(19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2007 – FÍSICA – QUESTÕES DISCURSIVAS em 28,8 μJ . Considerando que a resistência por unidade de comprimento do fio resistivo é constante, determine a massa específica do líquido que substituiu a água. Dados: aceleração da gravidade (g) = 10 m/s2; massa específica da água ( μa ) = 1 g/cm3. FÍSICA QUESTÃO 1 No instante t = 0, uma fonte sonora que gera um tom com freqüência 500 Hz é arremessada verticalmente do solo com velocidade inicial 40 m/s. Pede-se: a) a maior e a menor freqüência do som ouvido por um observador estacionário situado muito próximo do local do arremesso; b) um esboço do gráfico da freqüência ouvida pelo observador em função do tempo após o lançamento para 0 < t < 10 s. Dados: aceleração da gravidade (g) = 10 m/s2 velocidade do som (vs) = 340 m/s Obs.: despreze o atrito da fonte sonora com o ar e suponha que a fonte permaneça imóvel após atingir o solo. c b K a M Resolução a) As variações de freqüência são devidas ao efeito Doppler, assim: - A menor freqüência é percebida no afastamento da fonte, no instante t=0 , em que a velocidade é máxima. Logo: fo fF = Vs ± Vo Vs ± VF C1 = 10 μF R1 = 1Ω H 24 V Resolução O sinal correto é determinado pela convenção de sinais da figura abaixo: Na primeira situação, com o tanque preenchido com água e a chave K aberta, temos um circuito com a fonte (E = 24 V) e dois resistores ( R1 = 1Ω e Rab ) associados em série. A corrente que percorre esse + circuito é dada a partir da potência dissipada em 1: Pot1 = R1 ⋅ i12 ⇒ 16 = 1⋅ i12 ⇒ i1 = 4A . F Então, a resistência o Rab pode ser determinada por: E = (R1 + Rab ) ⋅ i1 ⇒ 24 = (1 + Rab ) ⋅ 4 ⇒ Rab = 5Ω Assim: Agora vamos substituir a água pelo líquido mais denso e fechar a chave K. Após um longo intervalo de tempo, quando o capacitor já estiver totalmente carregado, não haverá mais corrente passando através dele, e novamente teremos um circuito com a fonte e dois resistores ( R1 = 1Ω e Rab ' ) associados em série, onde Rab ' é a fo 500 340.500 = ⇒ fo = ⇒ fo = 447 Hz 340 + 0 340 + 40 380 - A maior freqüência é percebida na aproximação da fonte, no ponto onde a velocidade é máxima (no retorno da fonte à origem). Sabendo que metade do tempo total é o tempo para a fonte chegar na altura máxima, onde a velocidade é nula, temos: v1/2 = v0 – g.t1/2 ⇒ 0 = 40 – 10.t1/2 ⇒ t1/2=4s ⇒ ttotal=8s Neste ponto o módulo da velocidade é igual ao da velocidade inicial, no sentido contrário. fo 500 340.500 = ⇒ fo = ⇒ fo = 567 Hz 340 + 0 340 − 40 300 b) A fonte sonora se move num MUV, então sua velocidade é dada pela expressão: VF (t) = 40-10.t nova resistência determinada pelo cursor metálico. Como o capacitor está em paralelo com o resistor R1 , ambos estarão submetidos à mesma diferença de potencial, que pode ser calculada pela energia acumulada no capacitor: E= C ⋅ U2 10 ⋅ 10−6 ⋅ U2 ⇒ 28,8 ⋅ 10−6 = ⇒ U = 2,4V 2 2 Assim: Portanto, a nova corrente no circuito é calculada por: U = R1 ⋅ i ⇒ 2,4 = 1⋅ i ⇒ i = 2,4A fo 500 34.500 = ⇒ fo = 340 + 0 340 + (40-10.t) 38-t A partir daí, podemos construir o seguinte esboço: Assim, determinamos R: E = (Rab '+ R1) ⋅ i ⇒ 24 = (Rab '+ 1) ⋅ 2,4 ⇒ Rab ' = 9Ω f (Hz) Usando a informação do enunciado que a resistência por unidade de comprimento é constante, vem que: Rab Rab ' 5 9 = ⇒ = ⇒ A ' = 0,18m A A' 0,1 A ' Agora, analisando