XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável MCE0357 GERENCIAMENTO DE RISCOS NO PLANEJAMENTO DE UM PROJETO INDUSTRIAL NATALIA HENRIQUES DE SOUZA [email protected] MESTRADO - ENGENHARIA MECÂNICA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) ANTONIO FARIA NETO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Gerenciamento de Riscos no Planejamento de um Projeto Industrial (Autor)Natália Henriques de Souza 1 (Orientador) Antonio Farias Neto 2 Resumo O gerenciamento de projetos é um processo extremamente complexo, composto por várias atividades reconhecidas como: gestão de integração, de escopo, do tempo, de custos, da qualidade, dos recursos humanos, das comunicações, dos riscos, dos materiais e contratações. Este artigo será focado no gerenciamento dos riscos, por acreditar que as metodologias conhecidas para esta gestão seja limitada e pelo entendimento de que melhorias nesse processo podem trazer ganhos substanciais à gestão dos projetos. Então serão estudados os diferentes métodos de gerenciamento de riscos com objetivo de desenvolver um modelo estruturado, menos genérico que os existentes para o gerenciamento de riscos nos projetos industriais. O modelo será validado através de um estudo de caso de um projeto industrial de ampliação de uma fábrica automobilística. Palavras-chave: Riscos; Planejamento; Projetos Industriais. Risk Management in the Planning of the Industrial Project Abstract Project management is an extremely complex process composed of several activities recognized as: management of integration, scope, time, cost, quality, human resources, communications, risk, and procurement of materials. This article will focus on risk management, believing that this management methodologies known to be limited by the understanding that improvements in this process can bring substantial gains to the management of projects. Then we will study the different methods of risk management in order to develop a structured, less generic than the existing risk management in industrial projects. The model will be validated through a study of case of an industrial project of expansion of a automobile industry. Key Words: Risk; Management; Threat; Industrial project. 1 INTRODUÇÃO O planejamento de um projeto industrial é uma atividade extremamente complexa, com diversas variáveis de difícil controle. Por conta dessa complexidade, muitas vezes os projetos industriais acabam excedendo o prazo e o orçamento. Então, um gerenciamento de projetos eficaz é fundamental para o sucesso do projeto. O PMI (Project Management Institute) desenvolveu várias práticas que auxiliam o gerente de planejamento de projetos, como pode ser vista na figura a seguir. Uma 1 1 XXIII MPG – Mostra de Pós-Graduação Engª. De Produção – PSA Peugeot Citröen, [email protected] delas é o gerenciamento dos riscos, com o objetivo de prevê-los e monitorá-los. Isto porque, um dos principais motivos para perdas (tempo, dinheiro, recursos, mão de obra) em um projeto é que são gerenciados de forma reativa, ao invés de se tentar a antecipação dos problemas. Gestão de Projetos Gestão de Integração Gestão de RH Gestão do Escopo Gestão das Comunicações Gestão do Tempo Gestão dos Riscos Gestão dos Custos Gestão dos Materiais Gestão da Qualidade Figura1. As Nove Áreas da Gestão de Projetos Fonte: Adaptado do PMBOOK, Project Management Institute (2004) O objetivo deste trabalho é apresentar um estudo sobre a importância na identificação e no monitoramento dos riscos. Também visa mostrar os principais métodos e ferramentas mais utilizados como as para identificar os riscos: brainstorming, workshops, checklist, entrevistas, questionários, históricos de outros projetos. E finalmente, apresentar um modelo estruturado para análise, monitoramento e controle de riscos em projetos industriais. Para validar o modelo estruturado, todos os métodos serão estudados, e serão aplicados na prática no projeto de ampliação de uma industria automobilística. Com este projeto de ampliação, a indústria terá sua capacidade de produção aumentada em 40%, para isso será necessário ampliação tanto do processo como da estrutura. Assim, este um grande projeto, com inúmeras variáveis, com grande leque de riscos, sendo então de suma importância, a avaliação e monitoramento destes para o sucesso do projeto. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Projeto ―Processo único, consistindo de um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos.‖ NBR 10006 ―Um empreendimento temporário, com objetivo de criar um produto, serviço ou resultado único.