Reforçador

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Curso de Especialização em Psicoterapia CognitivoComportamental e Análise do Comportamento
Fundamentos da Psicoterapia
Comportamental
Msc. Maria Estela Martins Silva
CRP 08/09716
Fundamentos da Psicoterapia Comportamental
Até o ano 2000 – Terapia Comportamental
Behaviorismo Metodológico ( S
Behaviorismo Radical (R
Cognitivista-mediacional (S
R)
S)
O
R)
Behaviorismo Metodológico ( S
R)
Comportamento Respondente = Reflexo
Watson (1878 –1958)
Aplicação das leis científicas ao comportamento
- Observação de relações ordenadas entre eventos e
condições que os determinam (estímulos e respostas)
- Objetivo de predição e controle
-Método: observação pública e replicável
Behaviorismo Metodológico ( S
R)
- Descartes (séc XVII) – Estátuas nos jardins reais da França
Pavlov (1849 –1936) - Explicação fisiológica do
comportamento: estímulos incondicionados e condicionados
eliciam respostas reflexas
-Alguns estímulos foram identificados como causas de
algumas respostas e, indevidamente, passou-se a supor que
para toda resposta deveria existir um S eliciador
correspondente
-Hábito (comportamento complexo) pode ser decomposto em
unidades simples (reflexos) explicados em termos físicos
/fisiológicos (Cartesiano)
Behaviorismo Metodológico ( S
R)
-Eventos privados não são objeto da ciência (impossibilidade
de consenso público) (Posição anti-mentalista)
COMPORTAMENTO É AJUSTAMENTO REFLEXOFISIOLÓGICO DO ORGANISMO AO AMBIENTE
(Abib, 2004)
Teoria Cognitivista-Mediacional ( S
O
R)
Tolman (1886 -1959) – Behaviorismo Intencional
Comportamento é molar, com propriedades imanentes que
emergem de eventos e estados fisiológicos:
direcionalidade (intenção)
efetividade, docilidade (cognição)
- Variáveis intervenientes
COMPORTAMENTO
É
instrumentos conceituais
AJUSTAMENTO
INTENCIONAL-
COGNITIVO DO ORGANISMO AO AMBIENTE, EXPLICÁVEL
PELA MENTE.
(Abib, 2004)
Teoria Cognitivista-Mediacional ( S
O
R)
Beck (1921-) Considerado pai da teoria cognitiva - Modelo
cognitivo da depressão – Inventor das Escalas Beck
Ellis (1913-2007) – TREC Crenças irracionais
Lazarus (1922-2002) – Cognição mudando comportamento
Bandura (1925-) - Aprendizagem vicariante
Mahoney (1974) – auto-controle cognitivo
Meichenbaum (1973) – treinamento auto-instrucional
Behaviorismo Radical (R
S)
B. F. Skinner (1904-1990)
Comportamento Operante é aquele que produz conseqüências
e é reforçado pelas conseqüências que produz.
Modelo de Seleção por Conseqüências: (inspirado por Darwin
1809-1820) - selecionam indivíduos, operantes e práticas culturais
(teoria transdisciplinar). O comportamento é produto dos 3 níveis
de seleção.
Teoria Consequencialista - Comportamento é o produto da
interação/relação entre organismo e ambiente (não é produto do
meio nem inteiramente livre)
(Mente não explica o comportamento, é explicada/derivada dele)
Ciência do comportamento
- Observação de relações ordenadas entre eventos e condições que os
determinam
- Objetivo de predição e controle
- Método experimental
Inclusão de eventos privados – uma parte do comportamento
é observada apenas pelo próprio indivíduo (“mundo
debaixo da pele” e acessada pelo comport. verbal, que
segue as mesmas leis do comportamento não verbal e
público.)
Explicações do comportamento são incompletas se não
envolverem antecedentes observáveis do ambiente (Ex:
força de vontade, medo do fracasso...
