custos em hospedagem - FTP da PUC

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FACULDADE DE TURISMO – PUC CAMPINAS
Disciplina: Planejamento e Gestão de Meios de Hospedagem e Alimentação
Professora: Me. Laura Umbelina Santi.
CUSTOS EM HOSPEDAGEM
TERMINOLOGIAS GERAIS
GASTOS: Sacrifício financeiro que a empresa arca / suporta para obter um bem ou
serviço qualquer; sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de
ativos (normalmente dinheiro).
DESEMBOLSO: Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço.
INVESTIMENTOS: Gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a futuro(s) período(s). Ativo Permanente. Gastos efetuados na aquisição de um
bem, produto ou serviço que resulte em benefício patrimonial ou duradouro. Aplicação de
capital em determinada fonte de rendimento.
CUSTOS: Gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou
serviços.
CENTROS DE CUSTOS: São divisões feitas na empresa, com a finalidade de controlar e
determinar os valores de custos, conforme sua ocorrência e medir o desempenho e
responsabilidade financeira de cada setor.
CUSTOS DIRETOS: São aqueles que podem ser imediatamente apropriados a um só
produto, processo ou serviço.
CUSTOS INDIRETOS: São todos os custos que não podem ser facilmente identificados
ou apropriados a um só produto, processo ou serviço. Sua alocação deve obedecer a
critérios de rateio, utilizando taxas ou índices, pelos diferentes setores ou produtos.
CUSTOS FIXOS: São os custos que não variam ou pouco variam conforme a produção
ou o uso. Quando há casos de pequena variação chamamos de semi-fixo ou semivariável, que nesse caso pode-se estabelecer uma estimativa de gastos, observando
consumo anterior ou perspectivas de consumo futuro. O valor intrínseco do custo pode
mudar de preço, mas sua constância ou cobrança periódica permanece. Considerado
como “despesa operacional” e sofre o mesmo processo do custo indireto, que é alocado
por rateio.
CUSTOS VARIÁVEIS: São os custos que variam conforme a produção ou o uso. O valor
intrínseco do custo pode não mudar de preço, mas seu maior ou menor uso provoca
alterações no valor total gasto.
DESPESAS: Gastos com bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a
obtenção de receitas. Soma de todos os custos variáveis e fixos de uma empresa.
RECEITA: Soma de todas as entradas de caixa, recebidas com vendas de produtos,
prestação de serviços e outros. Pode ser obtida multiplicando o Preço de Venda (PV) pela
quantidade vendida, se a empresa comercializa poucos produtos a preço fixado.
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PREÇO DE VENDA: Valor pelo qual são comercializados produtos ou serviços. Preço de
balcão. Tarifa balcão. Preço do cardápio.
QUANTIDADE VENDIDA: Quantidade de produtos ou serviços vendidos ao longo de um
período.
PONTO DE EQUILÍBRIO: Situação econômica de uma empresa onde as despesas são
iguais às receitas, não havendo, portanto nem lucro e nem prejuízo.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: Possui duas funções básicas:
 Até o alcançar o Ponto de Equilíbrio (PE) toda Margem de Contribuição (MC) unitária
“deve cobrir” os custos fixos totais e,
 Acima do PE toda MC unitária é geradora de lucro bruto.
LUCRO BRUTO: Quando as receitas da empresa superam suas despesas.
LUCRO LÍQUIDO: “Ganho de Capital Aplicado” quando do lucro bruto, retirados os
impostos devidos, há sobra financeira.
PREJUÍZO: Quando as despesas da empresa superam suas receitas.
FÓRMULAS:
L=R-D
(Lucro é igual a receita menos a despesa, considerando que a primeira é maior do que a
segunda)
R = Qv x PVu ( + soma de todas as outras receitas, se houver)
(Receita é igual a quantidade vendida vezes o preço de venda unitário ( mais a soma de
todas as outras receitas, se houver) )
D = CFT + CVT
ou
D = CFT + (Qv x CMV)
(Despesa é igual a custo fixo total (soma de todos os custos fixos), mais custo variável
total (soma de todos os custos variáveis ) ou ainda (quantidade vendida de um produto
vezes o custo dessa mercadoria vendida)
MC = PVu – CVTu
(Margem de contribuição é igual a preço de venda unitário menos o custo variável total
unitário)
PE ======= R = D
ou
0=R-D
(Ponto de equilíbrio acontece quando a receita e a despesa têm o mesmo valor, não
resultando em lucro ou prejuízo para a empresa, considerando a fórmula anterior:
Lucro = zero)
PE = CFT
MC
(Ponto de equilíbrio é igual a custo fixo total dividido pela margem de contribuição)
3
MÉTODOS PARA A FORMAÇÃO DE PREÇOS


INFORMAL

Intuição – quanto eu acho que vale? Quanto meus clientes pagariam?

Competidores – cobrar o valor dos meus concorrentes

Seguir o Líder – ele precisa ser identificado, atrelar-se a ele.

Psicológico – de acordo com o que o consumidor espera pagar pelo produto,
observando margens (0,86 – 1,39; 1,89 – 2,49)

Tentativa e Erro – fazer testes, as vezes observando todos os itens anteriores.
FORMAL

Indexação do CMV, é o mais utilizado e implica em dividir o custo pelo CMV préestabelecido. Estipula-se que o custo do prato deverá alcançar uma determinada
porcentagem do Preço de Venda que se deseja alcançar. Por Exemplo:
PV = Custo do Prato ===== PV = Custo do Prato
% CMV
35%

Indexação do “TRA”, neste método tem-se que levar em consideração o
Demonstrativo de Resultados do Restaurante, avaliando Custo da Mercadoria
Vendida, Mão de Obra, Gastos Operacionais, Lucro Líquido pretendido, etc. Ao
final de um período de avaliação podemos obter o CMV médio do restaurante (um
percentual) e caso o lucro esteja satisfatório aplicar este índice para todos os
custos de pratos.
Receita
R$ 10.000,00
MDO R$ 1.800,00
G.oper R$ 2.500,00
L. Liq. R$ 2.200,00
R$ 6.500,00
=
=
=
=
100%
18%
25%
22%
65%
Considerando o valor da receita o CMV só pode ser 35% dela
Ou seja, R$ 3.500,00.
A Fórmula ficaria, portanto:
PV = Custo do Prato
Coef. TRA = 35%
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
Método Lucro Bruto, neste método estabelece-se um custo médio por couvert e
aplica-se este valor em todos os pratos, somando-se ao custo deste. Também se
pressupõe uma avaliação anterior do Demonstrativo de Resultado.

Método do Custo Médio, este método baseia-se no princípio de que todos os
gastos associados com a operação do restaurante podem ser apresentados como
um valor unitário do Couvert. Soma-se assim o valor do custo do prato com o valor
médio gastos com a MDO e com valor médio com gastos operacionais. Também
se pressupõe uma avaliação anterior do Demonstrativo de Resultado, mas se
calcula individualmente.
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