DERIVADAS PARCIAIS Teoria • Definições Básicas: A derivada parcial de f em relação a x, no ponto (x, y), é o limite ∂f f (x + ∆x, y) − f (x, y) (x, y) = lim∆x→0 ∂x ∆x em que y é mantido constante. A derivada parcial de f em relação a y, no ponto (x, y), é o limite f (x, y + ∆y) − f (x, y) ∂f (x, y) = lim∆y→0 ∂y ∆y em que x é mantido constante. Uma função z = f (x, y) se diz definida ou dada implicitamente pela equação g(x, y, z) = 0 se, para todo (x, y) ∈ Df , temos g(x, y, f (x, y)) = 0. • Plano Tangente: Sejam f : A → R, A aberto de R2 , e (x0 , y0 ) ∈ A. Dizemos que f é diferenciável em (x0 , y0 ) se e somente se existirem reais a e b tais que lim(h,k)→(0,0) E(h, k) =0 k(h, k)k onde E(h, k) = f (x0 + h, y0 + k) − f (x0 , y0 ) − ah − bk. Seja f : A ⊂ R2 → R, A aberto, e seja (x0 , y0 ) ∈ A. Se f for diferenciável em (x0 , y0 ), então f admitirá derivadas parciais neste ponto. Se f for diferenciável em (x0 , y0 ), então f será contı́nua em (x0 , y0 ). Seja f diferenciável no ponto (x0 , y0 ). O plano 1 z − f (x0 , y0 ) = ∂f ∂f (x0 , y0 )(x − x0 ) + (x0 , y0 )(y − y0 ) ∂x ∂y denomina-se plano tangente ao gráfico de f no ponto (x0 , y0 , f (x0 , y0 )). A reta normal ao gráfico de f no ponto (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) é a reta cuja equação é (x, y, z) = (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) + λ( ∂f ∂f (x0 , y0 ), (x0 , y0 ), −1), λ ∈ R. ∂x ∂y A transformação linear dz dada por dz = ∂f ∂f (x, y)dx + (x, y)dy ∂x ∂y denomina-se diferencial de z = f (x, y) no ponto (x, y). • Gradiente: Seja z = f (x, y). O vetor ∇f (x0 , y0 ) = ( ∂f ∂f (x0 , y0 ), (x0 , y0 )) denomina∂x ∂y se gradiente de f em (x0 , y0 ). A reta tangente em (x0 , y0 ) à curva de nı́vel f (x, y) = c tem equação dada por ∇f (x0 , y0 ) · [(x, y) − (x0 , y0 )] = 0. O plano passando pelo ponto (x0 , y0 , z0 ) e normal ao vetor ∇f (x0 , y0 , z0 ) denomina-se plano tangente, em (x0 , y0 , z0 ), à superfı́cie de nı́vel f (x, y, z) = c. A equação deste plano é ∇f (x0 , y0 , z0 ) · [(x, y, z) − (x0 , y0 , z0 )] = 0. A reta (x, y, z) = (x0 , y0 , z0 ) + λ∇f (x0 , y0 , z0 ), λ ∈ R, denomina-se reta normal, em (x0 , y0 , z0 ), à superfı́cie de nı́vel f (x, y, z) = c. 2 • Regra da Cadeia: Sejam f : A ⊂ R2 → R, A aberto, e γ : I → R2 , tais que γ(t) ∈ A para todo t no intervalo I. Nestas condições, se γ for diferenciável em t0 e f em γ(t0 ), então a composta F (t) = f (γ(t)) será diferenciável em t0 e vale a Regra da Cadeia F 0 (t0 ) = ∇f (γ(t0 )) · γ 0 (t0 ) ou, equivalentemente, ∂f dx ∂f dy dF = + , dt ∂x dt ∂y dt ficando subentendido que as derivadas parciais devem ser calculadas em γ(t0 ). Sejam A e B abertos do R2 , f (x, y) diferenciável em A, g(u, v) e h(u, v) diferenciáveis em B tais que, para todo (u, v) em B, (g(u, v), h(u, v)) ∈ A. Seja F (u, v) = f (g(u, v), h(u, v)). Então vale a Regra da Cadeia ∂f ∂x ∂f ∂y ∂F = + ∂u ∂x ∂u ∂y ∂u ∂F ∂f ∂x ∂f ∂y 