Traumatismo Cranioencefálico

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Traumatismo Cranioencefálico
Traumatismo Cranioencefálico
1.
INTRODUÇÃO
Traumatismo cranioencefálico (TCE) constitui frequente causa de invalidez e morte em crianças
e jovens em todo o mundo. O traumatismo de repercussão clínica importante requer diagnóstico
rápido, especialmente quando o tratamento consiste em intervenção cirúrgica imediata.
A tomografia computadorizada (TC) é o principal exame na emergência para avaliação do
traumatismo craniano, o que faz com que uma grande proporção de pacientes que buscam o
atendimento nas UPA com algum tipo de traumatismo craniano sejam submetidas a este exame.
Alguns estudos americanos estimam que 50% das crianças que procuram o serviço de
emergência por traumatismo craniano são submetidas a exame de tomografia e que o uso da TC teve
aumento maior do que o dobro no período entre 1995 e 2005. Muitos dos achados tomográficos não
impõem qualquer intervenção no tratamento.
Considerando todos esses fatos, uma série de estudos tem apontado preocupação com a
crescente exposição à radiação, particularmente na população pediátrica. Assim, é de grande
importância identificar quais pacientes se beneficiariam de conduta com observação clínica mais
conservadora, evitando a exposição desnecessária a radiação.
A presente diretriz tem por objetivos:
●
Otimizar a indicação de TC nos pacientes com traumatismo craniano atendidos nas UPA,
evitando exposição desnecessária à radiação, particularmente em pacientes pediátricos;
●
Estabelecer critérios para determinar a necessidade de avaliação do especialista
neurocirurgião e de internação;
●
Padronizar as recomendações e orientações de alta aos pacientes e acompanhantes.
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2.
INCIDÊNCIA UPA
A incidência de TCE nos Estados Unidos é estimada em 538 casos por 100.000 habitantes
com registro aproximado de 1,5 milhão de novos casos em 2003. A incidência é maior nos grupos
etários de crianças até os 4 anos, no adolescente e adulto jovem (15 aos 24 anos) e no idoso (>65
anos). Como ocorre na maioria das lesões por trauma, a incidência maior é nos homens que nas
mulheres, com proporções entre 2:1 e 2,8:1, ou até maiores como 3,5:1 nos traumas graves.
A incidência precisa no nosso meio é difícil de ser avaliada. Até por uma falta de critérios e
definições precisas, mesmo na literatura, traumatismos leves superficiais da cabeça são
frequentemente referidos como TCE. Por outro lado, como exemplo, traumas importantes associados
à lesão de outros segmentos corpóreos são registrados de forma mais abrangente como
politraumatismo.
Ainda assim, um levantamento apenas dos atendimentos, em 2013, registrados como TCE,
incluindo todas as Unidades de Pronto-Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein, mostrou total
de 2.428 casos, sendo 1.576 pediátricos (65%). Foram realizadas tomografia computadorizada de
crânio em 42,8% do total de pacientes. Na população pediátrica foi indicado exame em 29,25% e nos
adultos em 67,95%.
3.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é obtido pela história clínica e exame físico, em que deve-se avaliar e registrar:
Mecanismo de trauma:
● Atropelamento
● Queda: altura, local, possibilidade de amortecimento da queda, posição na queda, etc.
● Veículo envolvido e velocidade (carro, bicicleta, patins) e o uso de dispositivos de segurança
(cinto, capacete, airbag)
● Corrida contra objeto estacionado e a natureza desse objeto
● Características do objeto lançado contra cabeça: bola, objeto metálico, objeto pesado, etc.
● Outros mecanismos
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Sintomas pós-trauma:
● Amnésia: duração
● Perda da consciência: < 5s, 5 a 60s, 1 a 5 min, > 5min
● Convulsão pós-traumática: tipo, tempo de início após o trauma, duração
● Cefaleia: intensidade, início do sintoma, duração, localização
● Vômitos: número de episódios, momento após o trauma
● Náuseas e/ou vertigem: duração, persistência, intensidade
● Comportamento comparado ao habitual
Exame físico:
● Escala de coma de Glasgow (adaptado para faixa etária)
● Sinal de alteração do estado mental: agitação, sonolência, questionamento repetitivo, respostas
lentificadas
● Abaulamento da fontanela
● Sinais de fratura de base de crânio (hematoma de mastoide ou sinal de Battle; hematoma
periorbitário ou sinal de guaxinim; hemotimpano; perda de líquor otorreia/ rinorreia)
● Fratura craniana palpável
● Hematoma subgaleal: local, tamanho
● Deficiência neurológica: força e sensibilidade
● Sinais de intoxicação: álcool, medicações, drogas ilícitas
A partir das informações da avaliação clínica inicial recomenda-se exame complementar com
TC de crânio sem contraste conforme os critérios discutidos adiante.
