1 O SABER E O FAZER DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA ÚLCERA DE PRESSÃO LIMA, Márcia Valéria Rosa SILVA, Marcia Carmo Sales A úlcera de pressão representa uma ameaça para o indivíduo internado devido ao desconforto, prolongamento da doença, demora na reabilitação e alta, permitindo também a entrada de microrganismos infectantes. Durante muito tempo a enfermagem carregou a culpa pela ocorrência destas, sendo considerada como resultado de uma assistência precária. Atualmente, a equipe de saúde tem consciência da série de fatores que podem influenciar a resposta tecidual à pressão. A busca desses fatores deve ser uma preocupação de toda a equipe, tendo-se como meta a redução do risco do paciente para desenvolver a úlcera. O objeto dessa pesquisa é a assistência de enfermagem no prevenir e tratar o paciente portador de úlcera de pressão. O objetivo é descrever as práticas referentes à prevenção e ao tratamento citadas pêlos alunos dos 7° e 8° períodos do Curso de Graduação em Enfermagem em uma Universidade do Rio de Janeiro e analisá-las frente às evidências da Fundamentação Bibliográfica. Trata-se de pesquisa, cuja metodologia foi a pesquisa exploratória de caráter quanti-qualitativo, teve como sujeito da pesquisa cinqüenta acadêmicos, sendo 66% do 7° período e 34% do 8° período. Para coleta de dados foi construído um instrumento com treze questões fechadas e três abertas, buscando abranger o conhecimento sobre fisiologia da pele, fatores de prevenção, escala de risco, opções de tratamento relacionadas a úlcera de pressão. O instrumento de dados foi aplicado no período de junho de 2004 e a analise dos dados foram tabulados em dezessete gráficos. Os resultados obtidos reforçam a idéia de que há necessidade de reformulação no currículo acadêmico para que os futuros profissionais adquiram base científica para sua prática e possam exercer uma assistência de enfermagem com qualidade. Palavras chaves: Úlcera de pressão, qualidade, conhecimento. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 2 O SABER E O FAZER DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA ÚLCERA DE PRESSÃO LIMA, Márcia Valéria Rosa SILVA, Marcia Carmo Sales CAPÍTULO I – LINHAS DIRETIVAS DA PESQUISA 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A úlcera de pressão um dos principais exemplos de integridade da pele prejudicada, representa uma ameaça direta para o indivíduo, causando desconforto, prolongamento da doença, demora na reabilitação e alta. A úlcera dá origem a uma perda notável de proteínas orgânicas, fluidos eletrólitos, originando uma debilidade progressiva e podendo permitir, ao longo do tempo, a entrada de organismos infecciosos como Pseudomonas aeruginosos, Estreptococos, Estafilococos, Escherichi coli, localmente e sistematicamente. A mobilidade reduzida é uma das causas que contribui para o desenvolvimento de úlcera de pressão. Ela diminui a capacidade do paciente em aliviar a pressão devido a habilidade diminuída para mudar e controlar a posição do corpo, o que aumenta a probabilidade de que ele esteja exposto a prolongada e intensa pressão e, subseqüentemente, ao desenvolvimento da úlcera de pressão. Durante muito tempo a enfermagem carregou a culpa pela ocorrência da úlcera de pressão, sendo a mesma considerada como resultado de uma assistência de enfermagem precária. Hoje, a equipe de saúde tem consciência da série de fatores que podem influenciar a resposta tecidual à pressão. A busca desses fatores deve ser uma preocupação de toda equipe, tendo-se como meta a diminuição ou redução do risco do paciente para desenvolver a úlcera. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 3 Sendo assim, durante a graduação, o aluno precisa obter conhecimentos e ser exposto as experiências de cuidar de pessoas em risco ou com úlcera de pressão para adquirir a capacidade cognitiva para pensar em resolver problemas e capacidade relacionada a cuidar. A cada momento, novas terapêuticas, procedimentos e técnicas são descobertos. A terapia de enfermagem para o diagnóstico de integridade da pela prejudicada requer estudos e implementações devido a importância na prevenção das úlceras de pressão, tendo em vista o custo do tratamento e o desconforto do cliente. Portanto para a assistência de enfermagem qualificada é necessário o conhecimento sobre o prevenir através de nosso comprometimento com o próximo, que consiste em fazermos para aquele que necessite de nossos cuidados como se estivéssemos cuidando de nós mesmos. Devemos sempre ter em mente que, nós enfermeiros, somos terapeutas do cuidar. 1.2. JUSTIFICATIVA A úlcera de pressão é uma preocupação secular dos profissionais que prestam assistência à pacientes acamados, sendo sua prevenção e tratamento um desafio para equipe de enfermagem. Apresenta um problema para os indivíduos afetados, uma vez que lhes acarreta considerável desconforto e influência no aumento de dias de permanência no hospital, dificultando o seu retorno ao convívio familiar. Também induz muitas vezes a necessidade de tratamentos cirúrgicos e fisioterápicos, além de afetar sua auto-imagem e auto-estima dos pacientes levando-os a evidenciar problemas emocionais, psicossociais e econômicos. Prevenir a úlcera de pressão é dever dos profissionais de saúde, em especial da enfermagem. No entanto, para que isso aconteça, é preciso conhecimento atualizado para aplicação prática da prevenção, assim como tratamento adequado, visando evitar o problema. Caso ele ocorra é necessário fazer com que a cicatrização da ferida se processe no menor tempo possível poupando o paciente e a família. 1.3. RELEVÂNCIA Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 4 A enfermagem são dadas muitas oportunidades de assistência direta aos pacientes acamados, inclusive a de ajudá-lo na prevenção e tratamento de úlcera de pressão, sendo a escara um problema que se forma com muita facilidade principalmente no paciente acamado e tendo em vista a grande dificuldade na sua cura, o papel da enfermagem tornase mais importante na prevenção do que na cura. Cabe aos profissionais de enfermagem, que são aqueles que permanecem a maior parte do tempo ao lado do paciente, entre outras responsabilidades, a manutenção da integridade da pele, sendo necessário para isto, que se estabeleçam condutas que garantam a ausência ou que minimizem a ação dos fatores que contribuem para a alteração dessa integridade. Os graduandos de enfermagem, estarão prestando assistência de enfermagem a esses pacientes tanto na prevenção quanto no tratamento que vão requerer planejamento individualizado preciso e exigem dedicação, intenso preparo, especialização e atualização constante do profissional. Tanto nas questões teóricas e práticas como em relação aos avanços tecnológicos, para uma intervenção de enfermagem competente e eficaz. Cabe aos órgãos formadores garantir que os enfermeiros obtenham tais conhecimentos para essa prática, ainda da graduação. Porque o enfermeiro tem a responsabilidade legal de assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de dados decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Vivemos uma era em que o público exige cada vez mais que os profissionais sejam responsáveis pelos resultados de suas ações e, assim, o enfermeiro deve ter conhecimento e habilidades para o cuidar de forma eficiente e segura. 1.4. PROBLEMA Qual o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem dos 7° e 8° períodos da Universidade Gama Filho na prevenção e tratamento da úlcera de pressão? 1.5. OBJETIVO Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 5 Analisar as práticas referentes à prevenção e tratamento da úlcera de pressão citada pelos alunos dos 7° e 8° períodos do curso de graduação em enfermagem e discutilas frente às evidências da fundamentação bibliográfica. 