2. = + ∂v ∂x ∂v ∂y ∂v 1. • Funções Implı́citas: Seja y = g(x) dada implicitamente pela equação F (x, y) = 0. Então ∂F (x, g(x)) g 0 (x) = − ∂x . ∂F (x, g(x)) ∂y Seja z = g(x, y) dada implicitamente pela equação F (x, y, z) = 0. Então ∂F (x, y, g(x, y)) ∂g (x, y) = − ∂x ∂F ∂x (x, y, g(x, y)) ∂z 3 e ∂F (x, y, g(x, y)) ∂g ∂y (x, y) = − . ∂F ∂y (x, y, g(x, y)) ∂z O determinante jacobiano das funções x e y é dado pela fórmula ∂F ∂(F, G) ∂x = ∂G ∂(x, y) ∂x F e G em relação às variáveis ∂F ∂y ∂G ∂y . Sejam y = y(x) e z = z(x) dadas implicitamente pelo sistema F (x, y, z) = 0 G(x, y, z) = 0 Temos então ∂(F, G) dy ∂(x, z) =− ∂(F, G) dx ∂(y, z) e ∂(F, G) dz ∂(y, x) =− . ∂(F, G) dx ∂(y, z) • Derivada Direcional: O limite ∂f f (x0 + at, y0 + bt) − f (x0 , y0 ) (x0 , y0 ) = limt→0 ∂~u t quando existe e é finito, denomina-se derivada direcional de f no ponto (x0 , y0 ) e na direção do vetor ~u = (a, b), com ~u unitário. Sejam f : A ⊂ R2 → R, A aberto, (x0 , y0 ) ∈ A e ~u = (a, b) um vetor unitário. Se f (x, y) for diferenciável em (x0 , y0 ), então 4 . ∂f (x0 , y0 ) = ∇f (x0 , y0 ) · ~u. ∂~u Seja f : A ⊂ R2 → R, A aberto, diferenciável em (x0 , y0 ) e tal que ∂f ∇f (x0 , y0 ) 6= ~0. Então, o valor máximo de (x0 , y0 ) ocorre quando ~u ∂~u for o versor de ∇f (x0 , y0 ) e esse valor será k∇f (x0 , y0 )k. • Polinômio de Taylor: Chamamos derivadas de ordem superior de uma função z = f (x, y) as ∂f ∂f derivadas obtidas a partir das derivadas e . ∂x ∂y (Teorema de Schwarz) Seja f : A ⊂ R2 → R, A aberto. Se f possuir as derivadas até a segunda ordem contı́nuas em A, então ∂ 2f ∂ 2f (x, y) = (x, y) ∂x∂y ∂y∂x para todo (x, y) em A. (Polinômio de Taylor de Ordem 1) Seja f : A ⊂ R2 → R, A aberto, com derivadas até a segunda ordem contı́nuas em A. Sejam (x0 , y0 ) ∈ A e (h, k) 6= (0, 0) tais que o segmento de extremidades (x0 , y0 ) e (x0 + h, y0 + k) esteja contido em A. Nestas condições, f (x0 + h, y0 + k) = f (x0 , y0 ) + ∂f ∂f (x0 , y0 )h + (x0 , y0 )k ∂x ∂y (Polinômio de Taylor de Ordem 2) Seja f : A ⊂ R2 → R, A aberto, com derivadas até a terceira ordem contı́nuas em A. Sejam (x0 , y0 ) ∈ A e (h, k) 6= (0, 0) tais que o segmento de extremidades (x0 , y0 ) e (x0 + h, y0 + k) esteja contido em A. Nestas condições, ∂f ∂f (x0 , y0 )h + (x0 , y0 )k + ∂x ∂y 1 ∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f 2 [ 2 (x0 , y0 )h + 2 (x0 , y0 )hk + 2 (x0 , y0 )k 2 ] 2 ∂x ∂x∂y ∂y f (x0 + h, y0 + k) = f (x0 , y0 ) + 5 • Máximos e Mı́nimos: Dizemos que (x0 , y0 ) é um ponto crı́tico de f (x, y) se esse ponto for interior ao domı́nio de f e se ∇f (x0 , y0 ) = (0, 0). Se f admite derivadas parciais em todos os pontos interiores de Df , então os pontos crı́ticos de f são, entre os pontos interiores de Df , os únicos candidatos a extremantes locais de f . A função H dada por H(x, y) = ∂ 2f ∂x2 ∂ 2f ∂y∂x ∂ 2f ∂x∂y ∂ 2f ∂y 2 denomina-se hessiano de f . Seja f (x, y) uma função com