A influência das redes sociais no comportamento de compra Guilherme Juliani de Carvalho1 Janaina Fernanda de Oliveira Pereira2 Roberto de Siqueira Nunes3 RESUMO: O estudo propõe uma discussão sobre a utilização das redes sociais pelos consumidores, e se as mesmas o influenciam na decisão de compra de um produto ou contratação de um serviço. Para tal, foram estudados diversos autores na área do comportamento do consumidor e pesquisas nacionais e estrangeiras que procuraram estudar o uso das redes sociais na busca de informações sobre as marcas, as interações dos consumidores com as marcas nos ambientes digitais. O artigo procura também entender o comportamento do consumidor diante das ações de marketing utilizando as redes sociais, como elas o afetam e como o consumidor recebe este tipo ações. Os resultados deste estudo limitam-se a analisar a relação entre o consumo (de forma ampla) e a influência de informações de redes sociais. PALAVRAS-CHAVE: comportamento. Consumo. Redes sociais. 1 INTRODUÇÃO modelos de mídia e do impacto das ações de marketing digital. Nunca se falou tanto em redes sociais como nos últimos dois anos. Pode-se dizer que é impensável hoje que, qualquer ação de 2 COMPORTAMENTO DE COMPRA marketing para o lançamento de algum produto ou serviço, não Numa época em que o consumidor possui uma ampla pos- tenha nenhuma publicidade ou ação exclusiva na internet. sibilidade de escolhas de marcas, lojas e meios para realizar Em 2010, os investimentos em publicidade na internet cres- suas compras, tornou-se fundamental para as empresas enten- ceram 30% no Brasil, alcançando a cifra de R$ 1,25 bilhão (O der o comportamento do consumidor. Blackwell, Miniard e Engel GLOBO, 2011). Tanto investimento é justificado com a presença (2005) destacam que, a empresa que tiver a habilidade de atrair maciça do brasileiro na internet: 54% das pessoas com mais os consumidores, satisfazê-los e retê-los, além de ser capaz de de 12 anos de idade (ou 81,3 milhões de pessoas), de acordo vender mais para eles, será positivamente afetada em sua lu- com a F/Nazca, acessam internet. São também os leitores que cratividade. mais tempo passam conectados em cada acesso, em média Schiffman e Kanuk (2009, p.46), definem o comportamento três horas por dia, e os terceiros em páginas visitadas nas redes do consumidor como o “comportamento que os consumidores sociais, atrás de EUA e Rússia (RIBEIRO, 2011). A tendência é apresentam na procura, na compra, na utilização, na avaliação que estes números aumentem, já que a audiência da internet e na destinação dos produtos e serviços que eles esperam que no Brasil cresce 20% ao ano, contra uma média mundial de 8% atendam a suas necessidades”. Mais do que entender o que (RIBEIRO, 2011). leva os consumidores a situações de compra e consumo, é pre- Algumas empresas, cientes dessa presença, já marcam presença nas redes sociais: são 65%, de acordo com pesqui- ciso entender também o que os leva a estas atitudes e à preferência por esta ou aquela marca. sa da Ibramerc (2011). Entretanto, apenas 7% delas conside- “O consumidor é rei”, afirmam Blackwell, Miniard e Engel ram que utilizá-las seja de fato imprescindível, de acordo com o (2005, p.10), e entender este ser complexo que é o consumidor mesmo estudo. Sobra presença, falta ação. vai o estudioso da área fazer “passar” por outras disciplinas re- Este artigo tem como objetivo discorrer sobre a influên- lacionadas ao comportamento humano, como a psicologia, a cia que as redes sociais têm no processo de decisão de compra sociologia, a psicologia social, a antropologia e a economia, que do consumidor, estudando alguns importantes tópicos sobre o formam a base da disciplina de comportamento do consumidor comportamento do consumidor, o comportamento de compra e a (SCHIFFMAN; KANUK, 2009), e nos ajudar a entender o que o evolução da internet, principalmente no Brasil, nos últimos anos. influencia e o motiva a comprar e consumir. Tais fatos serviram de apoio para tecermos algumas considerações sobre a influência das redes sociais na decisão de compra, se o consumidor é influenciado ou não por estes novos 1.1 FATORES DE INFLUÊNCIA DE COMPRA Uma das perguntas que fazem parte do dia-a-dia dos gesPÓS EM REVISTA l 1 tores de marketing é sobre como os consumidores reagem aos estímulo-resposta do comportamento do consumidor, no qual o vários estímulos de marketing que a empresa (e seus concor- marketing e os outros estímulos, combinados, produzem algu- rentes) utiliza. Kotler e Armstrong (1995) demonstram o modelo mas respostas. 