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Diogo Araujo – Med 92
Contrastes
Prof. Alexandre
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O bário é um contraste utilizado para visualização do tubo digestório (por via oral ou
retal). Nunca pode ser dado por via venosa.
O bário absorve o RX, sendo que o filme continua branco onde é protegido pelo bário
dentro do tubo digestório.
O bário era mais utilizado anteriormente à endoscopia e à colonoscopia.
O esofagograma é um exemplo de exame baritado, assim com o trânsito de delgado
(avaliar mucosa e tempo de trânsito) e enema opaco (exame do colo; passa-se sonda
pelo reto e deixa-se correr o bário – como se fosse um soro).
o Muito usado para ver o grau de dilatação de megaesôfago e megacólon.
O exame de duplo contraste é feito quando se coloca o bário e, depois, retira-se o bário
e coloca-se ar.
o Pra isso, o cólon tem de estar limpo (uso prévio de laxante).
De maneira geral, o bário não provoca reações alérgicas.
o O grande problema é se ele for administrado IV ou se cair na cavidade peritoneal
(ele provoca peritonite grave).
O bário também é utilizado para fluoroscopia, técnica radiológica que permite a
visualização em tempo real do paciente.
Não se pode usar bário no tubo digestório se há suspeita de perfuração do tubo (porque
ele pode cair na cavidade abdominal).
O iodo é mais utilizado quando:
o Serve de alternativa ao bário quando há risco de cair na cavidade abdominal (ele
não causa peritonite). Ele é mais caro que o bário e tem gosto muito
desagradável.
o Necessita fazer tomografia (os contrastes IV utilizados são à base de iodo).
O contraste iodado venoso serve para realçar contraste entre tecido normal e
patológico. Os tecidos altamente vascularizados ficam hiperdensos.
o Ex: coronarioscopia (que é uma fluoroscopia com iodo).
Também é utilizado na histerosalpingografia.
A excreção do contraste iodado é principalmente renal. Por isso, podemos fazer a
urografia excretora. São RX seriados após a administração IV do contraste para ver a via
de excreção.
Alguns problemas do contraste iodado:
o A excreção é renal! Nefropatia induzida pelo contraste: não há muito consenso.
Mas são usados os critérios:
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São fatores de risco para nefropatia induzida pelo contraste iodado:
 Doença renal pré-existente (Cr > 1,5mg/dL)
 Diabetes mellitus
 Doença cardiovascular
 Desidratação
 Idade avançada (>70 anos)
 Mieloma múltiplo
 Hiperuricemia
 Uso de fármacos nefrotóxicos
 Hipertensão
Todo exame com iodo causa redução da função renal. A questão é a intensidade
dessa redução.
O paciente que já é dialítico não tem problema de usar contraste iodado
(porque a diálise retira o contraste se feita até 48 horas depois da
administração). Contudo, se o paciente tem clearance menor que 30, não
podemos usar contraste!!! Se entre 30 e 60, o risco é intermediário. Temos de
fazer hidratação oral, IV, n-acetilcisteína.
 O problema do uso de contraste em paciente dialítico é que o contraste
puxa o líquido para os vasos. Se o paciente não tem insuficiência
cardíaca, não há problema. Se tem, recomenda-se diálise de urgência.
Pacientes que usam metformina não têm maior risco de nefropatia por
contraste. O risco é que a redução da função renal pelo uso de contraste possa
reduzir a depuração da metformina, causando uma acidose láctica. Por isso,
recomendamos que o paciente suspenda o uso do medicamento 48 horas antes
da injeção do contraste.
Diogo Araujo – Med 92
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Quando a mãe amamenta, a quantidade de iodo que é absorvida pela criança é
mínima. Não há recomendação para suspensão do aleitamento.
O maior problema do contraste iodado é o risco de reação alérgica. Hoje em dia,
os contrastes são não-iodados e de baixo peso. Por isso, houve redução da
incidência de reação alérgica.
O gadolíneo é administrado na forma de gadopentato dimeglumínico (Gd-DTPA). Ele é
contraste da RM.
Ele também é dado IV e também tem depuração renal.
Problemas pelo gadolíneo:
o Esclerose sistêmica nefrogênica: pacientes com função renal limítrofe e que
fizeram RM com contraste apresentaram essa doença (que pode ser fatal). Por
isso, pacientes limítrofes pra IRC não devem receber gadolíneo. Se tiver de usar,
fazemos diálise de urgência depois (até 24h).
As alterações causadas pelo RX em nível cromossômico são divididas em dois tipos:
o Somáticos: prejudiciais a pessoa sendo irradiada (ex: CA).
o Genéticos: prejudiciais às gerações futuras (efeitos que ocorrem sobre os
ovários e testículos, sendo transmitidos aos descendentes).
A unidade utilizada para medir a quantidade de radiação absorvida é o Sievert.
Por lei, pessoas que trabalham com RX não poderiam se expor a mais que 50mSv por
ano. Mas não há limite de dose para pacientes.
o As tomografias são os exames com maior quantidade de exposição ao RX.
Obs: o exame padrão ouro para cálculos renais é a TC.
Dose em Sv
Tempo de sobrevivência
Modo de morte
Menor que 2
2a8
8 a 50
50 a 100
100 ou mais
10 a 30 dias
3 a 10 dias
Minutos a horas
Minutos
Efeitos tardios
Síndrome da medula óssea
Síndrome do TGI
Síndrome cerebral
Morte imediata
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Uso de equipamentos protetores (protetor de testículos/ovários, tórax, tireoide).
As salas de RX têm paredes com chumbo ou bário.
Assumir sempre distância da fonte de radiação. Quando dobramos a distância,
reduzimos em 4 vezes a dose recebida de RX (inverso do quadrado da distância).
TC em gestantes? Pode ser usada. Até mesmo se usar contraste. Pode ser usada no
primeiro trimestre de gestação se houver grande indicação.
o A dose de uma tomografia não é teratogênica. E o contraste passa pela
barreira, com risco teórico de hipotireoidismo na criança.
o De qualquer forma, preferir a RM em gestantes e deixar a TC como última
opção.
Diogo Araujo – Med 92
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O PET-CT usa uma dose de 25mSv.
No PET-CT, injetamos 18-FDG. Por isso, ele deve ser limitado em pacientes
diabéticos descontrolados porque o contraste (que é glicose radiomarcada) vai
competir com a glicose não marcada. Não vai haver captação adequada.
O aparelho de PET-CT é um de tomografia com cintilografia junto. Os rins excretam
o 18-FDG, sendo sempre marcado no PET (assim como acontece com o SNC).
Atualmente, o PET é mais usado na oncologia para ver metástases.
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