Recredenciamento Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012. ESTATÍSTICA I / MÉTODOS QUANTITATIVOS E PROCESSO DECISÓRIO I / ESTATÍSTICA APLICADA À EDUCAÇÃO Eventos complementares É a probabilidade de um evento não ocorrer. Por exemplo: se p é probabilidade de se tirar o número 4 em um dado de seis faces, q representa a probabilidade disso não ocorrer. Quest(xi) q 1 p Elementos de Probabilidade Encontramos, na natureza, dois tipos de fenômenos: Determinísticos - que não dependem do número de ocorrências, pois os resultados são sempre os mesmos, como, por exemplo, o fato de sabermos que a certa temperatura um determinado corpo passará de um estado para o outro (sólido para o líquido, ou líquido para o gasoso). Aleatórios - os resultados não são previsíveis, mesmo que haja um grande número de repetições do mesmo fenômeno, como, por exemplo, o lançamento de uma moeda, de um dado, ou mesmo a determinação da vida útil de um componente eletrônico. Espaço Amostral (S) Cada experimento aleatório corresponde a vários resultados possíveis. Assim, ao lançarmos uma moeda, por exemplo, há dois resultados possíveis: cara ou coroa. Já, ao lançarmos um dado de seis faces, teremos como resultados possíveis: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Ao conjunto desses resultados possíveis damos o nome de espaço amostral (S) ou conjunto universo. Por exemplo: - no lançamento de uma moeda: S = {ca, co}; - no lançamento de um dado: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} - no lançamento de duas moedas ao mesmo tempo: S = {(ca, co), (ca, Eventos independentes Dois eventos são independentes quando a realização (ou não realização) de um evento não afeta a probabilidade da realização do outro, e vice-versa. É a “probabilidade de um e de outro”, neste caso, a probabilidade deles se realizarem simultaneamente é dada pelo produto das probabilidades de cada evento. p p1 p2 Por exemplo: qual a probabilidade de, no lançamento de dois dados, sair o número 1 no primeiro e o número 5 no segundo? Eventos mutuamente exclusivos É quando a realização de um evento exclui a realização do outro. Assim, por exemplo, no lançamento de uma moeda o evento “tirar cara” ou “tirar coroa” são mutuamente exclusivos, já que ao realizar um deles, o outro não se realiza. É a “probabilidade de um ou de outro”. Sendo assim: p p1 p2 ca), (co, ca), (co, co)} - no lançamento de dois dados simultâneos: S = {... Cada elemento de S, que corresponde a um resultado, recebe o nome de ponto amostral, por exemplo, o número 2 é um ponto amostral do lançamento de um dado, ou seja, 2 pertence à S ( 2 S ). Por exemplo: qual a probabilidade de, no lançamento um dado, sair o número 1 ou o número 5? Evento (A) É um subconjunto do espaço amostral S, por exemplo: seja S o espaço amostral do lançamento de um dado de seis faces, S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e A = {2, 4, 6} um subconjunto de S, só dos números pares. A está contido em S ( A S ), logo A é um evento de S. Se A = S, chamamos A de evento certo, e se A = , chamamos de evento impossível. Os eventos geralmente são definidos por sentenças do tipo: “obter um numero ímpar no lançamento de um dado”; “obter cara no lançamento de uma moeda”, ... Cálculo de Probabilidade Tomamos S como espaço amostral e consideramos que todos os elementos de S tenham a mesma chance de acontecer (conjunto equiprovável). Chamamos de probabilidade de um evento A o nº real p(A) tal que: p ( A) n( A) n( S ) C o m p l e x o d e E n s i n o S u p e r i o r d e C a c h o e i r i n h a Rua Silvério Manoel da Silva, 160 - CEP 94930000 - Cachoeirinha – RS - Tel/Fax. (51) 34418650 – www.cesuca.com.br – [email protected] Recredenciamento Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012. Exercícios e resoluções 1) Qual a probabilidade de sair o ás de ouros quando retiramos uma carta de um baralho de 52 cartas? 