EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ELETRIZAÇÃO E FORÇA ELÉTRICA 1. Um corpo eletrizado positivamente apresenta a quantidade de carga de 480 µ C . Calcule o número de elétrons perdidos pelo corpo, inicialmente neutro. DADO: e = 1, 6 ⋅10−19 C. Resolução Q = 480 µ C = 480 ⋅10−6 C −6 480 ⋅10 = 1, 6 ⋅10 −19 Q = n⋅e n = 3 ⋅10 elétrons 15 n 2. Duas esferas idênticas de tamanhos desprezíveis, com cargas 3Q e Q, encontram-se no vácuo, separadas de uma distância d. Sobre cada uma delas age uma força F , de interação eletrostática. Colocam-se as duas esferas em contato até que atinjam o equilíbrio eletrostático. Calcule a intensidade da força F que age sobre as duas esferas quando separadas de uma distância d, em relação a intensidade de F . Resolução: 3Q F Q * Antes do contato: F d F =k 3Q ⋅ Q d2 F =k 3Q 2 d2 F' * Após o contato: 1 2Q 2Q d F' = k 2Q ⋅ 2Q d2 F' = k 4Q 2 d2 De 1 e 2 tem-se 4Q 2 F d2 = 3Q 2 F k⋅ d ' k⋅ F' 4 = F 3 F' = 4⋅ F 3 2 F' 3. Considere dois pontos materiais A e B no vácuo, afastados de qualquer outro corpo. O ponto A é fixo e possui carga elétrica positiva +Q . O ponto B executa movimento circular e uniforme com centro A e raio r, ele tem massa m e carga elétrica negativa –q. Desprezando-se as ações gravitacionais, determine a velocidade de B. É dada a constante eletrostática K. Resolução Como o movimento é circular e uniforme, a força elétrica está voltada para o centro, decorrendo que ela é uma força centrípeta: v Força elétrica = Força centrípeta B Q⋅q V2 Felet = k0 ⋅ 2 Fcp = m ⋅ Qcp = m ⋅ r r 2 Q ⋅ q m ⋅V Q⋅q k0 ⋅ 2 = V = k0 ⋅ r r m⋅r r -q A +Q Felet 4. Nos vértices de um triângulo eqüilátero de 3m de lado, estão colocadas as cargas q1 = q2 = 4 ⋅10−7 C e q3 = 1, 0 ⋅10−7 C . Calcule a intensidade da força resultante que atua em q3 . O meio é o vácuo. Resolução q1 = q2 = 4, 0 ⋅10−7 C q3 = 1, 0 ⋅10−7 C k0 = 9 ⋅109 N ⋅ m 2 / C 2 F F23 60º F 13 q3 F23 4 ⋅10−7 ⋅1 ⋅10−7 F13 = F23 = 9 ⋅109 32 q3 F13 60º F13 = F23 = 4 ⋅10−5 N F 2 = F132 + F232 + 2 ⋅ F13 ⋅ F23 cos 60° 3m 3m F = 4 3 ⋅10−5 N q1 q2 3m CAMPO ELÉTRICO 1. Duas cargas puntiformes são fixadas nos pontos A e B distantes de um metro. Sendo a carga em A, QA = 10−6 C e a carga em B, QB = 4 ⋅10−6 C , determine um ponto P, onde o vetor campo elétrico resultante seja nulo. Resolução A EB QA E A = EB X Q QB k A2 = k X (1 − X ) 2 10 −6 4.10 −6 = X 2 (1 − X ) 2 P EA B QB 1-X 1m (1 − X )2 = 4 X 2 1 X = m (em relação ao ponto A sobre o segmento AB ), 3 3X 2 + 2 X −1 = 0 OBS: X = −1m não convém, pois significa que o ponto P estaria à esquerda de A, onde E A e EB teriam mesma direção e sentidos iguais, não resultando um campo elétrico nulo. 2. A figura mostra duas partículas carregadas de intensidade q mas de sinais contrários, separadas de uma distância d. Supondo-se que Z d , mostre que o campo elétrico deste dipolo elétrico, em um ponto P , uma distância Z do ponto médio do dipolo e sobre o eixo que passa pelo centro das partículas é dado pela expressão F = 1 1 . 2πε 0 Z 3 Resolução A intensidade E do campo elétrico em P é E = E( + ) − E( − ) q E= 4πε 0 E= 1 z− d 2 q 4πε 0 Z 2 1 E= 1− 2 d 2z 4πε 0 r q 2 − (+) 1 4πε 0 r q 2 (−) q − 4πε 0 1 z+ d 2 −2 − 1+ d 2z 2 1 −2 2 A grandes distâncias como esta, temos d 2z 1 Na equação 2 podemos então expandir as duas grandezas entre parênteses dessa equação pelo teorema binomial: (1 + y ) n = 1 + ny + n n −1 2 y +−−−−− 2! Obtendo-se para essas grandezas: 1+ 2d 2d + − − − − − 1− +−−−− 2 z (1!) 