Formulação de Problema na Avaliação ç de Risco Ambiental de Culturas Geneticamente Modificadas Alan Gray Centro de Ecologia e Hidrologia, Hidrologia Reino Unido ([email protected] ([email protected])) Introduction (1) Alan Gray – * Mais M i de d 35 anos de d pesquisa i em ecologia e genética de população de plantas * Mais M i de d 15 anos de d consultoria lt i independente junto ao governo do Reino Unido sobre culturas GM (observador do ACRE em 1990, membro de 1994 a 1999, presidente do Conselho de Administração ç de 1999 a 2003, revisão científica de GM em 2004, etc.) Perfil (2) Workshop do ILSI, julho de 2007, em Washington DC PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS S DE PLANTAS SG GENETICAMENTE C MODIFICADAS: FORMULAÇÃO DE PROBLEMA Consultoria Especializada do ILSI sobre Formulação de Problema para Avaliação de Riscos Ambientais de Culturas GM Propósito da consulta ao ILSI Desenvolver uma estrutura baseada na ciência para a formulação de problema, problema que proporcione orientação prática a pesquisadores dos setores público e privado, órgãos reguladores emergentes e os tomadores--de tomadores de--decisão envolvidos com a avaliação de riscos ambientais (ARA) de plantas GM que reflita um consenso entre um grupo diverso de cientistas experientes. experientes Características e restrições compatível com avaliações de riscos comparativo ao de d plantas l GM caso a caso, baseadas b d em evidências p promove a transparência p usa diretrizes nacionais e internacionais Moisés Burachik ARGENTINA Julie Fitzpatrick USA Alan Gray UNITED KINGDOM David Heron USA Paul Keese AUSTRALIA Stephen S. Olin USA Alan Raybould UNITED KINGDOM Joachim Schiemann GERMANY Mark Sears CANADA Felicia Wu USA Jeffrey D D. Wolt USA Coordinador General, Oficina de Biotecnología, Secretaría de Agricultura ILSI Research Foundation Centre for Ecology & Hydrology, CEH Wallingford Policy Coordination Division, Biotechnology Regulatory Services, USDAUSDA-APHIS Office of Gene Technology Regulation, Department of Health and Ageing Deputy Director, ILSI Research Foundation J l tt’ Hill International Jealott’s I t ti l Research R h Centre, C t S Syngenta t Julius Kuehn Institute (JKI), Federal Research Centre for Cultivated Plants, Institute for Biosafety of Genetically Modified Plants Department of Environmental Biology, Ontario Agricultural College, University of Guelph Environmental & Occupational Health, Graduate School of Public Health University of Pittsburgh Biosafety Institute for Genetically Modified Agricultural Products Iowa State University Risk characterization Likelihood of exposure Consequence of exposure Risk evaluation conclusions RISK ASSESSMENT Risk treatment mitigation options & actions nitoring and rev view Mon Communication and con nsultation PROBLEM FORMULATION Formulação F l ã de d problema no âmbito do paradigma de Levantamento de riscos ambientais (LRA) Conteúdo desta apresentação Danos imagináveis e inimagináveis (15 anos de histórias de terror) Principais p conceitos na formulação ç de problema * Contexto do problema * Definição do problema U exemplo Um l simples i l de d formulação f l ã de d problema Criação ã de modelos conceituais e de complexidade “DANOS IMAGINÁVEIS” (FP = O estágio ‘O que poderia q p dar errado?’)) • • • • • • • • • • Criação de novas plantas daninhas Criação de novas pragas de culturas F t l i Fortalecimento t d da resistência i tê i aos pesticidas ti id Maior erosão do solo Interferência com os ciclos dos nutrientes Interferência com os processos de decomposição Perda da biodiversidade Perda da diversidade genetic Perda de espécies valiosas Invasões de habitats naturais (depois de Crawley 1994) Além dos “DANOS IMAGINÁVEIS”, os avaliadores de riscos enfrentam constantemente o desafio de considerar os “DANOS INIMAGINÁVEIS” (os fatores ‘desconhecidos desconhecidos ocultos’) ocultos ) * A primeira locomotiva a vapor, café C fé … Café (Calestous C l t J Juma) Juma ) “O que percebemos ultimamente…decadência do verdadeiro vigor inglês…os