2.1.1 FATORES CULTURAIS sirva como ponto de comparação (ou referência) para um indiví- Segundo Kotler e Armstrong (1995, p.79), “as decisões de duo na formação de valores e atitudes gerais ou específicas, ou aquisição de um consumidor são profundamente influenciadas de um guia específico de comportamento”. Eles são estruturas por características culturais, sociais, pessoais e psicológicas”. de referência para os indivíduos em suas decisões de compra Os fatores culturais são influências ambientais (BLACKWELL, e consumo. MINIARD e ENGEL, 2005) e são os que mais exercem influências Os grupos ou comunidades virtuais, e também as redes no comportamento do consumidor, já que o comportamento hu- sociais digitais, também são considerados importantes influen- mano é aprendido durante a sua vivência na sociedade, na qual ciadores nas decisões de compra e consumo. “Essas comu- “(...) a criança adota seus valores, percepções, preferências e nidades oferecem aos seus membros acesso a extensos vo- comportamentos básicos de sua família e outras instituições im- lumes de informações, amizade e interação social, cobrindo portantes” (KOTLER; ARMSTRONG, 1995, p. 80). As subculturas um espectro extremamente amplo de tópicos e questões (...)” (ou grupos que compartilham o mesmo sistema de valores ba- (SCHIFFMAN; KANUK, 2009, p.107). Os autores destacam seados em situações de vida) e classes sociais também são im- que, dentro destas comunidades e redes, pode-se ajudar a portantes nos fatores de decisão, já que seus membros podem vender mais rapidamente um produto ou fazer um mau produto apresentar comportamentos semelhantes de compra (KOTLER; fracassar mais rapidamente. ARMSTRONG, 1995). 2.1.3 FATORES PESSOAIS 2.1.2 FATORES SOCIAIS Idade e ciclo de vida também influenciam diretamente o Nossas características de compras também podem estar consumidor: como a idade biológica tem relação direta com relacionadas a fatores sociais, “ou grupos de referência, família, mudanças na capacidade funcional humana, o envelhecimento papéis sociais e posições do consumidor” (KOTLER; ARMS- cronológico, afeta, diretamente, o estilo de vida e as orientações TRONG, 1995, p. 83). Schiffman e Kanuk (2009, p.107) consi- de saúde de um indivíduo, e em termos de preferências de con- deram grupo de influência “(...) qualquer pessoa ou grupo que sumo, e quase tudo muda ao longo da vida de uma pessoa, ou 2 | PÓS EM REVISTA seja, ao longo de seu ciclo de vida (BREI, 2010). Ainda segundo construída por Abraham Maslow (KOTLER, 1995), que procu- Brei (2010), por essa razão, as empresas procuram identificar rou explicar as razões pelas quais as pessoas são impelidas por e classificar não apenas os consumidores por grupos etários, certas necessidades em um dado momento (KOTLER, 1995). mas também tentam mapear e ainda interferir nas tendências Para Maslow, as necessidades humanas estão ordenadas em culturais associadas a fatores etários. uma hierarquia, da mais premente à menos urgente: na base A ocupação também influenciará as compras do consu- da Pirâmide das Necessidades de Maslow, estão as necessi- midor: um operário e um presidente de uma grande empresa dades fisiológicas, seguidas das necessidades de segurança, consumirão bens e serviços diferentes, de acordo com o poder necessidades sociais, necessidades de estima e, no topo, as econômico e status que cada ocupação o permite ter (KOTLER; necessidades de auto realização. Quando o sujeito tem suas ARMSTRONG, 1995). necessidades essenciais satisfeitas, elas passam a atuar como O estilo de vida é o retrato da dinâmica da sociedade, quais as ocupações, interesses e o que pensam as pessoas como motivadoras para que o indivíduo tente satisfazer a próxima necessidade da hierarquia (KOTLER, 1995). consumidores. Neste sentido, estudos de segmentação que analisam estilos de vida podem auxiliar as pessoas a definir sua estratégia de comunicação e mídia, bem como encontrar respostas sobre o posicionamento da marca em determinada situação (CASOTTI, 2004 apud. SILVA, 2010). A personalidade também influencia as compras dos sujeitos. Kotler e Armstrong (1995, p.91) dizem que “a personalidade refere-se às características psicológicas únicas que conduzem a uma resposta relativamente consistente e duradoura ao ambiente ao qual o indivíduo pertence”. Outro conceito usado no marketing, relacionado à personalidade, é o autoconceito, descrito por Kotler e Armstrong (1995, p.91), que dizem que a premissa básica é de que as posses de uma pessoa contribuem para a formação e refletem na sua identidade, ou seja “somos o que possuímos”. Portanto, muitas vezes deve-se entender a relação existente entre o autoconceito do consumidor e suas posses, pois ele pode projetar em suas compras sua autoimagem (KOTLER; ARMSTRONG, 1995, p.91). 