2 z (1!) Logo, E = q 4πε 0 z 2 1+ d d + − − − − 1+ + − − − z z Os termos omitidos nas duas expressões da equação anterior envolvem d/z elevado a potências progressivamente mais altas. Como d / z 1 , as contribuições desses termos são progressivamente menores e para aproximamos E a grandes distâncias, podemos desprezá-los. Assim, em nossa aproximação podemos prescrever a equação anterior, como E= 2d 1 qd = 4πε 0 z z 2πε 0 z 3 q 2 O produto qd é a intensidade ρ de uma grandeza vetorial conhecida como o momento de dipolo elétrico ρ do dipolo. Logo: E = 1 ρ 2πε 0 z 3 OBS: Adotamos como sentido de ρ o da extremidade negativa para a extremidade positiva do dipolo. 3. A figura seguinte mostra um anel fino de raio R com uma densidade linear de carga positiva uniforme λ ao redor da sua circunferência. Podemos imaginar o anel feito de plástico ou de algum material isolante, de modo que as cargas possam ser consideradas fixas. Qual o campo elétrico E no ponto P, a uma distância Z do plano do anel ao longo do seu eixo central? Resolução Seja ds o comprimento (de arco) de qualquer elemento diferencial do anel. Como λ é a carga por unidade de comprimento, o elemento possui uma intensidade de carga dq = λ ⋅ ds Esta carga diferencial cria um campo elétrico diferencial dE no ponto P, que está a uma distância r do elemento. Tratando o elemento como um carga pontual, podemos expressar a intensidade de dE como dE = dq 1 λ ds = 2 4πε 0 r 4πε 0 r 2 1 Da figura, podemos reescrever a equação anterior como dE = 1 λ ds 4πε 0 ( Z + R 2 ) 2 A figura nos mostra que dE forma um ângulo com o eixo central (que tomamos como sendo o eixo Z) e possui componentes perpendiculares e paralelos a esse eixo. As componentes perpendiculares se cancelam e não precisamos mais considerá-las. Restam apenas as componentes paralelas. Todas elas possuem a mesma direção e sentido, portanto o campo elétrico resultante em P é a soma delas. A componente paralela de dE mostrada na figura, possui intensidade dE cos θ . A figura também nos mostra que cos θ = dE cos θ = Logo: Zλ 4πε 0 ( Z 2 + R 2 ) E = dE cos θ = E= 3/ 2 Z 2 = 2 r ( Z + R 2 )1/2 ds 2π R Zλ 4πε 0 ( Z 2 + R 2 ) ds 3/2 0 Z λ (2π R) 4πε 0 ( Z 2 + R 2 ) 3/2 Como λ é a carga por comprimento do anel, o termo λ (2π R ) é a carga total q do anel. Então E = qZ 4πε 0 ( Z 2 + R 2 ) 3/2 (Anel Carregado) 4. A figura seguinte mostra um disco circular de plástico com raio R que possui uma carga superficial positiva de densidade uniforme σ na sua superfície superior. Qual o campo elétrico no ponto P, a uma distância Z do disco ao longo do seu eixo central? Resolução O disco será dividido em anéis planos concêntricos e depois calcular o campo elétrico no ponto P somando (ou seja, integrando) as contribuições de todos os anéis. A figura mostra um destes anéis, com raio r e espessura radial dr. Como σ é a carga por unidade de área, a carga sobre o anel é dq = σ dA = σ (2π rdr ), Onde dA é a área diferencial do anel. A expressão para o campo elétrico dE em P devido ao nosso anel plano será: dE = Logo: dE = Zσ 2π rdr 4πε 0 ( Z 2 + r 2 ) 3/2 σZ 2π dr 2 4ε 0 ( Z + r 2 )3/ 2 Integrando na variável r de r = 0 até r = R . Observe que Z permanece constante durante este processo, assim E = dE = σZ 4ε 0 R 0 (Z 2 + r2 ) −3/2 (2r ) dr Para resolvermos esta integral, podemos reescrevê-la na forma X m dX , fazendo X = ( Z 2 + r 2 ); m = − 3 2 e dX = (2r )dr . Para a integral reescrita temos