a vida em casa, escola, hospital e agora em casa de apoio

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A VIDA EM CASA, ESCOLA, HOSPITAL E AGORA EM CASA DE
APOIO: UMA PARCERIA DE DESAFIOS E FRATERNIDADE
LIPINSKI, Neuseli do Rocio Bastos1 - SME
Grupo de Trabalho – Pedagogia Hospitalar
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
O presente trabalho consiste em compreender o processo educativo onde contemple a inclusão
envolvendo duas instituições distintas, de um lado a instituição que é uma casa de apoio e de
outro a escola como instituição formal. Apresenta como título: A VIDA EM CASA, ESCOLA,
HOSPITAL E AGORA EM CASA DE APOIO: UMA PARCERIA DE DESAFIOS E
FRATERNIDADE. A comunidade que se apresenta neste trabalho é heterogênea,
diversificando suas especificidades e, portanto suas necessidades. É necessário esclarecer que
a ela se integram profissionais de áreas afins que atuam junto ao educando nos hospitais de
acordo com suas características e necessidades terapêuticas. Observando a característica desta
população se justifica um trabalho dinâmico onde os professores que atuam possam
estabelecer as relações com a escola de origem além da participação e conscientização num
primeiro momento, da família. Neste trabalho é apresentada a atuação frente algumas crianças
com necessidades educacionais especiais variando seu grau de comprometimento e de
dificuldade de aprendizagem, os estímulos necessários ao seu desenvolvimento concretiza um
novo fazer político e pedagógico com a devida adaptação curricular. Toda ação efetivada
neste espaço voltou-se a contatos com a escola de origem e por vezes com os demais
profissionais envolvidos facilitando e direcionando novas ações. “Elaborar um novo processo
formativo, com uma continuidade harmônica da criança/aluno em uma situação diferenciada,
é privilegiar o ser humano”(MATOS, MUGGIATI, 2001, p.61). O trabalho se realiza frente
aos estímulos e necessidades que se apresentam durante as várias fases do tratamento e da
participação ativa de muitos que se comprometem como os voluntários, escola, hospital,
profissionais afins unidos num verdadeiro espírito de fraternidade e acolhimento.
Palavras-chave: Educação. Aprendizagem. Inclusão. Acolhimento.
Introdução
O presente trabalho pretende apresentar as ações educativas que mediante a
preocupação com a escolarização das crianças hospitalizadas ou em tratamento de saúde
1
Professora da Rede Municipal de Educação de Curitiba, especialista em Educação Especial e Neuropsicologia.
Atua como docente há 22 anos e 10 com escolarização hospitalar.
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precisa garantir a continuidade do processo educacional observando as características e as
necessidades específicas a serem atendidas, sendo a educação inclusiva aqui um novo desafio
ao educador.
O primeiro aspecto a ser considerado pelo professor volta-se para ações concretas a
nível pedagógico que garantam ao educando uma formação e funcionalidade em
conformidade com a sua capacidade.
Em outro momento passa a existir a necessidade da compreensão por parte duma
comunidade (escolar) aqui composta pela família ou responsáveis e pela equipe clínicoterapêutica, (os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistência
social, copeiras e serviços gerais), todos atuando com esse educando, atentos à questão
terapêutica, volver um olhar para o reconhecimento sobre os aspectos formativos inseridos na
ludicidade presente em algumas atividades educacionais que podem ser uma prática também
de cunho terapêutico, pois vem atender outra dimensão presente nesse estudante/paciente,
considerando sua atual condição.
Todas as relações e interações estabelecidas envolvem de algum modo um processo
educativo social e cultural, vislumbram uma ação política, pedagógica e curricular.
A interação entre esse educando e o professor é extremamente importante, pois o
vínculo estabelecido também faz parte do processo e dos resultados dessa ação pedagógica
proposta. É o acreditar desse profissional no potencial destes que favorecerá o desempenho e
a efetivação para uma proposta de ação pedagógica intrínseca e essencial à formação bem
como ao processo de ensino e aprendizagem desenvolvido pela escolarização hospitalar em
uma casa de apoio.