derivadas contı́nuas até 2a ordem. Seja (x0 , y0 ) um ponto crı́tico de f . Então ∂ 2f (x0 , y0 ) > 0 ⇒ (x0 , y0 ) é mı́nimo local de f ; ∂x2 ∂ 2f 2. H(x0 , y0 ) > 0 e (x0 , y0 ) < 0 ⇒ (x0 , y0 ) é máximo local de f ; ∂x2 3. H(x0 , y0 ) < 0 ⇒ (x0 , y0 ) é ponto de sela de f ; 1. H(x0 , y0 ) > 0 e 4. H(x0 , y0 ) = 0 ⇒ inconclusivo. • Máximos e Mı́nimos Condicionados: (Weierstrass) Se f (x, y) for contı́nua no compacto A, então existirão pontos (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ) em A tais que, para todo (x, y) em A, f (x1 , y1 ) ≤ f (x, y) ≤ f (x2 , y2 ). (Multiplicadores de Lagrange) Seja f diferenciável no aberto A e seja B = {(x, y) ∈ A|g(x, y) = 0}, onde g possui derivadas contı́nuas em A e ∇g 6= (0, 0), para todo (x, y) ∈ B. Uma condição necessária para que (x0 , y0 ) ∈ B seja extremante local de f em B é que exista um real λ0 tal que ∇f (x0 , y0 ) = λ0 ∇g(x0 , y0 ). 6 Seja f diferenciável no aberto A e seja B = {(x, y, z) ∈ A|g(x, y, z) = 0}, onde g possui derivadas contı́nuas em A e ∇g 6= (0, 0, 0), para todo (x, y, z) ∈ B. Uma condição necessária para que (x0 , y0 , z0 ) ∈ B seja extremante local de f em B é que exista um real λ0 tal que ∇f (x0 , y0 , z0 ) = λ0 ∇g(x0 , y0 , z0 ). Seja f diferenciável no aberto A ⊂ R3 e seja B = {(x, y, z) ∈ A|g(x, y, z) = 0, h(x, y, z) = 0}, onde g e h possuem derivadas contı́nuas em A e ∇g ∧ ∇h 6= ~0, para todo (x, y, z) ∈ B. Uma condição necessária para que (x0 , y0 , z0 ) ∈ B seja extremante local de f em B é que existam reais λ1 e λ2 tais que ∇f (x0 , y0 , z0 ) = λ1 ∇g(x0 , y0 , z0 ) + λ2 ∇h(x0 , y0 , z0 ). 7 Exercı́cios • Fixação: 1. Determine as derivadas parciais. (a) f (x, y) = 5x4 y 2 + xy 3 + 4 (b) z = cos(xy) x3 + y 2 (c) z = 2 x + y2 2 2 (d) f (x, y) = e−x −y (e) z = x2 ln(1 + x2 + y 2 ) (f) z = xyexy (g) z = (x2 + y 2 ) ln(x2 + y 2 ) (h) g(x, y) = xy 2. Sendo z = f (x, y) dada implicitamente por x2 +y 2 +z 2 = 1, z > 0, ∂z ∂z e . calcule ∂x ∂y 3. Suponha que z = f (x, y) seja dada implicitamente pela equação ∂z exyz = x2 + y 2 + z 2 . Expresse em termos de x, y e z. ∂x 4. Determine as equações do plano tangente e da reta normal ao gráfico da função dada, no ponto dado. (a) (b) (c) (d) f (x, y) = 3x2 y − x em (1, 2, f (1, 2)) f (x, y) = 2x2 y em (1, 1, f (1, 1)) f (x, y) = x2 + y 2 em (0, 1, f (0, 1)) 2 2 f (x, y) = xex −y em (2, 2, f (2, 2)) 5. Determine o plano que passa pelos pontos (1, 1, 2) e (−1, 1, 1) e que seja tangente ao gráfico de f (x, y) = xy. 6. Determine o plano que seja paralelo ao plano z = 2x+y e tangente ao gráfico de f (x, y) = x2 + y 2 . 7. Calcule a diferencial. (a) z = x3 y 2 (b) z = sin(xy) 8 2 2 (c) u = es −t (d) T = ln(1 + p2 + v 2 ) 2 −y 2 8. Seja z = xex . (a) Calcule um valor aproximado para a variação ∆z em z, quando se passa de x = 1 e y = 1 para x = 1, 01 e y = 1, 002. (b) Calcule um valor aproximado para z, correspondente a x = 1, 01 e y = 1, 002. 