‖ PMBOK, 2004 Existem vários conceitos e definições sobre projetos mas todos eles tem dois aspectos comuns: a temporalidade (começo, meio e fim), e a unicidade (se refere a característica de um projeto quanto a ser específico e único). Os projetos podem ter diferentes objetos, razões de criação e podem estar relacionados a diferentes âmbitos. Há projetos de pesquisa e desenvolvimento, projetos de realização de eventos, de realizações pessoais, organizacionais, projetos Industriais. Este trabalho será focado nos projetos Industriais. 2.2 Projetos Industriais Um empreendimento industrial nasce, a princípio, de uma necessidade vislumbrada pelas organizações para maximizarem suas potencialidades no mercado em que atuam, torna-se então necessário que suas ações se estabeleçam de forma planejada para que seus objetivos sejam alcançados. Quando a empresa identifica uma oportunidade de negócio, procura fazer uma análise econômica do empreendimento, estimando o valor da sua implantação (custos e receitas), bem como o período em que o empreendimento dará rendimentos. A partir dos dados estimados é feito o estudo de viabilidade técnica econômica para identificar a melhor alternativa para o empreendimento. Nesta fase, normalmente não são bem conhecidos os dados técnicos, nem as necessidades de recursos para operação e manutenção do empreendimento, tendo-se, também, incertezas sobre o nível de receita ao longo da vida do mesmo. Tais incertezas devem ser consideradas para efeito de tomada de decisão de aprovação ou não da implantação do empreendimento. Tendo o projeto sido aprovado, comumente opta-se, por inicialmente desenvolver a engenharia em nível básico (projeto básico), obtendo-se especificações técnicas dos equipamentos e instalações diversas, com tais informações, é possível refinar os valores dos custos de implantação, operação e manutenção. Os projetos industriais possuem características comuns aos projetos de outros fins, porém apresentam certas particularidades. Tais projetos partem do planejamento estratégico organizacional e do surgimento de novas oportunidades ou necessidades, internas ou externas. Assim como em demais tipos de projetos, os projetos industriais possuem um ciclo bem definido, com as seguintes fases: • Concepção: fase de análise dos fatores favoráveis, condicionantes e dos riscos, avaliação da viabilidade econômica, estimativa de recursos necessários, definição de alternativas e apresentação de propostas. • Planejamento: definição do escopo, aplicação de engenharia conceitual, mobilização de recursos humanos, estimativa de orçamento, estabelecimento de sequência de operações necessárias ao empreendimento. • Execução: fase de atuação da engenharia básica e da engenharia de detalhamento, com trabalho de especificações e detalhamento do projeto, elaboração de manuais operacionais, aquisição de materiais, equipamentos e contratação de serviços terceirizados que se fizerem necessários, construção e montagem, monitoramento e controle e execução de pré-operação. 2.3 Gerenciamento de Projetos Fatores como a globalização do mercado e aquisições de novas tecnologias emergentes, tornam cada vez maior a Gerência de Projetos um assunto da mais alta importância para as organizações e para sua capacidade de sobrevivência. ―Gerência de Projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto com o objetivo de atender os requisitos do projeto.‖ PMBOK,2004 PMI (Project Management Institute) (2004), define gestão de projetos como sendo o processo através do qual se aplicam conhecimentos, capacidades, instrumentos e técnicas às actividades do projeto de forma a satisfazer as necessidades e expectativas dos diversos stakeholders que são indivíduos ativamente envolvidos no projeto ou cujo resultado do mesmo poderá afetá-los positivamente ou negativamente; Gerenciamento de projeto é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, de modo a garantir que seus objetivos sejam atingidos (PMI, 2008). De acordo com o PMI (2008), além dos fatores básicos de custo, tempo, escopo e qualidade, é necessário abordar no gerenciamento de projetos outros fatores ou áreas de conhecimento, igualmente importantes e relevantes, como recursos humanos, comunicação, riscos, aquisições e a integração desses fatores como um todo. Cabe ressaltar que ignorar ou negligenciar essas áreas de conhecimento poderá afetar negativamente o projeto, pois ele é um esforço integrado. Dentro da gestão de projetos, existem alguns processos de gerenciamento tradicionalmente reconhecidos como