2.1.4 FATORES PSICOLÓGICOS Schiffman e Kanuk (2009, p.67) afirmam que a chave para a sobrevivência, a lucratividade e o crescimento de uma empresa e um mercado altamente competitivo “é sua capacidade de identificar e satisfazer as necessidades não satisfeitas dos consumidores de maneira melhor e mais rapidamente que a concorrência”. Kotler e Armstrong (1995) dizem que o motivo (ou impulso) é uma necessidade que se torna suficientemente premente, a ponto de levar uma pessoa a busca de sua satisfação. Uma das teorias mais importantes sobre a motivação foi 3 O PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA DO CONSUMIDOR Em termos gerais, uma decisão é a seleção de uma opção entre duas ou mais escolhas alternativas (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Mas ninguém compra simplesmente por comprar: deve haver, para iniciar o processo de compra, uma necessidade. BLACKWELL, MINIARD e ENGEL (2005) descrevem o processo de decisão de compra passando por sete estágios: reconhecimento da necessidade, busca de informações, avaliação de alternativas pré-compra, compra, consumo, avaliação pós-consumo e descarte. Reconhecer uma necessidade de compra é quando o indivíduo “sente a diferença entre o que ele ou ela percebem ser o ideal versus o estado atual das coisas” (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005). 3.1 O MODELO DE PROCESSO DE DECISÃO DO CONSUMIDOR O modelo de processo de decisão do consumidor representa um mapa das mentes dos consumidores que os profissionais de marketing e gerentes podem utilizar para composição de seus mix de produtos, estratégias de comunicação e vendas (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005). O modelo abaixo, e descrito logo a seguir, captura as atividades que ocorrem quando as decisões são tomadas, pelos consumidores, de forma esquematizada, e aponta como diferentes forças internas e externas interagem e afetam o modo de pensar, avaliar e agir dos consumidores (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005). PÓS EM REVISTA l 3 3.1.1 RECONHECIMENTO DA NECESSIDADE cesso pode ocorrer em dois estágios: o de busca de informação O reconhecimento da necessidade é apresentado como o interna ou o de busca de informação externa. No primeiro, o in- estágio inicial de um processo de decisão de compra, e este divíduo realiza uma procura dentro de sua memória por infor- processo ocorre quando o indivíduo percebe a diferença entre o mações relevantes para diferentes alternativas. Como vivemos estado desejado e a situação atual, suficiente para fazer surgir e numa cultura de consumo, cada um dos consumidores pos- ativar o processo decisório de compra (BLACKWELL, MINIARD suem certo grau de experiência do produto. Já a busca externa e ENGEL, 2005). ocorre quando o consumidor percebe que ele não tem informa- Solomon (2002) diz que o reconhecimento da necessidade ções suficientes e relevantes para a tomada de decisão e recorre ou problema pode ocorrer de modo natural, mas este reconhe- assim, a fontes externas como opiniões de pessoas conhecidas cimento pode ser acionado por esforços de marketing. O autor e fornecedores (vendedores, propaganda, informativos, sites e ainda enfatiza que o processo de reconhecimento da necessi- materiais nos pontos de venda). dade de um produto ou serviço acontece quando há uma diferença significativa entre uma situação atual e alguma situação desejada ou ideal. Blackwell, Miniard e Engel (2005) corroboram deste pensamento, e destaca que sentir esta diferença entre a situação atual versus o estado ou situação atual é o suficiente para estimular e ativar o processo de decisão. São muitos os fatores que podem influir para ativar o reconhecimento da necessidade: mudanças significativas nos produtos e serviços como novos estilos, desenhos ou layout e inovações, de acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005): recursos como propagandas, displays em prateleiras, e-mail marketing e ações nas redes sociais também funcionam como forma de ativação. Essas são formas lembrar o consumidor sobre uma necessidade. Isto pode ser o suficiente para causar o reconhecimento da necessidade. 3.1.2 BUSCA DE INFORMAÇÃO Blackwell, Miniard e Engel (2005) destacam que este pro4 | PÓS EM REVISTA 3.1.3 AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS Esta é a fase qual a alternativa é avaliada e selecionada de encontro com as necessidades do consumidor. Os critérios de avaliação são os atributos utilizados pelo consumidor para o julgamento das alternativas da escolha (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL 2005), que podem ser: segurança, confiabilidade, preço, nome da marca e ponto de venda. Atributos salientes, no caso da compra de um veículo, incluem: preço, confiabilidade e tipos similares de carros. Já os atributos determinantes envolvem estilo e acabamento, geralmente determinam qual marca ou loja o consumidor escolhe. (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005). Os consumidores poderão decidir sobre suas compras depois de definir os critérios de avaliação. 