9. Seja f (x, y) = x2 + y 2 . Calcule ∇f (1, 1) e represente-o geometricamente. 10. Determine a equação da reta tangente à curva de nı́vel dada, no ponto dado. (a) x2 + xy + y 2 − 3y = 1 em (1, 2) 1 (b) e2x−y + 2x + 2y = 4 em ( , 1) 2 11. Determine as equações do plano tangente e da reta normal à superfı́cie dada, no ponto dado. (a) x2 + 3y 2 + 4z 2 = 8 em (1, −1, 1) 1 (b) 2xyz = 3 em ( , 1, 3) 2 x−y 3 (c) ze + z = 2 em (2, 2, 1) dz . dt 2 Seja F (t) = f (et , sin t), onde f (x, y) é uma função diferenciável ∂f em R2 . Calcule F 0 (0), supondo (1, 0) = 5. ∂y Seja z = f (x2 , 3x + 1), onde f (u, v) é diferenciável em R2 . Verifidz ∂f ∂f que que (1) = 2 (1, 4) + 3 (1, 4). dx ∂u ∂v Suponha f (x, y) diferenciável e que, para todo x, f (3t+1, 3t−1) = ∂f ∂f 4. Verifique que (3t + 1, 3t − 1) = − (3t + 1, 3t − 1). ∂x ∂y dz Seja z = ln(1 + x2 + y 2 ), x = sin 3t, y = cos 3t. Calcule e dt interprete o resultado. 2 12. Sejam z = x2 y, x = et e y = 2t + 1. Calcule 13. 14. 15. 16. 9 17. A função diferenciável y = y(x) é definida implicitamente pela dy em termos de x e y. equação y 3 + xy + x3 = 3. Expresse dx 18. A função diferenciável z = z(x, y) é dada implicitamente pela ∂z equação xyz + x3 + y 3 + z 3 = 5. Expresse em termos de x, y ∂x e z. 19. Sejam e z = z(x), z > 0 diferenciáveis e dadas por 2 y 2= y(x) 2 dy dz x +y +z =1 . Expresse e em termos de x, y e z. x+y =1 dx dx ∂f (1, 1) na direção ~v = (−1, 1) e interprete o resultado. 20. Calcule ∂~u ∂f 21. Calcule (x0 , y0 ), sendo dados: ∂~u (a) f (x, y) = x2 − 3y 2 , (x0 , y0 ) = (1, 2) e ~u é o versor de 2~i + ~j. 2 2 (b) f (x, y) = ex −y , (x0 , y0 ) = (1, 1) e ~u é o versor de (3, 4). (c) f (x, y) = xy, (x0 , y0 ) = (1, 1) e ~u é o versor de ~i + ~j. 22. Em que direção e sentido a função f (x, y) = x2 +xy +y 2 , em (1, 1), cresce mais rapidamente? Qual a taxa máxima de crescimento? ∂ 2f ∂ 2f + 2 = 0, onde f (x, y) = ln(x2 + y 2 ). 23. Verifique que 2 ∂x ∂y 24. Determine o polinômio de Taylor de ordem 1 da função dada, em volta do ponto dado. (a) f (x, y) = ex+5y , (x0 , y0 ) = (0, 0) (b) f (x, y) = sin(3x + 4y), (x0 , y0 ) = (0, 0) 25. Determine o polinômio de Taylor de ordem 2 da função dada, em volta do ponto dado. (a) f (x, y) = x sin y, (x0 , y0 ) = (0, 0) (b) f (x, y) = x3 + 2x2 y + 3y 3 + x − y, (x0 , y0 ) = (1, 1) 26. Estude com relação a máximos e mı́nimos locais a função f (x, y) = (a) x3 + y 3 − 3x − 3y + 4 (b) x2 + 3xy + 4y 2 − 6x + 2y (c) x3 − 3x2 y + 27y 10 27. Determine os extremantes de f (x, y) = xy em A = {(x, y) ∈ R2 |x2 + y 2 ≤ 1}. 28. Determine o ponto do elipsoide x2 + 2y 2 + 3z 2 = 1 cuja soma das coordenadas seja máxima. 29. Encontre o ponto da curva xy = 1, x > 0, y > 0 que se encontra mais próximo da origem. 