X m dX = X m +1 m +1 R Então, E = σ Z ( Z 2 + r 2 ) −1/ 2 1 4ε 0 − 2 0 Substituindo os limites desta equação e reordenando, obtemos E= σ Z 1− 2ε 0 Z 2 + R2 (disco carregado) ! OBS: Se fizermos R → ∞ mantendo Z finito, o segundo termo entre parênteses da equação anterior tende a zero e esta equação se reduz a E= σ 2ε 0 Este é o campo elétrico produzido por uma placa infinita com carga uniformemente distribuída sobre um dos lados de um isolante. FLUXO DE UM CAMPO ELÉTRICO – A LEI DE GAUSS 1. Um campo elétrico não-uniforme dado por E = 3, 0 xiˆ + 4, 0 ˆj atravessa o cubo gaussiano mostrado na figura seguinte. (E é dado em Newtons por Coulomb e x em metros.) Qual o fluxo elétrico através da face direita, da face esquerda e da face superior? Resolução FACE DIREITA: um vetor área A é sempre perpendicular à sua superfície e sempre aponta para fora da superfície gaussiano. Assim, o vetor dA para a face direita do cubo deve apontar no sentido positivo de x. Então, em notação com o vetor unitário, dA = dAiˆ . Φ d = E ⋅ dA = (3, 0 xiˆ + 4, 0 ˆj ) ⋅ (dAiˆ) = (3, 0 x)(dA)iˆ ⋅ iˆ + (4, 0)(dA) ˆj ⋅ iˆ) Então = (3, 0 xdA + 0) = 3, 0 xdA = 3, 0 (3, 0)dA = Φ d = 9, 0 1A = 9, 0 A A = 4, 0m 2 = Φ d == 9, 0 (4, 0)m 2 Φ d == 36 N ⋅ m 2 / C FACE ESQUERDA: O vetor de área diferencial dA aponta no sentido negativo do eixo x, portanto dA = −dAiˆ . Na face esquerda, x = 1, 0m . Usando o mesmo procedimento da face direita, teremos Φ e = −12 N ⋅ m 2 / C " FACE SUPERIOR: O vetor de área diferencial dA aponta no sentido positivo do eixo y, logo dA = dAjˆ . O fluxo Φ através da superfície superior é então Φ s = (3, 0 xiˆ + 4, 0 ˆj ) ⋅ (dAjˆ) = (3 x)(1A)iˆ ⋅ ˆj + (4, 0)(dA) ˆj ⋅ ˆj (0 + 4, 0dA) = 4, 0 dA = 4 A = 4(4m 2 ) Φ s = 16 N ⋅ m 2 / C = 16 N ⋅ m 2 / C 2 2. A figura seguinte mostra uma seção de uma barra cilíndrica de plástico infinitamente longa, com uma densidade linear de carga positiva uniforme λ . Determine uma expressão para a intensidade do campo elétrico E a uma distância r do eixo da barra. Resolução Escolhemos uma superfície gaussiana cilíndrica fechada, composta de um cilindro circular de raio r e comprimento h, coaxial com a barra e duas tampas nas suas extremidades como partes da superfície. Em todos os pontos da parte cilíndrica da superfície gaussiana, E de ter a mesma intensidade E e deve estar dirigida radialmente para fora ( para uma barra positivamente carregada). O fluxo de E através desta superfície cilíndrica é então Φ = EA cos θ Φ = E (2π rh) cos 0º = E (2π rh) Não há fluxo através das bases do cilindro, pois E , sendo dirigido radialmente, é paralelo às bases do cilindro em todos os pontos. A carga envolta pela superfície é λ h , então a Lei de Gauss, ε 0 Φ = qenv , se reduz a ε 0 E (2π rh) = λ h Então E = λ (linha de carga) 2πε 0 r # POTENCIAL ELÉTRICO 1. A figura seguinte mostra dois pontos i e f em um campo elétrico uniforme E . Determine a diferença de potencial V f − Vi movendo a carga de teste positiva q0 de i até f ao longo da trajetória icf mostrada na figura. Resolução Linha ic : em todos os pontos ao longo da linha ic , o deslocamento ds da carga de teste é perpendicular a E . Assim, o ângulo θ entre E e ds é 90º e o produto escalar E ⋅ ds é zero. A c equação Vc − Vi = − E ⋅ ds i Nos diz então que os pontos i e c estão no mesmo potencial: Vc − Vi = 0 f f V f − Vi = − E ⋅ ds , V f − Vi = − E ⋅ ds i c f V f − Vi = − E (cos 45º )ds c f f c c Para a Linha cf, temos θ = 45º e da