Na esfera social, econômica e política, considera-se hoje como uma preocupação
mundial, as relações que os indivíduos estabelecem, nos vários espaços que ocupa como: no
trabalho, na escola, na igreja, entre outros. Desta forma o processo de sua escolarização é
importante, estando vinculada de forma significativa a sua formação e aprendizagem, bem
como pode ser determinante ao sujeito como futuro ser e cidadão.
Observando a característica desta população se justifica um trabalho dinâmico onde o
professor que atua possa estabelecer as relações com a escola de origem além da participação
e conscientização da própria família.
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Desenvolvimento
A escolarização nesta Casa de Apoio atende criança e adolescentes (0 a 18 anos) de
vários municípios do estado, outras regiões do Brasil e do exterior, teve início em 1992, com
a parceria da Secretaria Estadual de Educação do Paraná que cedeu uma professora.
Em meados do mês de novembro de 2011, nova parceria é firmada através do
convênio com a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, onde é cedida a professora
Neuseli do R. B. Lipinski, para atender as séries iniciais do ensino fundamental.
A professora exerce hoje, suas funções no período da tarde cumprindo a carga horária
de 20 horas semanais e segue o calendário escolar do município de Curitiba. Suas atribuições
consistem em realizar os atendimentos pedagógicos mediante sua grade curricular,
observando seu desempenho em potencial, as expectativas e necessidades individuais, para
tanto a professora busca verificar junto à escola de origem e a família o histórico do estudante.
Desta forma podemos considerar como um objetivo: - verificar como se efetiva a
educação inclusiva neste espaço, mediante o acompanhamento de ações pedagógicas, que
vem sendo realizado pela professora.
Ao se fazer contato com a escola de origem, para apresentar o programa da
escolarização e buscar informações que auxiliem na execução da proposta educativa, acaba-se
construindo ações mais assertivas, pelo retorno uma vez que a escola de origem, envia
atividades ou provas a serem realizadas, além de solicitarem relatórios ou pareceres e muitas
vezes fazem contato solicitando informações sobre o quadro em que se encontra e sobre o
andamento do tratamento, principalmente nos casos de transplantes.
O espaço para os atendimentos onde ocorrem os atendimentos é aconchegante,
consiste uma sala mobiliada, com computador, mesa triangular e bancos além de carteiras
com braço lateral, quadro branco, mesa de alfabetização do positivo e linha telefônica, jogos e
materiais pedagógicos diversos, livros, cadernos.
Faz parte da rotina, esclarecer a extensão e importância dessa escolarização, sendo
vital também o contato com os profissionais dos hospitais, pois muitas vezes esse estudante
ficará hospitalizado e receberá atendimentos por outro profissional responsável pela
Escolarização Hospitalar.
São atendidos grupos multisseriados e aqueles em isolamento com atendimento
individual – TMO (designação ao estudante que realizou transplante de medula óssea e
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necessita ficar isolado evitando contato com possíveis agentes infectantes em função da
fragilidade que a situação o remete neste momento).
As atividades desenvolvidas observam e respeitam seus limites, por vezes
promovendo a aceitação nesta nova condição, observando os interesses apresentados tanto
numa conversa inicial como durante a realização de alguma tarefa, além de focar no incentivo
e estímulo a esse estudante/paciente a estudar, aprender, desenvolvendo pesquisas e
descobrindo novas informações. Instigar a curiosidade é um dos aspectos que determinam a
ação pedagógica, incluindo jogos e filmes.
A ação pedagógica trabalha com pequenos projetos, como o realizado em 2012, sobre
Monteiro Lobato encerrando com a sua caricatura, este enfatizou alguns aspectos de sua vida
e de seu trabalho, além de sua contribuição para a literatura no Brasil. Foi usado como
material de apoio pequena revista criada por ocasião da festividade comemorativa de seu
centenário.
Houve ainda a participação na Bienal de Artes realizada pelo Município no final deste
mesmo ano, apresentando o trabalho “A Beleza e suavidade contraponto com o Urbano”,
trabalhando com a dobradura e tudo o, que ela propicia, simultaneamente em determinados
momentos passamos pela matemática, conteúdo de geometria, história, conhecendo um pouco
do Japão ao se pesquisar e conhecer a origem do TSURU em seu contexto histórico, da
geografia ressaltando características desses dois países.