30. Determine os pontos mais afastados da origem e cujas coordenadas estão sujeitas às restrições x2 + 4y 2 + z 2 = 4 e x + y + z = 1. • Aplicação: 1. Uma placa de metal fina, localizada no plano xy, tem temperatura T (x, y) no ponto (x, y). As curvas de nı́vel de T são chamadas isotermas porque em todos os pontos de uma isoterma a temperatura é a mesma. Esboce algumas isotermas para a função temperatura da placa de metal, dada por 100 . T (x, y) = 1 + x2 + 2y 2 2. A temperatura em uma localidade do hemisfério norte depende da longitude x, da latitude y e do tempo t de modo que podemos escrever T = f (x, y, t). Vamos medir o tempo em horas a partir do inı́cio de janeiro. ∂T ∂T ∂T , e ? (a) Qual é o significado de cada derivada parcial ∂x ∂y ∂t (b) Honolulu tem longitude 158◦ W e latitude 21◦ N . Suponha que às 9 da manhã em 1◦ de janeiro, o vento está soprando ar quente para o nordeste de modo que o ar do oeste e do sul está quente e o ar do norte e do leste está mais frio. Você espera que fx (158, 21, 9), fy (158, 21, 9) e ft (158, 21, 9) sejam positivas ou negativas? Explique. 2 2 3. Verifique que a função u = e−α k t sin kx é uma solução da equação de condução do calor ut = α2 uxx . 4. Em um estudo de penetração de geada foi encontrado que a temperatura T após t dias e profundidade x (medida em centı́metros) pode ser modelada pela função T (x, t) = T0 + T1 e−λx sin(ωt − λx), 11 onde ω e λ são constantes positivas. ∂T (a) Encontre . Qual é o seu significado fı́sico? ∂x ∂T (b) Encontre . Qual é o seu significado fı́sico? ∂t 5. A lei dos gases para uma massa fixa m de um gás ideal numa temperatura absoluta T , pressão P e volume V é P V = mRT , onde R é a constante do gás. Mostre que: ∂P ∂V ∂T = −1 (a) ∂V ∂T ∂P ∂P ∂V (b) T = mR ∂T ∂T 6. A resistência total R produzida por três condutores com resistências R1 , R2 e R3 conectadas em paralelo num circuito elétrico é dada pela fórmula 1 1 1 1 = + + . R R1 R2 R3 ∂R . Encontre ∂R1 7. A velocidade do som viajando através da água do oceano com salinidade de 35 partes por 1000 foi modelada pela função v = 1449, 2 + 4, 6T − 0, 055T 2 + 0, 00029T 3 + 0, 016D, onde v é a velocidade do som (em m/s), T é a temperatura da água (em ◦ C) e D é a profundidade abaixo da superfı́cie do oceano (em metros). Um mergulhador inicia seu mergulho na água do oceano; após 20 minutos, o mergulhador encontra-se descendo a uma velocidade de 0,5 m/min, constata uma temperatura de 12,5◦ C ao seu redor e uma diminuição da temperatura da água de aproximadamente 0,1◦ C a cada minuto. Estime a taxa de variação (por minuto) da velocidade do som na água do oceano percebida pelo mergulhador após 20 minutos de mergulho. 