JULHO | 2014 Julho: pesquisas puxam Petrobrás, Vale e Bancos e Bovespa volta a subir Em julho uma nova rodada de pesquisas eleitorais apontaram a evolução positiva da oposição, em especial no segundo turno quando a diferença entre o candidato Aécio Neves e a presidente Dilma se aproximou da margem de erro. Mais uma vez, o resultado foi uma forte valorização das ações que levou o Ibovespa a fechar o mês com ganhos de 5,01%. Quando escrutinamos o comportamento do Ibovespa com mais profundidade, mais evidenciamos a sua correlação com o ambiente eleitoral. Isso porque nada menos do que 87,06% do ganho foi gerado por apenas cinco empresas: Petrobrás, Vale do Rio Doce, Bradesco e Itaú e Itaúsa. Todas entendidas pelo mercado como especialmente influenciadas pelo resultado do pleito de outubro. Petrobrás e Vale pela ingerência do governo na sua administração. Bradesco, Itaú e Itaúsa pela percepção de que uma vitória da oposição reduziria o ímpeto com que os bancos públicos vem atuando no mercado de crédito, muitas vezes com taxas de juros que pouco remuneram as instituições. Uma valorização expressiva como a de julho, mas tão concentrada em poucos ativos merece um pouco mais de reflexão por parte dos investidores. O primeiro conceito a ser incorporado é de que este desempenho não reflete a realidade do mercado brasileiro. Por coincidência, estas empresas concentram 45% do peso do Ibovespa, todas tiveram altas superiores a 8% (com exceção das preferenciais do Bradesco) e todas se beneficiam de pesquisas eleitorais que apontem crescimento nas chance da oposição. Apenas por essa razão o Ibovespa apresentou valorização tão robusta. Não necessariamente estas empresas apresentam os melhores balanços ou os maiores descolamentos entre seus fundamentos e suas cotações de mercado. Assim, o investidor deve tomar cuidado e entender que esta dinâmica de preços é circunstancial. Da mesma forma, é relevante que o investidor compreenda que um desempenho menos robusto de outras empresas menos sensíveis a dinâmica eleitoral, não implica que estas estejam caras ou que não tenham potencial de valorização. RENDA VARIÁVEL O fato é que a falta de confiança levou o país a entrar em uma das mais complicadas dinâmicas econômicas que é a estagflação, situação que conjuga preços elevados e baixo crescimento. A complexidade de uma situação como essa é que ela armadilha a condução da politica econômica, já que medidas de controle de preços afetam negativamente o FUNDO Benchmark Apenas um governo com credibilidade tem capacidade para tirar uma economia da situação de estagflação, pois consegue estimular os agentes a aceitarem medidas restritivas entendendo-as como temporárias e parte de um processo. Por essa razão a eleição passou a ocupar um papel determinante na precificação dos ativos. Na última semana de julho uma onda de notícias negativas acabou impactando de forma bastante ampla o desempenho das empresas na Bovespa. Ao mesmo tempo tivemos: a Argentina não conseguindo pagar seus credores, a guerra entre Israel e o Hamas atingindo níveis alarmantes e o crescimento americano superando as expectativas, sugerindo que o FED não deve tardar a elevar os juros. Foi o suficiente para que as ordens de venda passassem a superar as de compra, levando apenas aquele grupo restrito de empresas, intensamente associado ao processo eleitoral, a manter a valorização do início do mês. Expectativas para agosto Em agosto teremos o período mais intenso de divulgação de resultados relativos ao segundo trimestre. Entretanto, salvo para algumas exceções os balanços não tendem a ter uma influência relevante na precificação dos ativos neste momento. A dinâmica do processo eleitoral seguirá sendo o principal fator de influência no comportamento das ações brasileiras, gerando respostas intensas tanto para um lado como para o outro toda vez que uma pesquisa for divulgada. Ainda que identifiquemos no processo eleitoral um gatilho de curto prazo para movimentos com algumas ações, nossa preferência segue sendo investir em companhias cujos preços dependam essencialmente de seus resultados. Como temos afirmado reiteradamente, entendemos que existem empresas sendo negociadas com descontos interessantes em relação ao seus fundamentos. Ainda que não se beneficiem tão diretamente do cenário eleitoral, são empresas bem geridas e lucrativas, que nos defenderão perante adversidades e não ficarão inertes diante de um possível quadro consistente de mudança na condução da política econômica. Início Cota de Fechamento PL Final Mês (R$) Mês Ano 6M 12M 24M 36M Diferencial para o Desde o Benchmark - Desde o Início Início dos Fundos 76,22% 25,45% Petra Value FIC FIA Ibovespa 3-fev-09 1.184,92 13.669.244 -1,86% -7,26% 0,79% -6,98% -5,41% 15,40% Petra Dividendos FIC FIA Ibovespa 24-jun-11 1,16492 35.447.908 0,02% 0,35% 5,18% -0,23% -1,56% 18,46% 16,49% 27,32% Petra Share FIC FIA Ibovespa 2-set-09 4,77959 2.182.917 -1,66% -6,93% 0,79% -7,03% -7,48% 4,08% 13,98% 13,08% Petra Dividendos Master FIA Ibovespa 6-jul-10 1.331,87 38.043.395 -0,17% -0,18% 4,66% -0,84% -2,41% 21,25% 33,19% 48,06% 5,00% 8,39% 17,19% 15,75% -0,48% -5,09% Ibovespa 55.829 Ibrx Indice Brasil RENDA FIXA MULTIMERCADOS crescimento assim como estímulos econômicos acabam impulsionando os preços. 22.913 4,46% 7,60% 17,15% 15,14% 12,16% 16,28% PL Final Mês (R$) Mês Ano 6M 12M 24M 36M 32,25% Diferencial para o Desde o Benchmark - Desde o Início Início dos Fundos 49,86% 0,31% Benchmark Início Cota de Fechamento Petra Dinamico FI Mult LP CDI 19-mar-10 1,49859 49.418.054 0,87% 5,57% 5,36% 8,56% 16,94% Petra Capital CP FICFI Mult LP CDI 19-abr-12 1,25544 21.290.824 1,08% 7,10% 5,99% 11,90% 22,279% 25,54% 4,11% Petra Capital Estruturado CP FI RF LP CDI 4-abr-12 1,31061 142.461.709 1,17% 7,57% 6,38% 12,57% 26,250% 31,06% 8,30% 0,94% 5,96% 5,08% 9,93% 17,88% FUNDO CDI 252d Pensamento do mês “Partidas são vencidas por jogadores atentos ao que acontece dentro de campo e não por aqueles cujos olhos estão grudados no placar” Warren Buffet 30,01% Gestão Petra Asset Gestão de Investimentos LTDA Av. 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