equação V f − Vi = − E (cos 45º ) ds; ds = cf d d V f − Vi = − E (cos 45º ) sen 45º sen 45º V f − Vi = − Ed (resposta ) cf = $ CAPACITÂNCIA 1. Um capacitor C1 de 3,55µ F é carregado até que seus terminais fiquem à diferença de potencial V0 = 6,30V . A bateria utilizada para carregar o capacitor é então removida e o capacitor é ligado, como na figura, a um capacitor C2 descarregado, com C2 = 8,95µ F . Depois que a chave S é fechada, a carga escoa de C1 para C2 até que o equilíbrio seja atingido, com ambos os capacitores à mesma diferença de potencial V. (a) Qual é esta diferença de potencial comum? (b) Qual a energia armazenada no campo elétrico, antes e depois de fecharmos a chave S na figura. S q0 C1 C2 Resolução (a) A carga original q0 está agora dividida entre os dois capacitores ou q0 = q1 + q2 Aplicando a relação q = CV a cada termo obtemos C1V0 = C1V + C2V Ou V = V0 C1 (6,30V )(3,55µ F ) = = 1, 79V C1 + C2 3,55µ F + 8,95µ F (b) A energia armazenada inicialmente é 1 1 U i = C1V02 = (3,55 ⋅10−6 F )(6, 30V ) 2 2 2 U i = 70,5µ j A energia final é 1 1 U f = C1V 2 + C2V 2 2 2 1 1 U f = (C1 + C2 )V 2 = (3, 55 ⋅10 −6 F + 8, 95 ⋅10 −6 F )(1, 79) 2 2 2 U f = 20 µ j $$ 2. A figura seguinte mostra uma chapa dielétrica de espessura b e constante dielétrica k e introduzida entre as armaduras de um capacitor plano de área A e separação d. Antes da introdução do dielétrico, aplicou-se uma diferença de potencial V0 entre as armaduras do capacitor. A bateria foi então desligada e o dielétrico introduzido. Suponha que A = 115 cm 2 ; d = 1, 24 cm; b = 0, 78 cm, ke = 2, 61;V0 = 85,5V (a) Calcule a capacitância C0 antes da introdução do dielétrico. (b) Qual a carga livre que aparece nas placas? (c) Calcule a intensidade do campo no interior do dielétrico. (d) Calcule a intensidade do campo no interior do dielétrico (e) Calcule a diferença de potencial entre as armaduras. (f) Calcule o valor da capacitância após a introdução do dielétrico. Resolução ε0 A (8,85 ×10−12 F / m).(115 ×10−4 m 2 ) = (a) C0 = d 1, 24 ×10−2 m C0 = 8, 2 ×10−12 F (b) Para a carga livre nas placas q = C0V0 = (8, 21×10−12 F )(85,5V ) = 7, 02 ×10−10 C (c) Aplicando a Lei de Gauss: ε 0 ke E ⋅ dA = q E0 = q 7, 02 ×10 −10 C = ε 0 A (8,85 ×10−12 F / m)(115 × 10−4 m 2 ) E0 = 6.900 V / m = 6, 90 kV / m (d) Aplicando a equação ε 0 ke E ⋅ dA = q ε 0 ke E ⋅ dA = − q, − ε 0 ke EA = − q E= q k eε 0 A = E0 6,90kV / m = = 2, 64 kv / m ke 2, 61 $ V= − + E ds = E0 ((d − b) + Eb) (e) V = (6.900 V / m)(0, 012m − 0, 0078m) + (2, 640 V / m)(0, 0078m) V = 52,3V (f) C = q 7, 02 ×10−10 C = = 1, 34 ×10−11 F = 13, 4 pF V 52,3V DENSIDADE DE CORRENTE 1. Um fio de alumínio, cujo diâmetro é de 25mm, é soldado à extremidade de um fio de cobre cujo diâmetro é de 1,8mm. No fio resultante, circula uma corrente constante de 1,3 ampéres. Qual a densidade de corrente em cada caso? * Para o alumínio: j = i A 1 A = π d 2 = (π / 4)(2,5 ×10−3 )2 = 4,91× 10−6 m 2 4 Logo: j = 1, 3 A = 2, 6 × 105 A / m 2 −6 2 4,91× 10 m * Para cobre: A = 2,54 ×10−6 m 2 j= 1,3 A i = = 5,1× 105 A / m 2 −6 2 A 2, 54 × 10 m CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 1. Dada a rede elétrica seguinte, calcular: (a) E1; (b) E2; (c) A tensão entre A e B. r1 i1 3A 0,5Ω i3 A i2 0,5Ω 2A 5,5Ω E1 r3 E3 α 1, 0Ω R3 4,5V B β r2 0,5Ω R1 3,5Ω E2 R2 $ Resolução (a) A rede apresentada possui n = 2 nós (A e B). Portanto, aplicando-se a 1º Lei de Kirchhoff para (n = 1)nós (= 2-1) =1 nó, tem-se: i1 + i2 = i3 (Nó A) 3 + 2 = i3 , i3 = 5 A (b) Aplicando-se a 2ª Lei de Kirchhoff na malha alfa (α ) , no sentido do percurso adotado: r3 ⋅ i3 + E3 + r3 ⋅ i3 + R1 ⋅ i1 − E1 + r1 ⋅ i1 = 0 0, 5 ⋅ 5 + 4, 5 + 1 ⋅ 5 + 5, 5 ⋅ 3 − E1 + 0,5 ⋅ 3 = 0 E1 = 30V (c) Identicamente para a malha beta ( β ) : r3 ⋅ i3 + E3 + R3 ⋅ i3 + R2 ⋅ i2 − E2 + r2 ⋅ i2 = 0 0, 5 ⋅ 5 + 4,5 + 1 ⋅ 5 + 3,5 ⋅ 2 − E2 + 0, 5 ⋅ 2 = 0 E2 = 20V (d) Aplicando-se a Lei de Ohm generalizada no ramo central AB tem-se: U AB = VA − VB = i ⋅ resistencias + U AB = i3 ⋅ (r3 + R3 ) + E3 − 0 fcems − fems U AB = 5(0, 5 + 1) + 4,5 U AB = 12V CIRCUITOS RC 1. Um resistor R = 6, 2 M Ω e um capacitor C = 2, 4 µ F são ligados em série juntamente com uma bateria de 12V, de resistência interna desprezível. (a) Qual é a constante de tempo capacitiva deste circuito? (b) Em que instante depois de a bateria ser ligada a diferença de potencial nos terminais do capacitor é 5,6V? Resolução: (a) τ c = RC (b) Vc = τ c (6, 2 × 106 Ω)(2, 4 ×10−6 F ) = 15s V V q = ε 1 − c , tirando o valor t, e usando τ c = RC , t = −τ c ln 1 − c c ε ε t = −(15Ω) ln 1 − 5, 6V 12V t = 9, 4 s $ O CAMPO MAGNÉTICO CAMPO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRA CIRCULAR 1. Duas espiras circulares, concêntricas e coplanares, de raios 4π m e 5π m , são percorridas por correntes de intensidades 2A e 5A, conforme a figura. Calcular a intensidade do vetor indução magnética no centro das espiras, sendo µ = 4π ⋅10−7 T ⋅ m / A e caracterize o vetor indução magnética criado por cada espira no centro I2 = 5A O i1 = 2A Resolução R1 R2 R1 = 4π m, i1 = 2 A, R2 = 5π m, i2 = 5 A Aplicando-se a regra da mão direita, vê-se que a corrente i1 , cria no centro das espiras um vetor indução magnética perpendicular ao plano da espira, com o sentido do plano para o observador, de intensidade B1 µ ⋅ i1 4π ⋅10−7 ⋅ 2 B1 = = 2 R1 2 ⋅ 4π B1 = 10−7 T 2A A segunda espira cria, no centro das espiras, um vetor indução magnética perpendicular ao plano da espira com o sentido do observador para o plano, de intensidade µ ⋅ i2 4π ⋅10−7 ⋅ 5 B2 = = B2 = 2 ⋅10−7 T 2 R2 2 ⋅ 5π 5A B2 O vetor indução magnética resultante, no centro será perpendicular ao plano das espiras, “entrando” no plano (do observador para o plano) pois a intensidade de B2 , é maior que a de B1 . B = B1 + B2 ou B = B2 − B1 = 2 ⋅10−7 − 10−7 B = 10 −7 T $ CAMPO MAGNÉTICO EM TORNO DE UM CONDUTOR RETO 1. Dois fios longos, retos e paralelos, situados no vácuo, são percorridos por correntes contrárias, com intensidade 2 A e 4 A , e separadas entre si de 0,20m. Calcule a intensidade do vetor indução magnética resultante no ponto P, indicado na figura. DADO: µ = 4 µ ⋅10−7 T ⋅ m / A P i1 10 cm i2 = 4 A 10 cm 2A Resolução O fio 1, cria em P, um vetor campo magnético entrando no plano do papel, de intensidade: B1 = µ ⋅ i1 4π ⋅10−7 ⋅ 2 = B1 = 4 ⋅10 −6 T 2π d1 2π ⋅ 0,1 O fio 2 também cria, em P, um vetor indução magnética “entrando” no plano do papel, de intensidade: B2 = µ ⋅ i2 4π ⋅10 −7 ⋅ 4 = B2 = 8 ⋅10−6 T 2π d 2 2π ⋅ 0,1 Portanto, a intensidade do vetor indução magnética resultante será: B = 4 ⋅10−6 + 8 ⋅10−6 B = 1, 2 ⋅10 −5 T B = B1 + B2 i1 P d1 = 10cm i2 B2 B1 P d2 = 10cm $ FORÇA SOBRE UMA CARGA MÓVEL EM UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME 1. Uma carga q = 2 µ C , com velocidade v = 10m / s , penetra numa região onde atua um CMU de intensidade B = 10T , conforme a figura. Os vetores v e B formam um ângulo de 30º e estão contidos