E STA D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 10 1 º D E S E T E M B R O D E 2 0 1 3 ● P A R A A N U N C I A R N O S M E G A C L A S S I F I C A D O S L I G U E ( 3 1 ) 3 2 2 8 - 2 0 0 0 ❚ APOIO Investidores auxiliam empresas na definição de políticas estratégicas e de gestão, visando fomentar o crescimento sustentável JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS MEGACLASSIFICADOSNEGÓCIOS & OPORTUNIDADES Incentivo em boa hora HUMBERTO SIQUEIRA Minas Gerais tem 70% do seu Produto Interno Bruto (PIB) proveniente da siderurgia e da mineração. O número deixa claro o quanto o estado é dependente desses dois setores. Visando descobrir novos negócios no estado, em especial aqueles inovadores, a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), entidade representativa da indústria brasileira de capital de investimento produtivo, em parceria com a Crowe Horwath Brasil, realizou o Venture Forum Belo Horizonte. O objetivo foi reconhecer iniciativas com grande potencial de crescimento e que necessitem de um incentivo financeiro. Segundo o sócio da Crowe, Ricardo Martins, private equipy é o nome dado a empresas com grande faturamento, acima dos R$ 50 milhões, e venture capital são as empresas novas, que estão surgindo e precisam de um anjo, que é o nome dado ao investidor. “Os empreendedores que buscam tirar seu projeto do papel podem procurar a Abvcap. No fórum, selecionamos alguns participantes que, em 10 minutos, expõem suas ideias, do quanto precisam e por que precisam. Ao fim das apresentações, os investidores podem se aproximar, colher mais informações e, quem sabe, iniciar um relacionamento”, explica. Os investidores, ao se tornar sócios, assumem uma participação relevante (em média, 45%), auxiliam a empresa na definição de políticas estratégicas e de gestão, indicam membros do conselho de administração e fomentam o crescimento sustentável. Todo o processo, da análise, passando pelo monitoramento, até a saída, dura em média cinco anos, embora alguns casos cheguem a 10 anos. Os investimentos são divididos de acordo com o porte da empresa. Start ups, nascentes e incubadas podem receber investimentos de até R$ 2 milhões, via anjos e subvenções. Empresas já estabelecidas, com faturamento de até R$ 5 milhões, podem agregar esses mesmos R$ 5 milhões via fundos de seed capital. “Os investidores visam promover o empreendedorismo de forma estruturada”, pondera. Eduardo Mendes Alvez, gerente comercial do grupo de vestuário mineiro Rejane, é um dos interessados em en- contrar um anjo para sua empresa. A marca, estabelecida em 1993, conta com o W Showroom, que reúne várias marcas num mesmo endereço para venda em atacado. “Nossa objetivo agora é conseguir um aporte de R$ 3,5 milhões para entrar forte também no comércio eletrônico. Desse valor, R$ 2 milhões seriam para marketing, R$ 800 mil para contratações e R$ 700 mil para o desenvolvimento da plataforma”, explica. “O evento foi produtivo e várias paqueras surgiram. Alguns interessados vão visitar nossa empresa. Estamos confiantes”, completa. TREINAMENTO Antes de apresentar seus negócios, as empresas são treinadas pela Crowe Horwath. “O pequeno empresário, na maioria das vezes, não sabe preparar o negócio para aporte de órgãos públicos ou fundos de investimentos. Por um lado, atuamos dando esse suporte e, por outro, reunimos potenciais investidores, fazendo a ponte entre os dois lados”, explica. O investimento pode ter várias origens e formatos: fundos de participação com registro e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); gestores independentes; condomínio fechado; investimentos com perfil de longo prazo, por meio de aquisições de ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas; ou ainda injeções de capital com prazo estabelecido em regulamento para saída do investimento (com recuperação do capital investido acrescido dos ganhos). Os setores que mais receberam