o empuxo em cada situação, observamos que em ambos os casos o empuxo deve equilibrar o peso do bloco. Como o peso do bloco não muda, os empuxos nas duas situações devem ser de mesma intensidade: G G G G | E1 |=| E2 |⇒ V1 ⋅ ρ A ⋅ | g |= V2 ⋅ ρL ⋅ | g | , onde ρA e ρL são 567 500 447 4 8 10 t (s) QUESTÃO 2 respectivamente as densidades da água e do líquido mais denso. Chamando de S área da base do bloco e de h1 e h2 as alturas da A figura ilustra um bloco M de madeira com formato cúbico, parcialmente submerso em água, ao qual está fixado um cursor metálico conectado a um circuito elétrico. Na situação inicial, a face do fundo do bloco se encontra a 48 cm da superfície da água, a chave K está aberta e o capacitor C1 descarregado. O comprimento do fio resistivo entre a posição b do cursor metálico e o ponto a é 10 cm. A potência dissipada no resistor R1 é 16 W. Em determinado instante, a água é substituída por outro líquido mais denso, mantendo-se constante o nível H da coluna de água inicialmente existente. Fecha-se a chave K e observa-se que, após um longo intervalo de tempo, a energia armazenada em C1 se estabiliza parte submersa nas situações anterior e posterior respectivamente, temos: G G h (S ⋅ h1) ⋅ ρ A ⋅ | g |= (S ⋅ h2 ) ⋅ ρL ⋅ | g |⇒ ρL = 1 ⋅ ρ A h2 Para determinar a nova altura h2 do cilindro, fazemos: h1 − h2 = A '− A ⇒ 0,48 − h2 = 0,18 − 0,10 ⇒ h2 = 0,4m Então, finalmente, ρL = 1 0,48 ⋅ 1,0 = 1,2g / cm3 0,4 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2007 – FÍSICA – QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO 3 QUESTÃO 4 Uma mola com constante elástica k, presa somente a uma parede vertical, encontra-se inicialmente comprimida em 10 cm por um bloco de massa m = 4 kg, conforme apresenta a figura abaixo. O bloco é liberado e percorre uma superfície horizontal lisa OA sem atrito. Em seguida, o bloco percorre, até atingir o repouso, parte da superfície rugosa de uma viga com 4 m de comprimento, feita de material uniforme e homogêneo, com o perfil mostrado na figura. Sabendo que a força normal por unidade de área no tirante CD de seção reta 10 mm2 é de 15 MPa na posição de repouso do bloco sobre a viga, determine o valor da constante elástica k da mola. Dados: pesos por unidade de comprimento da viga (PL1) = 20 N/m e (PL2) = 40 N/m; coeficiente de atrito cinético ( μ c ) = 0,50; Um pequeno corpo é abandonado com velocidade inicial nula no ponto A de uma rampa, conforme ilustra a Figura 1. No instante em que esse corpo passa pelo ponto P, um dispositivo provoca o fechamento da chave S1 do circuito elétrico apresentado na Figura 2. No instante em que o resistor R1 desse circuito atinge o consumo de 0,05 W.h, um percussor é disparado, perpendicularmente ao trecho BC, com o objetivo de atingir o corpo mencionado. Sabe-se que ao percorrer a distância d mostrada na Figura 1, o corpo tem sua velocidade reduzida a 1/3 da alcançada no ponto B. Considerando que os trechos A-B e P-C não possuem atrito e que o corpo permanece em contato com o solo até o choque, determine o ângulo de inclinação θ da rampa para que o corpo seja atingido pelo percussor. Dado: aceleração da gravidade (g) = 10 m/s2. aceleração da gravidade (g) = 10 m/s2; 1 Pa = 105 N/m2. A Obs.: o tirante não prejudica o movimento do bloco. percussor 2,5 m θ B P D C 10 m d k m Figura 1 P L1 O 1,2Ω 4Ω 