recomendáveis: Gerenciamento de integração — tem como objetivo envolver os processos necessários para garantir que os vários elementos do projeto sejam coordenados de forma apropriada, desde o início até o encerramento do projeto, envolvendo as negociações dos conflitos entre objetivos e alternativas concorrentes, afim de atingir ou exceder as necessidades e as expectativas dos interessados. Gerenciamento de escopo — Seu foco principal é na definição e controle do que está ou não considerado no projeto, tendo a segurança, que é realmente a necessidade do cliente, e qualquer mudança que venha a se realizar no escopo deverá ter o consentimento do cliente. Gerenciamento de tempo — envolve os processos requeridos para garantir que o projeto cumpra seu prazo contratual. Gerenciamento de custo — envolve os processos requeridos para garantir o término do projeto dentro do orçamento aprovado, desde a estimativa do custo total do projeto bem como o controle das despesas para cada atividade dentro do projeto. Gerenciamento da qualidade — é responsável por garantir que o projeto satisfaça às necessidades para as quais foi criado. Gerenciamento de recursos humanos — envolve os processos requeridos para tornar mais efetivo o uso das pessoas envolvidas no projeto, para isso tem como objetivo administrar a mão de obra humana, atribuir funções e responsabilidades, relações interpessoais e de equipe. Gerenciamento de comunicação — é responsável por assegurar, adequada e apropriadamente, a geração, coleta, disseminação, dissertação, armazenamento e disposição final de informação de projeto. Provê as ligações acerca de pessoas, ideias e informação necessárias para o sucesso do projeto. Todos os envolvidos no projeto devem estar preparados para enviar e receber as informações e os processos que envolvem essa gerência que consiste em: planejar da forma mais conveniente a disponibilizar as informações e comunicações necessárias para os evolvidos no projeto, relatando as informações de desempenho até o encerramento das fases do projeto. Gerenciamento de compras e aquisições — envolve os processos requeridos para adquirir bens e serviços externos à organização. Gerenciamento de risco — envolve os processos relacionados a identificação, análise e resposta aos riscos de projetos. Isso inclui maximizar os resultados de ocorrências positivas e minimizar as consequências de eventos adversos. Neste trabalho, focaremos no gerenciamento dos riscos, pelo entendimento de que melhorias nesse processo podem trazer ganhos substanciais à gestão dos projetos. 2.4 Riscos Risco é a probabilidade de que um fator de risco venha a assumir um valor que passa a prejudicar, total ou parcialmente as chances de sucesso de um projeto. Um fator de risco é qualquer evento que possa prejudicar total ou parcialmente, as chances de sucesso do projeto, isto é, as chances do projeto realizar o que foi proposto dentro do prazo e fluxo de caixa que foram estabelecidos. (ALENCAR E SCHMITZ, 2006) De acordo com o PMBOK (2004), ―o risco do projeto é um evento ou condição incerta que se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto, como tempo, custo, escopo ou qualidade‖. Pela definição do PMBOK, o risco pode ter impacto negativo ou positivo, mas muitos autores tratam essa possibilidade de riscos positivos como oportunidades. 2.5 Gerenciamento dos Riscos O gerenciamento de Riscos é um conjunto de técnicas usado para identificar, analisar e responder aos riscos do projeto cujo objetivo é neutralizar os eventos negativos ou minimizar suas consequências para o objetivo do projeto e se possível maximizar a probabilidade dos eventos positivos. Para VERZUH (2001),―toda gestão de projeto é um gerenciamento de risco‖, e ele alega ainda que, ― o gerenciamento dos riscos é o trabalho principal de uma gestão de projetos‖, baseado na visão em que as técnicas de gestão são também técnicas de prevenção de riscos. O gerenciamento de riscos trata, basicamente, de como as organizações trabalham no enfrentamento das incertezas que podem afetar negativamente seus projetos. Isso está bem claro na definição de Verzuh (2000, p. 109): ―O gerenciamento dos riscos é um meio pelo qual a incerteza é sistematicamente gerenciada para aumentar a probabilidade de cumprir projetos‖. Kerzner (2006), por sua vez, constrói seu conceito a partir da sistemática de trabalho que compõe o gerenciamento em si. Em suas palavras, ―o gerenciamento de riscos é uma forma organizada de identificar e medir os riscos e de desenvolver, selecionar e gerenciar as opções para seu