3.1.4 COMPRA Após avaliar as alternativas pré-compra, o consumidor passa para o estágio da compra. Nesse momento ele escolhe o produto e a marca de sua preferência. Blackwell, Miniard e En- gel (2005) destaca que as pessoas compram para poder pos- ção entre os produtos, e a fidelidade à marca é limitada poden- suir algo, mas existem muitas razões pessoais e sociais para o do, inclusive, ser substituída se houver algum incentivo, como consumo, como promoções, qualidade do serviço, limpeza do promoções, descontos, etc). local, preço e conhecimento geral do mercado, que podem in- O comportamento de compra por impulso acontece quan- fluenciar a decisão de compra. Há também a influência de seus do o consumidor adquire algo de forma repentina e sem con- grupos de referência e processos individuais, que incluem vari- trole sobre seus atos, obtendo produtos de forma puramente áveis como motivação, percepção, aprendizagem, formação de emocional, desconsiderando as consequências desta compra atitude e processo de decisão. (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005). Segundo os autores, Temos também as variáveis temporais, como o lançamento de produtos sazonais, que se adequam às estações do ano, e as elas podem ser estimuladas por uma ação no ponto de venda, promoção ou exposição do produto na vitrine. datas comemorativas, que podem estimular o desejo de compra. A compra também pode ser influenciada por fatores situacionais imprevistos, que podem mudar a intenção de compra. Determinados apelos no ambiente de loja, como estrutura física favorável e uso de elementos imagéticos e auditivos, podem influenciar o comportamento do consumidor, pois, a partir desses meios, pode-se tornar a experiência de compra mais agradável. As interações sociais que ocorrem no ambiente de loja são de grande importância na decisão de compra: as interações com os vendedores, o padrão de atendimento e as características pessoais do vendedor podem afetar a decisão de compra. A pressão do tempo é outro fator influenciador importante no processo de compra. A maior ou menor disponibilidade de tempo que um consumidor gasta dentro de uma loja, pode afetar sua decisão de compra, segundo Solomon (1999). Blackwell, Miniard e Engel (2005) destacam dois tipos de compras: as compras repetidas e as compras por impulso. No primeiro caso, os autores destacam que há duas possibilidades para a ocorrência destas compras: (1) solução repetida do problema e (2) tomada de decisão habitual. Na solução repetida do problema, as compras normalmente requerem uma solução continuada dos problemas (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005). Os autores afirmam que vários fatores levam a este resultado, como a insatisfação com a compra anterior, o que geralmente resulta na troca de marca, e o desabastecimento do 3.1.5 CONSUMO Após o consumidor comprar e tomar posse do produto, ele pode usar, imediatamente ou posteriormente, o produto adquirido. Para Blackwell, Miniard e Engel (2005), o modo como os produtos são usados, também pode produzir reforços positivos ou negativos. Um esforço positivo acontece quando o consumidor tem algum resultado positivo pelo uso do produto, por exemplo: ir a um parque de diversão buscando emoção e “adrenalina”. Já um esforço negativo permite que o consumidor evite resultados negativos, por exemplo; os colírios são usados para tirar a sensação ruim de ardência e irritação dos olhos. Blackwell, Miniard e Engel (2005) mostra a importância de entender a extensão do consumo e o quê os retornos positivos ou negativos podem causar, ou o quanto pode compensar ou não a experiência de consumo. 3.1.6 AVALIAÇÃO PÓS-CONSUMO Na avaliação pós-consumo os consumidores têm a sensação de satisfação ou insatisfação quando a percepção inicial do produto é confirmada (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005). A fase do pós-consumo inicia-se depois que o consumidor começa a usar ou consumir o bem ou o serviço. Durante o uso, o consumidor faz uma avaliação da compra realizada. varejo, quando o varejista não tem o produto disponível. “Neste tipo de comportamento de compra, o comprador deve pesar as 3.1.7 DESCARTE consequências de investir tempo e energia na busca de alter- Depois da utilização do produto, vamos para o último es- nativas” (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005, p.34). Já na tágio do modelo do processo de decisão do consumidor. É tomada de decisão habitual, é mais esperado que as compras nesta fase que o consumidor decide por descartar o produto sejam feitas baseadas em hábitos ou rotinas, simplificando a por completo, reciclar ou revende-lo. Blackwell, Miniard e Engel vida do consumidor. (2005) consideram o descarte como uma etapa importante nes- Este