investimentos foram: TI e eletrônico (19,5%), energia e óleo (9,7%), construção civil (9,4%), comunicação (6,1%) e varejo (5,1%). SERVIÇO Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) (21) 3970-2432 www.abvcap.com.br Crowe Horwath Macro Auditoria e Consultoria (11) 3372-3733 www.crowehorwath.com.br Rejane (31) 3371-4544 http://rejane.com.br ACUPUNTURA Eduardo Mendes Alvez, gerente comercial do grupo Rejane, busca aporte para entrar também no comércio eletrônico FRANQUIA Interior se destaca ABF/DIVULGAÇÃO – 19/10/12 Minas Gerais tem-se destacado no mercado de franchising brasileiro e o desenvolvimento das cidades de pequeno e médio portes do interior ajudam nessa alavancagem, já que os negócios em funcionamento são responsáveis por 14% do faturamento do franchising no estado. Dados da ABF mostram que Minas é sede de 145 marcas de franquias, das quais 51 redes são associadas à ABF, 18 delas nascidas em cidades do interior. Dessas redes, 22,2% atuam no segmento de alimentação, 16,7% no de educação e treinamento e outras 16,7% no segmento de vestuário. Na avaliação do diretor regional da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Aristides Newton, a variedade de negócios que surgem no interior e se expandem pelo estado e até mesmo no país chama a atenção. “A Região Metropolitana de Belo Horizonte é a mais representativa para o franchising no estado, mas as cidades polos do interior têm demonstrado vigor econômico para puxar o crescimento do setor em Minas”, avalia. Em 2012, o setor de franquias faturou R$ 103,291 bilhões. Minas Gerais, com um crescimento de 18%, foi responsável por 3,5% desde total. Para este ano, a ABF projeta crescimento de 14% no faturamento nacional do setor, com um aumento de 10% no número de redes e de novas unidades. Em Belo Horizonte para participar de formatura de turma do Minas Franquia, a presidente da ABF, Cristina Franco, destacou a importância do estado para alcançar essa expansão. Segundo ela, Minas é estratégico para o setor. “É o segundo estado mais populoso e com o maior número de municípios do país. E como a interiorização é um dos pilares da minha gestão, certamente teremos muito a crescer por aqui. Tanto que temos uma regional exclusiva para o estado”, lembrou. Na avaliação de Aristides, o estado continua numa escalada positiva. “Nossa previsão é manter o crescimento de 18% este ano. Para os próximos anos está prevista a abertura de dezenas de shoppings centers em cidades de médio porte, que são espaços pro- pícios para o surgimento e a expansão de marcas”, afirma. INTERIORIZAÇÃO Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora, Montes Claros, Governador Valadares e regiões como o Vale do Aço e oSuldeMinasatraemcadadiamaisinvestidores. No ano passado, a região do Triângulo Mineiro teve participação de 12,7% no mercado estadual e Uberlândia se destaca como o município com o maior númerodeunidadesfranqueadasemoperação, depois da capital, reunindo 7% das unidades licenciadas no estado. (HS) Diretor regional da ABF, Aristides Newton diz que a previsão é manter o crescimento de 18% este ano CRESCIMENTO DO SETOR » Até o fim de 2012, havia no Brasil 2.426 redes de franquias e o número de unidades somava 104.543. Desse total, 4.433 estão em Minas, 30% delas em Belo Horizonte e região metropolitana, e 70% no interior. » Para ajudar a fortalecer o franchising no estado, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG) e a regional mineira da ABF investem na profissionalização do setor e são parceiros no projeto Minas Franquia. O programa busca estruturar melhor o setor, levando informações e suporte aos empreendedores que desejam expandir seus negócios pelo sistema de franchising. » Cerca de 40 negócios já se tornaram franquias no estado com o auxílio do Minas Franquia, 14 deles de Uberlândia e região. O projeto é desenvolvido em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Montes Claros e Varginha.