Noções de Economia Índice da Bolsa de Valores de São Paulo: Mede as variações dos preços das ações das empresas mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo. A variação do IBOVESPA servirá como parâmetro indicativo de rentabilidade esperada para alguns fundos de ações. O índice de uma bolsa de valores serve para dar parâmetros de variação de valores ao mercado, ou seja, serve para que o investidor possa saber se, naquela bolsa, os papéis estão valorizando ou desvalorizando. Implantado em 2 de janeiro de 1968. O índice é revisto a cada quadrimestre. O número de ações que compõem o indicador não é fixo. O objetivo é montar uma carteira teórica de ações que inclua os papéis mais negociados. Em geral, os papéis que compõem o Ibovespa representam 80% dos negócios feitos diariamente na Bolsa de Valores. Na versão de 2008, as ações de maior peso são Petrobras, Vale do Rio Doce PNA, Bradesco PN, Usiminas PNA e Vale do Rio Doce ON. Para escolher esses papéis, a Bovespa considera o número de negócios e o volume movimentado em um período de 12 meses.Matematicamente, o Ibovespa é a soma dos pesos desses papéis, ou seja, a quantidade teórica da ação multiplicada pelo último preço do papel. Quando foi Além do Ibovespa, o mercado paulista de ações conta com outros índices, de menor visibilidade na mídia, mas importantes no trabalho dos analistas. Há, por exemplo, o primeiro índice setorial da Bolsa paulista: o IEE (Índice de Energia Elétrica), composto pelas ações mais negociadas do setor energético. GLOSSÁRIO Ação ordinária (ON) - é um papel menos negociado que dá ao acionista direito de voto na empresa. Na distribuição dos dividendos da empresa, seus proprietários só recebem sua parcela correspondente depois que os proprietários das ações preferenciais tenham recebido suas parcelas. Ação preferencial (PN) - é um papel mais negociado, mas seu detentor não tem direito de voto, apenas a preferência de recebimentos em caso de liquidação da empresa (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias, e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade). Algumas empresas diferenciam as séries de papéis lançados no mercado por letras, como por exemplo: PNA, PNB, PNC. IEE (Índice de Energia Elétrica) IEE- Por ser um índice setorizado, ou seja, que reflete a variação de um setor, no caso o elétrico, o IEE segue uma metodologia específica. "Os índices setoriais facilitam o acompanhamento do desempenho de um setor. Para quem tem uma carteira composta em maioria por empresas elétricas, por exemplo, fica mais fácil de acompanhar o mercado pelo IEE do que pelo Ibovespa", afirma Enio. Existe ainda o IBX-Índice Brasil, que é um Ibovespa ampliado para 100 ações mais negociadas e de maior volume financeiro no período de 12 meses. Também é reavaliado a cada quatro meses. Esse índice não é muito utilizado como parâmetro pelo mercado, devido à quantidade de ações de baixa liquidez. "No IBX há as ações do Ibovespa mais algumas outras. Essas outras não são de grande liquidez. Por isso, para o mercado, ele não tem muito valor", diz Enio. A carteira do IBX tem vigência de quatro meses, sendo a próxima atualização em abril.Para fazer parte do índice, a ação precisa atender ao seguintes critérios (sempre referentes aos doze meses anteriores à formação da carteira): Estar entre as 100 melhores classificadas quanto ao seu índice de negociabilidade; Ter sido negociada em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos doze meses anteriores à formação da carteira do índice. Começou a operar o IGC (Índice de Governança Corporativa), composto na estréia pelas 19 ações de 15 empresas que aderiram ao nível 1 do Novo Mercado, uma espécie de selo de qualidade. Hoje são 24 papéis e 19 empresas. O IGC inclui empresas com políticas de valorização dos acionistas minoritário, ou seja, as do Novo Mercado e as classificadas nos níveis 1 e 2 de governança corporativa da Bovespa. Para participar desse grupo, as empresas se comprometem, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa, como divulgar dados além do exigido pela legislação e manter no mínimo 25% das ações em negociação no mercado. O que é o risco país? A expressão "risco país" entrou para a linguagem cotidiana do noticiário econômico, principalmente em países que vivem em clima de instabilidade, como o Brasil e a Argentina. O "risco país" é um indicador que tenta determinar o grau de instabilidade econômica de cada país. Desta forma, se tornou decisivo para o futuro imediato dos países emergentes. A