Ata da reunião

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Associação dos Amigos e Portadores de
Psoríase do Rio de Janeiro
ATA DA REUNIÃO MENSAL ORDINÁRIA DE 28 DE AGOSTO DE 2010
Aos vinte e oito dias do mês de agosto de dois mil e dez, às 10 horas, em sua
sede na Av. Mem de Sá – 197, Centro, deu-se início a Reunião Mensal da
Associação dos Amigos e Portadores de Psoríase do Estado do Rio de Janeiro –
Psorierj, contando com a presença da Diretoria e de seus associados que
somaram um total de 73 pessoas. Os participantes quando da chegada,
assinaram o Livro de Presença. Instalada a assembléia o tesoureiro da Sr.
Domingos Fernando dá as boas vindas à todos e inicia falando sobre o destino
das contribuições feitas pelos associados desde abril.
Diz que essas
contribuições ajudam a pagar a funcionária Bete que nos auxilia recebendo as
contribuições, atendendo ao telefone, fazendo o cadastro e encaminhando os
associados ao advogado quando necessitam. Disse que os valores recebidos
foram R$ 100,00 em abril, 120,00 em maio, R$ 195,00 em junho e R$ 231,00 em
julho e que o salário dela ficou definido em R$ 150,00 e que atualmente temos
em caixa R$ 81,00. A seguir passou a palavra ao Dr. Paulo Oldani, chefe do
ambulatório de psoríase do Hospital dos Servidores do Estado que iniciou sua
palestra se apresentando e agradecendo o convite.
Diz que por estar
participando na organização do Congresso de Dermatologia que começa na
próxima semana, não teve tempo para preparar um tema específico, mas que
faria uma conversa informal, respondendo às dúvidas de todos os presentes.
Fala um pouco sobre a forma como os médicos estão vendo a psoríase
atualmente. Diz que de uns dez anos para cá viram que a psoríase não é
somente uma doença de pele que pode ter comprometimento articular
Atualmente sabem que pode causar o aumento da incidência de internação, de
diabetes, de colesterol, alterações psicológicas e que não adianta tratar somente
a psoríase, para obter bons resultados. Ressalta a importância de se fazer
exercícios físicos, deixar de fumar e fazer uma alimentação saudável. Fala que o
paciente de psoríase tem uma tendência ao consumo de cigarro, álcool e outras
drogas. Diz que o cigarro e o álcool estimulam o processo inflamatório, levando a
formação da psoríase e que parar ou diminuir o uso são medidas fundamentais.
Fala da importância do paciente relatar qualquer mudança percebida no trato
intestinal, pois pode haver uma relação da psoríase com doenças intestinais.
Fala que a Artrite é a mais comum das comorbidades apresentadas e que em
torno de 35% dos pacientes de psoríase podem desenvolver artrite durante o
tratamento, mas que se for diagnosticada e tratada precocemente se consegue
impedir uma lesão definitiva, uma deformidade. Fala da importância de relatar
qualquer queixa articular ao médico, para que seja feito o diagnóstico e o
tratamento precocemente. Diz que a principal queixa do paciente com problema
articular é a rigidez nas articulações ao acordar, mais freqüente nas mãos e
região lombar e que a articulação mais comum é a da ponta dos dedos e que a
lesão de unha pode estar relacionada a comprometimento articular. Fala sobre a
síndrome metabólica, que está relacionada com a psoríase, que é um conjunto de
fatores de risco cárdio vasculares, como hipertensão, diabetes, obesidade,
aumento de colesterol, que favorecem a formação de arteriosclerose. Diz que a
gordura do obeso produz substâncias iguais as que acontecem na pele do
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psoriatíco e que entram na corrente sanguínea espalhando pelo corpo todo. Fala
sobre estudos que comprovam que se diminuir o colesterol e diminuir o peso
melhora a psoríase. Pacientes obesos que fazem a cirurgia bariátrica melhoram,
sem precisar usar medicação específica para psoríase. Diz que o paciente de
psoríase tem uma tendência maior de desenvolver uma doença coronariana.
Fala da importância da mudança de hábitos para melhorar a doença. Começar a
fazer exercício, mudar a alimentação, parar de fumar, parar de beber, são
fundamentais para a melhora da doença. Perguntam sobre os medicamentos
que não devem ser usados pelo paciente de psoríase e o Dr. Paulo cita alguns,
como antidepressivos, antiinflamatórios hormonais (corticóides) e diz que pode
mandar uma lista para nós. Ressalta que há casos em que se tem que usar o
medicamento, mesmo sabendo que vai piorar a psoríase, mas que o médico é
que tem que avaliar cada caso. Perguntam sobre cloro da piscina se piora a
psoríase e o Dr. Paulo diz que o cloro resseca a pele e que é importante hidratar,
mas que o sol e o exercício feito em uma piscina é bom para psoríase e que
após a saída tomar banho frio (banho quente resseca a pele) e hidratar resolvem.