A TC é o exame padrão para diagnóstico rápido de lesões decorrentes de traumatismo
craniano, mas pode detectar lesões menores ou achados irrelevantes para a conduta. Em
contrapartida, a TC pode também subestimar lesões identificáveis por outros métodos e um paciente
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pode ter indicação de internação por traumatismo craniano independentemente dos achados
tomográficos.
Até o início da década passada, a grande maioria das diretrizes recomendava a realização de
TC sem contraste para praticamente todos os pacientes que sofreram traumatismo craniano. Mais
recentemente, tem-se observado esforços para identificar condições com baixa probabilidade de lesão
cranioencefálica com importância clínica e, portanto, sem necessidade do exame radiológico.
Stiell et al. publicaram, em 2001, importante estudo conhecido como Canadian CT Head Rules
que descreve critérios com alta sensibilidade e especificidade para identificar pacientes com
necessidade de intervenção neurocirúrgica ou com TCE clinicamente importante, o que acabou
repercutindo na redução de tomografias desnecessárias.
Em crianças, o maior estudo publicado até o momento foi o de Kuppermann N et al (estudo
PECARN, 2009) que analisou dados de 42.412 crianças com TCE dividindo-as por faixa etária em
menores que 2 anos e maiores.
4.
CLASSIFICAÇÃO E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
Uma classificação geral do traumatismo craniano pode ser feita segundo a causa (mecanismo
de trauma) e a gravidade.
A gravidade do trauma na repercussão clínica pode ser avaliada pela Escala de Coma de
Glasgow (vide anexo) e segundo a pontuação pode-se agrupar os pacientes em:
●
TCE Leve: ECG 13 a 15
●
TCE Moderado: ECG 10 a 12
●
TCE Grave: ECG 3 a 9
Para adultos, pode-se identificar o risco de intervenção neurológica e de lesões na tomografia para
pacientes com traumatismo cranioencefálico leve conforme a presença de algum dos critérios da regra
canadense (Canadian CT Head Rule), a saber:
Alto risco (para intervenção neurológica):
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●
Escore de Coma de Glasgow < 15 após 2 horas do trauma
●
Suspeita de fratura exposta ou afundamento de crânio
●
Sinais de fratura de base do crânio
●
Vômitos ≥ 2 episódios
●
Idade ≥ 65 anos
Moderado risco (para lesões na TC):
●
Amnésia anterior ao trauma ≥ 30 min
●
Mecanismo de trauma grave (alta energia): Atropelamento, ejetado do veículo,
queda de altura acima de 1,5 m ou 5 degraus, etc.
A regra canadense propõe que a presença de qualquer um dos critérios acima seja indicativo
de TC. Entretanto, a regra não é aplicável para pacientes sem história de trauma, Glasgow < 13, idade
menor que 16 anos, uso de anticoagulantes ou fratura exposta evidente.
Pode-se também estratificar segundo o tempo de alteração do estado mental e/ou perda da
consciência em:
●
Leve: < 30 minutos
●
Moderado: 30 minutos a 6 horas
●
Grave: > 6 horas
Vários outros critérios são descritos para avaliar gravidade do trauma, como estratificação pelo
tempo de amnesia pós trauma, CHALICE, CATCH, etc.
5.
CONDUTA
5.1
Indicação de tomografia computadorizada
Está indicada TC para todos os pacientes com TCE moderado ou grave (ECG < 13 ou perda
de consciência > 30 min).
Nos pacientes adultos com traumatismo leve recomenda-se realizar o exame para os pacientes
que apresentarem (Fluxograma 1):
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●
Algum dos 7 critérios descritos na Regra Canadense descrita anteriormente;
●
Uso de anticoagulantes ou distúrbios de coagulação
Em crianças com escala de coma de Glasgow ≤ 14 o risco de lesão traumática intracraniana é
maior do que 20% o que justifica a realização tomografia em todos os casos. Outros fatores também
mostraram com risco relevante pelo estudo de PECARN (Kuppermann, 2009), compondo assim os
critérios para realizar tomografia (Fluxograma 2):
●
Escala de Coma de Glasgow ≤ 14;
●
Alterações do estado mental;
●
Sinais de fratura de base de crânio (ou, em menores do que 2 anos, qualquer fratura
craniana).