2,8Ω apoio C viga P L2 A B 2,0 m 2,0 m Resolução NOTA: Há um erro no enunciado desta questão que pode ter prejudicado muitos candidatos, o qual consistiu em afirmar que 1 Pa = 105 N/m2, quando o correto seria 1Pa = 1N/m2. Utilizando-se a informação correta, temos: G G Peso do bloco: | P |= m⋅ | g |= 4 ⋅ 10 = 40N Na posição de equilíbrio do bloco, a força aplicada pelo tirante CD G vale: | FT |= p ⋅ A = (15 ⋅ 10 6 ) ⋅ (10 ⋅ 10 −6 ) = 150N G G Chamando de P1 e P2 os pesos das vigas dos lados esquerdo e Figura 2 Resolução No circuito, a resistência equivalente será 4 ⋅ (1,2 + 2,8) REQ = = 2Ω 4 + (1,2 + 2,8) Ao fecharmos a chave S1 , a corrente que aparece no circuito é i= rugosa lisa R1 S1 20 V tirante bloco E 20 = = 10A . Como ambos os trechos em paralelo no circuito REQ 2 direito respectivamente, temos: G N | P1 |= 20 ⋅ 2m = 40N m G N | P2 |= 40 ⋅ 2m = 80N m Seja x a distância percorrida pelo bloco a partir do ponto A até parar, de acordo com a figura: possuem uma resistência igual ( 4Ω ), a corrente será dividida igualmente entre os dois trechos, ou seja, cada resistor é percorrido por uma corrente de 5A . Logo, a potência dissipada no resistor de 1,2Ω é 2 ⎛ i⎞ Pot = R ⋅ ⎜ ⎟ = 1,2 ⋅ 52 = 30W ⎝2⎠ O tempo decorrido para que este resistor dissipe os 0,05W ⋅ h é: G FT 2,0 m G N E 0,05W ⋅ h 1 1 Pot = DISSIP ⇒ 30W = ⇒ Δt = h= ⋅ 3600s = 6s Δt Δt 600 600 x Durante esse intervalo de tempo de 6 s o corpo deve percorrer o trecho PC, ou seja, deve percorrer 10 m. Assim, a velocidade no trecho PC é: v 1 PC 10 5 VPC = = = m / s . Como PC = ⇒ vB = 3 ⋅ vPC = 5 m s vB 3 Δt 6 3 A Ou seja, partindo do repouso em A, o corpo acelera até o ponto B atingindo nesse ponto uma velocidade de 5 m/s. Para descobrir a aceleração no trecho AB, vamos impor que a força resultante no plano inclinado sem atrito é a componente do peso na direção da rampa: G G G G G | FRES |=| P | ⋅senθ ⇒ m⋅ | a |= m⋅ | g | ⋅senθ ⇒ | a |=| g | ⋅senθ B G P1 G PB 1,0 m G P2 Como o movimento no trecho AB é uniformemente variado (aceleração constante), da equação de Torricelli: v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ Δs ⇒ 52 = 02 + 2 ⋅ (10 ⋅ senθ ) ⋅ 2,5 ⇒ senθ = 3,0 m Impondo o equilíbrio dos torques em relação ao ponto B, temos: G G G G G | P1 | ⋅3+ | PB | ⋅( 4 − x )+ | P2 | ⋅1 =| FT | ⋅2+ | N | ⋅0 ⇒ 1 ⇒ θ = 30° 2 2 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2007 – FÍSICA – QUESTÕES DISCURSIVAS 40 ⋅ 3 + 40 ⋅ ( 4 − x ) + 80 ⋅ 1 = 150 ⋅ 2 ⇒ x = 1,5m Durante o movimento do bloco ao longo desses 1,5 m na superfície rugosa da viga, a desaceleração a que ele está submetido é: G G G G G FRES = FAT ⇒ m | ⋅a |= μ ⋅ m⋅ | g |⇒| ⋅a |= 0,5 ⋅ 10 = 5m / s 2 Desse modo, a potência que o resistor RA irá dissipar é: Q 57,6 ⋅ 10 3 J Pot = = = 32W Δt 30 ⋅ 60s Quando a chave é S1 fechada, a corrente que passa pelo amperímetro (i0 = 2A) é a mesma corrente que passa pelo resistor RA. Logo: Pela equação de Torricelli: v 2 = v 0 + 2 ⋅ a ⋅ Δs ⇒ 2 Pot = R A ⋅ i 0 ⇒ 32 = R A ⋅ 22 ⇒ R A = 8Ω 2 0 = v 0 + 2 ⋅ ( −5) ⋅ 1,5 ⇒ v 0 = 15(m / s ) 2 2 2 2 2 b) Estando S1 fechada e S2 ainda aberta, temos que: E = (RS + R A ) ⋅ i 0 ⇒ 24 = (RS + 8) ⋅ 2 ⇒ RS = 4Ω Impondo a conservação da energia mecânica no trecho liso: 2 k ⋅ x mola m ⋅v0 = 2 2 2 3 k ⋅ (0,1) = 4 ⋅ 15 ⇒ k = 6 ⋅ 10 N / m 2 c) Quando fechamos a segunda chave (S2), ou seja, estando ambas as