homens nunca tiveram traseiros tão g grandes,, nem tiveram tão pouco brio….devido ao consumo excessivo daquela q nova,, abominável,, incivilizada bebida chamada café (Petição de ) Mulheres – 1674)” Portanto, a tendência do levantamento dos riscos ambientais de culturas GM tem sido: • • • Perguntar “O que acontecerá se a cultura GM for cultivada?” Tentar demonstrar que uma gama enorme de danos inaceitáveis não ocorrerá Coletar montanhas de dados para corroborar a 'segurança' de novas culturas específicas Consequências dos dados desnecessários Custo mais elevado para cumprir os regulamentos l t ((obstáculo b tá l para pequenas empresas e pesquisadores responsáveis) Podem levar ao contrabalanceamento dos riscos/benefícios não concretizados (atraso na introdução de produtos benéficos ou atraso no descarte d do d uso de d produtos d nocivos) i ) Podem desacelerar a inovação e o desenvolvimento tecnológicos (especialmente em países menos desenvolvidos) (Alan Raybould Raybould,, Felicia Wu) Portanto …. a formulação de problema deve: Perguntar "Qual é a probabilidade de uma mudança ç ((danosa)) específica p ou mudanças ç no meio ambiente após ó o cultivo de uma cultura GM?" e Conceber um plano para avaliar tal probabilidade Também deve Envolver as partes interessadas desde o início í (para chegar a um consenso sobre o que é nocivo)) e Reconhecer as incertezas Problem context PROBLEM FORMULATION Risk characterization Likelihood of exposure Consequence of exposure Risk evaluation conclusions RISK ASSESSMENT Risk treatment mitigation options & actions nitoring and rev view Mon Communication and con nsultation Problem definition O contexto do problema desenvolve os parâmetros e identifica as restrições para o LRA A definição do problema modela o LRA em uma forma adequada para análise Problem context PROBLEM FORMULATION Risk characterization Likelihood of exposure Consequence of exposure Risk evaluation conclusions RISK ASSESSMENT Risk treatment mitigation options & actions nitoring and rev view Mon Communication and con nsultation Problem definition O contexto do problema desenvolve os parâmetros e identifica as restrições para o LRA Na parte de CONTEXTO DO PROBLEMA da FP estabelecemos os parâmetros do LRA ao examinar seu escopo e restrições e derivar pontos finais de avaliação a partir de uma série de metas de gestão ou proteção T bé b Também buscamos dados d d de d linha li h de d base b específicos ao caso e identificamos a metodologia t d l i de d avaliação li ã aceitável itá l apropriada Contexto do problema Em grande parte determinado pelas considerações em termos de gerenciamento de riscos em reconhecimento dos estatutos governamentais relevantes em vigor metas de proteção escopo ambiental metodologia aceitável restrições//limites restrições linhas de base e comparadores pontos finais de avaliação Pontos finais de avaliação expressões claras do valor ambiental que deve ser protegido definidos operacionalmente por uma entidade ecológica ló i identificada id tifi d de d valor l e seus atributos t ib t Exemplo : insetos benéficos são entidades ecológicas de valor abundância no agroecossistema é um atributo importante “abundância de insetos benéficos benéficos”” constitui um ponto final de avaliação Problem context PROBLEM FORMULATION Risk characterization Likelihood of exposure Consequence of exposure Risk evaluation conclusions RISK ASSESSMENT Risk treatment mitigation options & actions nitoring and rev view Mon Communication and con nsultation Problem definition A definição do problema molda o LRA em uma ma forma fo ma adequada para análise Na a parte pa de d DEFINIÇÃO Ç O DO O PROBLEMA O da FP, identificamos os riscos relevantes específicos ao caso, desenvolvemos uma hipótese ó de riscos ao gerar e avaliar possíveis cenários plausíveis de exposição ( (que vinculam i l a cultura lt GM à entidade tid d ambiental de valor que pode prejudicar) e criamos um plano de análise para testar nossa hipótese de riscos Podemos implementar um modelo conceitual para