O Dr. Paulo diz que a cortisona não é proibida, mas que se usada durante muito
tempo pode ter efeitos colaterais e que cada vez se precisa usar mais para
conseguir o mesmo efeito e que pode acontecer o rebote: usar, melhorar e
quando parar, vir pior que antes. Fala sobre a psoríase na gravidez e diz que
umas pessoas melhoram muito e outras pioram durante a gravidez. Perguntam
se existe relação entre vitiligo e psoríase e o Dr. Paulo diz que a princípio não,
mas que as duas são doenças autoimunes e quem tem uma, tem chance de ter a
outra, mas não é uma relação direta. Uma senhora relata a melhora da psoríase
com o uso de vaselina e o Dr. Paulo confirma que a hidratação é fundamental e
que vaselina é muito bom hidratante. Fala que a psoríase não é uma doença
somente psicológica. É uma doença autoimune e que a parte psicológica
influencia, pois se você estiver em situação de estresse libera hormônio que piora
a psoríase. Temos que tratar o lado psicológico também, diminuindo o estresse
que é um fator que desencadeia a psoríase. O Dr. Paulo mais uma vez diz que o
modo de tratar a psoríase mudou muito nos últimos dez anos e que a Sociedade
Brasileira de Dermatologia está tendo uma educação médica pesada por conta
disso e o médico que trabalha com psoríase, tem hoje, uma visão diferente em
relação a tratamento. O Dr.Paulo fala sobre o Congresso Brasileiro de
Dermatologia que vai começar no dia 4 de setembro e diz que estarão presentes
médicos que são referência em psoríase em outros paises e que devem ter
novidades em relação à doença. Diz que a Psorierj estará representada com um
estande divulgando as associações de pacientes e elogia o trabalho que está
sendo feito pela diretoria atual. A Presidente da Psorierj, Sra. Denise aproveita
para comunicar, a quem ainda não sabe. sobre a fundação da UNAPSO BRASIL,
que é a União Nacional das Associações de Portadores de Psoríase do Brasil,
que se dará durante o Congresso de Dermatologia no dia 5 de setembro próximo,
ressaltando que isso dará mais força à todas as Associações e que um dos
objetivos é ajudar a criação de novas Associações em estados que não tem. Diz
que hoje no Brasil inteiro só existem 7 Associações: RJ, SP, DF, RS, BA, AM e
CE. Fala da importância da Unapso para a luta por uma política nacional de
saúde para os portadores de psoríase e anuncia que a Sede da UNAPSO
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BRASIL será no Rio de Janeiro. Fala também sobre o projeto da Psorierj e da
AAPP de criação de um Portal na web, onde estarão reunidas todas as
associações e que com este portal faremos um cadastro nacional de pacientes de
psoríase com informações relevantes e dados importantes para que tenhamos
percentuais da doença no País. Esse portal terá espaço para médicos se
cadastrarem também e fornecerem informações como, por exemplo, onde
trabalham, se tratam pacientes de psoríase etc. Além disso, no Portal poderemos
encontrar artigos médicos e várias informações sobre a doença. Diz que está
muito animada com esse portal e salienta que essa será uma grande conquista
para a Psorierj. O Dr. Paulo concorda e fala da importância desses dados para
os pacientes e para os médicos. Denise comenta que já enviou toda a
documentação da Psorierj para Brasília, solicitando a qualificação de OSCIP e
que estão aguardando a resposta. Ressalta que para essa qualificação a
Associação tem que ser cem por cento correta, o que é bom para todos.
Perguntam sobre o ustequinumabe e o Dr. Paulo explica como esse biológico
funciona. A Sra. Denise relata que sua filha está usando esse biológico, que foi a
primeira paciente no Rio de Janeiro a usar e que conseguiu através do plano de
saúde, pois esse medicamento é de uso hospitalar e explica como conseguiu.
Perguntam sobre o metotrexato e o Dr. Paulo diz que é o medicamento que mais
usa com seus pacientes, cerca de 60%. Explica que é um quimioterápico,
imunossupressor e que tem que ter acompanhamento médico. Fala sobre os
vários medicamentos para psoríase e seus efeitos colaterais. Diz que são drogas
extremamente seguras, desde que sejam acompanhadas direito. Perguntam
sobre o artigo publicado que relaciona a piora da psoríase em mulheres que
tomam cerveja e ele diz que já soube, mas ainda não se aprofundou a esse
respeito. Uma senhora diz que foi ao Hospital Pedro Ernesto procurar pela Dra.
Sueli Carneiro e que foi bem recebida e conseguiu ser atendida no mesmo dia.
Perguntam os dias e horários do Dr. Paulo Oldani no HSE e ele diz que é às
segundas, pela manhã e quartas feiras, à tarde, no segundo andar no prédio da
Dermatologia. A Secretária da Psorierj, Sra. Vanessa, dá as boas vindas a quem
está vindo pela primeira vez, pede aos presentes que divulguem a Associação,
diz que tem folders para serem distribuídos e que todos podem pegar, fala sobre
o encaminhamento para tratamento dentário, com a Dra. Bruna e fala sobre a
Exposição de fotos de portadores de psoríase, que vai acontecer na Estação do
Metrô General Osório, em Ipanema. Após todos se manifestarem a Sra. Denise
dá por encerrada a reunião, avisando que a próxima será no dia 25 de setembro
e convida todos para participarem do coffee break que será servido a seguir.
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2010
Denise Santos Oliveira de Souza
Domingos Fernando
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