Quando indicar vigilância ativa Marco A. Arap Doutor em Urologia – Faculdade de Medicina – USP Núcleo de Urologia – Hospital Sírio Libanês CaP – Vigilância ativa (AS) Introdução / racional: • AS – estratégia para tratar grupo muito seleto de pacientes com CaP baixo risco • Envolve monitoramento frequente do paciente para tto em caso de progressão • Tratamento apenas feito em caso de progressão – reduz overtreatment Vigilância ativa ≠ watchful waiting • AS - apenas para tumores de baixo risco D’Amico (Gleason 6 e PSA<10) CaP – Vigilância ativa (AS) Dificuldade: • Selecionar os verdadeiros Gleason 6 • 1/3 pacientes serão re-classificados como riscos intermediário / alto • Porcentagem de reclassificação depende dos critérios de inclusão CaP – Vigilância ativa (AS) Dificuldade: • Selecionar os verdadeiros Gleason 6 • 1/3 pacientes serão re-classificados como riscos intermediário / alto • Porcentagem de reclassificação depende dos critérios de inclusão Inclusão: • Biópsia no mínimo com 12 fragmentos • Patologia confiável • Guiada por USG Estudos de AS – Criterios de inclusao diferentes CaP – Vigilância ativa (AS) NCCN / EAU – Critérios de inclusão: • Tumores de muito baixo risco (T1c, Gleason ≤ 6, PSA<10 ng/mL, menos que 3 fragmentos de Bx positivos, menos que 50% positivo em cada fragmento e PSAD<0,15 ng/mL/g) Protocolo de seguimento • Biópsia confirmatória se a inicial < 10 fragmentos ou resultado discordante (Ex nódulo ao TR em lado com Bx negativa) • PSA no máximo a cada 6 meses • TR no máximo a cada 12 meses • Biópsia anual • Biópsia em caso de alteração de PSA e/ou TR • Multiplos protocolos de seguimento, incluindo Bx confirmacao (real progressao ou erro de indicacao?) Quando indicar tratamento • Biópsia com Gleason 4 ou 5 (ou Gleason > 7) • Aumento do número de fragmentos positivos na biópsia • Aumento da extensão dos fragmentos positivos • PSA > 10 • PSADT entre 2 e 4 anos (critério não aceito por todos) Ross, JCO ( 2010 ) AS - Resultados Chung, Invest Clin Urol ( 2016 ) Conclusões • Seleção AS – individualizada / expectativa de vida / condição saúde geral / comorbidades / patologia (critérios baixo grau) / potenciais efeitos colaterais (tratar e não tratar) / preferência do paciente • NCCN – ainda faltam estudos para definir melhor critérios inclusão em AS, reclassificação de pacientes, seguimento • Cuidado especial com pacientes sob maior risco • Papel da RNM na seleção / seguimento pacientes em AS