Outros comportamentalistas
Thorndike (1874 – 1949) Experimentos com pombos –
prenúncio do operante (caixa-problema e animais)
Hull (1884 - 1952) Variáveis mediacionais neurofisiológicas
Potencial de Reação = (Força do hábito x Impulso x Motivação) - Inibição
Wolpe (1915 – 1998) Sul africano, inibição recíproca
(relaxamento, dessensibilização sistemática e treino de
assertividade)
Diferenças científicas e filosóficas
BM: substancialista fisicalista, teoria molecular
C: mentalista, teoria molar, empirista/neo-positivista (verdade)
BR: relacionista, contextualista
BM = BR: antimentalistas = C: mentalista
BR = C: pragmatismo*, teoria molar
BR = BM = C: método experimental
(*considerar uma idéia como útil e necessária apenas caso ela tenha
efeitos práticos e valor funcional. Se nenhuma diferença prática puder ser
identificada, então as alternativas significam praticamente a mesma coisa,
e a disputa é toda inútil )
Terapia Cognitivocomportamental e Análise do
Comportamento
TCC – Contempla teoria e técnicas cognitivas e
comportamentais (AC), baseadas nas Teorias da
Aprendizagem
Análise do Comportamento (ou Análise Aplicada
do Comportamento) – Aplicação clínica do
Behaviorismo Radical
Noção de psicopatologia
O comportamento é mutável e adaptativo,
selecionado por suas conseqüências.
O comportamento pode produzir sofrimento
para o indivíduo e para a sociedade, e assim
ser um problema, não uma doença, por mais
bizarro que possa parecer.
Etapas do Processo Terapêutico
Avaliação inicial
Planejamento da intervenção
Intervenção
Avaliação
Follow-up / Seguimento
Tempestade de idéias – pontos relevantes
A.C: Princípios relevantes do
comportamento
Resposta – o que um organismo faz
Comportamento – relação entre a resposta e
o ambiente – interação – entre situação
antecedente, resposta e conseqüência.
A.C: Princípios relevantes do
comportamento
Comportamento Reflexo: quando um estímulo
produz seguramente uma resposta. O reflexo não é
o estímulo nem a resposta, se dá na relação entre
eles.
Propriedades do reflexo:
Limiar: intensidade do s a partir da qual r é eliciada
Latência
Magnitude Força do reflexo
Duração
Efeitos da eliciação sucessiva
Habituação: ruído - sobressalto
Potenciação: choques – guincho do rato
Com a passagem do tempo, geralmente o
responder volta a níveis prévios (reversível)
Condicionamento respondente (Reflexo)
SAv(US)
+
SB(N)
R (a resposta reflexa é eliciada)
SAv(US)
R
SB(C)
Sinônimo de condicionamento pavloviano: um estímulo
anteriormente neutro adquire o poder de eliciar a resposta
que originalmente era eliciada por um estímulo
incondicionado ao ser pareado a ele várias vezes.
Comportamento Operante
Thorndike (1898) – Experimentos com caixa-problema “Lei do
Efeito” (o efeito da resposta na aprendizagem) - precursor do
operante
Segundos
Gato 12
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Tentativas
Uma curva de aprendizagem. Tempo gasto por um gato para escapar de
uma caixa-problema, em função das tentativas. (Thorndike, 1898, Figura 1)
Skinner - Condicionamento operante – resposta opera
sobre o ambiente produzindo conseqüências, que
afetam a probabilidade de ocorrência da resposta no
futuro.
SR
R
Tríplice contingência: unidade mínima para a
compreensão de um comportamento
Sd
R
SR
(o estímulo discriminativo ocasiona a resposta, que é emitida na
presença do estímulo)
Ex: Ao choramingar a criança ganha um biscoito para se
distrair ou se consolar. O choramingo aparece com mais
frequência.
Rchorar
S+biscoito
Ex: Lavar a louça elimina a cobrança
Rlavar
S-cobrança
Ex: Estudar diminui a preocupação com a prova
Restudar
S-preocupação
A Função do Reforço
O sujeito não precisa ter ciência da relação de contingência
que está operando, para o reforço exercer a sua função.
O efeito reforçador depende de variáveis contextuais.
(Exemplo: beijos e abraços)
“é possível que não sejamos capazes de relatar tudo sobre os
eventos que comprovadamente nos reforçam, ou que
façamos um relato que esteja em conflito direto com as
observações objetivas; é possível que descrevamos como
desagradável um certo tipo de evento que pode ser
demonstrado como reforçador.”
(Skinner, 1953, p. 91)
Reforçamento: Operação na qual são apresentadas
conseqüências quando uma resposta ocorre, aumentando sua
freqüência.
Reforçador: um estímulo que aumenta a freqüência do
responder. Pode variar em eficácia dependendo da privação.
Reforçador incondicionado: não depende de relação com
outros reforçadores para reforçar.
Reforçador condicionado: se torna efetivo em virtude de sua
relação com outro estímulo reforçador.