2) Qual a probabilidade de sair um rei quando retiramos uma carta de um baralho de 52 cartas? 3) Em um lote de 12 peças, 4 são defeituosas. Sendo retirada uma peça, calcule: a. a probabilidade de essa peça ser defeituosa. b. a probabilidade de essa peça não ser defeituosa. 4) No lançamento de dois dados, calcule a probabilidade de se obter soma igual a 5. 5) De dois baralhos de 52 cartas retiram-se, simultaneamente, uma carta do primeiro baralho e uma carta do segundo. Qual a probabilidade de a carta do primeiro baralho ser um rei e a do segundo ser o 5 de paus? 6) Uma urna A contém: 3 bolas brancas, 4 pretas, 2 verdes; uma urna B contém: 5 bolas brancas, 2 pretas, 1 verde; uma urna C contém: 2 bolas brancas, 3 pretas, 4 verdes. Uma bola é retirada de cada urna. Qual é a probabilidade de as três bolas retiradas da primeira, segunda e terceira urnas serem, respectivamente, branca, preta e verde? 7) De um baralho de 52 cartas retiram-se, ao acaso, duas cartas sem reposição. Qual a probabilidade de a primeira carta ser o ás de paus e a segunda ser o rei de paus? 8) Qual a probabilidade de sair uma figura quando retiramos uma carta de um baralho de 52 cartas? 9) Qual a probabilidade de sair uma carta de copas ou de ouros quando retiramos uma carta de um baralho de 52 cartas? 10) No lançamento de um dado, qual a probabilidade de se obter um número não-inferior a 5? 11) São dados dois baralhos de 52 cartas. Tiramos, ao mesmo tempo, uma carta do primeiro baralho e uma carta do segundo. Qual a probabilidade de tirarmos uma dama e um rei, não necessariamente nessa ordem? 12) Dois dados são lançados conjuntamente. Determine a probabilidade de a soma ser 10 ou maior que 10. C o m p l e x o d e E n s i n o S u p e r i o r d e C a c h o e i r i n h a Rua Silvério Manoel da Silva, 160 - CEP 94930000 - Cachoeirinha – RS - Tel/Fax. (51) 34418650 – www.cesuca.com.br – [email protected] Recredenciamento Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012. Exercícios: probabilidade 1. Determine a probabilidade de cada evento: a) o número par no lançamento de um dado. R: 1/2 b) uma carta de ouros ao se extrair uma carta de um baralho de 52 cartas. R: 1/4 2. Um número inteiro é escolhido aleatoriamente dentre os números 1,2,3,...,38,49 e50. Determine a probabilidade de: a) o número ser dividido por 5. R: 1/5 b) um número terminar em 3. R: 1/10 c) um número ser dividido por 6 ou por 8. R: 6/25 d) um número ser dividido por 4e por 6. R: 2/25 3. Dois dados são lançados simultaneamente. Qual é a probabilidade de: a) A soma ser menor que 4? R: 1/12 b) A soma ser 9? R: 1/9 c) O primeiro resultado ser maior do que o segundo? R: 5/12 4. Qual é a probabilidade de sair um Rei ou uma carta de Copas, quando retiramos uma carta de um baralho? R: 4/13 OBS - Em alguns casos, é necessário fazer o cálculo do número de maneiras de um evento ocorrer, e para isso, nos valemos da relação entre o número de elementos do espaço amostral e o número de elementos do evento: P A n A nU n(U) é o número de elementos do espaço amostral U n(A) é o número de elementos do evento A. O cálculo do nº de elementos do espaço amostral ou de um evento é dado por uma combinação: Cn , p n! p!n p ! É o número total de combinações de n elementos tomados de p em p. este número é representado por: n , chamado de número p binomial. Exemplo: Considere um conjunto de 10 frutas em que 3 estão estragadas. Escolhendo aleatoriamente 2 frutas desse conjunto, determine a probabilidade de: a) ambas não estarem estragadas. 