chaves (S1 e S2) fechadas, teremos um circuito onde o resistor S2 é percorrido pela nova corrente total i = 2,4 A, e esta se divide em duas partes i A e i B , que percorrem respectivamente os resistores R A e E O = E A ⇒ E ELÁSTICA = E CINÉTICA ⇒ RB (com i A + i B = i ). QUESTÃO 5 Estando os resistores R A e RB em paralelo, ambos estão submetidos A figura 1 ilustra uma bateria, modelada através de uma fonte de tensão elétrica VF em série com um resistor RS, conectado a um voltímetro V, cuja leitura indica 24 V. Essa bateria é ligada em série com o amperímetro A e com um circuito composto por uma resistência de aquecimento RA em paralelo com uma resistência RB, conforme mostra a Figura 2. A resistência RA encontra-se imersa em 0,2 L de um líquido com massa específica de 1,2 g/cm3. Inicialmente, as chaves S1 e S2 da Figura 2 encontram-se abertas. A chave S1 é acionada. Observa-se que o amperímetro indica 2A e que a temperatura do líquido se eleva de 10 °C para 40 °C em 30 minutos. Em seguida, a chave S2 é fechada e o amperímetro passa a indicar 2,4 A. Considerando que não exista perda de energia no aquecimento da água e que o voltímetro e o amperímetro sejam ideais, determine: a) a resistência RA em ohms; b) a resistência RS em ohms; c) a resistência RB em oms. Dados: calor específico do líquido (c) = 2 cal/(g .°C); 1 cal ≅ 4 J Bateria RS à mesma diferença de potencial, que vale: U A = U B = E − RS ⋅ i = 24 − 4 ⋅ 2,4 = 14,4V Assim, U A = R A ⋅ i A ⇒ 14,4 = 8 ⋅ i A ⇒ i A = 1,8 A Em RB , temos: i B = i − i A = 2,4 − 1,8 = 0,6 A ,e portanto: U B = RB ⋅ i B ⇒ 14,4 = RB ⋅ 0,6 ⇒ RB = 24Ω QUESTÃO 6 Uma massa m de ar, inicialmente a uma pressão de 3 atm, ocupa 0,1 m3 em um balão. Este gás é expandido isobaricamente até um volume de 0,2 m3 e, em seguida, ocorre uma nova expansão através de um processo isotérmico, sendo o trabalho realizado pelo gás durante esta última expansão igual a 66000 J. Determine a) o trabalho total realizado em joules pelo gás durante todo o processo de expansão; b) o calor total associado às duas expansõoes, interpretando fisicamente o sinal desta grandeza. Cp kgf ; 1 kgf = 10 N ; γ = = 1,4 Dados: 1 atm = 1 2 C cm v Obs.: suponha que o ar nestas condições possa ser considerado como gás ideal. + VF V – Resolução Figura 1 Bateria RS S1 S2 A RA + VF RB – Figura 2 a) O trabalho total realizado durante todo o processo de expansão será dado por τtotal = τ12 + τ23 Resolução a) Quando colocamos o voltímetro nos extremos da bateria, não haverá corrente circulando, pois o voltímetro é ideal (resistência infinita). Assim, a indicação do voltímetro é a fem (E) da bateria, já que não haverá queda de tensão na resistência interna. Logo, E = 24V . A densidade do líquido é: ρ L = 1,2g / cm 3 = 1,2kg / L onde: τ12 é o trabalho da transformação isobárica; τ23 é o trabalho da transformação isotérmica. Logo: τ12 = P. ΔV = 3 atm ⋅ 0,1 m3 = 3 ⋅ 105 N ⋅ 0,1 m3 ⇒ τ12 = 30 kJ m2 Considerando τ23 = 66 kJ (do enunciado), temos τtotal = 30 + 66 ⇒ τtotal = 96 kJ A massa nesse caso é dada por: m = ρ ⋅ V = 1,2 ⋅ 0,2 = 0,24kg O calor específico sensível do líquido é: cal J 4J c=2 = 2 −3 = 8 ⋅ 10 3 g ⋅ °C kg ⋅ °C 10 kg ⋅ °C O calor necessário para elevar a temperatura do líquido de 10ºC para 40ºC é: Q = m ⋅ c ⋅ Δθ = 0,24 ⋅ 8 ⋅ 10 3 ⋅ ( 40 − 10 ) = 57,6 ⋅ 10 3 J b) O calor total trocado durante todo o