Na ausência desses critérios, há situações em que deve-se ponderar entre manter a criança
em observação clínica ou realizar tomografia computadorizada, a saber (Fluxograma 2):
Em maiores do que 2 anos:
●
História de perda de consciência;
●
História de vômitos;
●
Mecanismo de trauma grave;
●
Cefaleia intensa.
Em menores do que 2 anos:
●
Hematoma occipital, parietal ou temporal;
●
Perda de consciência > 5 s;
●
Mecanismo de trauma grave;
●
Não esteja reagindo normalmente segundo os pais.
É considerado trauma grave quando envolve mecanismos de alta energia como ejeção de
carro, acidente automobilístico com morte de passageiro, atropelamento, queda de altura > 1,5m (90
cm para menores de 2 anos), atingido por objeto com alto impacto.
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A decisão entre realizar a TC ou optar por período maior de observação vai ser determinada
por fatores como a experiência do médico, outras condições clínicas associadas, piora dos sintomas
na evolução, idade menor do que 3 meses e preferencia dos pais (Fluxogramas 1 e 2).
Importante salientar que no estudo PECARN (Kupppermann et al, 2009) as crianças
identificadas nessas últimas situações apresentaram incidência de TCE clinicamente importante em
menos de 1% dos casos. Assim, especialmente nas crianças com algum dos critérios isolados deve-se
propender à observação clínica, enquanto, a presença de múltiplos critérios ou menores do que 3
meses, pode-se tender para realização da TC.
5.2
Observação no pronto-atendimento e alta hospitalar
O paciente que não tem indicação de tomografia por ser considerado de baixo risco pelos
critérios usados conforme a faixa etária, a rigor não requer permanência intra-hospitalar e pode
receber alta hospitalar com as orientações para observação domiciliar, exceto quando outras
situações clínicas do paciente exijam o contrário ou na impossibilidade de supervisão domiciliar
adequada (p.e., idoso com limitações e sem acompanhante). Conduta semelhante deve ser seguida
para o paciente com tomografia de crânio normal e mantendo 15 pontos pela Escala de Glasgow.
Para crianças com critérios para observação intra-hospitalar e sem indicação de TC, conforme
descrito anteriormente, aconselha-se a permanência no hospital por período de pelo menos 4 a 6
horas do trauma, a critério do médico emergencista. Recomenda-se nesse período a anotação de
dados vitais e estado neurológico (FC, PA, Sat O2, Glasgow, diâmetro e reflexo pupilar) pelo menos a
cada 30 minutos nas primeiras 2 horas, a cada hora até 4 horas e, então, a cada 2 horas nos
pacientes com Glasgow de 15. Deve-se reduzir ou manter intervalos menores sempre que houver
alguma alteração ou deterioração dos sinais clínicos. Nessa última condição está indicada a
internação.
Os pacientes que foram submetidos a exame sob anestesia podem necessitar de período
prolongado de observação antes da alta hospitalar.
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Na alta hospitalar todo paciente ou seu responsável deve ser informado sobre os riscos, sinais
de alerta e orientações para observação domiciliar (orientações de alta).
5.3
Avaliação do especialista e internação hospitalar
Considerar avaliação de especialista e provável internação nas seguintes condições:
●
Pacientes com alteração clinicamente importante na tomografia;
●
Paciente que não retornou ao Glasgow de 15 após o exame de imagem, independente do
resultado desse exame;
●
Paciente com indicação de realizar tomografia, mas que por algum motivo não tenha
condições de fazê-lo (não colaborativo e na impossibilidade de ser submetido a exame sob
sedação), exigindo tempo de observação prolongado;
●
Persistência de sinais de alerta (vômitos, cefaleia intensa e refratária, etc.);
●
Alteração da coagulação;
●
Outras condições clínicas (intoxicação, descompensação de comorbidade, suspeita de
maus tratos, outras lesões, etc.); e,
●
6.
Demanda do paciente ou do seu médico para avaliação de especialista.
FLUXOGRAMAS
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Fluxograma 1. Indicação de tomografia computadorizada para TCE em adultos
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Fluxograma 2. Indicação de tomografia computadorizada para TCE em crianças.
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7.
ANEXO
Escala de Coma de Glasgow
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
Adultos
Crianças
Abertura Ocular
Resposta Verbal
Resposta Motora
8.