Durante as atividades percebe-se que mediante os quadros clínicos apresentam
complexidades, nos quais, o processo terapêutico passou por várias etapas, em a cada uma o
estudante estava vulnerável, apresentando-se mais ou menos receptivo e respondente aos
estímulos e ações pedagógicas requerendo em muitos momentos constantes reformulações e
adaptações.
Novos projetos estão sendo programados e articulados com profissionais afins para
contribuir em sua realização. Houve ainda um trabalho na forma de oficinas realizado em
parceria com os professores do estado.
As relações educativas e interações sociais imbricadas ao processo educacional
inclusivo estão presentes ao longo do trabalho.
Tal atuação preserva a dignidade e singularidade de cada educando promovendo uma
integração e sem exclusão onde todos participem. Segundo Vygotsky “a educação destinada
aos deficientes necessita romper com seu caráter asilar, filantrópico e assistencialista, bem
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como, necessita seguir os mesmos propósitos da educação para todos... Sugere atividades que
tenham sentido para a vida do aluno, relacionadas a jogos, ao trabalho, ao desejo, a vivência
de uma linguagem viva”. (Vygotsky, 1998, p. 78.).
Neste contexto de ambiente hospitalar/casa de apoio e conhecendo a realidade e as
condições próprias de cada educando “in loco”, percebe-se que mudanças e adaptações ao
serem realizadas propiciam desenvolvimento.
A educação especial em enfermarias pediátricas pode atender às necessidades
pedagógicas - educacionais do desenvolvimento infantil e prevenir o fracasso
escolar,... (“educação especial como parte integrante do sistema regular de ensino)
para a atenção às crianças e adolescentes hospitalizados” (REVISTA
INTEGRAÇÃO – MEC/ SEE - ano 9, nº 21 – 1999)
Pretende-se que a proposta e ação pedagógica cumpram tanto no aspecto legal quanto
no aspecto educacional a formação de cada estudante que esteja em tratamento e hospedado
nesta instituição.
Vygotsky afirma sobre a importância da pessoa com deficiência, ter acesso e contato
com “signos” no meio social que ele determina como “tarefa pedagógica de
instrumentalização”. Seus estudos afirmam que o desenvolvimento dos processos superiores,
efetiva a aprendizagem distinguindo o cultural do natural, e que desta forma, as pessoas que
apresentam necessidades especiais podem desenvolver-se mesmo perante as suas dificuldades
(limites), assim consideradas para a sociedade. Todos têm a sua ZDP (Zona de
Desenvolvimento Proximal) a ser desenvolvida, dependendo apenas de mediações e dos
signos instrumentalizadores estarem “adequados”.
Vygotsky, já na década de 1920, contrapunha-se a uma concepção normativa.
Conforme visto, ele realçava a singularidade do ser humano. “Cada pessoa é o que é, na sua
singularidade, na sua idiossincrasia. Comparar por meio de uma norma significa
desconsiderar esta singularidade, impondo-se uma media culturalmente elaborada”. (BEYER,
s/data).
Pensando na questão educativa no processo ensino-aprendizagem, Feuerstein também
defende a mediação, desenvolvida a partir da avaliação diagnóstica e a construção cognitiva, o
diagnóstico não vai determinar limites, mas possibilidades, o que pode ser desenvolvido,
aprimorado, modificado, transformado e construído.
O processo de aprendizado pode por vezes caracterizar transformações e mudanças no
indivíduo. Desta forma os estudantes tem seus direitos garantidos, no que tange a saúde e
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educação, dando continuidade ao tratamento e a escolarização, de forma digna frente aos
inúmeros desafios e limitações que o tratamento lhes impõe.
Cabe ao atendimento dar continuidade a proposta que encerra a razão de ser da casa,
possibilitando uma estadia onde haja acolhimento, senso de responsabilidade, envolvendo a
cada um de forma que seja corresponsável, na construção de um espaço que possibilite um
viver digno, responsável e repleto de esperança, um viver fraterno e humanizado.
O processo educacional do indivíduo tem início em sua própria experiência, seja em
âmbito familiar, comunitário, social/politico e escolar, mas tem relação direta com a
construção de sua identidade, de seus desejos, anseios e crenças. A sua conscientização é um
dos fatores relevantes em sua educação e para sua educação. Assim, este ora será o aluno, ora
será o professor.