fazer isso Definição do problema Converte o LRA em um problema cientificamente manejável atributos específicos ao caso preocupações plausíveis (danos) danos) hipóteses de risco cenários de exposição modelo d l conceitual i l plano de análise Hipótese p de risco uma tentativa de explicação possivelmente verdadeira para fins de argumentação ou investigação não deve ser confundida com uma hipótese científica, que é uma postulação específica, ífi passível í l de d ser testada t t d e que fará f á parte da fase analítica do LRA Exemplos Hipótese de risco: o evento X pode reduzir espécies benéficas sensíveis no meio ambiente de uso Postulação testável: o evento X não difere de seu comparador p em relação ç a um efeito específico í e sobre uma espécie é específica í com a qual existe preocupação Cenários de exposição conjuntos específicos de circunstâncias descritos como uma cadeia casual de eventos que q vinculam a planta GM a possível dano ou a um suposto receptor ambiental suscetível por exemplo exemplo,, para uma planta que expresse uma proteína inseticida, deve existir uma sequência lógica que vincule i l a presença da d planta l t GM à exposição i ã de d uma espécie sensível a análise desta sequencia descreve a rota, a duração e a intensidade da exposição da espécie sensível à proteína inseticida Problem context PROBLEM FORMULATION Risk characterization Likelihood of exposure Consequence of exposure Risk evaluation conclusions RISK ASSESSMENT Risk treatment mitigation options & actions Mo onitoring and re eview Commun nication and co onsultation Problem definition Contexto do problema • metas de proteção • escopo ambiental • metodologia aceitável • ponto final da avaliação Definição do problema • atributos específicos ao caso • preocupações plausíveis (danos) • hipóteses hi ó d risco de i • cenários de exposição • modelo conceitual • plano de análise Culturas tolerantes a herbicidas A canola tolerante a herbicidas invadirá os habitats naturais? CONTEXTO DO PROBLEMA: Meta da proteção: proteção: proteger habitats ricos em biodiversidade (determinado pela Convenção sobre Diversidade Biológica do Rio, planos de ação para biodiversidade, planos de ação para o hábitat, p planos de ação ç de g gestão de reservas naturais locais, etc.). ) Ponto final da avaliação: avaliação: habitat rico em biodiversidade isento da presença de canola (proporciona critério de mensuração). Escopo e restrições: restrições: aplica aplica--se a habitats seminaturais do Reino Unido, mas pode incluir habitats periagrícolas ruderais Dados da linha de base: base: levantamentos do estado da conservação e biologia de canola não geneticamente modificada tolerante a herbicidas (GMTH). Metodologia da avaliação: avaliação: comparar a capacidade invasiva da canola GMTH e não G ão G GMTH. Invasões de hábitats naturais Invasão pela planta da cultura | A cultura com a característica inserida é mais invasiva ou persistente? | (biologia comparativa da planta GM e comparador) Estudos experimentais (PROSAMO) Invasão pela cultura/híbrido parente silvestre Periagrícola Agrícola Seminatural A canola tolerante a herbicidas invadirá os h bit t naturais? habitats t i ? DEFINIÇÃO DO PROBLEMA: Riscos específicos: específicos í : a invasão ã da canola levará á à redução ã da diversidade das espécies em habitats naturais ou à perda de espécies de valor (dano inaceitável) Cenários de exposição críveis: críveis: culturas de canola TH que crescem ao longo de habitats naturais, sementes derramadas Hipótese de risco: risco: a canola TH pode ser mais persistente ou invasiva que as variedades não TH Plano de análise: análise: comparar os principais atributos com variedades não TH (ponto final da avaliação do teste = produção de sementes, dormência, sobrevivência em vegetação fechada) fechada), introdução experimental em habitats alvo Controle Taxa finita a de aume ento (esca ala logarítm mica) Marcada 10 Resistente a herbicidas 1 1990 1991 1992 1990 1991 1992 0.1 0.01 0.001 Cultivada Não cultivada Ao reexaminarem a