados. Os anticorpos IgM anti-HBc surgem no
indivíduo.
PÓS EM REVISTA l 231
FIGURA 1 - Perfil sorológico da hepatite aguda B
Fonte: FUNASA, 2009.
FIGURA 2 - Perfil sorológico da hepatite crônica B
Fonte: FUNSA, 2009.
5.6 A HISTOPATOLOGIA
6 TRATAMENTO
O exame histopatológico do fígado na hepatite viral aguda
Não existe tratamento específico para as formas agudas
é caracterizado por inflamação parenquimatosa disseminada e
das hepatites virais. Faz-se o acompanhamento ambulatorial,
necrose salpicada. As células inflamatórias constituem-se pre-
com repouso relativo; dieta conforme a aceitação, normalmente
dominantemente de linfócitos, macrófagos e histiócitos. Não
de fácil digestão, pois freqüentemente os pacientes apresentam
há fibrose. Colorações imuno-histoquímicas para os antígenos
anorexia e intolerância alimentar; abstinência de consumo alcoó-
da hepatite geralmente são negativas durante a doença agu-
lico por ao menos seis meses e uso de medicação para vômitos
da e não existem características confiavelmente distintas que
e febre, se necessário (MINAS GERAIS, 2007).
separem cada uma das cinco formas virais de hepatite aguda.
Os tratamentos da hepatite C crônica objetivam a preven-
Devido aos testes sorológicos, em geral, serem adequados ao
ção ou redução do desenvolvimento de cirrose hepática e do
diagnóstico, a biópsia hepática não está recomendada na he-
carcinoma hepatocelular. Além disso, também objetivam su-
patite aguda, a menos que o diagnóstico continue incerto e
pressão viral, normalização dos níveis de ALT, diminuição do
seja necessária uma tomada de decisão terapêutica (GOLD-
dano hepático e soroconversão (FERREIRA, 2009; NGUYEN e
MAN, 2011).
KEEFFE, 2009; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
As opções farmacológicas propostas pelo protocolo clínico
232 | PÓS EM REVISTA
e diretrizes terapêuticas2 incluem interferon alfa (convencional ou
servados: a) para a segunda dose: um mês após a primeira; b)
peguilado), de aplicação endovenosa, ou os nucleosídeos orais
para a terceira dose: dois meses após a segunda, desde que o
lamivudina, adefovir dipivoxil, entecavir ou tenofovir, com efeitos
intervalo de tempo decorrido a partir da primeira dose seja, no
antivirais, antiproliferativos e imunomoduladores. Qualquer uma
mínimo de 6 meses.
dessas opções pode ser utilizada como primeira opção de tra-
O esquema de vacinação para indivíduos adultos consiste
tamento, dependendo das características do caso (NGUYEN e
na aplicação por via intramuscular de três doses, contendo 10
KEEFFE, 2009; SHIM et. al., 2009; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
microgramas de antígeno víral (HBsAg) por dose. O intervalo en-
HEPATOLOGIA, 2005) . Os análogos de nucleosídeos/nucleotí-
tre a primeira e a segunda dose é de um mês e entre a primeira
deos são utilizados por via oral, e inibem a transcrição reversa,
e a terceira, de seis meses. A vacina também está indicada para
que ocorre durante o ciclo de replicação viral no hepatócito.
todos os doentes submetidos à hemodiálise, hemofílicos, homossexuais, cônjuges de doentes HBsAg positivos, toxicôma-
7 PREVENÇÃO
nos, pessoal médico, dentistas e paramédicos, funcionários em
O conhecimento adequado sobre a freqüência do vírus da
contato com sangue e derivados. Para a prevenção da trans-
hepatite B e a implementação de estratégias indicadas para a
missão vertical, ou seja, os recém-nascidos de mães HBsAg
sua prevenção exigem métodos complexos de vigilância epi-
positivas devem ser vacinados imediatamente após o parto (nas
demiológica. Além da prevalência geral na população, devem
primeiras 12 horas) nas doses acima preconizadas, associa-
ser avaliados os indivíduos que constituem grupos de risco e,
das à imunoglobulina específica contra hepatite B (IgGHB 0,5
ainda, aqueles que apresentam diferentes condições patológi-
ml intramuscular). Ambas, vacina e imunoglobulina podem ser
cas tais como: infecção perinatal, hepatites agudas e crônicas,
administradas simultaneamente, porém em locais de aplicação
portadores assintomáticos do vírus B, cirróticos e pacientes com
diferentes. Se não se dispuser da imunoglobulina deve-se apli-
carcinoma hepatocelular (CDC, 2002).
car a vacina imediatamente. Estas crianças devem receber uma
A prevenção da hepatite B inclui: o controle efetivo de ban-
dose de reforço da vacina no primeiro e no sexto mês de vida.
cos de sangue através da triagem sorológica (exames feitos
Em 2001, a faixa etária de vacinação contra Hepatite B foi
de rotina no sangue armazenado), vacinação contra hepatite B
ampliada para 19 anos de idade e em 2011, para 24 anos. Em
(disponível no SUS), uso de imunoglobulina humana antivírus da
2012 a faixa etária será ampliada para 29 anos (BRASIL, 2010).
hepatite B (também disponível no SUS), uso de equipamentos
de proteção individual pelos profissionais da área da saúde,
não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear
e escovas de dente, não compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas, como a hepatite B pode ser adquirida
através do ato sexual, o uso de preservativos também ajuda na
prevenção desta doença.
A vacina contra Hepatite B é a medida preventiva mais efetiva em populações adultas com fatores de risco. Os títulos de
anti-HBs considerados protetores são superiores a 10 mUI/ml. A
vacina tem estado disponível desde o início da década de 80. Na
década de 90, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que essa fosse incorporada nos programas de vacinações
nacionais (LIAW; CHU, 2009). Também a partir da década de 90,
a vacina passou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) (BRASIL, 2010). Desde 1998, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, recomenda que crianças,
a partir do seu nascimento, sejam vacinadas contra a Hepatite B.
O esquema preconizado para os recém-nascidos é de três
doses, sendo a primeira ao nascer, a segunda dose 30 dias
após e a terceira seis meses após a primeira dose (esquema
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Hepatite B é uma doença inflamatória do fígado cuja
causa está diretamente vinculada ao contato com secreções
contaminadas com o vírus da hepatite B. Ela é uma das principais causas de carcinoma hepatocelular e juntamente com o
alcoolismo, de cirrose hepática. É importante que os profissionais da saúde saibam identificar os seus sinais e sintomas e
diagnosticá-la precocemente a fim de evitar suas complicações
e também o óbito.
Também é importante que campanhas de prevenção sejam
empregadas com o objetivo de informar a população sobre os
riscos da Hepatite B e suas formas de transmissão – parenteral
e sexual – e como evitar o contágio da doença, além de informar sobre a vacinação, que tem sido de extrema importância no
combate ao HBV.
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NOTAS DE RODAPÉ
*Artigo resultante de Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia na
área de Analises Clínicas.
Farmacêutica graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva – Belo
Horizonte/MG
1
Farmacêuticas docentes do curso de Farmácia do Centro Universitário
Newton Paiva – Belo Horizonte/MG
2
PÓS EM REVISTA l 235
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