no plano (XZ). Determine o módulo, a direção e sentido da força magnética. Y B X q θ Z V Resolução (a) A intensidade da força magnética é: FMAG = q ⋅ V ⋅ B ⋅ senθ FMAG = 2 ⋅10−6 ⋅10 ⋅10 ⋅ sen 30º FMAG = 10 −4 N (b) A direção da força magnética é perpendicular ao plano formado por v e B (plano XZ). (c) O sentido é determinado pela regra da mão esquerda Y FMAG X θ Z V FORÇA SOBRE UM CONDUTOR RETO EM UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME 1. Um condutor na forma retangular, de dimensões 10cm e 20cm (ver figura) está totalmente imerso em um campo magnético uniforme de intensidade B = 0, 5T . Calcule a intensidade da força que atua em cada ramo do condutor e o momento de rotação a que ele fica submetido, quando a intensidade da corrente for de 2A. $! A B 10 cm 20cm B D C i i Resolução Aplicando-se a regra da mão esquerda para determinar o sentido da força magnética, em cada ramo, tem-se: nos ramos AB e CD, as forças magnéticas têm intensidades nulas, pois as direções das correntes são paralelas às de B ; Nos ramos AD e BC, o ângulo entre B e i é igual a 90º, então FMAG = B ⋅ i ⋅ ⋅ senθ = B ⋅ i ⋅ sen 90º = 0,5 ⋅ 2 ⋅ 0, 2 = 0, 2 N Pode-se ver, através da figura, que o condutor fica sujeito a um BINÁRIO DE FORÇAS. M = FMAG ⋅ d , onde d = AB = 0,1m M = 0, 2 ⋅ 0,1 M = 2 ⋅10−2 N ⋅ m A i B FMAG FMAG 0, 2m i B i D i C i $" FORÇA ENTRE DUAS CORRENTES PARALELAS 1. Dois fios longos, retos e paralelos, situados no vácuo, são percorridos por correntes contrárias, de intensidade i1 = 2 A e i2 = 4 A . A distância entre os fios é de 0,1m. (a) Os fios se atraem ou se repelem? (b) Com que força, para cada metro de comprimento do fio? (c) O que ocorrera se inverter o sentido da corrente i2 ? Resolução (a) Como as correntes têm sentido opostos, há repulsão. (b) A intensidade da força para cada metro do fio é: FMAG = µ0 ⋅ i1 ⋅ i2 ⋅ 4π ⋅10 −7 ⋅ 2 ⋅ 4 ⋅1 = = FMAG = 1, 6 ⋅10−5 N 2π d 2π ⋅ 0,1 (c) Invertendo o sentido da corrente i2 , têm-se ambas as correntes no mesmo sentido, ocasionando atração entre os fios. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA * Força eletromagnética induzida - femi (Ω) 1. Um condutor retilíneo e horizontal, C, de resistividade ρ = 1, 6 ⋅10 −6 Ω ⋅ cm , área A = 0, 2 cm 2 de secção transversal constante e comprimento = 10cm , move-se sem atrito sobre dois condutores paralelos e horizontais, A' e B ' , de resistência elétrica desprezível, interligados por um amperímetro ideal. O conjunto está imerso num campo magnético uniforme e vertical, de intensidade B = 10 −5 T . O condutor C tem velocidade constante V = 8 m / s . Determine: (a) A fe mi ; (b) A intensidade da corrente no amperímetro; (c) O peso do corpo suspenso, conforme a figura, que mantém a velocidade constante. $# B A' A B' Corpo suspenso Resolução: e = 10−5 ⋅10 −1 ⋅1 e = 8 ⋅10−6 V (a) e = B ⋅ ⋅ V R=ρ (b) A U = Ri R = 1, 6 ⋅10−6 ⋅ i= 10 R = 8 ⋅10−5 Ω 0, 2 U e 8 ⋅10−6 = = i = 0,1A R R 8 ⋅10−5 FMAG = T (c) Para que a velocidade seja constante, FR = 0 ou seja: B ⋅ i ⋅ = T 10 −5 ⋅ 0,1 ⋅10−1 = T T = 10−7 N FMAG P = T Peso = 10−7 N T LEI DE FARADAY 1. A figura mostra uma espira condutora formada por um semicírculo de raio r = 0, 20m e três segmentos retos, o semicírculo está localizado em um campo magnético uniforme B que estar orientado para fora da página. A intensidade do campo é dada por B = 4, 0t 2 + 2, 0t + 3, 0 , com B em teslas e t em segundos. Uma bateria ideal com bat = 2, 0V está ligada à espira. A