1.6. REFERENCIAL METODOLÓGICO O problema foi estudado através de uma pesquisa exploratória que segundo Gil (2002). Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito. O delineamento adotado foi o levantamento, que segundo Gil (2002), as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer, basicamente procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas a cerca do problema estudado, para em seguida, mediante análise quanti-qualitativa obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. O universo da pesquisa foi uma Universidade do Rio de Janeiro no período de maio a junho de 2004. O sujeito da pesquisa foram os acadêmicos de enfermagem dos 7° e 8° períodos. Os protocolos para coleta de dados envolveram: • Contato com a Direção de Departamento de Enfermagem solicitando autorização para coleta de dados; • Contato com o sujeito esclarecendo sobre a pesquisa e pedindo para assinar termo de reconhecimento segundo a resolução 196 (Normatização da pesquisa com seres humanos) Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 6 Para coleta de dados foi utilizado o modelo de questionário com treze questões fechadas e três questões abertas em que o aluno manteve o anonimato. Os dados coletados foram tabulados em dezessete gráficos. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 7 CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA 2.1. AUTONOMIA DA ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS Para uma assistência de enfermagem eficaz, com o paciente com úlcera de pressão ou risco para úlcera de pressão é necessário que se tenha conhecimento do conceito de úlcera de pressão, das causas, das localizações comuns, saber avaliar, conhecer as prevenções de intervenções precoces, conhecer a fisiologia da pele, os cuidados necessários com a pele, classificar as úlceras por estágio os tipos de tratamentos e outros. Sampaio, Silva, Martinelli e Santos (2003), ressalta que o COFEN 240/2000 – Capitulo l Artigo 1° diz que "A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser humano e da coletividade. Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e reabilitação das pessoas, respeitando os preceitos éticos e legais e a mesma lei Capitulo 1 Artigo 6° diz que "O profissional de enfermagem exerce a profissão com autonomia, respeitando os preceitos legais da enfermagem.". Logo, tudo o que se refere à promoção, proteção ou recuperação da saúde ou reabilitação de pessoas é função do enfermeiro. Se a prescrição da utilização de colchões piramidais ou hidratante para a pele protegerá o cliente de desenvolver lesões de pele, a prescrição é função do enfermeiro, principalmente porque se o cliente desenvolver úlcera de pressão, será responsabilidade da enfermagem, que poderá ter que prestar "contas" tanto ao paciente como à instituição, correndo o risco de ter de responder judicialmente pela falta cometida. Essa mesma lei se aplica quando falamos da prescrição de coberturas especificas para o tratamento de feridas. Acompanhado o histórico do tratamento de feridas observamos o despontar da enfermagem, participando de forma direta e ativa, tanto nos processos de prevenção como de tratamento. Os enfermeiros têm se destacado na pesquisa clinica e no desenvolvimento de novas alternativas de intervenção de enfermagem ao paciente portador ou com risco de desenvolver lesões. A educação dos profissionais, relacionados à área de tratamento de feridas, tem sido realizadas por enfermeiros. Outro campo de atuação direta do enfermeiro é a avaliação e conduta no tratamento de feridas junto à equipe interdisciplinar. É o enfermeiro quem realiza o curativo e avalia o paciente todos os dias, portanto Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 8 o tratamento de lesões não se limita à prescrição de curativos do posto de enfermagem, sem avaliação criteriosa da ferida. Na verdade a Lei do COFEN 7498/ 11-1 descreve a atuação do enfermeiro, principalmente quando falamos de tratamento de feridas: "É função do enfermeiro realizar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base cientifica e capacidade de tomar decisões imediatas." Na avaliação diária do paciente, cabe ao enfermeiro a inspeção e descrição individualizada dos locais críticos e dos demais fatores de risco para desenvolver úlceras de pressão, registrando os aspectos importantes da lesão, monitorando e documentando as intervenções e os resultados obtidos. O enfermeiro tem perdido espaço no seu campo de atuação e delegado muitas de suas funções a auxiliares e técnicos de enfermagem, detendo-se a funções administrativas. A Lei do COFEN é clara na descrição das funções do enfermeiro, porém a realidade em muitas instituições é outra, muitas vezes contratam o enfermeiro para coordenar o trabalho da equipe de enfermagem, ficando este muito distante da assistência, onde a enfermeira ocupa-se na maior parte do tempo com as funções burocráticas, afastando-se da assistência direta ao paciente. 2.2. FISIOLOGIA DA PELE A manutenção da integridade da pele é um processo complexo porque numerosos fatores influenciam a sua habilidade para prover adequadamente as suas funções. O conhecimento básico sobre a estrutura e função da pele dá a enfermagem a capacidade para distinguir, baseados em dados coletados através de entrevista e avaliação do paciente, cada tipo de dano à pele, e a partir daí, iniciar a prevenção e o tratamento apropriado. Conforme Kawamoto (2003) a pele e seus anexos desempenham varias funções, tais como: Recobrir a superfície do corpo como um envoltório protetor c dessa forma participar do equilíbrio térmico através da sua rede de capilares e da excreção do suor, evitar a perda excessiva de água e eletrólitos dos tecidos, proteger o organismo contra as Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 9 agressões térmicas e a penetração de microorganismos; Ser responsável pela sensibilidade superficial do corpo através das terminações e corpúsculos nervosos; Eliminar substâncias tóxicas e residuais através das glândulas sudoríparas e sebáceas; Armazenar gordura e outros componentes do metabolismo. A pele recobre a superfície do corpo e a nível das cavidades passa a denominar-se mucosa. Possui três camadas: externa (epiderme), média (derme) e interna (hipoderme ou subcutâneo). A epiderme constituída por tecido epitelial, em cuja camada inferior localiza-se a camada germinativa ou basal que é responsável pela renovação das células epiteliais. As células novas provindas da camada inferior vão amadurecendo e sendo empurradas para a camada superior pelas outras células novas; dessa forma, a camada superior se renova constantemente. Nos locais de ação mecânica acentuada, a epiderme é protegida pela queratina (proteína que contém enxofre). A queratinização torna a epiderme mais resistente, impermeável e grossa, sendo encontrada na sola do pé. É também na camada inferior que se localiza a melanina, pigmento responsável pela coloração da pele; encontrada em maior quantidade na raça negra. A derme é formada por tecido conjuntivo, mantém a pele sob constante tensão elástica, promove a união da "epiderme com a derme, prendendo a camada germinativa epitelial nos espaços intermediários das suas papilas, nutre a epiderme através de sua rede de capilares, possui terminações nervosas táteis, promove a defesa contra os agentes nocivos que venceram a barreira da epiderme. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 10 Hipoderme ou subcutâneo considera-se a hipoderme uma continuação da derme; é formada por tecido conjuntivo frouxo, vasos sangüíneos e linfáticos, nervos e tecido adiposo. o tecido adiposo distribui-se por toda a superfície do corpo, variando de acordo com a idade, sexo, estado nutricional e taxa de hormônio. Funciona como uma reserva calórica para o organismo e de proteção contra as ações mecânicas e o frio. A vascularização é maior do que na derme e a rede de capilares sangüíneos nutre as células da pele, participa na regulagem da circulação sangüínea e no equilíbrio térmico. Os pêlos apresentam uma função protetora e recobrem grande parte da pele; sua coloração varia de acordo com a quantidade de pigmento existente. A raiz do pêlo aloja-se em um tubo situado na derme ou na hipoderme, denominado folículo piloso, e possui uma camada germinativa responsável pela seu crescimento. Entre a superfície da pele e o folículo piloso encontra-se o músculo eretor do pêlo, cuja contração provoca a ereção do pêlo ("pele arrepiada"). As glândulas sebáceas localizam-se na derme, formam-se junto aos pêlos e secretam gorduras, cujas funções são proteger a superfície da pele e manter a oleosidade e a elasticidade dos pêlos e da pele. Geralmente, as gorduras são drenadas para o folículo piloso. As glândulas sudoríparas localizam-se na derme ou na hipoderme, encontrando-se em toda a superfície do corpo. Secretam o suor, que é um líquido composto por água, sais minerais, substâncias tóxicas etc. O suor é drenado da glândula sudorípara para a pele através de um ducto que se abre como poro. A quantidade de suor a ser eliminada irá depender das necessidades do organismo para manter o equilíbrio térmico através da evaporação da água, regular o metabolismo hídrico e inorgânico, proteger a pele contra as agressões microbianas, em conjunto com as gorduras secretadas pelas glândulas sebáceas. 2.3. CARACTERÍSTICA DA ÚLCERA DE PRESSÃO Segundo Hess (2002), as úlceras de pressão são lesões com bordas arredondadas ou irregulares, exsudato de mínima abundante. Apresenta variações na espessura e no tipo Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 11 de tecido, dependendo do tratamento e da gravidade da lesão. Em geral, as feridas com menor comprometimento das camadas da pele são dolorosas, mas comumente não há dor nas feridas onde há comprometimento de todas as camadas. 2.4. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PARA PACIENTE COM ÚLCERA DE PRESSÃO Conforme Brunner (2002) o diagnóstico de enfermagem para paciente com risco ou com úlcera de pressão são: risco para integridade da pele prejudicada e integridade da pele prejudicada (relacionado à imobilidade, percepção sensorial diminuída, perfusão tissular diminuída, estado nutricional diminuído, forças de atrito e tração, umidade aumentada ou idade avançada). 2.5. CAUSAS QUE LEVAM A ÚLCERA DE PRESSÃO Segundo Taylor (2000) ao avaliar um paciente com integridade da pela prejudicada devemos observar a idade, exame físico, condições da pele, condições psicossociais, grau de mobilidade, estado mental, evidência de incontinência, alterações recentes dos farmacos prescritos. Observar os fatores de riscos externos (ambientais), incluindo-se pressão, atrito, forças de cisalhamento, contenções. imobilização física, confinamento ao leito ou à cadeira. excreções e secreções, umidade, hipotermia ou hipertermia e fatores internos (somáticos). incluindo-se alteração do estado nutricional (caquexia ou debilitação), redução do nível sérico de albumina, desidratação. dependência dos demais para os cuidados pessoais, laceração da pele, incontinência urinaria ou fecal, estado cornatoso, paralisia, proeminências ósseas, redução da circulação, obesidade, infeção localizada nas áreas que sustentam pressão, perda de tecidos subcutâneos ou de massa rnuscular, alteração do estado metabólico ou deficiência de vitaminas Segundo Brunner (2002), os pacientes confinados no leito por longos períodos. aqueles com disfunção motora ou sensorial e os que vivenciam atrofia muscular e redução do acolchoamento entre a pele sobreposta e o osso subjacente estão propensos às úlceras de pressão. As úlceras de pressão estão localizadas em áreas de tecido mole enfartado que surgem quando a pressão aplicada à pele sobre um período de tempo é maior do que a Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 12 pressão de fechamento capilar normal. que é em tomo de 32 mm Hg. Os pacientes criticamente doentes têm menor pressão de fechamento capilar e apresentam maior risco para úlceras de pressão. O sinal inicial de pressão é o eritema (vermelhidão da pele) devido à hiperemia reativa. Normalmente. a hiperemia reativa regride em menos de 1 hora. A pressão não aliviada resulta em isquemia tissular ou anóxia. Os tecidos cutâneos são rompidos ou destruídos, levados a uma destruição progressiva e à necrose do tecido mole subjacente. A úlcera de pressão resultante é dolorosa e de cicatrização lenta. Conforme Lueckenotte (2002) as úlceras de decúbito são um problema clínico comum da população idosa. A causa principal é a pressão crônica não aliviada, resultando em isquemia do tecido e, finalmente, necrose. Nos idosos, a pele tem diminuída a espessura epidérmica, o colágeno dérmico e a elasticidade tissular. A pele é mais seca como resultado da diminuição da atividade das glândulas sebáceas e do suor. As alterações cardiovasculares resultam numa perfusão tissular diminuída. Os músculos atrofiam-se e as estruturas ósseas tomam-se proeminentes. A diminuição da percepção sensorial e a reduzida habilidade para se reposicionar contribuem para uma pressão prolongada sobre a pele. Assim, o idoso é mais susceptível às úlceras de pressão. Brunner (2002) 2.6. MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA ÚLCERAS DE PRESSÃO Conforme Fortes (2001) para prevenção de úlceras de pressão e deformidades o apoio adequado e mudança freqüente de posição facilitam o repouso, pois proporcionam relaxamento alternado dos diversos grupos de músculos do organismo. Para manter um alinhamento correto do corpo e diminuir a fadiga muscular, são necessários cama e colchão adequados. além de dispositivos como almofadas ou travesseiros. suporte para os pés, sacos de areia, rolos de pano etc. Atualmente, existem camas que permitem ajustes diversos em relação à altura, ângulos, inclinações e movimentos ritmados e colchões modernos que amortecem a pressão exercida nas protuberâncias ósseas. O pé eqüino pode ser evitado colocando-se um calço, de maneira que a planta dos pés do paciente se apoie de encontro a ele. A rotação externa da perna pode ser evitada com o uso de sacos de areia flexíveis que se amoldam aos seus contornos, ou, na falta destes, rolos improvisados com Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 13 lençóis, toalhas e fronhas. Pacientes inconscientes ou que apresentam paralisia podem ter a necessidade de posicionar corretamente os dedos, em postura de apreensão, favorecida por rolinhos feitos de panos ou esponja. São necessárias mudanças de decúbito, exercício ativo e passivo, desde que não haja contra-indicação e massagem de conforto. Conforme Paranhos (2003), deverá ser utilizada escala de avaliação de risco para desenvolvimento de úlcera de pressão, que são: A escala de Norton, elaborada em 1962 por Norton e cols., abrange cinco parâmetros: condições físicas, condições mentais, atividade, mobilidade e incontinência. Cada um destes parâmetros é descrito através de uma ou duas palavras e medido através de escores que variam de l a 4, podendo totalizar de 5 a 20. O escore crítico é 14 ou 12 e indica alto risco para formação de UP. Os autores verificaram uma relação linear entre seus escores e a incidência de UP. Quanto à escala de Gosnell, trata-se daquela elaborada por Norton, revista e modificada por Gosnell, que utiliza quatro das cinco subescalas de Norton e adiciona itens relativos à avaliação da integridade da pele, quais sejam, aparência e tonalidade da pele e