12/02/2015 IBRE :: Detalhe de Notícias Clima econômico piora na América Latina 12­Fev­2015 | | Clima econômico mundial melhora, mas continua piorando na América Latina. Momento ainda é de cautela. O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) ­ elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES) – apresentou queda de 6,3%, ao passar de 80, em outubro de 2014, para 75 pontos, em janeiro de 2015. O recuo decorre de piora tanto das avaliações em relação ao estado atual dos negócios quanto das expectativas em relação aos meses seguintes: o Indicador da Situação Atual (ISA) caiu 9,4%; e oIndicador de Expectativas (IE) recuou 4,2%. Todos os indicadores se encontram na zona desfavorável do ciclo e a piora generalizada sinaliza avanço na deterioração do clima econômico. No plano mundial, o clima econômico registrou suave melhora, ao passar de 105 pontos, em outubro de 2014, para 106 pontos, em janeiro de 2015. O Indicador da Situação Atual manteve­se estável, em 98 pontos, mas o de Expectativas avançou 2%. A relativa estabilidade do resultado mundial reflete duas tendências opostas. Nos Estados Unidos, após interrupção da trajetória de alta em outubro de 2014, o ICE voltou a crescer (8,3%). Na União Europeia, o anúncio pelo Banco Central Europeu de uma política monetária expansionista (quantitative easing, QE) fez com que todos os indicadores melhorassem, levando o ICE a avançar de 104 pontos para 113 pontos. Em contrapartida, a China, segunda maior economia mundial, registrou queda no ICE puxada pela piora nas expectativas. No Japão e na Índia, o clima econômico apresentou melhora. No entanto, dado o peso da China no continente asiático, o clima econômico não mudou na região entre as sondagens de outubro de 2014 e janeiro de 2015. Entre os BRICS, a Rússia lidera o ranking do pior ICE. Na sondagem anterior, a piora do clima econômico mundial puxado pelas expectativas sugeria piora do cenário mundial. Por este motivo, os resultados desta edição devem ser tomados com cautela. Uma recuperação mais consistente da economia mundial dependerá do resultado do QE na Europa e da evolução da economia chinesa. Os Estados Unidos, em situação mais confortável, são uma exceção neste cenário de incertezas. No grupo de países latinos pesquisados pela Sondagem da América Latina, o clima econômico apresentou melhora na Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. No entanto, apenas Paraguai e Peru registraram indicadores na zona favorável. A melhora do ICE no Peru em 13% indica que a queda nos preços dos metais, associado à menor demanda da China, ainda não é vista como um fator que possa levar o país a uma situação recessiva. No Paraguai e no Uruguai a melhora do indicador reflete o apoio às políticas adotadas pelos atuais governos. Na Argentina, apesar da melhora, o país continua na zona desfavorável e motivo para a melhora não é muito claro, podendo estar relacionado à diminuição da tensão com os fundos abutres ou ao empréstimo concedido pela China para a construção de projetos de infraestrutura no país. No Chile não houve mudança econômica relevante, mas foi afastado o temor que o atual governo implementasse grandes mudanças no sistema educacional e em outras áreas da política social, dada as restrições orçamentárias. Bolívia, Colômbia, Equador e México registraram queda no ICE. Nos três primeiros casos, a piora deve estar associada principalmente à queda nos preços do petróleo. No México, após a eleição do Presidente Peña Nieto, o clima econômico manteve­se, de forma geral, favorável durante 2013 e parte de 2014. A promessa de reformas para modernizar a economia, entre elas na empresa estatal petrolífera, foi bem recebida pelos especialistas consultados pela sondagem. No entanto, o caso do desaparecimento dos estudantes na cidade de Iguala e a demora de reação do governo federal têm sido interpretadas como um dos fatores que minaram, em parte, a confiança no atual Presidente. No Brasil, o ICE continua no patamar desfavorável, já que tanto o ISA e o IE mantiveram­se iguais em relação a outubro de 2014 – 30 e 84 pontos, respectivamente. Pela Sondagem Econômica da América Latina Ifo/FGV, os especialistas parecem estar esperando que as medidas prometidas de ajuste macroeconômico entrem em operação. Além disso, perspectivas de alta de inflação, baixo crescimento e problemas no abastecimento de água e energia não ajudam na melhora das expectativas. O Brasil ficou em 10º lugar no ranking do ICE médio dos últimos quatro trimestres, liderado pelo Peru. Chama atenção a queda da Colômbia que esteve na primeira posição desde julho de 2014. A queda no preço do petróleo contribui para o aumento do déficit fiscal e da conta corrente do balanço de pagamentos. Baixe o release completo com tabelas e gráficos aqui. data:text/html;charset=utf­8,%3Ctable%20border%3D%220%22%20cellpadding%3D%220%22%20cellspacing%3D%220%22%20width%3D%22100%25… 1/1