Reforçador intrínseco/automático: relação natural com a
resposta que o produz. Ex: tocar violão por prazer
Reforçador extrínseco/arbitrário: relação arbitrária com a
resposta que o produz. Ex: sistema de fichas em um jogo
Extinção: Suspensão do reforço que retorna o responder a
seus níveis anteriores – Portanto efeitos do reforço são
temporários – responder é mantido enquanto o reforço
continua.
200 respostas
10 minutos
Registro cumulativo da extinção da pressão à barra por um rato após
reforço alimentar.
“O comportamento durante a extinção é o
resultado do condicionamento que o precedeu (...)
Se apenas algumas respostas foram reforçadas, a
extinção ocorre rapidamente. A uma longa história
de reforço, segue-se uma extinção procrastinada.
A resistência a extinção não pode ser prevista a
partir da probabilidade da resposta observada em
um dado momento. É preciso conhecer a história
de reforçamento.”(Skinner, 1953, p.77)
Efeitos da extinção
enfraquecimento da resposta
efeitos colaterais: frustração e raiva (oscilação cíclica)
alterações no responder: aumento inicial da taxa de R,
mudanças na topografia e na magnitude da resposta
variabilidade
No laboratório observamos que a resistência à extinção
em humanos é maior do que em infra-humanos.
Punição: Operação na qual são apresentadas
conseqüências quando uma resposta ocorre, reduzindo sua
freqüência.
Punidor: Estímulo que reduz a freqüência do responder
Características da punição:
Suprime um comportamento temporariamente, na presença do
agente punidor.
É mais efetiva quanto mais intensa e imediata. Depende ainda
da força da resposta e da oportunidade de obter o mesmo
reforçador com outra resposta.
Produz efeitos colaterais.
Respostas são reforçadas ou punidas, não organismos
Reforço e Punição
Reforço: faz a freqüência da resposta aumentar
Punição: faz a freqüência da resposta diminuir
Reforço positivo: adição de um estímulo ao ambiente
(apetitivo), aumentando a resposta
Reforço negativo: subtração de um estímulo do ambiente
(aversivo), aumentando a resposta
Punição Positiva: resposta produz estímulo aversivo
Punição Negativa: resposta remove estímulo apetitivo
Ética e controle aversivo
Existem outras alternativas : R+, extinção (efeitos
aparecem mais tardiamente, enquanto efeito da punição é
imediato).
Existem situações extremas – Ex: agressão e auto-lesão em
autistas - análise caso a caso.
Crítica à modificação do comportamento em geral:
“Nosso comportamento é modificado a todo instante, tanto por
contingências naturais como artificiais criadas pelos que estão a
nossa volta. Negá-lo não elimina tais contingências, e nossa
melhor defesa contra o mau uso das técnicas comportamentais é
aprender como elas funcionam.” (Catania, 1999, p.128)
Classe de respostas operantes:
Respostas pertencem a uma mesma classe
quando produzem a mesma conseqüência,
ou seja, têm a mesma função.
Função x Topografia
Ex: chorar respondente ou operante;
abrir a janela e pedir que alguém o faça.
Operação Estabelecedora: Altera o valor reforçador de um
estímulo. Ex. clássico: Privação
OE
R
SR
(o comportamento é evocado pela operação estabelecedora)
- A operação estabelece S como reforçador.
- A operação produz motivação ou impulso. O organismo fica mais ativo.
Estímulo discriminativo:
Estímulo correlacionado ao reforço, sinaliza a conseqüência de
uma resposta
Sd
R
SR
(o estímulo discriminativo ocasiona a resposta, que é emitida na
presença do estímulo)
Modelagem: Reforço diferencial (algumas
respostas são reforçadas e outras não) de
aproximações sucessivas a uma classe
operante alvo. Útil na aprendizagem de uma
resposta nova.
Modelação: aprendizagem vicariante,
apresentação de um modelo a ser imitado.
Encadeamento de respostas
“Uma sucessão de operantes diferentes, cada uma
definida pela conseqüência reforçadora de produzir
uma oportunidade de emitir a próxima, até que a
seqüência seja terminada por um reforçador”
(Catania, 1999, p.142).
As respostas são ligadas por um estímulo que
exerce uma dupla função (reforçadora para a
resposta anterior e discriminativa para a resposta
seguinte). Cada elemento é chamado de
componentes, elos ou membros.
O procedimento para gerá-las deve começar pelo elo
final (mais próximo do reforçador) e trabalhar de trás
para frente.