sensibilidade. Além disso, a autora inclui todas as medicações utilizadas pelo paciente. Os parâmetros relativos à avaliação da pele não são relatados numericamente e sim descritos por algumas palavras. Outra escala existente, porém pouco menos conhecida é a de Waterlow que funciona como um guia para avaliação de pacientes com risco para o desenvolvimento de UP, além de condutas preventivas e terapêuticas que estes poderiam vir a necessitar. A escala foi idealizada para ser de fácil uso, através de grades que a enfermagem utilizaria depois de responder a um questionário. É a avaliação mais utilizada no Reino Unido e classifica os pacientes em: em risco (at rísk), alto risco (high risk) e risco muito alto (very high m). A escala de Braden foi desenvolvida por Bergstrom e Braden como estratégia para diminuir a incidência de UP no serviço onde trabalhavam. É composta de seis subescalas: percepção sensorial, unidade da pele. atividade, mobilidade, estado nutricional. fricção e Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 14 cisalhamento. Todas elas são pontuadas de l a 4, com exceção de ficção e cisalhamento cuja medida varia de l a 3. Os escores totais têm variação de 6 a 23, correspondendo os mais altos a um bom funcionamento dos parâmetros avaliados e, portanto, a um baixo risco para formação de UP. Já, os baixos escores indicam mal funcionamento dos parâmetros avaliados e alto rasco para ocorrência dessas lesões. Escores equivalentes ou abaixo de 16 são genericamente identificados como críticos, ou seja. indicativas de risco para UP. 2.7. LOCALIZAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO Segundo Paranhos (2003), algumas saliências ósseas são mais vulneráreis do que outras, e para preveni-las é importante considerarmos a clínica. A tolerância da pressão e a isquemia são drasticamente modificadas quando há lesão vascular prévia. A maioria das úlceras de pressão ocorrem como resultado de um período de pressão mantida, possivelmente ocorrem em locais que já foram submetidos a longos períodos de isquemia e portanto ficam mais suscetíveis. As úlceras de pressão podem desenvolver-se em proeminências ósseas e ocorrem com maior freqüência nas regiões: sacra, coccíegea, tuberosidade esquial, trocanteriana, escapular, occipital e maléolos laterais. A maioria das úlceras ocorre na metade inferior do corpo e dois terços ocorrem na cintura pélvica. 2.8. CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO Segundo Hess (2002), o sistema de estadiamento é compatível com as recomendações do NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel) Estágio 1 - Uma úlcera de pressão em estágio 1 é uma alteração observável relacionada com pressão na pele íntegra, cujos indicadores comparativos à área adjacente ou oposta do corpo podem incluir mudanças em um ou mais das seguintes condições: temperatura da pele (aquecimento ou resfriamento), consistência tecidual (sensação de firmeza ou de amolecimento) e/ou sensibilidade (dor, prurido). A úlcera manifesta-se como uma área definida de hiperemia persistente na pele pouco pigmentada, ao passo que, em peles mais escuras, a úlcera pode manifestar-se como tonalidades persistentes de vermelho, Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 15 azul ou púrpuras. Estágio 2 - Perda cutânea de espessura parcial envolvendo epiderme ou derme. A úlcera é superficial e manifesta-se clinicamente por abrasão, bolha ou cratera rasa. Estágio 3 - Perda cutânea de espessura total envolvendo lesão ou necrose do tecido subcutâneo, que se pode estender até a fase subjacente, sem atravessá-la. A úlcera manifesta-se clinicamente como uma cratera profunda, com ou sem comprometimento subjacente do tecido adjacente. Estágio 4 - Perda cutânea de espessura total com destruição extensa, necrose tecidual ou lesão muscular, óssea ou das estruturas de suporte (p. ex., tendão ou cápsula articular). A formação de túneis ou de tratos fistulosos também pode estar associada a úlceras de pressão em estágio 4. 2.9. O TRATAMENTO DA ÚLCERA DE PRESSÃO O tratamento de uma úlcera de pressão não é tão simples. Mais uma vez, requer comprometimento do profissional. Comprometimento este com a ética e com a procura constante de novas técnicas a serem implementadas na realização dos curativos. O tratamento objetiva a cura, e esta está intimamente ligado ao processo de cicatrização, que tem, dentre os fatores pré-disponentes, a vascularização. O tratamento, segundo Vivó Gisbert (2000), deve ajudar a proporcionar a cura através de um processo natural, de forma que a granulação e epitelização se dêem em suas velocidades ótimas. O curativo ideal deve cumprir os seguintes requisitos: oferecer proteção mecânica; Manter ambiente úmido; Facilitar a eliminação de exsudado e fluido necrótico; Favorecer a cicatrização; Atuar como barreira frente aos microorganismos; Permitir troca gasosa; Não ser tóxico, alérgico, nem sensibilizante; Não deixar partículas estranhas na ferida; Desprender-se facilmente. Não existe, segundo Vivó Gisbert , um único curativo apropriado para todas as úlceras. É importante que se conheça a característica tanto das úlceras como dos distintos Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 16 curativos, para eleger corretamente o mais apropriado. A renovação da técnica de curativo substituindo àquele tradicional por curativos transparentes, hidrocalóides, hidrogel, esponjas, carvão ativado e que proporcionem um ambiente oclusivo e úmido. Para Andrade (1996:p 172) “estes auxiliam no processo de cicatrização e maior período entre as trocas dos curativos, não sendo feitas diariamente. Há síntese de colágeno e formação de tecido de granulação, migração celular e recomposição epitelial com maior rapidez. Ressalta a importância do curativo oclusivo, que tem como um dos objetivos manter a temperatura corporal da ferida, permitindo a fagocitose, mitose, oferecendo assim maior velocidade de cicatrização. O ambiente úmido na superfície da ferida facilita a migração celular, o que também permite uma cicatrização mais rápida”. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 17 CAPÍTULO III – REALIDADE ENCONTRADA 3.1. ANÁLISE DOS DADOS COLHIDOS Gráfico I – Referente aos períodos dos acadêmicos que participaram da coleta de dados 7° Período 34,00% 8° Período 66,00% Observei que 66,00% eram acadêmicos do 7° períodos e 34,00% eram acadêmicos do 8° período, esta diferença de proporção se deve a ausência dos alunos do 8° período em função de estágios fora do Campus da Universidade. Gráfico II – Referente às disciplinas nas quais os acadêmicos referiram ter tido conhecimento teórico ou prático sobre úlcera de pressão 3,70% 24,07% 0,93% 2,78% Saúde do adulto I 43,52% Saúde do adulto II Semiologia e semiotécnica Saúde pública Gerencial I 25,00% Eletiva de dermatologia Observei através do gráfico que a maior parte do conhecimento teórico e prático, ocorreu na disciplina Saúde do adulto I, Saúde do adulto II e Semiologia e Semiotécnica. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 18 Este fato se explica pela própria natureza dessas disciplinas, as quais tem sua parte prática implementada em hospitais, com assistência direta ao cliente, o que não ocorre nas outras disciplinas citadas. Gráfico III – Referente à de assistência prestada a pacientes com úlcera de pressão 16,00% Sim Não 84,00% Apenas 16,00% não tiveram experiência com pacientes com úlcera de pressão e 84,00% prestaram assistência, o que facilitou na obtenção do objetivo deste trabalho. Os gráficos a seguir referem-se aos conhecimentos necessários sobre fisiologia da pele para assistência ao paciente com úlcera de pressão. Gráfico IV-1 – Referente ao conhecimento dos acadêmicos sobre as fases de cicatrização 12,00% 50,00% Respostas Certas Respostas erradas Não responderam 38,00% Segundo Meneghin e Vattimo (2003), quando a integridade do tecido cutaneomucoso sofre solução de continuidade, resultando em uma lesão, imediatamente é iniciado o processo de cicatrização. A cicatrização, portanto, é a cura de uma ferida por Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 19 reparação ou regeneração dos tecidos afetados evoluindo em fases distintas. Não havendo qualquer obstáculo ou impedimento, este processo segue uma seqüência cronológica específica que pode ser didaticamente esquematizada em três grandes fases. A primeira é a fase inflamatória, também chamada de fase exsudativa. reativa ou defensiva, seguida pela fase proliferativa, conhecida por outras denominações como fase de regeneração, reconstrutiva ou fibroblástica. A última é a fase reparadora, denominada, também, maturação ou de remodelação tecidual. Gráfico IV-2 – Referente ao conhecimento dos acadêmicos sobre as camadas da pele 22,00% 52,00% Respostas Certas Respostas erradas Não responderam 26,00% Segundo Kawamoto (2003), a pele possui três camadas: externa (epiderme), média (derme) e interna (hipoderme ou subcutâneo). Conforme os gráficos IV-1 e IV-2 observamos que sobre as fases da cicatrização apenas 12,00% dos acadêmicos tinham conhecimento e na questão referente a camada da pele obtivemos 52,00% de respostas certas, chegando a conclusão que os conhecimentos desses acadêmicos não são suficientes para intervirem em pacientes com diagnóstico de integridade da pele prejudicada. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 20 Gráfico V – Referente aos fatores que retardam a cicatrização da ferida 6,59% 1,10% 8,79% 6,59% 2,20% 14,29% 8,79% 1,10% 1,10% 1,10% 14,29% 2,20% 29,67% Curativo com técnicas inadequadas Umidade Perfusão inadequada Cuidados com a pele Infecção Não observação Não responderam 2,20% Patologia associada Condições da pele Higiene corporal Suporte nutricional Número de troca de curativos Fricção e pressão Resposta inadequada Para identificar os fatores que retardam ou impedem a cicatrização da ferida é necessário proceder a avaliação sistêmica da lesão e de seu portador permitindo identificar as alterações ou situações que prejudiquem o processo cicatricial. Segundo Maneghin e Vattimo (2003), são pressão contínua, manter a lesão em ambiente seco, fluxo sanguíneo interrompido por edema que interferem na oxigenação e nutrição dos tecidos em formação, fatores nutricional, presença de infecção, tecidos desvitalizados ou necróticos, idade, doenças concomitantes, drogas sistêmicas e drogas imunossupressoras, todos são fatores que interferem na cicatrização. Foi observado através do gráfico que os acadêmicos possuem conhecimentos a respeito dos fatores externos que retardam a cicatrização, mas o entendimento da fisiologia da cicatrização foram citados apenas quatro fatores, sendo o fator nutricional citado por Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 21 29,67%, perfusão inadequada 8,79%, infecção 2,20%, doenças concomitantes 6,59% e 23,80% não responderam ou apresentaram respostas inadequadas. Analisando esses dados o acadêmico não possui entendimento da fisiologia da cicatrização e de todas as etapas do processo de reparo tissular e sem esse entendimento é improvável que o enfermeiro faça um diagnóstico e selecione a cobertura mais adequada para o tratamento da lesão. Gráfico VI – Referente ao conhecimento dos acadêmicos sobre as características da úlcera de pressão que vão diferenciá-la das outras úlceras 6,00% 34,00% Respostas Certas Respostas erradas Não responderam 60,00% Segundo Hess (2002), são lesões com bordas arredondadas ou irregulares: exsudato de mínimo a abundante. Apresenta variações na espessura e no tipo de tecido, dependendo do tamanho e da gravidade da lesão. Em geral, as feridas com menor comprometimento das camadas da pele são dolorosas, mas comumente não há dor nas feridas onde há comprometimento de todas as camadas. Observei que os acadêmicos possuem conhecimento parcial das características necessárias para identificar a úlcera de pressão, pois 60% responderam corretamente. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 22 Gráfico VII – Referente aos conhecimentos dos acadêmicos sobre os fatores que contribuem para as úlceras de pressão 10,00% Imobilidade 15,29% Idade avançada 17,06% 17,06% Fricção Pressão Umidade 24,12% 16,47% Gesso e contenção Conforme Brunner (2002), os fatores que contribuem são a imobilidade, o comprometimento da percepção sensorial ou da cognição, a diminuição da perfusão tissular, o estado nutricional diminuído, o atrito e o tracionamento, a umidade aumentada, idade, aplicação de gesso e contenção. Através do gráfico pude observar que com relação aos fatores causadores das úlceras de pressão, os acadêmicos têm um conhecimento parcial sobre o assunto. Gráfico VIII – Referente aos conhecimentos dos acadêmicos da escala utilizada para identificação de pacientes com risco para úlcera de pressão 18,95% Apgar 16,99% 18,95% Norton Glasgow Addret e Kroulik Não responderam 26,80% 18,30% Segundo Hess (2002), as medidas preventivas podem ser implementada pelo enfermeiro, a partir da avaliação do potencial de risco do paciente, como a utilização das Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 23 Escalas de Norton, Waterlow e Braden, para melhorar o diagnóstico obtido pelo raciocínio clínico. Nesse estudo observou-se que apenas 18,95% tinham conhecimento da Escala de Norton e 81,04% não possuem nenhum conhecimento da Escalas acima citadas, o que vai interferir na elaboração de um programa de prevenção e intervenção precoce personalizado para cada paciente de risco. Gráfico IX – Referente aos conhecimentos dos acadêmicos na prevenção da úlcera de pressão. 10,61% 16,08% 11,90% 8,04% 13,18% 13,50% 11,90% 10,29% 4,50% Mudança de decúbito Uso de luva d'água Lençóis limpos e esticados Uso de roda d'água Massagem corporal Higiene corporal Cuidados com a pele Suporte nutricional Educação dos familiares Conforme Brunner (2002), são medidas para prevenção da úlcera de pressão: aliviar a pressão através de mudanças de decúbito freqüentes, em intervalos de 1 a 2 horas, a orientação dos membros da família sobre o posicionamento e a mudança de decúbito são importantes, uso de dispositivo para alivio da pressão, exercícios ativos e passivos, melhorar a percepção sensorial, melhorar a perfusão tissular, melhorar o estado nutricional, reduzir o atrito e a tração, minimizar a umidade através da higiene corporal e cuidado com a pele, a massagem das áreas eritematosas é evitada em razão a danos nos capilares e nos tecidos profundos, a roda d’água é contra indicada porque ocasiona um aumento da pressão nos tecidos ao redor das proeminências ósseas, já a eficácia da luva d’água, na região dos Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 24 calcanhos, não tem comprovação científicas e os lençóis limpos e esticados evitam a fricção. Foi observado que 22,83% fariam uso de medidas não apropriadas e que 77,17% têm conhecimento sobre as medidas corretas para prevenção. Os gráficos a seguir referem-se aos conhecimentos dos acadêmicos sobre o tipo de curativo ideal para úlcera de pressão. Gráfico X - 1 – Referente ao tipo de curativo 10,00% 16,00% Seco Úmido Não responderam 74,00% Conforme Meneghin e Vattimo (2003), as feridas mantidas em ambiente úmido cicatrizam de três a cinco vezes mais rapidamente e com menos dor que as lesões submetidas a um ambiente seco. Manter seco o leito da ferida provoca dor devido à exposição dos terminais nervosos, ocorre ressecamento e morte celular. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 25 Gráfico X - 2 – Referente a opção pelo curativo úmido Facilitar a cicatrização 7,41% 22,22% 38,89% 12,96% Facilitar proliferação celular Facilitar granulação do tecido Evitar formação de crostas Facilitar a oxigenação Não responderam 14,81% 1,85% 1,85% Respostas não consideradas Segundo Meneghin e Vattimo (2003), quando a lesão é mantida em ambiente úmido por meio de coberturas adequadas, há um aumento da migração celular favorecendo a epitelização. Foi observado que 74% têm conhecimento sobre o curativo correto e que 26% não possuem esse conhecimento, porém apenas 53,69% souberam explicar porque o curativo úmido traz benefícios para cicatrização e que 46,36% não têm esse conhecimento. Chegando a conclusão que o conhecimento em relação ao curativo correto e os objetivos não estão bem claro para esses acadêmicos. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 26 Gráfico XI – Referente aos conhecimentos dos acadêmicos das substâncias utilizadas na limpeza da úlcera de pressão 1,10% 17,58% 54,95% 10,99% 2,20% 8,79% Água oxigenada Água e sabão Clorexidina PVP-I tópico PVP-I degermante Soro fisiológico 4,40% Álcool 70% Segundo Yamada (2003), o processo é de fundamental importância para reparação tecidual. A reparação não poderá evoluir de modo adequado, enquanto todos os agentes inflamatórios não forem removidos do leito da ferida. É contra-indicado o uso de sabão e soluções de PVP-I, Clorexidina, Álcool 70% e Água oxigenada por causarem reações químicas citotóxicas nos tecidos, principalmente nos fibroblastos dificultando o processo de cicatrização. O soro fisiológico possui a mesma osmoralidade do sangue e pode ser utilizado para limpeza por ser inócuo. É o único agente considerado totalmente seguro. Conforme o gráfico foi observado que 54,95% optaram pelo Soro fisiológico e que 45,05% optaram por soluções citotóxicas para os fibroblastos e contribuindo para destruição dos tecidos de granulação, sendo necessário que esse acadêmicos busquem maior conhecimento científico em relação as substâncias certas para realização dessa limpeza e com isso não dificultarem essa cicatrização com a utilização de substâncias não adequadas. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 27 Gráfico XII – Referente aos conhecimentos dos acadêmicos das substâncias utilizadas no tratamento de úlcera de pressão 6,96% 1,74% 4,35% 1,74% 0,87% 33,91% 3,48% 11,30% 1,74% 12,17% 21,74% Fribase Nebacetim Sulfadiazina de prata Leite de magnésio Açúcar Rifocina Garamicina PVP-I tópico Violeta de genciana Tintura de benjoin Papaina Segundo Yamada (2003), o PVP-I tópico (6,96%) não deve ser utilizado no tratamento de feridas, pois tem propriedades anti-bacterianas mas inibem a cicatrização por destruírem as estruturas celulares, a Papaína (1,74%) constitue um excelente agente de limpeza não somente para o debridamento, mas também para limpeza tanto de feridas infectadas quanto limpas, sem interferir no tecido viável, o Açúcar (11,30%) é utilizado em feridas infectadas com grande exsudação, sujas e com mau odor, tem sido investigado a sua eficácia relacionada a manutenção do ambiente úmido e a absorção do excesso de umidade pelo ambiente hipertônico, e tudo indica que estabelece um meio favorável para o crescimento bacteriano, porém, é pouco utilizado devido a troca do curativo ter que ser feita criteriosamente de 6 em 6 horas ou de 8 em 8 horas e por atrair vetores, o Leite de magnésio (1,74%) é contra-indicado por favorecer o ressecamento da lesão, criando um ambiente oposto ao úmido, ideal para cicatrização, a Violeta de genciana (1,74%) é liberada para ser usada em pele integra como marcador e revelou-se carcinogênica quando utilizada em membranas mucosas e em feridas abertas, a Tintura de benjoin (4,35%) serve como película protetora não utilizada para o tratamento de feridas, a Sulfadiazina de prata (21,74%) é mais utilizada em tratamento de queimados, muitos acadêmicos citaram o uso Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 28 de antibióticos tópicos, o uso de tais medicamentos deve ser restrito a feridas com infecção, desde que prescrito pelo médico, após a identificação do microrganismo presente. Observamos através do gráfico que os acadêmicos têm um conhecimento restrito das substâncias. Gráfico XIII – Referente à utilização das coberturas na úlcera de pressão pelos acadêmicos em sua prática Ácidos graxos Carvão ativado 7,14% 20,33% 11,54% Alginato de cálcio Espuma esponja Hidrocolóide Hidrogel 18,68% 14,29% 17,58% 4,40% 6,04% Curativo permeável Membrana transparente Conforme Bajay, Jorge e Dantas (2003), os ácidos graxos essenciais são indicados na prevenção e tratamento da úlcera de pressão, por promover a quimiotaxia, a angiogênese, mantendo o meio úmido e acelerando o processo de granulação tecidual; o Carvão ativado é um curativo estéril composto de carvão e prata, indicado principalmente para lesões infectadas e com odor fétido devido ao alto poder de filtração de odores pelo carvão e a prata exercer função bactericida tópica; o Alginato de cálcio é indicado especialmente para feridas cavitárias altamente exsudativa, sangrante com ou sem infecção, devido ao seu elevado poder de absorção e eficiente estímulo à granulação tecidual; esponja/espuma é indicado em feridas com grande exsudação e cavitárias e contra-indicado em feridas com tecido necrosado e com pouca exsudação; Hidrocolóides (placa) tem a finalidade de tratar feridas limpas e prevenção da úlcera de pressão, por estimular a angiogênese e o debridamento autolítico e estimular o processo de granulação tecidual, é contra-indicado em feridas infectadas e com tecido desvitalizado; Hidrogel é Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 29 usado em feridas granuladas com baixa exsudação, é contra-indicado em feridas infectadas e com exsudação abundante; o Curativo permeável é usado somente em feridas com pouca ou nenhuma exsudação, de uso como cobertura primária ou secundária, por serem transparentes facilitam a visualização da lesão, proporcionando um ambiente úmido, favorável a cicatrização, possui permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e evaporação de água, impermeável a fluídos e microrganismos; a Membrana transparente de poliuretano não adesiva é usada em úlcera de pressão de estadiamento 1 em pacientes que não tenham sensibilidade ao poliuretano. Foi observado que, devido ao alto custo dos curativos industrializados, esses materiais não se encontram disponíveis na maioria dos locais de estágio (hospitais públicos), o que dificulta o contato dos acadêmicos com estas formas de tratamento, precisando buscar maior conhecimento na literatura disponível. Os gráficos a seguir referem-se aos conhecimentos dos acadêmicos na escolha da proteção adequada em pacientes com úlcera de pressão infectada e não infectada Gráfico XIV- 1 – Referente à opinião dos acadêmicos sobre uma ferida com mau odor ou contaminada com bactérias com muita exsudação em pacientes que não são sensíveis ao nylon 14,00% 60,00% Respostas Certas Respostas erradas 26,00% Não responderam Segundo Bajay, Jorge e Dantas (2003), o ideal seria o curativo com carvão ativado, pois é um curativo estéril composto de carvão e prata, indicado principalmente Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 30 para lesões infectadas e com odor fétido devido ao alto poder de filtração de odores pelo carvão e a prata exercer função bactericida tópica. Gráfico XIV - 2 – Referente à opinião dos acadêmicos sobre uma ferida com mau odor ou contaminada com bactérias com muita exsudação em pacientes que não são sensíveis ao nylon 14,00% 66,00% Respostas Certas Respostas erradas Não responderam 20,00% As respostas obtidas corretamente foram os ácidos graxos essenciais e o hidrocolóide que segundo Bajay, Jorge e Dantas (2003), podem ser utilizados em feridas abertas com ou sem presença de infecção favorecendo a integridade da pele e a sua cicatrização e os curativos com placas de hidrocolóides são utilizados na prevenção e tratamento de feridas abertas não infectadas com leve a moderada exsudação, mas devemos lembrar que cada ferida tem suas características e seu tratamento tem que ser individualizado. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 31 CAPÍTULO IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.1. CONCLUSÕES Participaram da pesquisa cinqüenta acadêmicos de enfermagem, sendo 66% do 7º período e 34% do 8º período. Referiram ter prestado assistência com úlcera de pressão 84%. O instrumento de dados tinha três perguntas relacionadas a fisiologia da pele, onde foi observado que os acadêmicos não possuem conhecimentos suficientes para intervirem em pacientes com diagnóstico de integridade de pele prejudicada. Ao identificar os fatores que impedem ou retardam a cicatrização da ferida foi observado que não possuem conhecimentos a respeito de fatores externos que retardam a cicatrização, mas os fatores relacionado com a fisiologia da cicatrização apenas o fator nutricional foi citado com 29,67% dos acadêmicos e 23,80% não souberam responder a questão, confirmando os dados anteriores. A respeito dos fatores causadores da úlcera de pressão demonstraram ter um conhecimento parcial sobre o assunto, sendo a pressão citada por 24,12% dos acadêmicos. Apenas 18,95% conhecem a Escala de Norton utilizada para identificação de paciente com risco para úlcera de pressão. Os conhecimento relacionados a prevenção da úlcera de pressão a única citada por todos os acadêmicos foi a mudança de decúbito, porém poucos sabiam em que intervalo deveria ser feita e que 22,83% fariam uso de medidas não apropriadas. Referente ao conhecimento sobre os curativos 74% optaram pelo curativo úmido e 26% não possuíam esse conhecimento, porém apenas 53,69% souberam explicar os benefícios do curativo úmido para cicatrização, o que novamente confirma o desconhecimento sobre a fisiologia. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 32 O soro fisiológico para limpeza da úlcera de pressão foi a opção de 54,95% e 45,05% optaram por soluções citotóxicas para os fibroblastos e contribuindo para a destruição do tecido de granulação. Observei que os acadêmicos possuem conhecimentos destorcidos à respeito das substâncias utilizadas no tratamento de úlcera de pressão, onde referiram o uso de leite de magésio, tintura de benjoin, açúcar, PVP-I tópico e vários antibióticos tópicos. Devido ao alto custo devido ao alto custo dos curativos industrializados, esses materiais não se encontram disponíveis na maioria dos locais de estágio (hospitais públicos), o que dificulta o contato dos acadêmicos com estas formas de tratamento. Justificando o seu pouco conhecimento. Na opinião dos acadêmicos sobre o tipo de cobertura utilizada em uma úlcera de pressão com ou sem sinal de infecção, obtivemos 63% de respostas certas o que demonstra um conhecimento parcial. Cabe aos órgãos formadores garantir que os enfermeiros obtenham tais conhecimentos para essa prática, ainda da graduação. Porque o enfermeiro tem a responsabilidade legal de assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de dados. Vivemos uma era em que o público exige cada vez mais que os profissionais sejam responsáveis pelos resultados de suas ações e, assim, o enfermeiro deve ter conhecimento e habilidades para o cuidar de forma eficiente e segura. Esse estudo evidenciou que os acadêmicos de enfermagem ao final do curso de graduação, dispunham de um conhecimento parcial e limitado a cerca do problema investigado. 4.2. SUGESTÕES Prevenir e tratar a úlcera de pressão e dever dos profissionais de saúde, em especial do enfermeiro, mas para que isso aconteça é preciso que os futuros profissionais de enfermagem, tenham conhecimento da fisiologia da pele, da prevenção, das causas, para Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 33 que possam aplicar o tratamento correto, poupando o paciente, a família e o sistema de saúde. Para que isso aconteça é necessário que o acadêmico de enfermagem obtenha conhecimento teórico e seja exposto as experiências de cuidar de pessoas em risco e com úlcera de pressão, para adquirir capacidade de resolver o problema. É necessário que os professores incentivem os alunos utilizarem outras fontes de conhecimentos como: artigos periódicos; participação de eventos científicos; literatura científica e informações pela Internet, é necessário também orientar sobre a responsabilidade legal e ética que terão com esses pacientes, para que possam desempenhar sua função com firmeza, consciência e eficácia. Para que se tenha melhores resultados dessa pesquisa será necessário que ocorra uma modificação no currículo acadêmico, com retirada de disciplinas desnecessárias e implementando outras fundamentais para o dia a dia dos futuros profissionais. Além disso é de extrema importância a consciência profissional, para que busquem um melhor conhecimento sobre o assunto e com isso, garantir uma assistência de enfermagem qualificada. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 34 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ANDRADE, N. C. Uma Inovação Tecnológica em Curativos: Representações de Dissentes sobre seu ensino-aprendizagem. 1996. 172 p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Escola de Enfermagem Ana Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. BAJAY, Helena Maria; JORGE, Silvia Angélica; DANTAS, Sonia Regina P. E. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2003. Cap. 7 BRUNNER & SUDDART. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. GELAIN, Ivo. Deontologia e Enfermagem. 3ª ed. São Paulo: EPU, 1998. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. HESS, Cathy Thomas. Tratamento de Feridas e Úlceras. 4ª ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2002. KAWAMOTO, Emília Emi. Anatomia e Fisiologia Humana. 2ª ed. São Paulo: EPU, 2003. FORTES, J.I in KAWAMOTO, Emília Emi. Fundamento de Enfermagem. 4ª ed. São Paulo: EPU, 2001. LUECKENOTTE, Annatte Giesler. Avaliação em Gerontologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2002. MENEGHIN, PAOLO; VATTIMO, Maria de Fátima Fernandes. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. .São Paulo: Atheneu, 2003. Cap. 5. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 35 PARANHOS, Wana Yeda. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2003. Cap. 20. SAMPAIO, Carlos Eduardo Peres; SILVA, Luciana Carla Santos; MARTINELLI, Marcia; SANTOS, Sandra Silva dos. Contribuições da Enfermagem na Prevenção da Úlcera de Pressão no Idoso. Enfermagem Brasil – Revista Científica dos Profissionais de Enfermagem. Ano 2, n° 5, p. 264-271, set./out. 2003. SENADO FEDERAL. Subsecretaria de Informações Lei n° 7498/86. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. Disponível em: <http://wwwt.senado.gov.br/servlets/NJUR.Filtro?tipo=LEI&secao=NJUILEGBRAS&nu Lei=007498&data=19860625&seq=000&pathServer=www1/netacgi/nph-brs.exe>. Acesso em: 24 mai. 2004. TAYLOR, Cynthia M.;SPARKS, Sheila M.; DYER, Janyce G. Diagnóstico em Enfermagem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2000. VIVÓ, Gilbert. Cuidados de Enferméria en el Tratamiento de las Úlceras por Presión Enfermeria Integral.. Valência, n° 52, p. 33-38, 2000. YAMADA, Beatriz F. Alves. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2003. Cap. 6. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 36 ANEXO-l TERMO DE AUTORIZAÇÃO Rio de Janeiro, 25 de maio de 2004 Eu, Márcia Carmo Sales Silva, matrícula 2002150275-7 venho solicitar ao Departamento de Enfermagem da Universidade Gama Filho, do campus Piedade, representado pelo Profº Sidney de Souza Peixoto a autorização para uma pesquisa com os acadêmicos do 7º e 8° período do Curso de Graduação em Enfermagem, em cumprimento da disciplina ENF 151 Enfermagem no Processo Cientifico II para o trabalho “Assistência de enfermagem na Prevenção e tratamento da úlcera de pressão " orientada pela Profª Marcia Valeria Rosa Lima. Márcia Carmo Sales Silva Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 37 ANEXO II Consentimento Livre e Esclarecido Sou acadêmica de enfermagem do 5° período da Universidade Gama Filho – Campus Piedade com interesse na área de Integridade da Pele Prejudicada e gostaria que participasse de uma pesquisa científica preenchendo o instrumento de coleta que acompanha este documento de consentimento. A pesquisa chama-se "Assistência de Enfermagem na Prevenção e Tratamento da úlcera de pressão: Conhecimento dos Acadêmicos de Enfermagem do 7° e 8° períodos". Este documento objetiva prestar esclarecimentos sobre o estudo e formalizar seu consentimento em participar como sujeito. O estudo terá como sujeitos os acadêmicos de enfermagem (7° e 8° períodos) da Universidade Gama Filho – Campus Piedade. Visa identificar o conhecimento dos acadêmicos prestados aos clientes com úlcera de pressão e compará-los a bibliografia científica. Aceitando participar, você tem o direito de interromper livremente a sua participação ou retirar o consentimento quando quiser, sem sofrer qualquer penalidade. Será garantido o anonimato de sua identidade e as informações coletadas servirão única e exclusivamente para compor o projeto de pesquisa, sendo os resultados divulgados para a comunidade científica respeitando os preceitos éticos. A coleta dos dados dar-se-á durante os intervalos das atividades acadêmicas, de acordo com a disponibilidade dos sujeitos. O instrumento de coleta será preenchido em aproximadamente 20 minutos. A principal vantagem será a possibilidade de aprimorar o conhecimento e o aprendizado sobre a prevenção e tratamento da úlcera de pressão. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 38 Termo de consentimento livre e esclarecido Eu, ________________________________________, estou ciente dos pontos abordados acima e sinto-me suficientemente esclarecido (a) a respeito da pesquisa proposta. É por minha livre vontade que aceito participar como sujeito e autorizo a divulgação dos resultados, como disposto nos termos supracitados. Rio de Janeiro, _____ de _______________ de 2004. ______________________________ Profissional de Enfermagem _____________________________ Pesquisador Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 39 ANEXO III INSTRUMENTO DE COLETA DA DADOS Caro Acadêmico de Enfermagem esta pesquisa visa descrever as práticas ou teorias referentes à prevenção e tratamento da úlcera de pressão citadas pelos alunos dos 7° e 8° períodos do Curso de Graduação em Enfermagem e discuti-las frente às evidências da literatura científica. Será composta de oito questões. 1ª Questão: Quais as disciplinas que referiam os cuidados a pacientes com risco ou com úlcera de pressão? ( ) Saúde do Adulto I ( ) Saúde do Adulto II ( ) Semiologia Técnica ( ) Saúde Pública ( ) Gerencial I 2ª Questão: Já prestou assistência de enfermagem a algum paciente com úlcera de pressão? ( ) Sim ( ) Não 3ª Questão: Quais as causas que levam a úlcera de pressão? ( ) Imobilidade ( ) Idade avançada ( ) Ficção ( ) Pressão ( ) Umidade ( ) Aplicação de gesso e contenção Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 40 4ª Questão: Quais as medidas de prevenção para úlcera de pressão? ( ) Mudança de decúbito ( ) Uso de luva d’água ( ) Lençóis limpos e esticados ( ) Uso de roda d’água ( ) Massagem corporal ( ) Higiene corporal ( ) Cuidado com a pele ( ) Suporte nutricional ( ) Educação do familiares 5ª Questão: Qual ou quais as substâncias utilizadas no tratamento da úlcera de pressão? ( ) Fibrase ( ) Nebacetim ( ) Sulfadiazina de prata ( ) Leite de magnésia ( ) Fucsina ( ) Açúcar ( ) Rifocina ( ) Garamicina ( ) PVP-I tópico ( ) Violeta de Genciana ( ) Tintura de Benjoin 6ª Questão: Quais as proteções (tipos de curativos) utilizados na úlcera de pressão? ( ) Ácidos graxos essenciais (Dersani) ( ) Carvão ativado impregnado com Nitrato de Prata (Acitsorb Plus) ( ) Alginato de Cálcio (Kaltostat) ( ) Espuma/esponja (Allevyn) ( ) Hidrocolóide (Duoderm) ( ) Hidrogel (Intrasite gel) ( ) Curativo permeável transparente (Tegaderm) ( ) Membrana transparente Polioretano (Omiderm) Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 41 7ª Questão: Quais as substâncias utilizadas na limpeza da úlcera de pressão? ( ) Água oxigenada ( ) Água e sabão ( ) Clorohedina 4% ( ) Álcool a 70% ( ) PVP-I tópico ( ) PVP-I degermante ( ) Soro fisiológico 0,9% ( ) Líquido de Dakin 8ª Questão: Que escala é utilizada para avaliar paciente com risco de úlcera de pressão? ( ) Escala de Apgar ( ) Escala de Norton ( ) Escala de Glasgow ( ) Escala de Aldrete e Kroulik 9ª Questão: Quais as características da úlcera de pressão? ( ) Lesão com bordas arredondadas ou irregulares: exsudato de mínimo a abundante. Apresenta variações na espessura e no tipo de tecido, dependendo do tamanho e da gravidade da lesão. Em geral, as feridas com menor comprometimento das camadas da pele são dolorosas, mas comumente não há dor nas feridas onde há comprometimento de todas as camadas. ( ) Lesão com bordas lisas e aspecto em "saca-bocado". Ulcera profunda e de coloração pálida, geralmente sem tecido de granulação. Pode ocorrer exsudato mínimo, gangrena ou necrose. Pode haver dor e celulite. ( ) Lesão com bordas irregulares. Pouco profunda. O centro da ferida exposta tem tecido de granulação, se não estiver infectada; exsudato moderado ou abundante. Deposição de hemossiderina. edema, maceração e lipodermatosclerose ao redor da ferida. Em geral há dor de intensidade branda a moderada. ( ) Lesão com bordas lisas; formação de calos ao redor da úlcera; exsudato de escasso a moderado; presença de tecido de granulação na região central da ferida, a menos que o paciente também tenha doença vascular periférica. Em geral não há dor. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 42 10ª Questão: Uma ferida com mau odor ou contaminada com bactérias com muita exsudação em pacientes que não são sensíveis ao nylon. Qual o tipo de cobertura recomendada? ( ) Ácidos graxos essenciais (Dersani) ( ) Carvão ativado impregnado com Nitrato de Prata (Acitsorb Plus) ( ) Alginato de Cálcio (Kaltostat) ( ) Espuma/esponja (Allevyn) ( ) Hidrocolóide (Duoderm) ( ) Hidrogel (Intrasite gel) ( ) Curativo permeável transparente (Tegaderm) ( ) Membrana transparente Polioretano (Omiderm) 11ª Questão: Uma ferida com exsudação moderada sem sinal de infecção que não envolve músculo, tendão ou osso. Qual o tipo de cobertura recomendada? ( ) Ácidos graxos essenciais (Dersani) ( ) Carvão ativado impregnado com Nitrato de Prata (Acitsorb Plus) ( ) Alginato de Cálcio (Kaltostat) ( ) Espuma/esponja (Allevyn) ( ) Hidrocolóide (Duoderm) ( ) Hidrogel (Intrasite gel) ( ) Curativo permeável transparente (Tegaderm) ( ) Membrana transparente Polioretano (Omiderm) 12ª Questão: Em um paciente grave, em coma, é necessário realizar a mudança de decúbito para prevenção da úlcera de pressão. Em que intervalo de tempo? ( ) de 1/1 hora. ( ) de 2/2 horas. ( ) de 3/3 horas. ( ) de 4/4 horas. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 43 13ª Questão: Qual o tipo de curativo ideal? ( ) Seco. ( ) Úmido Por que: 14ª Questão: Site alguns fatores que influenciam na cicatrização da ferida. 15ª Questão: Quais os estágios de cicatrização de uma ferida? 16ª Questão: Quais as camadas da pele? Create PDF with PDF4U. 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