controle‖. A importância do gerenciamento de riscos é exaltada pelos dois autores, sendo, inclusive, considerada por Verzuh (2000) o trabalho principal de uma Gestão de Projetos, dado que as técnicas de gerenciamento aplicadas às demais áreas de conhecimento reconhecidas pelo PMBOK são, na verdade, técnicas de gerenciar riscos de naturezas distintas (riscos de atrasos, de estouro de orçamento, de qualidade insuficiente, etc.). O PMBOK reconhece seis etapas a serem desenvolvidas no gerenciamento de riscos, quais sejam: planejamento do gerenciamento de riscos, identificação de riscos, análise qualitativa de riscos, análise quantitativa de riscos, planejamento de respostas a riscos e monitoramento de respostas a riscos. Verzuh (2000), por sua vez, simplifica a proposta do PMBOK e apresenta um modelo de gerenciamento de riscos composto por três etapas, identificar, desenvolver respostas e controlar. É interessante ressaltar aqui que, embora o autor não reconheça uma etapa analítica, as atividades de análise se encontram dispersas nas etapas de identificação e desenvolvimento de respostas. Já Prado (2006) não se preocupa em formalizar o gerenciamento de riscos em etapas, mas descreve ações que compõem o seu entendimento do processo de gerenciamento mais adequado. É possível perceber que a preocupação maior em relação ao assunto em Prado (2006) é apresentar ao leitor a prática de gerenciamento via uso de técnicas e ferramentas, de tal forma que as ações por ele descritas se concentram no que seriam as duas fases de análise do PMBOK, dado que essas exigem o uso de instrumentos gerenciais para sua aplicação. Assim, Prado (2006) reconhece as ações de mapeamento de fontes de risco, avaliação do impacto (qualificação e quantificação de riscos) e neutralização de riscos. No trabalho pretende-se entrar nos detalhes das etapas do gerenciamento dos riscos de acordo com cada metodologia, para que se discuta qual a melhor opção para o gerenciamento de riscos em projetos industriais. Figura2. As etapas do processo de gerenciamento de riscos Fonte: Adaptado do PMBOOK, Project Management Institute (2004) A gestão de risco estará presente ao longo de todo o projeto, desde o início até o encerramento do projeto, e os riscos irão evoluir de acordo com o projeto. Figura3. Ciclo de vida do projeto e da gestão de riscos Fonte: Adaptado do PMBOOK, Project Management Institute (2000) 3 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS Para os dados teóricos deste trabalho, foram feitas pesquisas bibliográficas e utilizado principalmente o conteúdo do PMBOOK, que é um guia para gerenciamento de projetos. Ele descreve normas, métodos, processos e fornece diretrizes e conceitos relacionados ao gerenciamento de projetos. Para conhecimento da empresa foram feitas pesquisas em sites externos e no site interno da própria (intranet). Para conhecimento sobre o projeto de aumento de capacidade de produção foi feito uma entrevista com o chefe do projeto, participações em reuniões sobre delimitação do projeto e canteiros para definição. Para começar a conhecer os riscos relativos a empresa e como eles são tratados foram feitas entrevistas com pessoas que trabalham com gestão de riscos no funcionamento diário da fábrica e com pessoas que trabalham com gestão de riscos em outros projetos, como projeto de um novo veículo. Com o objetivo de conhecer os riscos mais comuns e para a empresa e principalmente como eles são tratados hoje em dia. Para identificar os riscos do projeto foram realizados canteiros de dias inteiro com as pessoas chaves do projeto e realizados a primeira e mais conhecida técnica para identificação destes, o braimstorming, as pessoas foram listando todos os riscos que vinham a cabeça com base no que estava acontecendo no projeto, com base em experiências em projetos passados na empresa ou em empresas anteriores. Foram geradas várias discussões até que uma prévia da lista de riscos ficasse pronta. 