Exemplo:
Correr em uma plataforma, saltar um
obstáculo, erguer-se nas patas traseiras e
pressionar a barra, quando só então recebe o
alimento.
Sd
R
Sd
R
Sd
R
SR
Esquemas de Reforço
Básicos
Reforço contínuo – as respostas são
reforçadas todas as vezes
Reforço intermitente – respostas reforçadas
algumas vezes.
Esquemas de Intervalo: Intervalo fixo (FI) e
variável (VI)
Esquemas de Razão: Razão fixa (FR) e variável
(VR)
Esquemas de Reforço
Básicos
Os esquemas de razão produzem taxas altas de respostas
(quanto maior a taxa de resposta maior a taxa de reforço) e
pausas pós-reforço (infra-humanos)
Os esquemas de intervalo fixo produzem curvaturas
próprias de FI em infra-humanos (pausa e aumento gradual
da taxa ao terminar o intervalo e taxas relativamente
estáveis em humanos.
Esquemas de reforço
Nome
Abrevia Contingência
Comentário
Reforço contínuo
CRF
Uma resposta
Fácil extinção
Intervalo fixo
FI
t (s) + uma resposta
t constante, gera
curvatura de FI
Intervalo variável
VI
t (s) + uma resposta
t varia, produz taxa
constante
Razão fixa
FR (n)
n respostas
n constante, produz
pausa pós-reforço,
taxas altas
Razão variável
VR
n respostas
n variável, produz
taxa alta e constante
Ref. Diferencial de
taxas baixas
DRL
t (s) sem resposta + 1 resposta
Taxa baixa mas
previne extinção
Ref. Dif. de outro
comportamento
DRO
t (s) sem resposta alvo ou reforço
de qualquer outra resposta
Reduz taxa da
resposta alvo
Ref. Dif. de comport.
incompatível
DRI
Reforço de resposta incompatível
Reduz a R alvo e
reforça a R incomp.
Subjetividade
Comportamento Encoberto & Eventos
Privados
Skinner (1995) chamou de “mundo dentro da pele” o que diz respeito
às emoções, sentimentos, pensamentos, sensações, percepções,
sonhos...
Têm mesma natureza que o comportamento público. Sua
especificidade única é a acessibilidade.
Os sentimentos são comportamentos respondentes (incondicionados ou
condicionados) produto de contingências operantes, isto é, são
alterações nas condições corporais – como mudanças no ritmo
cardíaco, na pressão sanguínea e na freqüência respiratória – eliciadas
por estímulos na interação do organismo com o ambiente.
O que um indivíduo sente se modifica quando sua interação com o
mundo se transforma.
Os sentimentos são fundamentais em uma intervenção
psicológica, uma vez que fornecem informações preciosas sobre
as contingências às quais o indivíduo está submetido. Skinner
(1995) resume: “como as pessoas se sentem é freqüentemente
tão importante quanto o que elas fazem” (p. 13).
As emoções são predisposições que alteram a probabilidade de o
indivíduo se comportar de determinada maneira em uma dada
situação. Elas envolvem uma grande mudança em todo o
repertório comportamental. É fundamental apontar que essa
disposição não deve ser entendida como causa do
comportamento, uma vez que ela descreve apenas uma
probabilidade de ação.
Desta forma, os sentimentos (relações respondentes) fazem parte
das emoções, mas não se reduzem a elas.
“Definimos uma emoção (...) como um estado
particular de força ou fraqueza de uma ou mais
respostas induzidas por qualquer uma dentre uma
classe de operações (p. 166). (...) O homem
‘raivoso’ mostra uma probabilidade aumentada
de lutar, insultar ou de algum modo infligir danos
e uma probabilidade diminuída de auxiliar,
favorecer, confortar ou amar” (Skinner,
1953/1965, p. 162).
-Saudade
-Confiança
-Alegria
- Desconfiança
- Medo
- Tristeza
- Ciúme
- Dúvida
- Ansiedade
Comportamento Encoberto &
Eventos Privados
Eventos Públicos e Privados: Os eventos privados são definidos
por Skinner como estímulos e respostas acessíveis de modo
direto apenas ao próprio indivíduo a que dizem respeito. Se
tornam públicas pelo relato verbal.
Aberto x Encoberto: palavra usada por Skinner para referir-se a
comportamento privado. Neste caso, foi originalmente aberto
(aprendido) e tornou-se encoberto por contingências (sociais)
apropriadas – pensamento: comportamento verbal encoberto.
