DOENÇAS CRÔNICAS

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16/04/2015
Como aumentar a aderência ao
tratamento da asma
16/04/2015 14:05- 14:30
Dra. Ana Luisa Godoy Fernandes
Profa. Associada Livre-Docente de Pneumologia EPM - Unifesp
Membro da Comissão de Asma da SBPT
Potencial conflito de interesse
CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000
ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000
Nos últimos doze meses recebi apoio financeiro da indústria
farmacêutica, de laboratórios clínicos ou de outras empresas
em forma de diárias, passagem ou apoio didático para
participação em evento médico.
Aché; AstraZeneca ;Boheringer Ingelheim; Novartis
Sou funcionário de entidade governamental.
Profa. Associada Livre-docente de Pneumologia
Vice-Chefe do Departamento de Medicina EPM/Unifesp
Sou membro de organização não-governamental destinada
a defesa de interesses de profissionais de saúde.
Comissão de ASMA da SBPT
DOENÇAS CRÔNICAS
WHO GLOBAL FORUM ON CHRONIC DISEASES
57 milhões de mortes/ano no mundo
57,9%
33 milhões por doença crônica
Tratar de doenças crônicas implica
em ofertar, proporcionar e incentivar
uma mudança de comportamento
1
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Países com planos, políticas ou estratégias
para doenças não comunicáveis muito prevalentes
WHO 2010 report : Assessing national capacity for the prevention and control of noncommunicable diseases
ASMA
A adesão inadequada ao
tratamento é a
principal causa de
resultados
desfavoráveis e pobre
controle da asma
A relação entre desfechos clínicos e adesão a medicamentos
na asma de difícil controle
De 161 pacientes com Asma encaminhados à clinica de ADC
115 foram auditados quanto a prescrição de medicamentos
para tratamento da asma e a dispensação desses
medicamentos na farmácia por um período de 12 meses.
Quais foram od principais resultados?
•
•
•
65% pacientes com asma tinham <80% de adesão ao tratamento
<80% adesão foi significativamente associado a menor VEF1 e
elevada % de eosinófilos no escarro
baixa adesão ao tratamento(<80%) foi marcador independente de
antecedente positivo de ventilação mecânica
Murphy A et al Thorax 2012 ,67:751 - 753
2
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A relação entre desfechos clínicos e adesão a medicamentos
na asma de difícil controle
Baixa adesão (<80%) por esquema terapêutico
%
ICS (75/115)
ICS+LABA combinados ( 63/101)
ICS + LABA isolados (12/14)
Antileucotrieno (30/42)
Antimuscarínico (22/29)
Teofilina oral (23/40)
Corticóide oral (13/50)
65,2
62,4
87,7
71,4
75.9
57.5
26.0
Boa adesão
> 80% a todos os medicamentos (29/115) 25,2%
Murphy A et al Thorax 2012 ,67:751 - 753
Adesão a medicação vs exacerbação grave de asma
Revisão sistemática
Adesão:
• Taxa de retirada de medicação=
n de dose dispensada/n dias do intervalo
• Pesando o canister ou contador eletronico
Exacerbação
• Visitas a Emergência
• Hospitalização por asma
• Uso de corticóide oral ou sistêmico > 3 dias
Engelkes, M et al. Eur Resp J 2015, 45:396-407
Adesão a medicação vs exacerbação grave de asma
Revisão sistemática
CRIANÇAS
c
5 estudos
n≈ 80.000 pacientes
Engelkes, M et al. Eur Resp J 2015, 45:396-407
3
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Adesão a medicação vs exacerbação grave de asma
Revisão sistemática
ADULTOS
c
7 estudos
n≈ 232.000 pacientes
Engelkes, M et al. Eur Resp J 2015, 45:396-407
Adesão a medicação vs exacerbação grave de asma
Revisão sistemática
Existe uma associação entre baixa adesão e alto risco de
exacerbação grave em crianças e adultos
Não existe um método adequado para medir adesão
O padrão ouro – monitorização eletrônica não significa que o
dispositivo inalatório foi utilizado corretamente
Quando o paciente é perguntado ele tende a super estimar
sua adesão
As taxas de adesão maior estão associados a presença de
sintomas
> 80% é derivado de estudos de HA e diabetes
Engelkes, M et al. Eur Resp J 2015, 45:396-407
O que é uma boa adesão?