resistência da espira é de 2, 0Ω . (a) Qual a intensidade e o sentido da fem ind induzida ao redor da espira pelo campo B em t = 10 s . (b) Qual a corrente na espira em t = 10 s r/2 bat Resolução ind = A= π r2 2 π r2 d (4, 0t 2 + 2, 0t + 3, 0) 2 dt π r2 π (0, 20m)2 = (8, 0 t + 2, 0) = [8, 0(10) + 2, 0] ind 2 2 em t = 10 s ind ≈ 5, 2V ind = d Φ B d ( BA) dB = =A dt dt dt (b) i = res R = ind − R bat = 5,152V − 2, 0 i ≈ 1, 6 A 2Ω CIRCUITOS RL 1. Um solenóide possui uma indutância de 53mH e uma resistência de 0, 37Ω . Se ele for ligado a uma bateria, quanto tempo levará para que a corrente alcance metade do seu valor final de equilíbrio? $ Resolução ε A equação i = 1− e R − t τL (subida da corrente) Nós mostra que a corrente i aumenta exponencialmente de zero até o seu valor final de equilíbrio / R . Seja t0 o tempo que a corrente i leva para alcançar metade do seu valor de equilíbrio, então, a equação anterior nos dá 1 = 1 − e− t0 /τ L 2R R Explicitamos t0 cancelando R , isolando A exponencial e tomando o logaritmo natural de cada lado. Encontramos t0 = τ L ln 2 = L 53 ×10−3 H ln 2 = ln 2 R 0, 37Ω t0 = 0,10 s 2. Uma bobina tem uma indutância de 53mH e uma resistência de 0, 35Ω . a. Se uma fem de 12V for aplicada entre as extremidades da bobina, quanta energia é armazenada no campo magnético depois de a corrente atingir o seu valor de equilíbrio? b. Após quantas constantes de tempo, metade desta energia de equilíbrio estará armazenada no campo magnético? Resolução (a) A corrente máxima é im = R = 12V = 34,3 A 0, 35 A energia armazenada será: 1 2 Li 2 U B = 31 j UB = UB = 1 2 1 Lim = (53 ⋅10 −3 H ) ⋅ (34,3 A)2 2 2 1 (b) Queremos saber em que instante t a relação U B = U B ∞ 2 1 2 1 1 2 Li = Li∞ 2 2 2 (1 − e ) = i= 1 i∞ 2 − t /τ L R Cancelando 2⋅R / R teremos e −t /τ L = 1 − 1 2 Então: t τL t ≈ 1, 2τ L = − ln 0, 293 Portanto: A energia armazenada atinge a metade do seu valor máximo depois de decorridos 1,2 constante de tempo. CORRENTE ALTERNADA 1. Um resistor cuja resistência vale 50Ω é percorrido por uma corrente alternada que obedece a função: i = 8 2 ⋅ sen120π ⋅ t (unidades do SI) Determine: (a) A freqüência da corrente alternada; (b) A máxima intensidade de corrente; (c) O valor eficaz da corrente alternada; (d) O valor eficaz da ddp aplicada nos terminais do registro; (e) A potência dissipada pelo resistor. Resolução Comparando com i = iMAX ⋅ sen ωt , temos: (a) ω = 120π rad / s ω = 2π = 2π f (pulsação da corrente) T ω = 120π rad / s = 2π f f = 60 Hz (b) iMAX = 8 2 A (c) ief = iMAX 2 ief = (d) U ef = R ⋅ ief 8 2A ief = 8 A 2 U ef = 50Ω ⋅ 8 A U ef = 400V P = U ef ⋅ ief = R ⋅ ief = (e) P = U ef ⋅ ief P = 400V ⋅ 8 A U ef2 R P = 3200W P = Potência média dissipada CARGA PURAMENTE RESISTIVA 1. Na figura seguinte, a resistência R é de 200 Ω e o dispositivo de fem alternada senoidal opera a uma amplitude m = 36V e uma freqüência f d = 60, 0 Hz . (a) Qual a diferença de potencial VR (t ) entre os terminais da resistência em função do tempo t, e qual é a amplitude VR de VR (t ) ? (b) Qual a corrente iR (t ) na resistência e qual a amplitude I R de iR (t ) ? Resolução: (a) VR (t ) = (t ) VR = m = 36, 0V Cálculo de VR (t ) :VR (t ) = (t ) = m sen ωd t ωd = 2π f d = 2π (60 Hz ) = 120π VR = m sen ωd t VR = (36, 0V ) sen (120π t ) (b) iR = I R sen (ωd t − φ ) = I R sen ω1t 36, 0V VR IR = I R = 0,180 A R 200Ω iR = I R sen (ωd t − φ ) = I R sen ωd t IR = ir = (0,180 A) sen (120π t ) CARGA PURAMENTE