Respostas Emocionais
STerror
Ansiedade
Apreensão
S+
Cólera
Raiva
Aborrecimento
Prazer
Elação
Êxtase
S+
Alívio
Sossego
Calma
S-
(Banaco, 1999, p.140)
Experimento de Estes & Skinner (1941) –
supressão condicionada
Criança hospitalizada UTI - Catania
“Durante os períodos seguros, enquanto a luz vermelha estiver
ausente, haverá um relaxamento das reações fisiológicas da criança
às condições que sinalizam eventos aversivos; será mais provável
então a manutenção do comportamento que é seguido por eventos
reforçadores... Reduzir a letargia e a “ausência” por parte dela.”
(Catania, 1999)
Comportamento Verbal
Comportamento verbal
O comportamento verbal é comportamento
operante, mantido por conseqüências
mediadas por um ouvinte que foi
especialmente treinado pela comunidade
verbal para operar como tal.
Comportamento verbal
Sua classificação é funcional e não estrutural
ou gramatical – mando, tato, intraverbal,
ecóico, textual)
“ Conhecer de maneira completa o que leva a
pessoa a falar alguma coisa é entender o
significado do que foi dito no seu sentido
mais profundo.” (Day apud Kohlemberg & Tsai, 2004)
Comportamento verbal
Tato: contato do verbal com eventos
ambientais. Resposta verbal ocasionada por
estímulos discriminativos (descrição do
ambiente)
SD é específico e o reforçador é
condicionado, amplo e geral
- “Esta bola é vermelha”
“Certo!”
Tato de eventos privados: dependem da
comunidade verbal para sua origem e
manutenção (que precisa dos correlatos
públicos que acompanham o evento
privado)
Mando: operante verbal pelo qual a comunidade verbal é
capaz de dar ordens, fazer pedidos, fazer perguntas.
O mando especifica seu reforço, enquanto os outros
operantes verbais (tato, ecóico, intraverbal, autoclítico...)
são relativamente independentes de qualquer operação
estabelecedora.
OE
“Água, por favor!”
Mando disfarçado (de tato ou de outro
mando) Ex: “Viu meu carro novo?”
Tato distorcido – observação pobre,
mentira...
Ex: Ameaça de suicídio
Cochicho – Exemplo de mando disfarçado e
tato distorcido
Comportamento governado
por regras
X
Comportamento governado
por contingências
Regra: descrição verbal de uma contingência
(usado para contingências generalizadas)
Auto-regra: regras emitidas e seguidas pelo
próprio sujeito
Instrução: descrição verbal de uma
contingência específica.
Regras são estímulos discriminativos de um tipo especial:
elas envolvem o comportamento verbal de uma pessoa, a
pessoa que emite a regra
Quando vejo um acidente de tráfego mais adiante, com vários
carros parados em volta, em geral eu paro o carro, analiso a
situação e tomo uma via alternativa para chegar onde pretendo,
evitando o local do acidente. A isso se diz controle por
contingências naturais.
Quando, na mesma situação, eu vejo uma placa de trânsito dizendo
"Tráfego interrompido a 500 metros. Utilize o desvio", eu
analiso a situação e tomo uma via alternativa para chegar onde
pretendo, evitando assim o local onde há problemas. A isso se
chama controle do comportamento por regras.
A instrução facilita a aquisição de novos
comportamentos, principalmente quando são
contingências complexas ou envolvem danos
importantes.
Envolve duas conseqüências: aprovação social por
seguir a regra, e a conseqüência própria da
contingência descrita pela regra
Pode produzir uma redução na sensibilidade
comportamental. Experimentos com animais,
crianças e adultos.
Técnicas Comportamentais
Análise Funcional do Comportamento
Exposição e prevenção de resposta
Relaxamento
Dessensibilização sistemática
Exposição Interoceptiva (provoca sintomas de
ansiedade com exercício físico)
Treino de assertividade
Treino em Habilidades Sociais
Técnica de Solução de Problemas
Parada de pensamento
Fundamentos da Terapia
Cognitiva
Terapia Cognitiva
Objeto de estudo: Natureza e função da
cognição
Cognição = processamento de informações,
atribuição de significado às coisas.
Visão da psicopatologia: predisposição a
fazer construções cognitivas falhas
Objetivo: Fornecer estratégias capazes de
corrigir conceitos (resultado de processos
cognitivos) disfuncionais/maladaptativos.