processo de expansão será dado por Qtotal = Q12 + Q23 onde: Q12 é o calor trocado na transformação isobárica; 3 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2007 – FÍSICA – QUESTÕES DISCURSIVAS b) Logo após bater no obstáculo, temos um movimento circular de raio R, como ilustra a figura: Q23 é o calor trocado na transformação isotérmica. Logo: Q12 = n ⋅ Cp ⋅ ΔT L’ Do gráfico temos: ⎧⎪P1 ⋅ V1 = n ⋅ R ⋅ T1 P ⋅ ΔV ⇒ Como P1 = P2 ⇒ ΔT = ⎨ n⋅R ⎪⎩P2 ⋅ V2 = n ⋅ R ⋅ T2 θ = 60 0 Considerando Cp − Cv = R : Q12 = n ⋅ Cp . Q12 = n ⋅ Cp ⋅ R P ⋅ ΔV P ⋅ ΔV = n ⋅ Cp ⋅ ⇒ n ⋅R n ⋅ (Cp − Cv ) P . ΔV ⎛ C n ⋅ Cp ⋅ ⎜ 1 − v ⎜ Cp ⎝ Q12 ⇒ Q12 = ⎞ ⎟ ⎟ ⎠ = 105 kJ Na figura, temos: L’cos60º = 0,2L ⇒ L’= 0,4L, logo: R = L – 0,4L = 0,6L Montando o diagrama de forças para a situação dada, temos: P ⋅ ΔV 30 kJ = ⎛ Cv ⎞ ⎛ 1 − 1 ⎞ ⎜1 − ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ Cp ⎟⎠ ⎝ 1,4 ⎠ ⎝ T Como no processo 2-3 não temos alteração da energia interna, pela 1ª. lei da termodinâmica: Q23 = τ23 ⇒ Q23 = 66 kJ 60º Então o calor total trocado será: Qtotal = 105 + 66 ⇒ Qtotal = + 171 kJ (M+m) g Da figura, vem: O sinal positivo do calor total informa que neste processo de expansão a massa de ar contida no balão, recebeu calor do meio externo. (M + m )v 22 ⇒ R ⎛v2 g ⎞ (III) T = (M + m )⎜⎜ 2 + ⎟⎟ 2⎠ ⎝R Mas v2 pode ser calculado pela conservação de energia entre os instantes 1 e 2: (M + m )v 12 (M + m )v 22 = + (M + m )g (L − L cos 60 0 ) ⇒ 2 2 v 22 v 12 gL = − ⇒ v 22 = 16 − 10 = 6 (m/s)2 (IV) 2 2 2 T – (M+m)g.cos60º = Rcp = QUESTÃO 7 Um pêndulo com comprimento L = 1 m, inicialmente em repouso, sustente uma partícula com massa m = 1 kg. Uma segunda partícula com massa M = 1 kg movimenta-sena direção horizontal com velocidade constante v0 até realizar um choque perfeitamente inelástico com a primeira. Em função do choque, o pêndulo entra em movimento e atinge um obstáculo, conforme ilustrado na figura. Observa-se que a maior altura alcançada pela partícula sustentada pelo pêndulo é a mesma do ponto inferior do obstáculo. O fio pendular possui massa desprezível e permanece sempre esticado. Considerando a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 e a resistência do ar desprezível, determine: a) a velocidade v0 da partícula com massa M antes do choque b) a força que o fio exerce sobre a partícula de massa m imediatamente após o fio bater no obstáculo. ⎛ 6 ⎞ De (III) e (IV): T = 2⎜⎜ + 5 ⎟⎟ (N ) ⇒ T = 30N ⎝ 0,6 ⎠ QUESTÃO 8 Uma partícula de massa m e carga elétrica q é arremessada com velocidade escalar v numa região entre duas placas de comprimento G d, onde existe um campo elétrico uniforme E , conforme ilustra figura. Ao sair da região entre as placas, a partícula entra numa região sujeita G a um campo magnético uniforme B e segue uma trajetória igual a uma semicircunferência, retornando à região entre as placas. Pede-se: a) o ângulo θ de arremesso da partícula indicado na figura; b) a energia cinética da partícula no instante de seu retorno à região entre as placas; G c) a faixa de valores de B para que a partícula volte à região entre as θ = 60o G v0 placas; d) verificar, justificando, se existe a certeza da partícula se chocar com alguma das placas após regressar à região entre as placas. d q , m θ Resolução a) Como o choque é perfeitamente inelástico, a partícula ficará “colada” ao pêndulo após