CAPACITIVA 1. Na figura seguinte, a capacitância C é de 150 µ F e o dispositivo de fem alternada senoidal opera a uma amplitude m = 36, 0V e a uma freqüência f d = 60, 0 Hz . (a) Qual a diferença de potencial VC (t ) entre os terminais do capacitor e qual a amplitude VC de VC (t ) ? (b) Qual a corrente ic (t ) no circuito em função do tempo e qual a amplitude I C de I C (t ) ? Resolução VC (t ) = (a) VC (t ) = (t ) e VC = (t ) = m VC = m m = 36, 0V sen ωd ⋅ t ωd = 2π f d = 2π (60, 0 Hz ) = 120π VC = (36, 0V ) sen (120π ⋅ t ) XC = 1 1 = 2π f d ⋅ C (2π ) ⋅ (60, 0 Hz )(150 ⋅10−6 F ) X C = 177Ω (b) I C = VC XC IC = 36, 0V I C = 0, 203 A 177Ω I C = I C sen (ωd ⋅ t + π / 2) I C = (0, 203 A) sen (120π t + π / 2) CARGA PURAMENTE INDUTIVA 1. Na figura a seguir, a indutância L vale 230mH e o dispositivo de fem alternada senoidal opera a uma amplitude m = 36, 0V e a uma freqüência f d = 60, 0 Hz . (a) Qual a diferença de potencial VL (t ) entre os terminais do indutor e qual a amplitude VL de VL (t ) ? (b) Qual a corrente iL (t ) no circuito em função do tempo e qual a amplitude I L de I L (t ' ) ? Resolução (a) VL (t ) = (t ) e VL = VL (t ) = (t ) = m m VL = m = 36, 0V sen ωd ⋅ t ωd = 2π f d = 120π Logo :VL = (36, 0V ) sen (120π ⋅ t ) (b) X L = 2π f d L = (2π )(60, 0 Hz )(230 × 10−3 H ) X L = 86, 7Ω I L = VL 36, 0V = I L = 0, 415 A X L 86, 7Ω I L = I L sen (ωd ⋅ t − π / 2) iL = (0, 415 A) sen (120π t − π / 2) O CIRCUITO RLC EM SÉRIE 1. Um circuito RLC em série, excitado por uma fem rms = 120V a uma freqüência f d = 60, 0 Hz , contém uma resistência R = 200Ω , uma indutância com X L = 800Ω e uma capacitância com X C = 150Ω . (a) Qual o fator de potência cos φ e qual a constante de fase φ do circuito? (b) Qual a taxa média PMED com que se dissipa energia na resistência? Resolução (a) Z = R 2 + ( X L − X C )2 = (200Ω) 2 + (80Ω − 150Ω)2 Z = 211,90Ω R 200Ω cos φ = = cos φ ≈ 0,944 Z 211, 90Ω φ = arc cos 0, 944 = ±19, 3º φ = ±19,3º Tanto +19, 3º quando −19, 3º possuem um cosseno de 0,944. Para determinamos qual sinal é o correto, temos que considerar se a corrente está adiantada ou atrasada em relação à fem aplicada. Como X C > X L , este circulo é principalmente capacitivo, com a corrente adiantada em relação fem. Assim, φ tem que ser negativa: φ = −19,3º A equação: tg φ = X L − XC nos dá a resposta completa, com o sinal negativo. R (b) PMED = PMED 2 rms cos φ = Z = 64,1W (120V ) 2 (0, 9438) 211, 90Ω TRANSFORMADOR 1. Um transformador em um poste de uma concessionária de energia opera com VP = 8,5kV no enrolamento primário e fornece a energia a um certo número de casas próximas com VS = 120V ; sendo estas duas tensões em valores eficazes. Suponha um transformador abaixador ideal, uma carga puramente resistiva e um fator de potência igual à unidade. (a) Qual razão entre o número de voltas N P / N S do transformador? (b) A taxa média de consumo de energia (ou dissipação) nas casas servidas pelo transformador é de 78kW. Quais as correntes eficazes no primário e no secundário do transformador? (c) Qual a carga resistiva RS no circuito secundário? Qual a carga resistiva correspondente RP no circuito primário? Resolução (a) (b) N P VP 8,5 × 103V = = = 7, 083 ≈ 71 N S VS 120V VS N S ou = VP N P NP ≈ 71 NS IP PMED 78 × 103W = = 9,176 A VP 8,5 × 103V I P ≈ 9, 2 A IS = PMED 78 × 103W = = 650 A I S = 650 A VS 120V RS = (c) Rp = VS 120V = = 0,1846Ω RS ≈ 0,18Ω I S 650 A Vp Ip = 8,5 × 103V = 926Ω R p ≈ 930Ω 9,176 A !