comportamento, segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005) pode ser explicado pela fidelidade à marca ou à empresa te processo, especialmente, devido seu papel de impacto no meio ambiente. (na qual a satisfação vivida pelos consumidores quando suas expectativas são satisfeitas ou excedidas geralmente resultam nessa fidelidade) ou pela inércia (quando não há grande varia- 3.1.8 TOMADA DE DECISÃO Para Schiffman e Kanuk (2009), há três níveis específicos PÓS EM REVISTA l 5 da tomada de decisão do consumidor: resolução extensiva do pelas empresas à comunicação na internet avançam a uma taxa problema, resolução limitada do problema e comportamento de média anual de 30%”. A matéria aponta, ainda, que fatores como resposta rotineira. No primeiro caso, os consumidores não têm “(...) a democratização do acesso à rede - com a ascensão das um critério estabelecido para avaliar uma categoria de produtos classes C, D e E ao mercado de consumo -, a mania das redes ou determinadas marcas dessa categoria ou não reduziram o sociais e a chegada ao mercado de tecnologias mais dinâmicas, número de marcas que considerarão a um pequeno subgrupo como celulares 3G e tablets” (O GLOBO, 2011), tendem a controlável. “Nesse nível, o consumidor necessita de um grande garantir à internet fatias crescentes das verbas dos anunciantes. volume de informações para estabelecer um conjunto de cri- Não é por acaso que as empresas estão investindo mais térios sobre os quais possa julgar determinadas marcas e um em publicidade na internet e fazendo ações em mídias sociais. volume correspondentemente grande de informações concer- Em pesquisa da agência de publicidade F/Nazca, 54% dos bra- nentes a cada uma das marcas a serem consideradas” (SCHI- sileiros com mais de 12 anos de idade (ou 81,3 milhões de pes- FFMAN; KANUK, 2009, p.86). soas) utilizam a internet, além de ser os leitores que mais tempo Na resolução limitada do problema, os consumidores já passam conectados em cada acesso, em média três horas por estabeleceram os critérios de avaliação da categoria dos produ- dia, “(...) e os que mais costumam postar conteúdo de própria tos e das marcas dentro dessa categoria, mas não estabelece- autoria, 57%, sendo que 30% para se relacionar, principalmente ram totalmente as preferências relativas a um grupo selecionado pelo Orkut (40%) e pelo MSN (32%)” (ADNEWS, 2010). O estudo de marca (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). é ainda mais audacioso, e chega a apontar que os brasileiros E no comportamento de resposta rotineira os consumidores já têm experiência à categoria do produto e um conjunto bem definido de critérios com os quais avaliam as marcas disponíveis (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Em algumas situações, eles podem precisar de uma pequena quantidade de informações adicionais, mas em outras, ele analisa as que já conhece. Para Schiffman e Kanuk (2009), em todos os três níveis de decisão, o consumidor vai à busca de informações sobre o produto ou serviço que ele pretende comprar. Em alguns casos, como na resolução extensiva do problema, as mídias sociais têm um papel abastecer o consumidor com todas as informa- estão substituindo as mídias tradicionais – rádio, TV, jornais e revistas – pela internet. 60% dos internautas brasileiros já substituíram a plataforma tradicional (TV, rádio ou cinema) para assistir ou ouvir programas ou filmes. Daqueles que têm o costume de navegar na rede, na faixa de 12 a 24 anos, 38% já assistiram a alguma novela, filme, reality show, evento esportivo ou seriado na internet, em vez de consumi-los no televisor, percentual semelhante àqueles que o fizeram com programas de rádio (ADNEWS, 2010). ções relevantes, explicitando os diferenciais competitivos da marca, tentando convencer o consumidor de que ela é a melhor opção de compra (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Cientes da presença crescente dos consumidores na internet, além de aumentar as verbas para publicidade, as organiza- Já as ações de resolução limitada do problema e de com- ções têm criado perfis nas mídias sociais. Uma pesquisa aplica- portamento de resposta rotineira precisam de menos informa- da pelo Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc) ções, já que partem de um pressuposto de que o consumidor aponta que 65% das empresas já estão presentes nas redes já possui algum conhecimento. Nestes casos, as mídias sociais sociais. Apesar da alta adesão, apenas 7% consideram que teriam um papel de suporte, ajudando o consumidor a tirar algu- utilizá-las seja de fato imprescindível, e 47% encaram como uma ma dúvida que ainda restasse sobre o produto ou serviço (SCHI- iniciativa desejável (47,9%) (IBRAMERC, 2011). FFMAN; KANUK, 2009). É necessário entender como as empresas e organizações desenvolvem