Realidade Virtual na Formação de Professores

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Realidade Virtual na Formação de Professores
Patrícia Rodrigues Carvalho dos Reis*
Resumo
O presente resumo foi elaborado a partir do Trabalho de Conclusão do Curso de
Pós Graduação em Docência e Pesquisa para o Ensino Superior, elaborado por
INNOCENTI, Roberto Alfeu. REIS, Christianne R. C. REIS, Patrícia R. C. & SILVA,
Joice Firmino, no ano de 2008 da Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES.
Com o objetivo de realizar uma reflexão sobre a formação de professores
utilizando a interface da Realidade Virtual (RV), procedeu-se a uma revisão em parte da
literatura específica produzida sobre o assunto, demonstrando-se características da
prática pedagógica mediada por essa tecnologia.
Foram
consideradas
as
rápidas
transformações
que
vêm
ocorrendo
mundialmente e, sobretudo, o processo de globalização que envolve as esferas
econômicas, políticas e sociais que têm provocado repercussões variadas em diferentes
países. Como parte desse processo de globalização, novas tendências de ensino com
características do mundo contemporâneo surgem e se consolidam como a
Educação a Distância (EAD) e o uso de tecnologia de mídias interativas como
ferramentas de ensino passa a ser utilizada na formação de professores.
Diante desse contexto de mudanças socioeconômicas e avanços tecnológicos
torna-se indispensável reconhecer a necessidade da dinamização do processo educativo.
O professor, profissional que tem a responsabilidade pela educação cidadã de todos os
alunos, precisa estar preparado para associar a tecnologia à sua prática docente. Assim,
há necessidade de se inserir o uso de mídias interativas na formação de professores e
oferecer oportunidades e experiências de aprendizagem que sirvam de referencial para a
prática educativa futura. E nem sempre professores utilizam as diversas possibilidades
de interações presentes na internet, o que poderia possibilitar uma “nova relação com os
saberes”. Essas possibilidades de interações, percebidas, compreendidas e utilizadas em
sala de aula como ferramentas auxiliares, tornam-se mais um recurso educativo.
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* Especialista em Design Instrucional pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
Coordenadora de Informática, Colégio Novo Tempo.
Na promoção da sala de aula interativa o professor desenvolve habilidades
específicas, dentre elas:

Compromete-se com a participação-interação dos alunos;

Garante a emissão e recepção do professor e dos alunos;

Disponibiliza múltiplas redes articulatórias, permitindo uma ampla
liberdade de associações, de significações;

Responsabiliza-se pela interação entre os envolvidos, proporcionando
um processo de co-criação e não do trabalho solitário;

Suscita a expressão e a confrontação das subjetividades.
Alguns desses componentes são importantes para a construção de uma
comunidade seja ela virtual ou não, destacando-se dentre elas a projeção de objetivos
comuns.
Na verdade, os objetivos de uma sala de aula virtual estão intimamente
relacionados ao processo de aprendizagem. O professor, ao utilizar uma variedade de
ferramentas tecnológicas, o faz para conduzir os alunos na direção de abraçar um
determinado objetivo comum, já que o ambiente online é “perfeito” para o
desenvolvimento de capacidades colaborativas. Os alunos aprendem a trabalhar com os
colegas, compartilhando conhecimentos e descobertas, ampliando o processo de
dinamização entre todos os envolvidos e, o professor, tem papel de destaque no
ambiente.
Assim, o que se denomina Realidade Virtual, se bem utilizada, só tem a somar
no processo de aprendizagem. Os resultados positivos são muitos: flexibilização e
otimização de tempo, possibilidade de criação de ambientes virtuais que demonstram o
lado prático de muitos conceitos disciplinares, pesquisa e (re)construção
de
conhecimentos complexos. O fundamental desta nova tecnologia é possibilitar aos
navegantes uma “sensação de presença” no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
As reflexões realizadas após pesquisas propõem o entendimento de uma nova
lógica, a do processo virtual de interação e comunicação, levando em consideração a
influência da tecnologia sobre o saber, a mudança na forma das relações e a circulação
dos conhecimentos.
O que se exige é uma nova categoria na concepção de educação para a formação
de educadores, fundada em uma pedagogia de interação e de comunicação, em
harmonia com a lógica virtual, tomando por base os estudos e pesquisas feitos sobre
educação e tecnologia.
Palavras-chave: Ambientes Virtuais de Aprendizagem; Aprendizagem Colaborativa;
Educação a Distância; Prática Pedagógica Inovadora; Formação de Professores.
Referências Bibliográficas
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática.
Trad. Carlos Irineu da Costa. Editora 34. Rio de Janeiro, 1995.
MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas Tecnologias e Mediação
Pedagógica. Campinas (SP): Papirus, 2000.
SILVA, M. Interatividade: uma mudança fundamental do esquema clássico da
comunicação. Boletim Técnico do SENAC, Rio de Janeiro, v. 23, nº 3, p. 19-27,
set./dez., 2000.
SILVA, M. Sala de Aula Interativa: A Educação Presencial e a Distância em Sintonia
com a Era Digital e com a Cidadania. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.
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