a colisão, assim: Mv0 + m.0 = (M+m)v1 onde v1 é a velocidade do conjunto imediatamente após o choque. Como M = m = 1 kg, logo: v1 = v0/2 (I) Pela conservação de energia: Ec1 = Ep2 onde 1 é o momento imediatamente após o choque e 2 é o instante em que o conjunto atinge a altura máxima. Assim, substituindo os valores: (M + m )v 12 = (M + m )g (L − 0,2L ) ⇒ v 12 = 1,6gL ⇒ v 1 = 4 m / s (II) 2 Substituindo (II) em (I): v0 = 8 m/s. v → B → E Resolução Devemos observar que, para percorrer uma trajetória igual a uma semicircunferência, a partícula deve atingir a região de campo magnético perpendicularmente a este. Note que isto somente ocorre se a carga q for positiva. 4 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2007 – FÍSICA – QUESTÕES DISCURSIVAS Podemos observar assim, o lançamento obliquo executado pela partícula sob a ação exclusiva de uma força elétrica vertical, para cima. Note que se a carga for negativa. Assim: E..q Fe = E..q = m.a → a = m d d d vx = → t = = t vx v . cos θ v y = v 0 y − a.t E.q d . m v . cos θ a) Fazendo, vy=0 no momento em que a carga atinge o campo magnético, temos: E.q d 1 E.q d v .senθ = . ⇒ sen 2θ = . m v . cos θ 2 m v2 v y = v .senθ − θ = Como a velocidade horizontal é a mesma na ida e na volta e a velocidade vertical é nula no ponto de fronteira entre os campos elétrico e magnético, então, dado que a carga estará sempre sob mesma aceleração a distância entre as trajetórias sobre um eixo vertical qualquer é constante e igual a 2R, provocando a colisão no ponto ilustrado como C, na figura, qualquer que seja R. ⎛ 2.E.q.d ⎞ 1 ⎟ arcsen ⎜ ⎜ m.v 2 ⎟ 2 ⎝ ⎠ QUESTÃO 9 Um explorador especial sofreu um acidente e encontra-se em um planeta desconhecido. Entre seus equipamentos, ele dispõe de um telescópio, um dinamômetro, um bloco de massa M conhecida e um fio de comprimento L. O telescópio é composto por uma objetiva e uma ocular com distâncias focais f e f’, respectivamente. O explorador observou a existência de um satélite no céu deste planeta e o telescópio apresentou uma imagem de diâmetro máximo 2r’. Medidas anteriores ao acidente indicavam que o raio deste satélite era, na realidade, R. O astronauta determinou que o período de revolução do satélite em torno do planeta era equivalente a 5000 períodos de um pêndulo improvisado com o bloco e o fio. Se o dinamômetro registra que este bloco causa uma força F sob efeito da gravidade na superfície do planeta, determine: a) a massa M em função dos parâmetros fornecidos; b) o diâmetro D deste planeta em função dos parâmetros fornecidos Dado: constante de gravitação universal = G b) No retorno da semicircunferência, novamente vy=0, portanto toda a Energia cinética está relacionada a vx: 1 1 E c = mv x2 = mv 2 . cos 2 θ , mas 2 2 2 ⎞ ⎛ 1⎜ 1 + cos 2θ 1 ⎛ 2.E.q.d ⎞ ⎟ cos2θ = = ⎛⎜1 + 1 − sen 2 2θ ⎞⎟ = ⎜1 + 1 − ⎜ ⎟ ⎟ 2 ⎠ 2⎜ 2 2⎝ ⎝ m.v ⎠ ⎟ ⎝ ⎠ 2 ⎞ ⎛ ⎛ 2.E.q.d ⎞ ⎟ ⎜ 1 1 + − ⎜ ⎟ ⎟ ⎜ 2 ⎜ ⎝ m.v ⎠ ⎟ ⎠ ⎝ c) O raio máximo de semicircunferência deve ser no máximo igual à metade distância entre as placas (Δh), de acordo com a figura: logo, Ec = 1 mv 2 4 Resolução a) Segundo o enunciado, a massa M do corpo é conhecida, admitimos assim que o examinador tenha pedido a massa MP do planeta. D/2 Desta forma, supondo B>0 (ou seja, respeitando a orientação de B indicada na figura): 0= 2 v 0y 2 v 0y E.q = 2.a.Δh ⇒ v .sen θ = 2. .2Rmáx m − 2.a.