ações de marketing nas mídias sociais, e nos be- 4 A EVOLUÇÃO DA INTERNET NO BRASIL nefícios que elas trazem para elas – seja no fortalecimento da Cada vez mais as empresas investem em publicidade na marca perante o consumidor ou convertendo em vendas – e se internet e em relacionamento com os clientes utilizando as estas ações influenciam a escolha de um determinado produto mídias sociais (IBRAMERC, 2001). Somente no ano de 2010, ou serviço ou até mesmo a decisão de não o comprar. Alguns os investimentos em publicidade na internet cresceram 30% no estudos apontem positivamente para este caminho. O estudo da Brasil, atingindo R$ 1,25 bilhão (O GLOBO, 2011). De acordo Chadwick Martin Bailey and iModerate Research Technologies, com dados de O Globo, “(...) desde 2007, os anúncios digitais empresa especializada em pesquisas de mercado, tendências e são os que mais crescem no país, e os recursos destinados hábitos de consumo, aponta que 67% das pessoas que seguem 4 6 | PÓS EM REVISTA determinada marca no Twitter têm intenção de adquirir produtos As ações nas mídias sociais visam promover experiências e serviços da mesma, assim como 51% das pessoas que se e interações diretas entre a marca e o usuário, fortalecendo na tornam fãs de marcas no Facebook (JUNIOR, 2011). mente do consumidor, conceitos ou reforços intangíveis que venham à tona do momento de decisão. (MOURA, 2010). 5 METODOLOGIA De acordo com um estudo elaborado pela Performics, em A metodologia de pesquisa adotada para este estudo foi a parceria com a ROI Research, os consumidores utilizam as re- revisão bibliográfica na elaboração do artigo. A revisão biblio- des sociais para “obter informações pré-compras, dar conse- gráfica é a busca de uma problematização de um projeto de lhos sobre empresas e produtos e postar conteúdo específico pesquisa a partir de referências publicadas, analisando e discu- de diversas indústrias” (E-COMMERCE NEWS, 2011). tindo as contribuições culturais e científicas (SALVADOR, 1982). Além de analisar cada categoria, o estudo também compa- “Ela constitui uma boa técnica para fornecer ao pesquisador a rou variáveis entre as diferentes indústrias: os setores mais dis- bagagem teórica, de conhecimento, e o treinamento cientifico cutidos em redes sociais são o automotivo (61%), viagens (60%) que habilitam a produção de trabalhos originais e pertinentes” e entretenimento (57%). Quando se tratam de redes sociais em (SALVADOR, 1982, p.56). que se busquem ou compartilhem informações sobre varejis- Gil (1996), por sua vez, diz que a revisão bibliográfica é uma leitura, estudo e análise de material já elaborado que sirvam para embasar novas pesquisas que podem apresentar novas contribuições para a ciência. tas locais, mobiliário doméstico foi o setor líder (E-COMMERCE NEWS, 2011). A CEO da Performics, Daina Middleton, destaca que os consumidores se comportam de formas distintas em redes sociais O artigo aborda os seguintes aspectos: uma revisão geral quando se relacionam com produtos diferentes, como suas mar- nos conceitos de comportamento do consumidor e sobre pro- cas preferidas ou um novo fabricante de algo que esteja de olho. cesso de compra serão abordados como os modelos propos- As empresas podem se beneficiar ao reconhecer o desejo dos consumidores presentes em redes sociais. Insights específicos de cada setor podem ajudar os anunciantes a entenderem como anda o mercado de sua categoria neste novo canal e as melhores formas de se aproveitar disto (E-COMMERCE NEWS, 2011). tos por Blackwell, Miniard e Engel (2005), bem como os estudos de Kotler e Armstrong (1995) e Schiffman e Kanuk (2009), para compreender o que é o comportamento do consumidor e suas fases. Para uma melhor visão do cenário atual, foram pesquisadas reportagens atuais sobre mídias sociais, além de estudos desenvolvidos por agências de publicidade e por institutos de pesquisa, mundialmente reconhecidos, cujo foco está, justa- Outros dados importantes da pesquisa da Performics dizem mente, na relação entre estas mídias e o comportamento do respeito aos usos mais comuns das redes sociais pelos usuá- consumidor. rios: 49% dos entrevistados utilizam as utilizam frequentemente para procurar conselhos sobre compras de produtos eletrôni- 6 AS MÍDIAS SOCIAIS COMO INFLUENCIADORAS NA DECISÃO DE COMPRA cos, 38% utilizam frequentemente as redes para dar conselhos sobre serviços financeiros e empresas de mobiliários e os usu- Ações de marketing nas mídias sociais tornam-se mais ários são 26% mais propensos a comprar um automóvel após corriqueiras, tanto que, alguns especialistas, já utilizam o termo uma recomendação de uma rede social do que qualquer produ- “marketing 2.0” para denominar estas ações no ambiente digital. to de outro setor (E-COMMERCE NEWS, 2011). O Marketing na era 2.0 