5. Um lote é formado por 10 peças boas, quatro com defeitos e duas com defeitos graves. Uma peça é escolhida ao acaso. Calcule a probabilidade de que: a) Ela não tenha defeitos graves; R: 7/8 b) Ela não tenha defeitos; R: 5/8 c) Ela seja boa, ou tenha defeitos graves; R: 3/4 6. Um dado é lançado e o número da face de cima é observado. a) se o resultado obtido for par, qual a probabilidade de ele ser maior ou igual a cinco? R: 1/3 b) Se o número obtido for maior ou igual a cinco, qual a probabilidade de ele ser par? R: 1/2 c) Se o resultado obtido for ímpar, qual a probabilidade de ele ser menor que 3? R: 1/3 d) Se o resultado for menor que 3, qual a probabilidade de ele ser ímpar? R: 1/2 O cálculo de maneiras de escolher duas furtas entre dez é o número total de combinações de 10 frutas (n elementos) tomados de 2 em 2 (p em p), ou seja, n = 10 e p = 2. nU C10, 2 10! 10! 10 9 8! 90 45 2!10 2! 2!8! 2!8! 2 O cálculo do número de maneiras de escolher duas frutas não estragadas entre 7 (10 – 3 = 7). n A C7, 2 7! 7! 7 6 5! 42 21 2!7 2! 2!5! 2!5! 2 Sendo assim: P A n A 21 7 e a probabilidade desse nU 45 15 evento é de 7/15. b) pelo menos uma estar estragada. 7. Dois dados, um verde e um vermelho, são lançados e observados os números das faces de cima: a) Qual a probabilidade de ocorrerem números iguais? R: 1/6 b) Qual a probabilidade de ocorrerem números diferentes? R: 5/6 c) Qual a probabilidade de a soma dos números ser 7? R: 1/6 d) Qual a probabilidade de a soma dos números ser 12? R: 1/36 e) Qual a probabilidade de a soma dos números ser menor ou igual a 12? R: 1 Este evento é complementar ao P(A), portanto: 1 7 8 15 15 8. Em um lote de 12 peças, quatro são defeituosas. Sendo retiradas aleatoriamente duas peças, calcule: a) a probabilidade de ambas serem defeituosos. R: 1/11 b) a probabilidade de ambas não serem defeituosas. R: 14/33 c) a probabilidade de ao menos uma ser defeituosa. R: 19/33 C o m p l e x o d e E n s i n o S u p e r i o r d e C a c h o e i r i n h a Rua Silvério Manoel da Silva, 160 - CEP 94930000 - Cachoeirinha – RS - Tel/Fax. (51) 34418650 – www.cesuca.com.br – [email protected] Recredenciamento Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012. DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL E NORMAL Na prática é, muitas vezes, mais interessante associarmos um número a um evento aleatório e calcularmos a probabilidade da ocorrência desse número, do que a probabilidade do evento. Variável aleatória: é uma função que relaciona o espaço amostral com a ocorrência de um evento. Por exemplo: se o espaço amostral relativo ao “lançamento simultâneo de duas moedas” é S = {(Ca, Ca), (Ca, Co), (Co, Ca), (Co, Co)} e X representa “o número de caras” que aparecem, a cada ponto amostral podemos associar um número para X, de acordo com a tabela abaixo. PONTO AMOSTRAL X (Ca, Ca) (Ca, Co) (Co, Ca) (Co, Co) 2 1 1 0 1) Determine a probabilidade de obtermos exatamente 3 caras em 6 lances de uma moeda. R: 5/16 2) Jogando-se um dado três vezes, determine a probabilidade de se obter um múltiplo de 3 duas vezes. R: 2/9 3) Dois times de futebol, A e B, jogam entre si 6 vezes. Encontre a probabilidade de o time A: a) ganhar dois ou três jogos; R: 400/729 b) ganhar pelo menos um jogo. R: 665/729 4) A probabilidade de um atirador acertar o alvo é 2/3. Se ele atirar 5 vezes, qual a probabilidade de acertar