8. A voltagem V em um circuito elétrico simples está diminuindo lentamente à medida que a bateria se desgasta. A resistência R está lentamente aumentando à medida que o resistor se aquece. Use a lei de Ohm, V = IR, 12 para determinar como a corrente está variando no momento em dV dR que R = 400Ω, I = 0, 08A, = −0, 01V/s e = 0, 03Ω/s. dt dt 9. (Efeito Doppler) Se um som com frequência fs é produzido por uma fonte viajando por uma linha reta com velocidade vs e um observador está viajando com velocidade vo pela mesma linha, mas em sentido oposto ao da fonte, então a frequência do som percebido pelo observador é c + vo fs , fo = c − vs em que c = 332 m/s é a velocidade do som. Suponha que, em um dado instante, você está em um trem viajando a 34 m/s e acelerando a 1, 2m/s2 . Um trem se aproxima de você pelo outro trilho na direção oposta, com velocidade de 40 m/s e aceleração de 1, 4m/s2 , e soa o seu apito que tem uma frequência de 460 Hz. Nesse instante, qual é a frequência percebida por você e quão rápida ela está mudando? 10. Próximo a uma bóia, a profundidade de um lago no ponto com coordenadas (x, y) é z = 200 + 0, 02x2 − 0, 001y 3 , onde x, y e z são medidos em metros. Um pescador num barco pequeno parte do ponto (80, 60) e se move na direção da bóia, que está localizada no ponto (0, 0). A água sob o barco está ficando mais profunda ou mais rasa quando o pescador parte? Explique. 11. Suponha que você está subindo uma colina cuja forma é dada pela equação z = 1000 − 0, 005x2 − 0, 01y 2 , onde x, y e z são medidos em metros, e você está parado num ponto com coordenadas (60, 40, 966). O eixo x aponta para o leste e o eixo y aponta para o norte. (a) Se você caminhar para o sul, você começará a subir ou descer? Em qual taxa? (b) Se você caminhar para o noroeste, você começará a subir ou descer? Em qual taxa? (c) Em qual direção a inclinação da montanha é maior? Qual é a taxa de ascensão nessa direção? 13 12. Três alelos (versões alternativas de um gene) A, B e O determinam os quatro tipos sanguı́neos: A (AA ou AO), B (BB ou BO), O (OO) e AB. A Lei de Hardy-Weinberg estabelece que a proporção de indivı́duos em uma população que carregam dois diferentes alelos é P = 2ab + 2ao + 2ob onde a, b e o são as proporções de A, B e O na população. Use o fato de que a + b + o = 1 para mostrar que P é no máximo 2 ≈ 67%. 3 14 Respostas • Fixação: 1. (a) fx = 20x3 y 2 + y 3 ; fy = 10x4 y + 3xy 2 ∂z ∂z (b) = −y sin(xy); = −x sin(xy) ∂x ∂y ∂z x4 + 3x2 y 2 − 2xy 2 ∂z 2y(x2 − x3 ) (c) = = ; ∂x (x2 + y 2 )2 ∂y (x2 + y 2 )2 2 2 2 2 (d) fx = −2xe−x −y ; fy = −2ye−x −y x2 ∂z 2x2 y ∂z 2 2 = 2x + ln(1 + x + y ) ; = (e) ∂x 1 + x2 + y 2 ∂y 1 + x2 + y 2 ∂z ∂z = yexy + xy 2 exy ; = xexy + x2 yexy (f) ∂x ∂y ∂z ∂z = 2x[1 + ln(x2 + y 2 )]; = 2y[1 + ln(x2 + y 2 )] (g) ∂x ∂y (h) gx = yxy−1 ; gy = xy ln x ∂z x ∂z y 2. =− ; =− . ∂x z ∂y z xyz ∂z 2x − yze 3. = ∂x xyexyz − 2z 4. (a) 11x + 3y − z = 12 e (x, y, z) = (1, 2, 5) + λ(11, 3, −1), λ ∈ R (b) 4x + 2y − z = 4 e (x, y, z) = (1, 1, 2) + λ(4, 2, −1), λ ∈ R (c) 2y − z = 1 e (x, y, z) = (0, 1, 1) + λ(0, 2, −1), λ ∈ R (d) 9x − 8y − z = 0 e (x, y, z) = (2, 2, 2) + λ(9, −8, −1), λ ∈ R 5. x + 6y − 2z = 3 5 6. z = 2x + y − 4 7. (a) dz = 3x2 y 2 dx + 2x3 ydy (b) dz = y cos(xy)dx + x cos(xy)dy 2 2 2 2 (c) du = 2ses −t ds − 2tes −t dt 2p 2v (d) dT = dp + dv 2 2 1+p +v 1 + p2 + v 2 8. (a) ∆z ≈ 0, 026 15 (b) 1, 026 9. ∇f (1, 1) = (2, 2) 10. (a) 2x + y = 4 (b) 4x + y = 3 11. (a) x − 3y + 4z = 8 e (x, y, z) = (1, −1, 1) + λ(2, −6, 8), λ ∈ R 1 (b) 6x + 3y + z = 9 e (x, y, z) = ( , 1, 3) + λ(6, 3, 1), λ ∈ R 2 (c) x − y + 4z = 4 e (x, y, z) = (2, 2, 1) + λ(1, −1, 4), λ ∈ R dz 2 12. = (8t2 + 4t + 2)e2t dt 13. F 0 (0) = 5 14. 