avaliação do ACRE de 1995 dos riscos ambientais do lançamento comercial da canola TH, Gray & Raybould (1999) concluíram que “não é mais daninha ou invasiva que as variedades não ã transformadas” t f d ” ((em habitats onde herbicidas não são utilizados) (a possível hibridização com parentes silvestres também foi considerada) A canola TH invadirá os hábitats naturais? A conclusão geral de uma gama de experimentos é que a característica TH não leva ao aumento da persistência ou da capacidade de invasão da canola, exceto em habitats onde herbicidas são aplicados rotineiramente Portanto, o risco de invasão de hábitats naturais não é maior do que o das variedades não TH ( mitigação (A ã de d riscos inclui l o uso de d herbicidas h b d alternativos) E quanto aos híbridos com parentes silvestres? Invasões In asões de hábitats naturais nat ais Invasão pela planta da cultura | A cultura com a característica é mais i invasiva i i ou persistente? i t t ? | (biologia comparativa da planta GM e comparador) (biologia comparativa da planta GM e comparador) Invasão pelo híbrido | Híbridos cultura/ cultura/parentes? parentes? | Fluxo gênico gênico?? | Viabilidade e valor adaptativo/sucesso d i / do d híbrido? híb id ? | Estudos de ciclo de vida da população l ã Brassica rapa Brassica rapa Hirschfeldia incana Raphanus raphinastrum (ssp maritimus) Sinapis arvensis Brassica juncea Brassica oleracea Beta B t vulgaris l i ssp. Vulgaris Beta vulgaris ssp maritima Zea mays feral casual – nenhum parente silvestre Agrícola Periagrícola Seminatural Estabelecimento de complexidade Cada caso de fluxo gênico para um parente silvestre (B. napus x B. rapa e B. napus x B. oleracea) provavelmente apresentará contexto e definição de problemas específicos ao caso: novas metas de d proteção ã e pontos finais fi i da d avaliação novas hipóteses hi ót de d risco, i cenários á i de d exposição i ã e planos de análise POR EXEMPLO... Fluxo u o gênico gê co e entre e a ca canola o a TH e a forma o a silvestre daninha de B. rapa (uma preocupação em alguns países europeus) Aqui o CONTEXTO DO PROBLEMA pode decidir: que a meta de proteção/gerenciamento é proteger a agricultura dos riscos associados ao alastramento de plantas daninhas e disso di derivar d i os pontos t finais fi i da d avaliação li ã relacionados à produção sustentável e à qualidade da cultura (e culturas subsequentes) a agricultura atual pode fornecer os dados da linha de base e a metodologia de avaliação apropriada E a DEFINIÇÃO DO PROBLEMA incluirá: a formulação de uma hipótese de risco de que o híbrido TH não ã será á uma erva d daninha i h pior i do d que a forma f silvestre daninha da B. rapa o desenvolvimento de cenários de exposição criveis para o alastramento l t t d do híb híbrido id TH (distribuição (di t ib i ã de d B. B rapa, extensão do fluxo gênico) a elaboração de um plano de análise para testar a hipótese de risco com um conjunto de testes científicos manejáveis (aptidão comparativa e alastramento, persistência nas culturas subsequentes sob vários cenários de manejo, manejo etc.) etc ) o uso de um modelo conceitual para descrever os itens acima de maneira que revele como o(s) risco(s) será(ão) avaliado(s) MODELOS CONCEITUAIS Um modelo conceitual é simplesmente uma maneira a a de d descrever d um u cenário á o de d exposição que vincule a planta GM a um ponto final da avaliação p ç de um modo q que permita a caracterização do risco Deve comunicar claramente o esquema quanto ao modo como o LRA será analisado U exemplo Um l é o LRA do d milho ilh Bt -------------> > um modelo conceitual Borboleta monarca Milho Bt Ocorrência e distribuição Produção e distribuição Pollen Characterization Região Ambiente Habitat Comportamento Expressão de Bt Dispersão de pólen Ocasião, duração, intensidade Dispersão ambiental Oviposição Alimentação Exposição ambiental Risco Oficial-de-sala (Asclepias curassavica L.) Ocorrência e distribuição Borboleta monarca Região Ambiente Hábitat Sears et al. PNAS 98: 11937–11942, 2001. Efeito Letal Subletal