Interior se destaca

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❚ APOIO
Investidores auxiliam empresas
na definição de políticas
estratégicas e de gestão,
visando fomentar o
crescimento sustentável
JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS
MEGACLASSIFICADOSNEGÓCIOS & OPORTUNIDADES
Incentivo
em
boa hora
HUMBERTO SIQUEIRA
Minas Gerais tem 70% do seu Produto Interno Bruto (PIB) proveniente da siderurgia e da mineração. O número deixa claro o quanto o estado é dependente
desses dois setores. Visando descobrir
novos negócios no estado, em especial
aqueles inovadores, a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital
(Abvcap), entidade representativa da indústria brasileira de capital de investimento produtivo, em parceria com a
Crowe Horwath Brasil, realizou o Venture Forum Belo Horizonte. O objetivo foi
reconhecer iniciativas com grande potencial de crescimento e que necessitem
de um incentivo financeiro.
Segundo o sócio da Crowe, Ricardo
Martins, private equipy é o nome dado
a empresas com grande faturamento,
acima dos R$ 50 milhões, e venture capital são as empresas novas, que estão surgindo e precisam de um anjo, que é o nome dado ao investidor. “Os empreendedores que buscam tirar seu projeto do
papel podem procurar a Abvcap. No fórum, selecionamos alguns participantes
que, em 10 minutos, expõem suas
ideias, do quanto precisam e por que
precisam. Ao fim das apresentações, os
investidores podem se aproximar, colher mais informações e, quem sabe, iniciar um relacionamento”, explica.
Os investidores, ao se tornar sócios,
assumem uma participação relevante
(em média, 45%), auxiliam a empresa na
definição de políticas estratégicas e de
gestão, indicam membros do conselho
de administração e fomentam o crescimento sustentável. Todo o processo, da
análise, passando pelo monitoramento,
até a saída, dura em média cinco anos,
embora alguns casos cheguem a 10 anos.
Os investimentos são divididos de
acordo com o porte da empresa. Start
ups, nascentes e incubadas podem receber investimentos de até R$ 2 milhões,
via anjos e subvenções. Empresas já estabelecidas, com faturamento de até R$
5 milhões, podem agregar esses mesmos R$ 5 milhões via fundos de seed capital. “Os investidores visam promover
o empreendedorismo de forma estruturada”, pondera.
Eduardo Mendes Alvez, gerente comercial do grupo de vestuário mineiro
Rejane, é um dos interessados em en-
contrar um anjo para sua empresa. A
marca, estabelecida em 1993, conta
com o W Showroom, que reúne várias
marcas num mesmo endereço para
venda em atacado. “Nossa objetivo
agora é conseguir um aporte de R$ 3,5
milhões para entrar forte também no
comércio eletrônico. Desse valor, R$ 2
milhões seriam para marketing, R$ 800
mil para contratações e R$ 700 mil para
o desenvolvimento da plataforma”, explica. “O evento foi produtivo e várias
paqueras surgiram. Alguns interessados vão visitar nossa empresa. Estamos
confiantes”, completa.
TREINAMENTO Antes de apresentar
seus negócios, as empresas são treinadas pela Crowe Horwath. “O pequeno
empresário, na maioria das vezes, não
sabe preparar o negócio para aporte de
órgãos públicos ou fundos de investimentos. Por um lado, atuamos dando
esse suporte e, por outro, reunimos
potenciais investidores, fazendo a
ponte entre os dois lados”, explica.
O investimento pode ter várias origens e formatos: fundos de participação com registro e supervisão da
Comissão de Valores Mobiliários
(CVM); gestores independentes; condomínio fechado; investimentos com
perfil de longo prazo, por meio de
aquisições de ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e
valores mobiliários conversíveis ou
permutáveis em ações de emissão de
companhias, abertas ou fechadas; ou
ainda injeções de capital com prazo estabelecido em regulamento para saída
do investimento (com recuperação do
capital investido acrescido dos ganhos). Os setores que mais receberam
investimentos foram: TI e eletrônico
(19,5%), energia e óleo (9,7%), construção civil (9,4%), comunicação (6,1%) e
varejo (5,1%).