virou sinônimo de entretenimen- A E.Life corrobora que as redes sociais são bastante utili- to. Os usuários, diante de dezenas de escolhas, preci- zadas para que o usuário acesse o maior número possível de sam de experiências com a marca, que sejam fortes o dados sobre o produto ou serviço que pretende adquirir: na hora suficiente para derrubar preconceitos, influências geo- das compras, os usuários participantes da pesquisa utilizam a gráficas, sociais e até mesmo econômicas. As experi- internet para pesquisar preços de produtos e serviços (88,3%), ências positivas ganham força na web através do boca pesquisar opções de produtos e serviços (85,1%), comprar pro- a boca, que já ganha uma nova sigla: WoM, Word of dutos e serviços online (74,3%), recomendar a outros internau- mouth (QUEIROZ, 2008). tas produtos e serviços adquiridos (36,0%) e fazer críticas sobre produtos e serviços (32,8%) (E.LIFE, 2011). PÓS EM REVISTA l 7 A utilização das redes sociais tem motivações diferen- apenas espaços de divertimento e relacionamento, já são im- tes. No Twitter o principal interesse é a informação, com portantes ambientes de troca de experiências entre os usuários destaque para a busca de atualidades e leitura de notí- sobre as marcas. cias. No Facebook , no Orkut e no MSN a principal moti- São etapas de busca de informação e de avaliação de al- vação é cultivar os laços sociais, mantendo contato com ternativas (BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005) que as redes amigos e parentes. As empresas devem levar em consi- sociais têm mais poder: é, inclusive, nestas etapas, que elas são deração que diferentes redes, com motivações para uso mais acessadas para que o consumidor se informe e faça a eli- específicas, devem gerar políticas de ação segmentada. minação das marcas, após ler comentários sobre e verificar a (E.LIFE, 2011). reputação destas empresas nas redes sociais. O Twitter é a rede, segundo pesquisa da Performics, que as Entretanto, outro estudo da Razorfish, feito com usuários norte-americanos, aponta que o consumidor ainda não consegue enxergar as plataformas online como fontes de envolvimento com uma marca, uma vez que não atendem a todas as expectativas da audiência. “A maioria das pessoas prefere métodos mais tradicionais como o e-mail, sites da empresa ou, ainda, por meio do boca a boca” (EXAME.COM, 2011). Já os usuários brasileiros interagem bem com as marcas que fazem parte de sua vida: com as redes sociais, eles passaram a produzir, colaborar e contribuir não só para si e sobre si, “mas também sobre os ícones que os rodeiam, tornando as marcas tanto parte do processo da construção da identidade virtual quanto de expressão de suas opiniões” (MOURA, 2010). Tudo o que o usuário gera sobre marcas, produtos e serviços é bastante valorizado pelas empresas, ou seja, o user generated content pode ser integrado como forma de estratégia, segundo Moura (2010). Fica clara a mudança de paradigmas em relação à propaganda e o marketing: se antes, para gerar impacto sobre as campanhas, era necessária a concentração de esforços sobre a mídia na TV, hoje, os espectadores dividem seu tempo, atenção e produção de conteúdo na Internet. Um meio com capacidades e complexidades ainda inexploradas. (MOURA, 2010) 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS As redes sociais já ocupam um tempo bastante significativo na vida dos consumidores, principalmente os brasileiros, que são os que passam mais tempo interagindo com pessoas e marcas nas redes. O e-commerce também cresce cada vez mais no país: 19% dos brasileiros já compraram pela internet, de acordo com o Ipea (A TARDE, 2011) e ainda há potencial para mais, principalmente com o poder de compra da classe C aumentando (ÚLTIMO INSTANTE, 2011). O que se observou, principalmente nos dois últimos anos, foi uma mudança de comportamento do consumidor com relação à pesquisa de produtos e serviços. As redes sociais, antes 8 | PÓS EM REVISTA pessoas mais utilizam para pesquisa sobre produtos e marcas que pretendem adquirir, mas orkut e Facebook não ficam atrás, sendo importantes ambientes de interações com as marcas (E-COMMERCE NEWS, 2011). E há, inclusive, redes sociais específicas para os usuários reclamarem sobre maus produtos e serviços, o Reclame Aqui5. Mesmo que a marca não queira, ela já está nas redes sociais, sendo discutida, elogiada e criticada. É um caminho sem volta. As redes sociais têm um poder de influência relevante para o consumidor: os seus amigos participantes das redes fazem parte de seu grupo de referência que é “(...) ponto de comparação (ou referência) para um indivíduo na formação de valores e atitudes gerais ou específicas, ou de um guia específico de comportamento” (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Suas opiniões têm um