Pontos
Não abre
4
Estímulo verbal
3
Estímulo doloroso
2
Sem resposta
1
Orientado
Balbucio / palavras apropriadas e/ou
sorriso social, fixa e segue com o olhar
5
Confuso
Choro irritado
4
Palavras inapropriadas
Choro à dor
3
Sons incompreensíveis
Gemido à dor
2
Sem resposta
Sem resposta
1
Atende aos comandos
Movimento espontâneo e normal
6
Localiza a dor
Reage ao toque
5
Resposta inespecífica
Reage a dor
4
Decorticação
3
Decerebração
2
Sem resposta
1
MEDIDA DE QUALIDADE
● TC em crianças com TCE de baixo risco.
9.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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1. Barbosa RR, Jawa R, Watters JM, Knight JC, Kerwin AJ, Winston ES, et al. Evaluation and
management of mild traumatic brain injury: an Eastern Association for the Surgery of Trauma
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Head Rule for patients with minor head injury. Lancet. 2001 May;357(9266):1391–6.
10.
ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO
Autores: Carlos Eduardo Fonseca Pires, José Américo Bachi Hora, Elda Maria Stafuzza Gonçalves
Pires.
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TRAUMATISMO CRANIANO EM ADULTOS
ORIENTAÇÃO DE ALTA HOSPITALAR
Informações sobre a doença
Você teve um traumatismo craniano leve e a avaliação médica realizada até o momento não identificou
qualquer situação que exija a permanência por mais tempo no hospital. Embora haja um risco muito baixo, novas
alterações inesperadas podem ocorrer num período variável de tempo após o traumatismo. Quanto maior a
idade, maior pode ser esse intervalo, podendo chegar a meses. As primeiras 48 horas são consideradas as mais
criticas e recomenda-se que neste período permaneça acompanhado de algum adulto capaz de auxiliá-lo caso
necessite contatar um médico ou retornar ao hospital.
Sobre o tratamento
●
Repouso: procure descansar (física e mentalmente) e evite atividades extenuantes especialmente nas
primeiras 24 horas. Você pode dormir à noite, mas é recomendável que alguém verifique se está bem a cada
3-4 horas.
● Medicamentos para dor: você pode e deve tratar a dor com remédios prescritos ou recomendados pelo
médico.
● Não faça uso de qualquer substância que possa alterar o nível de consciência ou induzir sonolência por 3
dias, sem orientação médica.
É esperado sentir-se cada vez melhor e recuperado em questão de dias. Caso isso não ocorra, uma
consulta deve ser agendada.
Instruções para a casa
●
●
Dirigir: não é recomendável nas primeiras 24 horas e até que esteja sem sintomas neurológicos.
Atividades esportivas: é recomendável que mantenha-se afastado de práticas esportivas por período, às
vezes, maior do que 48 horas, a depender do tipo de atividade e da sua situação clínica.
Retorne ao seu médico ou ao pronto atendimento se tiver:
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Perda de consciência, desmaio ou sonolência excessiva
Dor de cabeça forte e persistente
Fraqueza nos membros, sensação de formigamento ou adormecimento em parte do corpo
Náuseas ou vômitos
Perda de memória ou dificuldade para reconhecer pessoas ou lugares
Mudanças de comportamento, como falar coisas sem sentido ou agir de forma estranha ou inadequada
Alteração visual ou fala incompreensível
Convulsões
Alteração do equilíbrio ou vertigem
Sangramento nasal ou pela orelha
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Título Documento
Traumatismo Cranioencefálico
TRAUMATISMO CRANIANO EM CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS DE IDADE
ORIENTAÇÃO PÓS ALTA HOSPITALAR
Informações sobre a doença
Seu filho (a) teve um traumatismo craniano leve e a avaliação médica realizada até o momento não
identificou qualquer situação que exija a permanência por mais tempo no hospital. Embora haja um risco muito
baixo, novas alterações neurológicas inesperadas podem ocorrer depois do traumatismo. As primeiras 48 horas
são consideradas as mais críticas, sendo recomendado que neste período permaneça sob supervisão de um
adulto.
Sobre o tratamento
●
Repouso: permita que a criança descanse (física e mentalmente) e evite atividades extenuantes
especialmente nas primeiras 24 horas. A criança pode dormir nos seus horários habituais, mas é
recomendável que alguém verifique se está bem a cada 3-4 horas.
● Medicamentos para dor: a dor pode e deve tratar a dor com remédios prescritos ou recomendados pelo
médico.