exatamente 2 tiros? R: 40/243 5) Seis parafusos são escolhidos ao acaso da produção de certa máquina, que apresenta 10% de peças defeituosas. Qual a probabilidade de serem defeituosos dois deles? R: 9,84% Distribuição de probabilidade: é a associação a cada valo xi a probabilidade pi de tais pontos do espaço amostral. Assim: PONTO AMOSTRAL X P(X) (Ca, Ca) (Ca, Co) (Co, Ca) (Co, Co) 2 1 1 0 1/2 x 1/2 = 1/4 1/2 x 1/2 = 1/4 1/2 x 1/2 = 1/4 1/2 x 1/2 = 1/4 Distribuição Normal (Curva normal): entre as distribuições teóricas de variável aleatória contínua, uma das mais empregadas é a distribuição normal. Muitas das variáveis analisadas na pesquisa socioeconômica correspondem à distribuição normal ou dela se aproximam. Por exemplo: Seja X a variável aleatória que representa os diâmetros dos parafusos produzidos por certa máquina. Vamos supor que essa variável tenha distribuição normal com média x = 2 cm e desvio padrão s = 0,04 cm. Pode haver interesse em conhecer a probabilidade de um parafuso ter um diâmetro com valor entre 2 e 2,05 cm. É fácil notar que essa probabilidade, indicada por P(2 < X < 2,05), corresponde à área hachurada na figura: Tomando X como uma variável aleatória com distribuição normal de média x e desvio padrão s, então a variável: Logo: NÚMERO DE CARAS (X) P(X) 2 1 0 1/4 2/4 1/4 1 Distribuição binomial: variável aleatória discreta. n f X P( X k ) p k q n k ou seja k n! f X P( X k ) p k q nk k!n k ! Em que: - P(X = k) é a probabilidade de que o evento se realize k vezes em n provas. - p é a probabilidade que o evento ocorra em uma só prova (sucesso). - q é a probabilidade que o evento não se realize no decurso dessa prova (insucesso, 1 – p). z xx s As probabilidades associadas à distribuição normal padronizada são encontradas em tabelas, não havendo necessidade de serem calculadas. A tabela nos dá a probabilidade de Z tomar qualquer valor entre a média 0 e um dado valor z, isto é: P(0 < Z < z). Temos, então: z x x 2,05 2 0,05 1,25 s 0,04 0,04 Logo, P(0 < Z < 1,25) = 0,3944, pela tabela, ou seja a probabilidade de um parafuso fabricado por essa máquina apresentar um diâmetro entre a média x = 2 e o valor x = 2,05 é 0,3944. Escrevemos, então: P(2 < X < 2,05) = P(0 < Z < 1,25) = 0,3944 ou 39,44%. Exemplos: C o m p l e x o d e E n s i n o S u p e r i o r d e C a c h o e i r i n h a Rua Silvério Manoel da Silva, 160 - CEP 94930000 - Cachoeirinha – RS - Tel/Fax. (51) 34418650 – www.cesuca.com.br – [email protected] Recredenciamento Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012. 1) Determine as probabilidades: a) P(-1,25 < Z < 0) A probabilidade procurada corresponde à parte hachurada da figura: Exercícios: 1) Sendo Z uma variável com distribuição normal reduzida, calcule: a) P(0 < Z < 1,44) R: 0,4251 b) P(-0,85< Z < 0) R: 0,3023 c) P(-1,48 < Z < 2,05) R: 0,9104 d) P(0,72 < Z < 1,89) R: 0,2064 Sabemos que: P(0 < Z < 1,25) = 0,3944. Pela simetria da curva, temos: P(-1,25 < Z < 0) = P(0 < Z < 1,25) = 0,3944. b) P(-0,5 < Z < 1,48) A probabilidade procurada corresponde à parte hachurada da figura: Temos: P(-0,5 < Z < 1,48) = P(-0,5 < Z < 0) + P(0 < Z < 1,48) Como: P(-0,5 < Z < 0) = P(0 < Z < 0,5) = 0,1915 e P(0 < Z < 1,48) = 0,4306, obtemos: P(-0,5 < Z < 1,48) = 0,1915 + 0,4306 = 0,6221. c) P(Z > 0,6) A probabilidade procurada corresponde à parte hachurada da figura: e) P(Z > -2,03) R: 0,9788 f) P(Z>1,08) R: 0,1401 g) P(Z < -0,66) R: 0,2546 h) P(Z<0,60) R: 0,7258 2) Um teste padronizado de escolaridade tem distribuição normal com média 100 e desvio padrão 10. Determine a probabilidade de um indivíduo submetido ao teste