Δh 2 Rmáx = Consideremos t o período do pêndulo. Temos: L L t = 2π ⇒ t 2 = 4 π2 g g m.v 2 .sen2θ 4.E.q Consideremos T o período do satélite. Pela 3ª lei de Kepler: T2 = m.v . cos θ m.v sen θ < q.B 4.E.q 2 Como cos2 θ = Satélite Planeta 2 m.v x , então: Sendo R = q.B B > 4.E. R d cos θ vsen2θ . = 4.E. ⎛ 2 ⎛ 2.E.q.d ⎞ 1⎜ 1+ 1− ⎜ ⎟ ⎜ 2 2⎜ ⎝ m.v ⎠ ⎝ 2 ( Segundo o enunciado, temos cos θ 2 v 1 − cos θ ) T2 t . Como g = ⎞ ⎟ , temos: ⎟ ⎟ ⎠ 2 4 π2 3 d . GMP = 50002 = d3 GMP d3 g = Lg GMPL 1 F F d3F d3 . , temos 50002 = ⇒ MP = M LGMPM 50002 LGM Determinaremos d em função dos parâmetros dados. Considere o seguinte esquema para o telescópio: ⎛ ⎛ 2⎞ 2⎞ ⎛ 2.E.q.d ⎞ ⎟ ⎛ 2.E.q.d ⎞ ⎟ 1⎜ 1⎜ + − 1+ 1− ⎜ 1 1 ⎟ ⎜ ⎟ 2 ⎜⎜ 2 ⎜⎜ ⎝ m.v 2 ⎠ ⎟⎟ ⎝ m.v 2 ⎠ ⎟⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ = B> ⎛ ⎛ ⎛ ⎛ 2 ⎞⎞ 2 ⎞⎞ ⎛ 2.E.q.d ⎞ ⎟ ⎟ ⎛ 2.E.q.d ⎞ ⎟ ⎟ 1 ⎜ ⎜1 v ⎜1 − ⎜1 + 1 − ⎜ v ⎜ ⎜1 − 1 − ⎜ ⎟ ⎟ ⎜ ⎜ 2 ⎟ ⎟⎟ 2 2 ⎝ m.v ⎠ ⎟ ⎟ ⎝ m.v 2 ⎠ ⎟⎟ ⎟ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎠ ⎝ ⎠ ⎝ d) Após retornar à região do campo elétrico, a partícula irá descrever sempre uma trajetória idêntica à sua trajetória de ida, a menos do fato de que esta trajetória estará deslocada em y de 2R (para cima em relação à trajetória de ida, ponto a ponto). Veja a figura abaixo: d-D/2 Fo’ r Fi’ R r' Fi Ocular 5 Fo Objetiva (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2007 – FÍSICA – QUESTÕES DISCURSIVAS 2d Objetiva: A distância do satélite à objetiva (d – D/2) é muito maior que a distância focal da mesma, f. Portanto a imagem conjugada está no foco imagem da objetiva, Fi na figura. iOb p′ −r f Rf =− ⇒ d−D 2 = (1) = − Ob ⇒ R d−D 2 r oOb pOb A L Ocular: A medida do tamanho da imagem fornecida pelo telescópio é r’. Para escrever r em função de r’ é preciso detalhar a conjugação na ocular. A distância focal da objetiva é f’. Assim temos 1 1 1 = + f ′ pOc p′Oc E D B Fs folhas de papel d Para a maior ampliação possível, a imagem virtual formada pela ocular deve ficar o mais próximo possível do observador, no ponto próximo. Um observador normal tem ponto próximo a aproximadamente 0,25 m, portanto: p′Oc = −0,25 m Resolução Observe a figura: 1 1 1 1 f′ ⇒ pOc = ⇒ pOc = (2) = + 1 f′ + 4 f ′ pOc −0,25 1 + 4f ′ O aumento linear transversal na ocular permite escrever: iOc p′ p r′ r′ −0,25 ⇒ r = Oc ⇒ r = 4pOcr ′ (3) = − Oc ⇒ = − r pOc oOc pOc 0,25 4f ′r ′ (4) 1 + 4f ′ Telescópio (objetiva + ocular) Substituindo (4) em (1): D fR ⎛ 1⎞ fR ⎛ 1⎞ D D Rf (1 + 4f ′ ) d− = ⇒ d− = ⎜1 + ⎟ ⇒ d = ′ ⎜1 + ⎟+ 2 r′ ⎝ 4f ⎠ r ⎝ 4f ⎠ 2 2 4f ′r ′ Considerando que o raio do planeta, D/2, possa ser desprezado em relação à distância do centro do planeta ao satélite, d, temos: fR ⎛ 1⎞ d= ⎜1 + ⎟ ; D << d (5) r′ ⎝ 4f ⎠ Substituindo (2) em (3): r = Temos finalmente MP = F ⎡ fR ⎛ 1 ⎞⎤ 1+ ⎟⎥ 2 LGM ⎢ r ′ ⎜ 4f ⎠⎦ 5000 ⎣ ⎝ 1 3 Da figura acima temos que: h a h a h + − 2 2 2 2 tgθ1 = tgθ 2 = tgθ = 2 2d 2d 2d Consideraremos que h >> a , uma vez que a é largura da fenda (da b) A aceleração da gravidade no ponto do corpo de massa M é: gP = GMP GMPM F = ⇒ D=2 . M ( D 2 )2 F ordem de grandeza do comprimento de onda) e h é o espaço entre a placa superior e a face da folha de papel que se encontra no topo da pilha. Desse modo podemos assumir que tgθ1 ≅ tgθ 2 ≅ tgθ , ou seja, Substituindo MP por sua expressão determinada no item a obtemos, após algumas