É esperado que a criança se sinta cada vez melhor e recuperada em questão de dias. Caso isso não
ocorra, deve contatar o pediatra e agendar consulta.
Instruções para a casa
●
Atividades esportivas: é recomendável que a criança mantenha-se afastada de práticas esportivas por
período, às vezes, maior do que 48 horas, a depender do tipo de atividade e da sua situação clínica. Siga as
recomendações do médico.
Retorne ao seu médico ou ao pronto atendimento se houver:
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Perda de consciência, desmaio ou sonolência excessiva
Dor de cabeça de forte intensidade e persistente, apesar do uso de analgésicos
Fraqueza nos membros, sensação de formigamento ou adormecimento em parte do corpo
Náuseas ou vômitos persistentes (2 ou mais episódios)
Perda de memória ou não conseguir reconhecer pessoas ou lugares
Mudanças de comportamento, como falar coisas sem sentido ou agir de forma estranha ou inadequada
Alteração visual ou fala incompreensível
Convulsões
Alteração do equilíbrio ou vertigem
Sangramento nasal ou pela orelha
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
2
Data Criação
Data Revisão
DI.ASS.65.2
07/01/2015
20/07/2015
Elaborador
Revisor
Parecerista
Aprovado por
Carlos
Eduardo
Fonseca Pires
Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
Data Aprovação
20/07/2015
Código Legado
Código do Documento
DOCUMENTO OFICIAL
José Carlos
Teixeira | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
Tipo Documental
DiretrizAssistencial
Título Documento
Traumatismo Cranioencefálico
TRAUMATISMO CRANIANO EM CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS DE IDADE
ORIENTAÇÃO PÓS ALTA HOSPITALAR
Informações sobre a doença
Seu filho (a) teve um traumatismo craniano leve e a avaliação médica realizada até o momento não
identificou qualquer situação que exija a permanência por mais tempo no hospital. Embora haja um risco muito
baixo, novas alterações neurológicas inesperadas podem ocorrer depois do traumatismo. As primeiras 48 horas
são consideradas as mais críticas, sendo recomendado que neste período permaneça sob supervisão de um
adulto.
Sobre o tratamento
●
Repouso: permita que a criança descanse (física e mentalmente) e evite atividades extenuantes
especialmente nas primeiras 24 horas. A criança pode dormir nos seus horários habituais, mas é
recomendável que alguém verifique se está bem a cada 3-4 horas.
● Medicamentos para dor: a dor pode e deve tratar a dor com remédios prescritos ou recomendados pelo
médico.
É esperado que a criança se sinta cada vez melhor e recuperada em questão de dias. Caso isso não
ocorra, deve contatar o pediatra e agendar consulta.
Instruções para a casa
A criança pode fazer as suas atividades habituais, conforme as recomendações para idade. Devem ser
evitadas apenas situações com maior risco de traumatismo craniano.
Retorne ao seu médico ou ao pronto atendimento se:
●
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●
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Perda de consciência, desmaio, ou sonolência excessiva
Alteração do tamanho ou discrepância entre as pupilas
Abaulamento da fontanela
Irritabilidade excessiva ou recusa das mamadas
Vômitos persistentes (2 ou mais episódios)
Mudanças de comportamento ou diminuição da atividade normal da criança apesar do estímulo
Convulsões
Alteração do equilíbrio,
Sangramento nasal ou pela orelha
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
2
Data Criação
Data Revisão
DI.ASS.65.2
07/01/2015
20/07/2015
Elaborador
Revisor
Parecerista
Aprovado por
Carlos
Eduardo
Fonseca Pires
Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
Data Aprovação
20/07/2015
Código Legado
Código do Documento
DOCUMENTO OFICIAL
José Carlos
Teixeira | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
Tipo Documental
DiretrizAssistencial
Título Documento
Traumatismo Cranioencefálico
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DESCRIÇÃO RESUMIDA DA REVISÃO
00
Carlos Eduardo Fonseca Pires (07/01/2015 11:30:25 AM) - Diretriz de atendimento de TCE nas UPAs.
Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (10/07/2015 10:09:45 PM) - Correção de formatação.
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
2
Data Criação
Data Revisão
DI.ASS.65.2
07/01/2015
20/07/2015
Elaborador
Revisor
Parecerista
Aprovado por
Carlos
Eduardo
Fonseca Pires
Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
Data Aprovação
20/07/2015
Código Legado
Código do Documento
DOCUMENTO OFICIAL
José Carlos
Teixeira | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
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