ter nota: a) maior que 120; R: 0,0228 b) maior que 80; R: 0,9772 c) entre 85 e 115; R: 0,8664 d) maior que 100. R: 0,5 3) Os pesos de 600 estudantes são normalmente distribuídos com média 65,3 kg e desvio padrão 5,5 kg. Determine o número de estudantes que pesam: a) entre 60 e 70 kg; R: 0,6338 b) mais que 63,2 kg; R: 0,6480 c) menos que 68 kg. R: 0,6879 4) A duração de um certo componente eletrônico tem média de 850 dias e desvio padrão de 40 dias. Sabendo que a duração é normalmente distribuída, calcule a probabilidade de esse componente durar: a) entre 700 e 1.000 dias; R: 0,9998 b) mais de 800 dias; R: 0,8944 c) menos de 750 dias. R: 0,0062 OBS: Para esses exercícios use a tabela da curva normal reduzida de 0 a z (disponível no site). Temos: P(Z > 0,6) = P(Z > 0) - P(0 < Z < 0,6) Como: P(Z > 0) = 0,5 e P(0 < Z < 0,6) = 0,2258, obtemos: P(Z > 0,6) = 0,5 - 0,2258 = 0,2742. 2) Os salários semanais dos operários industriais são distribuídos normalmente, em torno da média de R$ 500,00 com desvio padrão de R$ 40,00. Calcule a probabilidade de um operário ter um salário semanal situado entre R$ 490,00 e R$ 520,00. Devemos, inicialmente, determinar os valores da variável de distribuição normal reduzida. Assim: z1 490 500 0,25 40 e z2 REFERÊNCIAS CRESPO, Antonio Arnot. Estatística Fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2009. MORETTIN, Luiz Gonzaga. Estatística Básica: probabilidade. São Paulo: McGraw-Hill, 1994 520 500 0,5 40 Logo, a probabilidade procurada é dada por: P(490 < X < 520) = P(-0,25 < Z < 0,5) = P(-0,25 < Z < 0) + P(0 < Z < 0,5) = 0,0987 + 0,1915 = 0,2902. É, pois, de se esperar que, em média, 29,02% dos operários tenham salários entre R$ 490,00 e R$ 520,00. C o m p l e x o d e E n s i n o S u p e r i o r d e C a c h o e i r i n h a Rua Silvério Manoel da Silva, 160 - CEP 94930000 - Cachoeirinha – RS - Tel/Fax. (51) 34418650 – www.cesuca.com.br – [email protected] Recredenciamento Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012. TEORIA DA AMOSTRAGEM Exemplo: seja N = 1000 e n = 200, logo: FS A amostragem e em particular os processos de amostragem aplicam-se em varias áreas do conhecimento e constituem, muitas vezes, a única forma de obter informações sobre uma determinada realidade que importa conhecer. A teoria da amostragem estuda as relações existentes entre uma população e as amostras extraídas dessa população. É útil para a avaliação de grandezas desconhecidas da população, ou para determinar se as diferenças observadas entre duas amostras são devidas ao acaso ou se são verdadeiramente significativas. Amostragem é o processo de determinação de uma amostra a ser pesquisada. A amostra é uma parte de elementos selecionada de uma população estatística. Enquanto que um senso envolve um exame a todos os elementos de um dado grupo, a amostragem envolve um estudo de apenas uma parte dos elementos. A amostragem consiste em selecionar parte de uma população e observá-la com vista a estimar uma ou mais características para a totalidade da população. Alguns exemplos da utilização da amostragem são: - Sondagens da opinião pública que servem para conhecer a opinião da população sobre variadas questões. As mais comuns são as sondagens políticas. - Inspeção de mercado utilizada com o intuito de descobrir as preferências das pessoas em relação a certos produtos. - Para estimar a prevalência de uma doença rara, a amostra pode ser constituída por algumas instituições médicas, cada uma das quais tem registro dos pacientes. Segue abaixo a simbologia usada ao relacionar população e amostra: POPULAÇÃO AMOSTRA MEDIDAS