A extensão que o paciente toma as
medicações, segue dietas ou altera estilo de
vida de acordo com a prescrição clínica
Sackett,1979
Para garantir uma boa saúde
Cochrane-1992
O mínimo de medicação necessária para se
obter a resposta almejada
Epstein & Clauss-1992
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DIFICULDADES DE ADESÃO
COMPORTAMENTO DO PACIENTE
• INCONSCIENTE
desconhecimento, inabilidade e esquecimento
• ERRÁTICO
uso de acordo com as conveniências
não elege prioridades
• RACIONAL
preconceitos
temor de efeitos colaterais
sensação de impossibilidade de melhora
Donavan Blake Soc Sci Med 1992 ; 34(5);507-13
Conhecimento e habilidades dos asmáticos
QUESTÕES
% ACERTO NA
1ª CONSULTA
O que é ASMA?
Medicação de alívio
0
22,7
Medicação de manutenção
Identificação de fatores desencadeantes
Medidas de profilaxia
22,7
54,5
22,7
Sinais de controle e descontrole
Preenchimento de diários
0
0
Uso correto do aerosol
36,4
Bettencourt e col.J Pneumol,2002
redução
Etapa 1
ETAPAS DO TRATAMENTO
Etapa 2
aumento
Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5
Educação e Higiene ambiental
β 2 curta
s/n
β 2 curta s/n
Medicamento
manutenção
Selecione
um
Selecione
um
Adicione
1 ou mais
Adicione 1
ou ambos
1a opção
CI baixa
dose
CI baixa
dose+LABA
CI media
alta dose
+LABA
Corticoide
Oral
Anti-LT
CI media +
Anti-LT
Anti-IgE
CI baixa
+Anti-LT
Teofilina
Outras
opções
CI baixa
+Teofilina
5
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
TRANSMITIR CONHECIMENTOS
ENSINAR HABILIDADES
MUDANÇA DE
COMPORTAMENTO
Educação
Objetivos
• Melhorar a adesão ao tratamento
• Tornar o paciente apto a tomar atitudes
corretas
Habilidades no manejo
A.B.C.D.......da ASMA
A. Aprenda seus fatores desencadeantes e saiba
como evitá-los
B. Bombinhas: Use corretamente os remédios
adequados e com a técnica correta
C. Corra ao PS :Saiba quando a sua asma está
saindo de controle, siga um plano de ação
D. Dose e efeitos: Saiba se são de alívio ou de
manutenção e os efeitos colaterais
Oliveira MA et al. Eur Resp J 1999;14:908-914
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ENSINO DE HABILIDADES
TODA CONSULTA É UM MOMENTO EDUCATIVO
OFERECER OPORTUNIDADES DE:
VERIFICAÇÃO E CORREÇÃO DAS HABILIDADES
ADQUIRIDAS
EFETIVIDADE DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
Uso de corticosteróide inalatório
35,5 %
antes
depois
77,4%
-5
10
25
40
55
70
85
Oliveira MA et al. J of Asthma 1997
Posologia
IDEAL
Uma vez ao dia
Via oral
REALIDADE
ASSOCIAÇÃO DE CI + LABA
MEDICAÇÕES ORAIS : MENOS POTENTES
7
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Em cada consulta:
Comunicação eficaz
Questões e dúvidas sobre a doença
Avaliar a percepção do paciente em
relação a gravidade da doença
Rever técnicas inalatórias
Rever objetivos do tratamento
Manejo da asma baseado no controle
Tratamento é um
ciclo contínuo
de avaliações e ajustes
DIAGNÓSTICO
Fatores de risco
Função pulmonar
Comorbidades
Técnica inalatória
ADESÃO E PREFERÊNCIA
SINTOMAS
EXACERBAÇÕES
EFEITOS ADVERSOS
SATISFAÇÃO (QV)
FUNÇÃO PULMONAR
Medicações para Asma
Estratégias farmacológicas
Fat de risco modificáveis
Estratégias inovadoras
Melhoram a adesão?
•
•
•
•
Monitorização eletrônica ( diários)
Despertadores?
Programas dedicados a auxiliar no controle
Informação por internet, video, chat .....
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O que fazer para melhorar
ADESÃO
•
•
•
•
•
•
Garantir o acesso a medicação e consultas
Informação homogênea e clara
Treinamento de habilidades
Perceber comportamento problemático
Monitorar continuamente
Relação médico-paciente
Não tem nada não ...deve ser só uma virose
Ahhhhaaa.... JÁ CABO????
E o SINHO NEM OLHO NA MINHA CARA !!!
A Sra. tá é doente a Sra. não é modelo ...
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