seguir, estão enumerados alguns pontos básicos que facilitam o entendimento desse conceito, que vem tendo cada vez mais destaque. O que é exatamente o risco país? O risco país é um índice denominado Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+) e mede o grau de "perigo" que um país representa para o investidor estrangeiro. Este indicador se concentra nos países emergentes. Na América Latina, os índices mais significativos são aqueles relativos às três maiores economias da região: Brasil, México e Argentina. Dados comparativos de outros países - como Rússia, Bulgária, Marrocos, Nigéria, Filipinas, Polônia, África do Sul, Malásia e outros - também são considerados no cálculo dos índices. O chamado risco-país reflete a percepção de segurança que os investidores externos têm em relação a um país. Esse risco é medido pelo número de pontos percentuais de juros que determinado governo tem de pagar a mais que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. A maior economia do planeta é considerada de risco zero para o investidor. Quem é responsável pelo cálculo do índice? O risco país é calculado por agências de classificação de risco e bancos de investimentos. O banco de investimentos americano J. P. Morgan, que possui filiais em diversos países latino-americanos, foi o primeiro a fazer essa classificação. Que variáveis econômicas e financeiras são consideradas no cálculo do índice? O J. P. Morgan analisa o rendimento dos instrumentos da dívida de um determinado país, principalmente o valor (taxa de juros) com o qual o país pretende remunerar os aplicadores em bônus, representativos da dívida pública. Tecnicamente falando, o risco país é a que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do Tesouro dos Estados Unidos, país considerado o mais solvente do mundo, ou seja, o de menor risco para um aplicador não receber o dinheiro investido acrescido dos juros prometidos. Como se determina essa sobretaxa? Entre outros, são avaliados, principalmente, aspectos como o nível do déficit fiscal, as turbulências políticas, o crescimento da economia e a relação entre arrecadação e a dívida de um país. Como se expressa o risco país? Em pontos básicos. Sua conversão é simples: 100 unidades equivalem a uma sobretaxa de 1%. Na prática, um risco em torno de 400 pontos significa que o governo tem de pagar juros de 4% a mais do que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. Quanto menor o risco, mais fácil e barato fica captar dinheiro no mercado internacional. Concretamente, o que significa este índice para os investidores? É um orientador. O risco país indica ao investidor que o preço de se arriscar a fazer negócios em um determinado país é mais ou menos elevado. Quanto maior for o risco, menor será a capacidade do país de atrair investimentos estrangeiros. Para tornar o investimento atraente, o país tem que elevar as taxas de juros que remuneram os títulos representativos da dívida. E quais os efeitos para a economia ter o país classificado como "risco perigoso"? As principais consequências são um retração do fluxo de investimentos estrangeiros e um menor crescimento econômico, o que acaba acarretando um aumento do desemprego e salários menores para a população. A taxa de risco de um país afeta não apenas as finanças do governo, mas toda a economia. Quando o risco soberano de um país aumenta, os títulos emitidos pelo governo ficam mais atrativos para os bancos. Em conseqüência disso, as instituições financeiras destinam uma fatia maior de seus investimentos para comprar esses títulos públicos, reduzindo os recursos disponíveis para financiar operações de crédito e investimento. A menor oferta de crédito no mercado acaba levando a um aumento das taxas de juros, o que, por outro lado, acaba freando a economia. RISCO BRASIL: É um número que mede o nível de desconfiança ou risco dos mercados financeiros em relação aos países emergentes, calculado pelo banco de investimentos americano JP Morgan( índice Embi+ ) e abrange 21 países: México, Argentina, Nigéria, Venezuela, Colômbia, Rússia, Turquia, Ucrânia, Peru, Filipinas, Panamá, Polônia, Malásia, Coréia do Sul, Bulgária, Qatar, Equador, África do Sul, Marrocos e Egito e Brasil. No caso brasileiro , tem como base um conjunto de títulos que circulam no mercado secundário da dívida externa brasileira, com destaque um título do governo, o " C-Bond". Índice EMBI - Emerging Markets Bonds Índex, ou Índice de Títulos dos Mercados Emergentes - ITME - grupo em que o Brasil esta incluído. Revisão: 15/06/2009