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São Luís, 23 e 24 de abril de 2016. Sábado/Domingo O Estado do Maranhão
CIDADES
ICMBio aprova plano para
salvar os recifes de corais
O Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos visa reverter a situação
de perigo desses ecossistemas, que vêm sofrendo degradação por causa das atividades humanas
Divulgação
O
Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aprovou
o Plano de Ação Nacional
para a Conservação dos Ambientes
Coralíneos (PAN Corais). A portaria
que oficializa o plano já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O projeto visa reverter a situação de
perigo dos recifes de corais, sensíveis ecossistemas que vêm sofrendo rápido processo de degradação
por causa das atividades humanas.
O projeto já foi enviado para a direção do ICMBio no Maranhão, um
dos estados envolvidos.
No Brasil, os recifes de corais se
distribuem por aproximadamente 3
mil quilômetros de costa, que se estendem do Maranhão ao sul da
Bahia, representando as únicas formações recifais do Atlântico Sul. Nessa área, existem unidades de conservação federais, estaduais e municipais,
que protegem uma parcela significativa desses ambientes. Mas, no geral,
a situação é preocupante.
Além de melhorar o estado de
conservação dos ambientes coralíneos por meio da redução dos impactos antrópicos (produzidos pelo
homem) e da ampliação da proteção
e do conhecimento, o PAN Corais busca conservar 52 espécies de peixes e
invertebrados aquáticos ameaçadas
de extinção, entre elas anêmonas e cavalos-marinhos.
Para isso, foram definidas 146
ações, distribuídas em 10 objetivos específicos, que deverão ser realizadas
Uma em cada 4 espécies marinhas vive nos recifes, incluindo 65% dos peixes; ecossistema está em degradação
em um prazo de cinco anos. Essas
ações serão desenvolvidas em 18
áreas-foco, ao longo do litoral brasileiro, incluindo regiões no interior da
Zona Econômica Exclusiva, além do
mar territorial, do Maranhão até Santa Catarina.
Trabalho
Todo esse trabalho será coordenado
pelo Centro Nacional de Pesquisa e
Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul), do
MAIS
Como se formam os recifes
A palavra recife se refere a rochedo ou série de rochedos
situados próximos à costa ou a ela diretamente ligados,
submersos ou a pequena altura do nível do mar. Podem ser
constituídos de arenito, resultantes da consolidação de
antigas praias ou de formações coralíneas, resultantes do
acúmulo de carapaças de certos animais marinhos
associado a crostas de algas calcárias.
ICMBio, e pela organização não governamental Instituto Coral Vivo,
com supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação, da
Diretoria de Pesquisa, Avaliação e
Monitoramento da Biodiversidade
(CGESP/Dibio), também do ICMBio.
De acordo com a Portaria, o
PAN Corais será monitorado anualmente, para revisão e ajuste das
ações, com uma avaliação intermediária prevista para o meio da vigência do plano e avaliação final ao
término do ciclo de gestão.
A presidência do ICMBio publicou nova portaria, definindo o Grupo
de Assessoramento Técnico do PAN
Corais, composto por 21 membros,
que vai auxiliar no acompanhamento da implementação das ações. Ainda este ano, serão editados o sumário
executivo e o livro do PAN, contendo
diferentes dimensões de diagnóstico
e planejamento dos trabalhos.
“O Plano de Ação Nacional para
a Conservação dos Ambientes Coralíneos é o produto de um amplo processo de diálogo e articulação entre
pesquisadores, pescadores, organizações não governamentais e outros setores da sociedade, constituindo-se
em uma ferramenta importante de
planificação de ações de conservação
de ecossistema tão ameaçado”, disse
Roberta Aguiar dos Santos, do Cepsul
e coordenadora do PAN Corais.
Segundo a coordenadora, para
que o plano tenha êxito, é fundamental o envolvimento das mais diferentes instâncias de governo, conselhos
e fóruns de elaboração e deliberação
de políticas públicas. “Isso demandará um esforço coletivo dos articuladores das ações propostas e de um
conjunto cada vez maior de pessoas
e instituições”, afirmou.
Importância
Os recifes de coral constituem-se em
importantes ecossistemas, altamente
diversificados. Por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas e animais, são considerados como o mais
diverso habitat marinho do mundo, e
por isso mesmo, têm grande importância econômica, pois representam
a fonte de alimento e renda para muitas comunidades. Uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes,
incluindo 65% dos peixes.
A palavra
recife se refere
a rochedo
A degradação dos recifes de coral
está intimamente ligada às atividades
humanas e econômicas. Os oceanos
em aquecimento, provavelmente como resultado da mudança climática,
estressam os corais a ponto de expelirem as algas que os habitam.
Os recifes de coral são ecossistemas marinhos encontrados em regiões de águas quentes e claras e formados pela deposição do esqueleto calcário de organismos como corais, algas e moluscos.
São habitats importantes para
peixes e outros recursos pesqueiros,
como lagosta, caranguejo, ostra, dando suporte e abrigo às espécies ameaçadas de extinção como a tartaruga
marinha e o peixe-boi marinho. Um
grupo desta última espécie se encontra no Maranhão. NA WEB
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