15. dz = 0; a curva γ(t) = (sin 3t, cos 3t) é uma curva de nı́vel da dt função. dy (3x2 + y) 17. =− 2 dx (3y + x) 16. ∂z (yz + 3x2 ) =− ∂x (xy + 3z 2 ) dy dz y−x 19. = −1 e = dx dx z ∂f (1, 1) = 0; a função é constante nessa direção. 20. ∂~u 8 21. (a) − √ 5 2 (b) − √5 (c) 2 18. 22. Direção e sentido: √ ∇f (1, 1) = (3, 3); taxa máxima de crescimento: k∇f (1, 1)k = 3 2. 23. 24. (a) z = 1 + x + 5y (b) z = 3x + 4y 16 25. (a) z = 0 (b) z = 8x + 10y − 12 26. (a) Máximo: (−1, −1); mı́nimo: (1, 1); pontos de sela: (1, −1) e (−1, 1). 54 22 ,− . (b) Mı́nimo: 7 7 3 3 (c) Pontos de sela: −3, − e 3, . 2 2 √ √ √ √ √ √ 2 2 2 2 1 − 2 2 27. Máximo: f ( , ) = f (− ,− ) = ; Mı́nimo: f ( , )= 2 2 2 2 2 √ 2 2 √ 1 2 2 ,− )=− . f( 2 2 2 √ √ √ ! 24 24 24 √ , √ , √ 28. 2 11 4 11 6 11 29. (1, 1) 30. f √ √ ! 1− 7 1+ 7 , 0, =f 2 2 √ ! √ 1− 7 1+ 7 , 0, =4 2 2 • Aplicação: 1. Famı́lia de elipses. ∂T ∂T ∂T , e representam a variação da temperatura quando 2. (a) ∂x ∂y ∂t consideramos apenas a longitude, a latitude e o tempo, respectivamente. (b) Como o ar está mais quente no oeste do que no leste, aumentando a longitude resulta num aumento da temperatura do ar: fx (158, 21, 9) positiva. Como o ar está mais quente no sul do que no norte, aumentando a latitude resulta numa redução da temperatura do ar: fy (158, 21, 9) negativa. Como o ar da tarde está mais quente que o ar da manhã, aumentando o tempo resulta num aumento da temperatura do ar: ft (158, 21, 9) positiva. 3. 17 ∂T = −λT1 e−λx [sin(ωt − λx) + cos(ωt − λx)]; representa a ∂x variação da temperatura com a profundidade (num mesmo dia). ∂T (b) = T1 e−λx ω cos(ωt − λx); representa a variação da tempe∂t ratura com o passar dos dias (num mesmo nı́vel). 4. (a) 5. R2 ∂R = 2. ∂R1 R1 7. A velocidade do som medida pelo mergulhador está decrescendo a uma taxa de aproximadamente 0,33 m/s a cada minuto. 6. 8. A corrente está decrescendo a uma taxa de 0,000031 A/s. 9. A frequência percebida é cerca de 577 Hz e ela está aumentando a uma taxa de aproximadamente 4,7 Hz/s (o som está ficando mais agudo). 10. A profundidade do lago está aumentando nessa direção, pois a derivada direcional correspondente é positiva. 11. (a) Começo a descer a uma taxa de 0,80 metros de altura para cada metro percorrido. (b) Começo a descer a uma taxa de 0,14 metros de altura para cada metro percorrido. (c) A inclinação atinge seu máximo na direção do da montanha 3 4 gradiente − , − . A taxa de ascensão nessa direção é de 5 5 1 metro de elevação para cada metro percorrido no caminho. 12. 18