simplificações: 1 1 ⎡ fR ⎛ 1 ⎞⎤ D= ⎢ ⎜1 + ⎟⎥ 2500 L ⎣ r ′ ⎝ 4f ⎠ ⎦ os raios incidentes que interferem destrutivamente para formar o mínimo de difração de primeira ordem no ponto A são praticamente paralelos. Então, podemos considerar, que a diferença de caminho entre os pares de raios que se cancelam é dada por: 3 QUESTÃO 10 Δ= A figura ilustra uma empacotadora de papel que utiliza um capacitor de placas quadradas e paralelas para empilhar a quantidade exata de folhas contidas em cada embalagem. Ao atingir a altura limite do bloco de papel, o laser L acoplado à fenda simples Fs projeta os mínimos de intensidade de difração de primeira ordem nos pontos A e B, eqüidistantes da linha tracejada ED. Sabendo que cada folha de papel possui uma espessura ef, determine o número de folhas contidas em cada embalagem. Dados: comprimento de onda do laser λ; largura da fenda simples = a; distância entre a fenda e a reta AB = 2 d área da superfície das placas do capacitor = d2 permissividade do vácuo = ε0 permissividade do papel = ε capacitância do capacitor com o limite máximo de folhas de papel = C Obs.: despreze o efeito da borda do capacitor λ a λ ⎛λ⎞ senθ = ⇒ senθ = ⇒ cos θ = 1 − ⎜ ⎟ 2 2 a ⎝a⎠ cos θ = a 2 − λ2 ⇒ tgθ = a 2 ⇒ λ a − λ2 2 Logo: h = 4d λ ⇒ h= a −λ 2 2 4⋅d⋅λ (I) a 2 − λ2 O conjunto de folhas junto com o capacitor formam um sistema de dois capacitores em série (um cujo dielétrico é o papel e outro cujo A temos as dielétrico é o vácuo). Assim, lembrando que C = ε d capacitâncias: d2 d2 e Cvacuo = ε0 H h Cpapel.Cvacuo A capacitância equivalente é dada por: C = Cpapel + Cvacuo Cpapel = ε 6 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2007 – FÍSICA – QUESTÕES DISCURSIVAS ε 0 ⋅ d2 ε ⋅ d2 ⋅ 2 h H ⇒ C = ε0 ⋅ ε ⋅ d ⇒ C= 2 ε0 ⋅ H + ε ⋅ h ε0 ⋅ d ε ⋅ d2 + h H 2 ⎞ ε ⎛⎜ ε 0 ⋅ d C ⋅ ε 0 ⋅ H + C ⋅ ε ⋅ h = ε 0 ⋅ ε ⋅ d2 ⇒ H = ⋅ − h⎟ ⇒ ⎟ ε0 ⎜ C ⎝ ⎠ H= ε ε0 ⎛ ε ⋅ d2 4⋅d⋅λ ⋅ ⎜⎜ 0 − ⎜ C a 2 − λ2 ⎝ ⎞ ⎟. ⎟⎟ ⎠ Resultados Turma ITA/IME/AFA somente da unidade CAMPINAS Como H = n ⋅ e f , temos: n= ε ef ⋅ ε0 ⎛ ε ⋅ d2 4⋅d⋅λ ⋅ ⎜⎜ 0 − ⎜ C a 2 − λ2 ⎝ ⎞ ⎟ ⎟⎟ ⎠ NOTA: Para que o ângulo θ fosse considerado pequeno deveríamos h ter << 2d , o que não necessariamente é verdade. 2 Caso o enunciado colocasse esta condição como verdadeira, teríamos: h λ 4.d.λ = senθ = tgθ = 2 ⇒ h = a 2.d a Substituindo na equação da associação de capacitores: 2 ⎞ ε ⎛ ε0 ⋅ d2 4⋅d⋅λ ⎞ ε ⎛ εo ⋅ d ⎜ ⎟⇒ H= ⋅⎜ − h ⎟ ⇒ n ⋅ ef = − ⎟ ε0 ⎜ C a ⎟ ε0 ⎜ C ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ n= 2006: • • • • 2 4⋅d⋅λ ⎞ ε ⎛ εo ⋅ d ⎜ ⎟ − e f ⋅ ε0 ⎜ C a ⎟ ⎝ ⎠ 4 alunos aprovados e classificados na AFA (além de 2 aprovados e não classificados), dos 7 que prestaram! 3 alunos aprovados na EPCAr (dos 6 que prestaram) 4º lugar de SP na EPCAr (3º ano) ... em 2006 é só o começo... venha ser aprovado você também! 2005: • • • • 2 alunos aprovados na AFA 1º lugar da UNESP - Matemática 1º lugar da UFSCar - Matemática 80% dos alunos foram aprovados em Universidades públicas 2004: • • • • • 4 alunos aprovados na AFA (dos 5 que haviam prestado)! 7º lugar de SP na AFA 15º lugar de SP na AFA 1 aprovado no IME 1 aprovado EsPCEx 2003: • • • • • • 7 3º lugar de SP na EsPCEx 1º lugar de SP na EPCAr (3º ano) 12º lugar de SP na AFA 1 aprovado no IME 100% dos alunos foram aprovados na 1ª fase da Unicamp 80% dos alunos foram aprovados na 2ª fase da Unicamp