Tamanho N n Total T t Média Aritmética x Variância Absoluta Desvio Padrão Proporção ² s² s p Plano de amostragem e tipos de amostragens O plano de amostragem define o tipo de amostragem a ser utilizado. Os tipos de planejamentos amostrais mais utilizados são: Amostragem sistemática, Amostragem proporcional estratificada, Amostragem por conglomerado e Amostragem aleatória simples. Amostragem sistemática: a amostragem já está ordenada segundo algum critério, como fichas em um fichário, listas telefônicas... Consideremos uma população, com elementos ordenados, de tamanho N e dela tiramos uma amostra de tamanho n, através de uma amostragem sistemática, da seguinte maneira: - Definimos FS como fator de sistematização (ou intervalo de amostragem), dado por: FS = N/n. - Sorteamos um número entre 1 e FS. Esse número é simbolizado por m, que será o primeiro elemento da amostra. N 1000 5 n 200 Imagine que 3 seja o número sorteado entre 1 e 5. Portanto, os elementos da população numerados por 3, 8, 13, ..., 998 irão compor a amostra. Amostragem proporcional estratificada: Muitas vezes a população, se divide em subpopulações (estratos). Como é provável que a variável em estudo apresente, de estrato em estrato, um comportamento heterogêneo, convém que o sorteio dos elementos da amostra leve em consideração tais estratos. É isso que fazemos quando empregamos a amostragem proporcional estratificada, que, além de considerar a existência dos estratos, obtém os elementos da amostra proporcional ao número de elementos dos mesmos Exemplo: dada a população de 50.000 operários da industria automobilística, selecionar uma amostra proporcional estratificada de 5% de operários para estimar seu salário médio. Usando a variável critério “cargo” para estratificar essa população, e considerando amostras de 5% de cada estrato obtido, chegamos ao seguinte quadro: CARGO Chefes de seção Operários especializados Operários não especializados TOTAL POPULAÇÃO AMOSTRA (5%) 5.000 250 15.000 750 30.000 1.500 50.000 2.500 Amostragem por conglomerados: Neste tipo de amostragem a população total é subdividida em várias partes relativamente pequenas (normalmente homogêneas), e algumas dessas subdivisões, ou conglomerados, são selecionadas ao acaso, para integrarem a amostra global. Amostragem Aleatória simples: é um tipo de amostragem que utiliza uma técnica probabilística. É também chamada de amostragem casual ou randômica. A característica principal é que todos os elementos da população têm igual probabilidade de pertencer á amostra. Na prática a amostragem aleatória simples pode ser realizada numerando-se a população de 1 a N e sorteando-se, a seguir, por meio de um dispositivo aleatório qualquer, k números dessa seqüência, os quais corresponderão aos elementos pertencentes á amostra. Amostras com e sem reposição Se cada elemento da população pode ser escolhido mais de uma vez para participar de uma mesma amostra temos a chamada amostra com reposição. Se cada elemento da população puder ser escolhido apenas uma única vez para participar de uma mesma amostra, temos a chamada amostra sem reposição. Na prática, demonstra-se que o uso de amostras sem reposição acarreta em menores erros do que com amostras com reposição. C o m p l e x o d e E n s i n o S u p e r i o r d e C a c h o e i r i n h a Rua Silvério Manoel da Silva, 160 - CEP 94930000 - Cachoeirinha – RS - Tel/Fax. (51) 34418650 – www.cesuca.com.br – [email protected] Recredenciamento Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012. DISTRIBUIÇÕES AMOSTRAIS Considerem-se todas as amostras possíveis de tamanho “n’ que podem ser retiradas de uma população de tamanho ‘N” (com ou sem reposição). Para cada amostra pode-se calcular uma grandeza estatística, como a média, o desvio padrão etc., que varia de amostra para amostra. Com os valores obtidos para determinada grandeza, podemos construir uma distribuição de probabilidades, que será denominada de distribuição amostral. Distribuição amostral das médias: se os valores da média e do desvio padrão de uma população, de tamanho N, forem respectivamente e , e desta população são retiradas todas as possíveis amostras de tamanho n, sem reposição, os valores da expectância (média aritmética, neste caso) e do desvio padrão da distribuição amostral das médias correspondente serão: _ E ( x) x N n N 1 n Se a população for infinita, ou se amostragem for tomada com reposição, os valores acima ficarão: _ E ( x) x As possíveis amostras com as respectivas médias são: x Amostras x (1,1) 1 (5,6) 5,5 (1,3) 2 (6,6) 6 (1,5) 3 (3,1) 2 (1,6) 3,5 (5,1) 3 (3,3) 3 (6,1) 3,5 (3,5) 4 (5,3) 4 (3,6) 4,5 (6,3) 4,5 (5,5) 5 (6,5) 5,5 Colocando estes resultados em uma tabela (distribuição amostral da média) vem: x 1,0 2,0 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 fx 1/16 2/16 3/16 2/16 2/16 2/16 1/16 2/16 1/16 1 b) x 2 i n _ xi n 2 17,75 3,75 2 1,9202 _ c) E ( x) , então E( x) 3,75 d) como n é o tamanho da amostra: x x n 1,9202 1,36 2 1,36 é denominado erro padrão da média. Ele mede a variabilidade entre as médias amostrais e dá uma idéia do erro que se comete ao se substituir a média da população pela média da amostra. n Exemplo: Considere-se a população P = { 1, 3, 5, 6 } e todas as amostras possíveis de tamanho n = 2 extraídas com reposição. Para cada amostra vai-se calcular a média. Ter-se-á assim um conjunto de 16 valores que serão dispostos em uma tabela, com as respectivas probabilidades, e que constituirá então a distribuição amostral da média da amostra. Determine: (a) a média da população; (b) o desvio-padrão da população; (c) a média da distribuição amostral das médias amostrais; (d) o desvio-padrão da distribuição amostral das médias. Amostras 1 3 5 6 3,75 4 a) média: x fx 1/16 4/16 9/16 7/16 8/16 9/16 5/16 11/16 6/16 60/16 Exercício: uma população se constitui dos números 2, 3, 4, 5. Considere todas as amostras possíveis de tamanho 2, que podem ser extraídas dessa população com reposição. Determine: a) a média da população; b) o desvio-padrão da população; c) a média da distribuição amostral das médias amostrais; d) o desvio-padrão da distribuição amostral das médias. Distribuição amostral das proporções: se o valor da proporção de ocorrência de em evento em uma população, de tamanho n, for , e desta população são retiradas todas as possíveis amostras de tamanho n, sem reposição, os valores da expectância e do desvio padrão da distribuição amostral das proporções correspondente serão: E ( p) p (1 ) N n n N 1 Se a população for infinita, ou se amostragem for tomada com reposição, os valores acima ficarão: E ( p) p (1 ) n Exemplo: considere-se a população P = { 1, 3, 5, 6 } e todas as amostras possíveis de tamanho n = 2 obtidas com reposição. Para cada amostra vai-se calcular a proporção P de elementos pares na população. Ter-se-á assim um conjunto de 16 valores que serão dispostos em uma tabela, com as respectivas probabilidades, e que formarão então a distribuição amostral da proporção. C o m p l e x o d e E n s i n o S u p e r i o r d e C a c h o e i r i n h a Rua Silvério Manoel da Silva, 160 - CEP 94930000 - Cachoeirinha – RS - Tel/Fax. (51) 34418650 – www.cesuca.com.br – [email protected]