4 OBSERVAÇÃO E RESULTADOS 4.1 Descrição da Empresa A fim de preservar os dados e informações a empresa estudada terá seu nome real aqui omitido, sendo tratada simplesmente por empresa. Este estudo foi realizado em uma empresa do setor automobilístico. A empresa pertence a uma multinacional e é um dois oito sites de produção que compõe o grupo. A empresa está sediada no Brasil a pouco mais de 10 anos e conta com mais de cinco mil colaboradores. Fisicamente ela é dividida em cinco prédios, o Administrativo, Utilidades, e os outros três: Montagem de Carroceria, Pintura e Montagem Final que são interligados e formam a linha de produção. Centro de Produção Administrativo Utilidades Figura 4. Estrutura da Empresa Fonte: Elaborado pelo autor Ferragem Pintura Montagem 4.2 Descrição do Projeto O projeto aumentará a capacidade de produção da fábrica em 40%, para isso além de aumentar a linha de produção, robotizar algumas partes para que fiquem mais rápidas, é preciso ampliar a parte de utilidades como: mais energia elétrica, maior estação de tratamento de água e dejetos, maior distribuição de fluidos (água potável, água gelada, água quente, gás) e ainda necessidade de aumento na estrutura para os novos funcionários que entrarão como ampliação do restaurante, dos vestiários, dos banheiros internos à linha de produção, ampliação do estacionamento de carros. E toda ampliação da estrutura para os novos funcionários deve ser com base em normas trabalhistas. Figura 5. Estrutura do Projeto Fonte: Elaborado pelo autor 4.3 Modelo de aplicação da identificação e monitoramento dos riscos O primeiro passo foi definir as etapas que seriam seguidas. E o resultado é mostrado na tabela a seguir: Tabela 1: Etapas para identificação e monitoramento dos riscos Fonte: Elaborado pelo autor Para identificação dos riscos foram feitos canteiros reunindo toda a equipe do projeto e utilizada a técnica de braimstorming, todos os integrantes deram suas ideias de quais seriam os riscos com relação ao novo projeto. Então foram relacionados riscos relativos a um único prédio e os riscos que são transversais. Depois de listados os riscos foi definida a planilha a seguir, como um padrão para monitoramento dos riscos e dos seus planos de ação. Figura6. Planilha para gerenciamento dos riscos Fonte: Elaborado pelo autor Os campos a serem preenchidos da planilha devem ser preenchidos da seguinte forma: Projeto: O risco se refere diretamente a qual projeto? Projeto de aumento de capacidade de fabricação ou algum outro projeto veículo que possa interferir no projeto de ampliação da fábrica? Zona Técnica: O risco é relativo a qual metier? Ferragem, Pintura, Montagem ou Infraestrutura? Domínio: É um risco de qualidade, custos, prazo ou técnico? Riscos: Descrição do risco Responsável: Quem é o responsável por tratar aquele risco ou quem é responsável por animar que aquele risco seja tratado? Cotação dos Riscos: Deve ser preenchido de acordo com a figura a seguir. Plano de ação: Quais são os planos de ação para excluir este risco ou minimizar suas consequências ou probabilidades de que aconteça? Comentários: Alguma informação extra, caso seja necessário. Prazo: Prazo para realização do plano de ação. Figura7. Matriz para classificação da criticidade do risco Fonte: Documentos padrões da empresa Depois de preenchida toda a planilha, foi definido que serão feitas reuniões para animação e atualização da mesma semanalmente. Importante dizer, que esta é uma planilha viva que sempre haverá modificações, com inclusões de novos riscos que surgiram ao longo do projeto e que serão identificados ao longo das reuniões. 4 CONCLUSÃO Com o primeiro canteiro realizado para identificação dos riscos, a equipe do projeto já entendeu a importância de identifica-los e monitorá-los e se mobilizou para tal. Com as reuniões semanais e com o seguimento da planilha será possível monitorálos, verificar se as ações estão sendo cumpridas, e principalmente se estão surgindo efeito sobre a minimização de cada um deles. REFERÊNCIAS COOPER, D.R. Métodos de Pesquisa em Administração. 7ª Ed. Bookman, p.640, 2003. GOOGLE DOCS – Disponível em HTTP://www.google.combr Acesso em 10/05/2011. KERZNER, Harold. Gestão de Projetos: As melhores Práticas. Tradução por Lene Belon Ribeiro 2. Ed.Porto Alegre: Bookman, 2006. 824p. LAKATOS, Marina. Técnicas de Pesquisa. 7 ed. Atlas São Paulo, 2009. 277p. MULCAHY, Rita. Preparatório para o Exame de PMP 1ª Edição RMC, EUA, 2009. 535p. PMBOK 2008. Conhecimento em gerenciamento de Projetos. 4ª Ediação, Project Management Institute, Inc. EUA, 2008. PMI. Sobre o PMI. Disponível em HTTP://www.pmi.org.br/. Acesso em 15/04/2011. VARGAS, Ricardo Viana. Manual Prático do Plano de Projeto: Aprenda a construir um plano de projetos passo a passo através de exemplos. 3. Ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2007. 226p. VERGARA, Sylvia. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 11. Ed.Atlas: São Paulo, 2009. 88p YIN, Robert. Estudo de Casos Planejamento e Métodos. Tradução por Ana Thorell 4 ed. Bookman São Paulo, 2010. 248p. ZUMA, Valéria. Métodos Quantitativas com Excel. 1ª Edição Cengage Leaning, São Paulo, 2008. 507p.