A comunicação e a relação dialógica são aspectos importantes para encerrar uma
relação entre as partes que efetivarão o processo educativo. O saber nem sempre é exclusivo
ao professor, podendo permear uma ampla interação envolvendo os alunos entre si e o
professor como instigador, mediador que levanta e pondera os aspectos surgidos na ação
pedagógica.
Paulo Freire afirma: “Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus
sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do
outro.” (FREIRE, 2004, p.23).
O ato de ensinar então está intimamente associado ao ato de aprender, uma vez que
quem ensina também aprende e vice-versa.
Ao professor cabe atenção e atuar de forma integradora para a formação do estudante e
sua. Alguns aspectos importantes no processo escolarização podem ser destacados, como:
• Adaptação curricular com ações concretas e planejadas,
• Avaliação contínua do processo mediante o planejamento realizado,
• Pesquisa referente a uma questão, ideia, projeto e/ou investigando uma
hipótese tornando a ação mais envolvente favorecendo a retomada das ações
perante novos planejamentos,
• Novas estratégias para que atendam as especificidades que o educando requeira
em seu desenvolvimento encerrando uma ação conjunta e reflexiva.
O indivíduo bem formado e ciente de sua subjetividade é capaz de adaptarem-se as
situações que surjam em sua vida pessoal e profissional, pois, se tornou um cidadão. Acredita-
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se que o indivíduo consciente de seu potencial é capaz de estar apto a uma possível adaptação,
ou flexível para as mudanças necessárias de maneira coerente, justa e equilibrada. Esse agir
de forma harmoniosa pode trazer resultados mais satisfatórios que uma disputa ou confronto
mais aviltante.
A educação pode ser capaz de tornar a sociedade mais justa, igualitária e equilibrada.
Muitas teorias pedagógicas embasadas em vários estudos metodológicos e correntes
surgem em respostas aos vários interesses: políticos, econômicos, sociais. Preocupados,
porém, com essa nova realidade foi elaborada leis, através de vários órgãos nas instâncias
federal, estadual e municipal, de forma a garantir e promover uma educação que possa
integrar e atender a todos conforme suas necessidades e características.
A importância de uma educação especial, que venha a atender necessidades
específicas está emergente e cada vez mais sendo estudada, idealizada uma vez que possui o
amparo legal, vem conquistando espaços com ações de ONG’s, Associações, Conselhos
Estaduais, Secretarias e Ministérios, ações individuais de pessoas que se sensibilizam e
buscam construir uma sociedade mais justa.
As pessoas com necessidades educacionais especiais distinguem, anteriormente a esse
aspecto legal, a preocupação de educadores, pensadores, psicólogos, sendo alvo para estudos,
observações e pesquisas em busca de ações pedagógicas inovadoras e assertivas que venham
atender estas necessidades consolidando um processo de aprendizagem real conforme as
possibilidades dos envolvidos. Contudo toda inovação resulta de um processo histórico, de
uma complexa rede de relações, cujas rupturas marcam paradigmas.
Considerações finais
Um novo ambiente se apresenta a casa de apoio, como espaço para se promover o
processo educativo, e de modo especial um processo inclusivo mais amplo, específico e
determinante.
Este vem apresentando um quadro diverso de educandos, tanto em suas necessidades
quanto no aspecto social e cultural tornando a tarefa do educador um grande desafio, pois a
concretização de uma educação inclusiva se faz necessária, requer que toda a comunidade
local presente se sensibilize para tal, os procedimentos a serem desenvolvidos requerem
clareza e especificidades caracterizando uma pedagogia dinâmica e atuante.
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O presente trabalho foi realizado junto casa de apoio onde os estudantes em tratamento
de saúde (neoplasia), ficam hospedados por períodos variados, dias, semanas e até meses. As
características são marcadas pela simplicidade desta população quanto à ordem econômica,
social e até em grau instrucional. O quadro profissional é composto por: professores, pais (ou
responsáveis), nutricionistas, voluntários, assistente social, psicólogas, responsáveis pela
administração e organização da casa, presidente, voluntários específicos para fisioterapia e
serviços de odontologia.
As interações estabelecidas entre os profissionais envolvidos no processo terapêutico e
o estudante internado são margeadas por várias nuances afetando-o numa amplitude
biopsicossocial.