Terapia Cognitiva
Compreensão da psicologia humana como
biopsicossocial, porém focaliza o trabalho sobre
os fatores cognitivos da psicopatologia.
Método: Testagem empírica (sistema de crenças
são testados com relação às suas conseqüências e
funcionalidade para a vida do paciente, dentro de
contextos específicos).
Estrutura/ Organização cognitiva: estável,
responsável pelos processos cognitivos que se
manifestam em respostas e comportamentos
Esquema: os esquemas são as estruturas centrais de
formação de significado, se auto-perpetuando e sendo muito
resistentes à mudança.
Esquema
Crença central
Crenças intermediárias
Pensamentos automáticos
Ex: Esquema com tema ligado a rejeição
Crenças Centrais: Idéias centrais sobre si mesma, os
outros e o mundo.
Esquema
Ex: “Não sou capaz”
Crença central
Crenças intermediárias
Pensamentos automáticos
Crenças Intermediárias: Aplicações da crença central nas
situações práticas. Constituem uma forma de reduzir o
sofrimento provocado pelas crenças centrais, consistindo
basicamente de regras e suposições como “eu devo”, “eu
tenho que”, “se...então”
Esquema
Crença central
Crenças intermediárias
Pensamentos automáticos
Ex: “Eu preciso de alguém pra fazer o trabalho comigo,
senão vou passar vexame”
Pensamentos Automáticos: mais acessíveis, apesar de
pré-conscientes. Produzem emoções e comportamentos
desadaptados, são mais perceptíveis.
Exemplo: “Este trabalho está uma porcaria!”
Esquema
Crença central
Crenças intermediárias
Pensamentos automáticos
Terapeuta: Ok, resumindo, você estava estudando tarde ontem à
noite e estava revisando suas anotações quando teve o
pensamento: “...estas anotações cheiram mal” e se sentiu triste.
Paciente: Certo.
T: Supondo por um momento que você estivesse certa [...] o que
isto significaria pra você?
P: que eu não fiz um trabalho realmente bom na aula.
T: Se fosse verdade que você não fez um bom trabalho na aula, o
que isso significaria?
P: Que sou uma aluna incompetente.
T: Se você é uma aluna incompetente, o que isso revela sobre
você?
P: Que eu não sou boa o suficiente. Sou inadequada.
(Exemplo de Beck, citado por Falcone in Rangé, 2001)
Distorções cognitivas
Inferência arbitrária (concluir sem evidências: se...
então)
Abstração seletiva (“focar só em um aspecto”)
Supergeneralização (“se aconteceu uma vez...”)
Desqualificação do positivo (“isso não conta...”)
Personalização
Catastrofização
Leitura mental
Técnicas Cognitivas
Reestruturação cognitiva:
Automonitoria de pensamentos
Teste de realidade (experimento comportamental)
Descoberta guiada: questionamento socrático
Reestruturação de memórias antigas por role-play
Distanciamento (explicitar e testar)
Descentralização (não é o foco de toda atenção)
Reatribuição (causas mais objetivas)
Descatastrofização (tolerável e temporário)
Caso Victor
História de reforçamento
Exemplos de mando e tato
Fuga / Esquiva
Punição
Regras / Auto-regras
Esquema/ crenças / pensamentos automáticos
Distorções cognitivas
Referências
Skinner, B.F. (1995) Questões recentes na análise comportamental.
Campinas: Papirus.
Skinner, B. F. (1953/1965) Ciência e Comportamento Humano.
Falcone, E. (2001). Psicoterapia cognitiva. Em: B. Rangé (Org.).
Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a
psiquiatria (pp. 512-552). Porto Alegre: Artmed Editora.
Bahls, S. C. & Navolar, A. B. B., (2004). Terapia CognitivoComportamental: conceitos e pressupostos teóricos. Psico UTP on
line, n. 04, Curitiba, disponível em www.utp.br/psico.utp.online.
Baum, William M. (1999) Compreender o Behaviorismo Ciência,
Comportamento e Cultura (M.T.A. Silva, M.A. Matos, G.Y. Tomanari,
E.Z. Tourinho) Porto Alegre: Artmed. 290 p.
Catania, A. C. (1999) Aprendizagem: comportamento, linguagem e
cognição. Porto Alegre: Artmed.
Staats, A. W. & Staats, C. (1978) Comportamento Humano Complexo.
EPU/EDUSP (Disponível na BCE da UEM)
Obrigada pela
atenção!
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