1. JUSTIFICATIVA A Filosofia é, antes de tudo, uma atividade e uma

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NRE:
TOLEDO
ESTABELECIMENTO:
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ILDO JOSÉ FRITZEN
MUNICIPIO:
ENTRE RIOS DO OESTE
ASSUNTO:
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
DISCIPLINA :
FILOSOFIA
CURSO:
( ) ENSINO FUNDAMENTAL
(X ) MÉDIO
1. JUSTIFICATIVA
A Filosofia é, antes de tudo, uma atividade e uma atitude. A atitude filosófica é a
postura que resulta de uma ação reflexiva. Para a filosofia, não basta saber que as
coisas estão aí à nossa frente, que há objetos no mundo de um ou de outro jeito. Ela
se pergunta: por quê? Por que as coisas estão aí deste modo? Qual a causa de
serem assim? Quando a dúvida e o espanto se instalam em nosso pensamento é
que começamos a filosofar.
Assim, o que norteia a presente proposta curricular é a crença de que um dos
principais papéis políticos da Filosofia no Ensino Médio é desenvolver, em suas
atividades de reflexão, a expressão da diversidade das potencialidades humanas.
Isso não se faz apenas com a aquisição de informações, mas, sobretudo com o
desenvolvimento de atitudes. A Filosofia deve promover no aluno a capacidade de
ouvir, ler, compreender e escrever, para ter os subsídios necessários para
argumentar com clareza, seja para sustentar uma posição, para questioná-la ou
mesmo suspendê-la, segundo o exercício pleno e responsável da liberdade de
pensamento. As experiências didáticas em filosofia também devem propiciar a
capacidade de ouvir e respeitar essas mesmas ações nos que pensam e agem
diferentemente de nós. A liberdade é sempre um valor comum, envolvendo
reciprocidade, não uma prerrogativa exclusiva de nenhuma autoridade, muito menos
de uma autoridade do saber. O professor de Filosofia deve ser o primeiro a
questionar a suposta autoridade de saber do próprio professor, já no âmbito da
Filosofia.
O objetivo principal é o de realizar a ligação entre as questões mais prementes e
importantes de nossa vida e os textos clássicos de Filosofia que tratam dessas
questões – e que são os textos em que estas questões são esclarecidas e
aprofundadas. Para tanto, ele deve estar familiarizado com as linguagens e os meios
acessíveis aos seus alunos, e buscar, no seu repertório próximo, elementos factuais
e culturais para suscitar o problema e o tema. Canções populares, filmes, poemas,
pinturas, notícias são ótimos para despertar a atenção e a sensibilidade para uma
questão filosófica, mas o professor não deve se fixar apenas nesta etapa e nem
esquecer que a meta é alcançar a compreensão e o trânsito entre os textos de
Filosofia.
Assim, a organização curricular estrutura-se por temas centrais para a
humanidade, trabalhados a partir de competências e habilidades que revelem o
desenvolvimento do processo de reflexão filosófica sobre os mesmos, articulando as
vivências dos alunos à análise de texto clássico, que faça parte de um repertório de
obras decisivas para a constituição da nossa cultura e civilização. Um professor de
Filosofia sabe que o texto de Filosofia não é um texto didático, mas um percurso de
pensamento a ser experimentado e percorrido intensamente em várias direções e
com muito mais vagar. Um texto em que é preciso repertoriar um vocabulário novo,
um
tema,
um
conjunto
de
questões,
posições,
suposições,
intenções,
conseqüências, em que é preciso acompanhar passo a passo os argumentos e
justificativas. Em suma, um texto que precisa ser lido e relido muitas vezes e, a cada
vez, com um olhar renovado pela leitura e discussão anteriores. Um texto que não
se lê passivamente para aprender, mas ativamente, para interrogar, questionar e
pensar – pilares da Filosofia.
Filosofia
2. CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS
Saber mítico;
Mito e Filosofia
Saber filosófico;
Relação mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é filosofia?
Possibilidade do conhecimento;
Teoria do Conhecimento
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica;
Ética e Moral;
Pluralidade ética;
Ética
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a
necessidade das normas;
Relações entre comunidade e poder;
Filosofia Política
Liberdade e igualdade política;
Política e Ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa
Filosofia da Ciência
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e Ideologia;
Ciência e ética;
Natureza da arte;
Estética
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime,
trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade;
Levando em consideração que o livro didático utilizado pelo Colégio para o
Ensino Médio é o livro ‘Iniciação à Filosofia’de Marilena Chaui, já dividido os
conteúdos por série, resolveu-se adotar os conteúdos já divididos em séries para o
Ensino Médio, o que tem por objetivo a melhor organização das práticas
pedagógicas, apresentando um plano de curso para auxiliar o professor a organizar
seu programa, podendo, contudo,optar por outras formas de trabalho, de acordo
com a dinâmica de sua sala de aula e as suas concepções pedagógicas.
3. METODOLOGIA
A mobilização para o conhecimento; A problematização; A investigação; e A
criação de conceitos são os quatro momentos de se poder trabalhar com os
conteúdos estruturantes e básicos da filosofia.A mobilização para o conhecimento
são inúmeras, com possibilidades de diversas atividades conduzidas pelo professor
para instigar e
motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o
conteúdo filosófico a ser desenvolvido.
A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e
estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É
importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização – filme, música,
texto e outros – podem ser retomados a qualquer momento do processo de
aprendizagem.
Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual
se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a
experiência filosófica.
4. AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na
sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua
inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria
a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da
Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar
deste ou daquele tema.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade
que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática,
como discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido
na experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse
acontecimento inusitado que o educador pode propiciar e preparar, porém não
determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de
argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos
temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por
meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa
após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.
Recuperação do Conteúdo: A recuperação do conteúdo será destinada aos
alunos que não conseguirem atingir uma compreensão satisfatória da disciplina e
conseqüentemente
não
atingirem
a
nota
mínima
necessária.
A recuperação constitue parte integrante do processo de ensino e de
aprendizagem e tem como princípio básico o respeito à diversidade de
características, de necessidades e de ritmo de aprendizagem de cada aluno; tendo a
necessidade de assegurar condições que favoreçam a elaboração, implementação e
avaliação de atividades de reforço e recuperação paralela significativas e
diversificadas que atendam à pluralidade das demandas existentes em cada escola;
A recuperação da aprendizagem constitui mecanismo colocado à disposição da
escola e do(s) professor(es) da classe para garantir a superação de dificuldades
específicas encontradas pelo aluno durante o seu percurso escolar e deverá ocorrer:
I - de forma contínua, no desenvolvimento das aulas regulares;
II - de forma paralela, ao longo do ano letivo, sob a forma de projetos de reforço
e recuperação da aprendizagem; para atender às necessidades reais dos alunos,
auxiliando-os na retomada de habilidades e conteúdos básicos não dominados e
que constituem condições indispensáveis para o progresso do aluno, com sucesso,
na próxima etapa de escolaridade.
5. REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, Filosofando, introdução a Filosofia. 2a edição,
São Paulo, Editora Moderna, 1993.
CHAUI, Marilena, Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2000.
CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar, A filosofia no Ensino Médio. Brasília,
UNB, 1999.
COTRIM, Gilberto; Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva, 1996.
Diretrizes Curriculares de Filosofia para Educação Básica.
FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.
HORN, Geraldo Balduíno (org ) Textos filosóficos em Discussão: Platão,
Maquiavel, Descartes e Sartre. Editora Elenco, Curitiba, 2006.
MODIM, Battista, Introdução à Filosofia. 2a edição, Edições Paulinas, São Paulo,
1980.
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