Todo processo de educação promovido tem certo caráter inclusivo, requer ações
democráticas e pedagógicas específicas a cada caso e particularidade conforme as
necessidades apresentadas pelo educando/paciente, frente a sua atual condição. E da interação
com os profissionais envolvidos para o pronto restabelecimento da saúde desse
paciente/educando e de uma interação que oriente a família, de maneira a elucidar essas ações
aos envolvidos direta ou indiretamente.
Todos os educandos atendidos apresentam por hora especificidades que requerem uma
atuação restrita e imediata, sendo necessário então uma adaptação pedagógica em nível
curricular e um contato com a escola estabelecendo adequado e pronto acompanhamento
escolar.
O trabalho desenvolvido, conforme se observou durante a atuação dos atendimentos
realizados, vem de encontro ao anseio de muitos pais e estudantes, os primeiros se vêm
surpresos com o desempenho de seus filhos, e também há, portanto, maior tranquilidade, pois
é algo que não terão que enfrentar só após o tratamento, pois está ocorrendo o processo de
inclusão.
A escolarização encerra o processo formativo e educacional inclusivo ao atuar em
parceria com as escolas de origem, através de contatos com as mesmas, e por ser enviado ao
término do tratamento/alta, ou de cada da estadia, ou no fim do período letivo/ano, os
relatórios e pareceres referentes à atuação do estudante e as atividades realizadas por eles.
Algumas vezes além das atividades propostas pela escola, são enviadas aquelas desenvolvidas
pelo educando e que foram elaboradas pela professora. A escola nestes casos tem a
possibilidade de complementar o seu diagnóstico pedagógico e a devida avaliação.
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A atuação e execução da proposta pedagógica escolar permeiam alguns aspectos e
procedimentos como:
•
Contato com os profissionais envolvidos no processo terapêutico;
•
Interação e comunicação efetiva com familiares do educando;
•
Criação de um vínculo, ou empatia entre a professora e o educando /paciente
considerando as suas condições;
•
O enfrentamento do medo e da morte, gerando muitas emoções;
•
Avaliação prévia, mas diagnóstica do educando frente sua situação de
aprendizagem levando a determinar as ações futuras;
•
Parceria e interação com a escola de origem;
•
Buscar junto às secretarias de educação, instituições onde o estudante
internado possa ser matriculado (caso não esteja vinculada a uma instituição);
Inicialmente ao se falar em educação inclusiva, muitas questões estão presentes, pois
envolve fatores sócios culturais, políticos e econômicos.
A diversidade de especificidades que caracterizam os estudantes atendidos precipitou
tal trabalho com a preocupação, em função da complexa rede de relações e interações sociais
que constituem o processo terapêutico de cada participante em potencial.
Pelo atendimento em nível de acompanhamento escolar promovendo atividades
educativas, que foi realizado nesta instituição já se percebe a diferença que ocorre tanto com
relação ao educando, quanto a família, ambos demonstram maior interesse e bem-estar, Há
uma aproximação que se distingue da relação com os profissionais da saúde.
Esta proposta viabiliza de certo uma contribuição despertando maior atenção por parte
dos envolvidos quanto à questão da inclusão e do potencial de cada educando a ser
desenvolvido sem o caráter asilar, mas simplesmente formativo e educacional.
A atuação de algumas escolas tem mostrado que ao receberem os estudantes, estão
dando uma atenção diferenciada e propiciando um aprendizado, como também dando toda a
atenção a nível curricular e emocional, mantendo mesmo durante o tratamento o vínculo,
através de cartões enviados e visitas que realizam, indo até a casa do estudante ou então vindo
até esta instituição.
Estão presentes o envolvimento e o compromisso em dar garantias ao educando e seu
acompanhante uma vida mais digna e saudável, pois são atendidas assim as dimensões
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educação – saúde – família. Convém apontar que, essas famílias estão envolvidas, são
participativas, corroborando sempre que possível com todo o processo.
Considerando que a integridade emocional – afetiva também mantém a possibilidade
para a cura/recuperação. Estas foram partes de uma ação maior que vem consolidar a
importância do trabalho realizado pela escolarização e validar o presente trabalho.
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