SERVIÇO
Associação Brasileira de Private Equity e
Venture Capital (Abvcap)
(21) 3970-2432
www.abvcap.com.br
Crowe Horwath Macro Auditoria e Consultoria
(11) 3372-3733
www.crowehorwath.com.br
Rejane
(31) 3371-4544
http://rejane.com.br
ACUPUNTURA
Eduardo
Mendes Alvez,
gerente
comercial do
grupo Rejane,
busca aporte
para entrar
também no
comércio
eletrônico
FRANQUIA
Interior se destaca
ABF/DIVULGAÇÃO – 19/10/12
Minas Gerais tem-se destacado no
mercado de franchising brasileiro e o
desenvolvimento das cidades de pequeno e médio portes do interior ajudam nessa alavancagem, já que os negócios em funcionamento são responsáveis por 14% do faturamento do
franchising no estado. Dados da ABF
mostram que Minas é sede de 145
marcas de franquias, das quais 51 redes são associadas à ABF, 18 delas nascidas em cidades do interior. Dessas
redes, 22,2% atuam no segmento de
alimentação, 16,7% no de educação e
treinamento e outras 16,7% no segmento de vestuário.
Na avaliação do diretor regional da
Associação Brasileira de Franchising
(ABF), Aristides Newton, a variedade de
negócios que surgem no interior e se
expandem pelo estado e até mesmo
no país chama a atenção. “A Região
Metropolitana de Belo Horizonte é a
mais representativa para o franchising
no estado, mas as cidades polos do interior têm demonstrado vigor econômico para puxar o crescimento do setor em Minas”, avalia.
Em 2012, o setor de franquias faturou R$ 103,291 bilhões. Minas Gerais,
com um crescimento de 18%, foi responsável por 3,5% desde total. Para este ano, a ABF projeta crescimento de
14% no faturamento nacional do setor,
com um aumento de 10% no número
de redes e de novas unidades. Em Belo
Horizonte para participar de formatura de turma do Minas Franquia, a presidente da ABF, Cristina Franco, destacou a importância do estado para alcançar essa expansão.
Segundo ela, Minas é estratégico
para o setor. “É o segundo estado mais
populoso e com o maior número de
municípios do país. E como a interiorização é um dos pilares da minha gestão, certamente teremos muito a crescer por aqui. Tanto que temos uma regional exclusiva para o estado”, lembrou. Na avaliação de Aristides, o estado continua numa escalada positiva.
“Nossa previsão é manter o crescimento de 18% este ano. Para os próximos
anos está prevista a abertura de dezenas de shoppings centers em cidades
de médio porte, que são espaços pro-
pícios para o surgimento e a expansão
de marcas”, afirma.
INTERIORIZAÇÃO Uberlândia, Uberaba,
Juiz de Fora, Montes Claros, Governador
Valadares e regiões como o Vale do Aço e
oSuldeMinasatraemcadadiamaisinvestidores. No ano passado, a região do Triângulo Mineiro teve participação de 12,7%
no mercado estadual e Uberlândia se destaca como o município com o maior númerodeunidadesfranqueadasemoperação, depois da capital, reunindo 7% das
unidades licenciadas no estado. (HS)
Diretor
regional da
ABF, Aristides
Newton diz que
a previsão é
manter o
crescimento de
18% este ano
CRESCIMENTO DO SETOR
» Até o fim de 2012, havia no Brasil 2.426 redes de franquias
e o número de unidades somava 104.543. Desse total,
4.433 estão em Minas, 30% delas em Belo Horizonte e
região metropolitana, e 70% no interior.
» Para ajudar a fortalecer o franchising no estado, o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG) e a regional
mineira da ABF investem na profissionalização do setor e são
parceiros no projeto Minas Franquia. O programa busca estruturar
melhor o setor, levando informações e suporte aos empreendedores
que desejam expandir seus negócios pelo sistema de franchising.
» Cerca de 40 negócios já se tornaram franquias no estado
com o auxílio do Minas Franquia, 14 deles de Uberlândia
e região. O projeto é desenvolvido em Belo Horizonte,
Juiz de Fora, Montes Claros e Varginha.
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