peso importante, e podem ajudar no processo de decisão de compra ou contratação de um serviço. Num primeiro instante, as redes sociais são ponto de referência para busca de informações. A partir destas informações, indivíduo avalia as alternativas e, considerando outros fatores de influência (cultura, idade, ocupação, status, etc) podem leva-lo à decisão de compra ou não. Ou seja: por si só, as opiniões contidas nas redes sociais não decidem a compra, mas tem uma influência relevante no processo de decisão. Este estudo, entretanto limita-se a analisar a relação entre o consumo (de forma ampla) e a influência de informações de redes sociais. Fica em aberto, possibilitando novos estudos e pesquisas mais aprofundadas a relação entre a preferência por marcas especificas e a relação entre esta preferência e a influência exercida pelo mundo on-line. REFERÊNCIAS ADNEWS. F/Nazca diz que Brasil tem 81,3 milhões de internautas. Disponível em: < http://www.adnews.com.br/internet/110788.html >. Acesso em 3 de abril de 2011. BLACKWELL, Roger D; MINIARD, Paul W.; ENGEL, James F. Comportamento do Consumidor. São Paulo: Cengage Learning, 2005. BREI, Vinícius Andrade. Comportamento do Consumidor. Disponível em < http://pt.scribd.com/doc/50109787/37/Idade-e-Ciclo-de-Vida >. Acesso em 19 de junho de 2011. TARDE, A. Ipea: 19% dos brasileiros já fizeram compras online. Disponível em < http://www.atarde.com.br/economia/noticia. jsf?id=5730382 >. Acesso em 29 de junho de 2011. G1. Internautas brasileiros são os que mais acessam redes sociais. Disponível em < http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2010/06/ internautas-brasileiros-sao-os-que-mais-acessam-redes-sociais.html >. Acesso em 29 de junho de 2011. ÚLTIMO INSTANTE. Classe C movimenta R$ 273 bilhões na internet por ano. Disponível em < http://www.ultimoinstante.com.br/setores-da-economia/setor-internet-tecnologia/44117-Classe-movimenta-273-bilhes-internet-por-ano.html#axzz1OVusIaXT >. Acesso em 29 de junho de 2011. GLOBO, O. Publicidade na internet já movimenta R$ 1,2 bilhão. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/02/12/ publicidade-na-internet-ja-movimenta-1-2- bilhao-923791125.asp >. Acesso em 3 de abril de 2011. IBRAMEC. 65% das empresas já apostam na internet já apostam nas redes sociais. Disponível em <http://www.ibramerc.org.br/itemBiblioteca.aspx?id=20 20 >. Acesso em 3 de abril de 2011. JUNIOR, Walter. A compra por influência e o impacto das recomendações nas mídias sociais. Disponível em < http://walter-junior. com/a-compra-por-influencia-e-o-impacto-das-recomendacoes-nas-midias-sociais >. Acesso em 3 de abril de 2011. NOTAS DE FIM Bacharel em Relações Públicas, Especialista em Gestão de Negócios e Gestão de marketing. Mestre em administração. Professor Universitário. [email protected] Bacharel em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo. Pós-graduanda em Gestão Estratégica de Marketing. [email protected] 2 Bacharel em Administração, especialista em Gestão de Marketing. Professor da Escola da Escola de Educação Profissional Newton Paiva. [email protected] 3 No artigo, será usado o conceito de mídias sociais dado por Recuero, que as define como “(...) os espaços utilizados para a expressão das redes sociais na internet. Eles permitem i) a construção de uma persona através de um perfil ou página pessoal; ii) a interação através dos comentários e iii) a exposição pública da rede social de cada autor (RECUERO, 2009, p.102). 4 KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 5 ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1995. MOURA, Patrícia do Nascimento. O Marketing de Mídias Sociais e a Influência no Comportamento do Consumidor. Disponível em <http://pt.scrib d.com/doc/20716918/O-MARKETING-DE-MIDIAS-SOCIAIS-E-A-INFLUENCIA-NO-COMPORTAMENTO-DO-CONSUMIDOR>. Acesso em 19 de junho de 2011. 5 http://www.reclameaqui.com.br/ QUEIROZ, Roberta. Profissional 2.0. Revista Meio Digital, São Paulo, n. 7, p. 62-. 67, set./out. 2008. RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. RIBEIRO, Marli. Brasileiro é o 3º maior usuário de rede social. Disponível em <http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110502/not_ imp713503,0. php>. Acesso em 27 de junho de 2011. SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 10. ed., Porto Alegre, Sulina, 1982. SCHIFFMAN, Leon G.; KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do consumidor. 9.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. SILVA, Margarete Diniz Braz da. Prioridades do processo de compra da tribo dos uniresidenciais. Disponível em <www.face.fumec. br/cursos/mestrado/dissertacoes/completa/margarete_diniz_braz.pdf>. Acesso em 19 de junho de 2011. SOLOMON, Michael R. Comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. PÓS EM REVISTA l 9