Histopatológico

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MANUAL COLHEITA E REMESSA DE MATERIAL
HISTOPATOLOGIA
A patologia cirúrgica tem como finalidade analisar tecidos, órgãos ou
fragmentos de tecidos retirados cirurgicamente e fornecer o diagnóstico, com
o objetivo de orientar o tratamento e prognóstico do paciente. O material para
análise anatomopatológica pode ser coletado por biópsia ou retirada parcial ou
total de um órgão.
A biópsia é a retirada de um fragmento de tecido ou órgão de animal
vivo. Esta amostra deve ser representativa da lesão e em número suficiente
para chegar a um diagnóstico. Existem diferentes técnicas de biópsia, entre
elas a biópsia incisional, biopsia excisional, biópsia por agulha (“core biopsy”),
“punch”.
- Biópsia incisional: consiste na retirada de pequeno fragmento da
lesão, devem ser representativos e conter área normal e lesão. Geralmente é
utilizada em lesões com localização e dimensões incompatíveis com retirada
completa. É recomendado para o diagnóstico de sarcomas de parte mole,
sarcoma ósseo, tumores de cavidade oral, grandes tumores de pele e biópsias
endoscópicas.
- Biópsia excisional: consiste na remoção completa da lesão com uma
margem de segurança de tecido normal ao redor. É a técnica utilizada em
lesões cutâneas e tumores.
- Biópsia por agulha: obtenção de um fragmento de tecido através de
agulhas especiais.
Responsável Técnica: Roberta Salim Menezes – CRMV/RJ: 9396
- “Punch”: amplamente utilizado em biópsias cutâneas, retirando
epiderme, derme e eventualmente a hipoderme. Deve-se coletar apenas
fragmentos que representem a lesão, evitando realizar a biópsia de transição
lesão/tecido aparentemente normal. A lâmina do “punch” deve ser introduzida
perpendicular à pele e promover movimentos giratórios obrigatoriamente para
um único sentido e sem pinçar ou tracionar o fragmento, evitando artefatos. O
tecido deve ser colocado imediatamente no líquido fixador.
OBSERVAÇÕES
O tecido a ser enviado deve ter entre 0,5 a 1,0 cm de espessura e a
superfícies de corte deve conter tecido alterado e parte do tecido normal
adjacente. Os fragmentos devem ser imediatamente colocados em um frasco
com material fixador (formol 10%).
Preparação do tecido:
Os tecidos devem ser lavados para retirar o excesso de sangue e
acondicionados em frascos de boca larga o mais rápido possível após a sua
retirada;
Os fragmentos devem ter entre 0,5 e 1,0 cm de espessura, se o
fragmento for muito espesso haverá autólise no centro do tecido;
Os fragmentos devem ser representativos da lesão, coletando tecido
normal, intermediário entre lesão e tecido normal e a lesão.
Nas peças cirúrgicas, retirar fragmentos de 0,5 a 1,0 cm e remeter a
peça inteira (com cortes para melhor fixação) para melhor descrição e análise
do tecido;
Evite: tracionar, pinçar ou manipular em excesso os tecidos;
Utilize recipientes de boca larga (tipo frasco de maionese), pois o
fixador endurece o tecido;
Os frascos devem ter boa vedação para evitar o vazamento de
material, colocar fita ao redor da tampa para melhorar a vedação;
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Responsável Técnica: Roberta Salim Menezes – CRMV/RJ: 9396
O fixador mais comum é a solução de formol a 10% (1 parte de formol
para 9 partes de água); para o sistema nervoso, deve ser realizada a fixação
em formol a 20% (2 partes de formol em 8 partes de água).
O volume de fixador ideal corresponde de 10 a 20 vezes o volume da
peça a ser fixada.
Identificação do material e requisição de exames:
Anexar sempre uma ficha contendo identificação do animal (espécie,
nome, raça, idade, sexo, pelagem, peso), identificação do remetente
(proprietário e veterinário), dados clínicos (histórico, sintomas, evolução da
doença, tratamento utilizado, exames complementares realizados, manejo),
suspeita clínica;
Em biópsias deve ser descrito o local da excisão cirúrgica, descrição
macroscópica da peça.
Material para exame dermatológico deve conter descrição das lesões
detalhadamente.
A identificação do material deve ser feita rotulando adequadamente o
frasco e especificar que peças compõem o material enviado.
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Remessa postal:
O material deve estar devidamente identificado e a requisição
protegida por plástico.
Os fragmentos devem estar completamente fixados (de 24 a 48 h
submerso em formol a 10%), envolver em uma gaze ou algodão embebidos em
formol e colocar em sacos plásticos para congelamento.
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Responsável Técnica: Roberta Salim Menezes – CRMV/RJ: 9396
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