meia idade: conquista da maturidade ¹

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MEIA IDADE: O EDUCAR E CUIDAR NA BUSCA DA MATURIDADE¹
CARMO, Enedina Silva do2; QUATRIN, Caciane3; SANTOS, Patrícia Quelen dos4;
BERTOLDO, Janice Vidal5
¹ Trabalho de Pesquisa – UNIFRA.
² Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria,
RS, Brasil.
3
Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,
Brasil.
4
Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria,
RS, Brasil.
5
Professora do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,
Brasil.
E-mail: [email protected]; [email protected]; patrí[email protected];
[email protected]
PALAVRAS-CHAVE: Meia Idade; Educar e cuidar; Mudanças
INTRODUÇÃO
O estudo buscou compreender melhor a fase do desenvolvimento humano,
identificada como Meia Idade. Rosa (1983) identifica que nesta etapa da vida o ser humano
começa a valorizar de forma diferenciada o tempo, passando a ter consciência da sua
finitude. A Meia Idade, cronologicamente, encontra-se na faixa etária dos 40 a 65 anos de
idade. Neste período ocorrem muitas mudanças físicas e mentais no ser humano,
concedendo a ele uma nova visão da existência, por isso tal período é marcado pela busca
da estabilidade pessoal.
Diante disso, questionou-se como as mudanças que ocorrem na fase do
desenvolvimento do ser humano, chamada também de Fase da Maturidade refletem na área
educacional e pedagógica. Em razão disso, a pesquisa teve por objetivos buscar um maior
conhecimento da Meia Idade, sob a perspectiva do Educar e Cuidar; aprofundar essa fase
com toda sua especificidade, estabelecendo relações com a prática educacional sob a ótica
do cuidado; conhecer os problemas próprios dessa faixa etária e como podem refletir na
educação.
METODOLOGIA
Utilizou-se na pesquisa o método bibliográfico, pelo qual se busca analisar
referenciais, objetivando inserir o tema da Meia Idade no campo de estudo do Educar e
Cuidar. Salientando assim, os fatores que levam o indivíduo dessa faixa etária a enfrentar os
desafios que surgem e que influenciam no seu modo de vida.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Mudanças físicas, cognitivas e sociais
A Meia Idade possui características que lhe são próprias, e com isso observam-se
algumas mudanças físicas, cognitivas e sociais inerenes ao amadurecimento, tais como:
mudanças na aparência, no funcionamento sensor, psicomotor, sexual, reprodutiva e nos
sentidos; a sabedoria, a criatividade e capacidade de resolução de problemas práticos estão
acentuadas nesta fase, pois o nível de compreensão e o vocabulário tendem a estar mais
desenvolvidos; no funcionamento sexual e reprodutivo há o declínio da capacidade
reprodutiva afetando homens e mulheres de diferentes maneiras; a busca do sentido da vida
assume importância fundamental; tendência ao fortalecimento das amizades, na qual se
busca apoio emocional e orientações práticas, sucesso na carreira e ganhos; etapa que se
atinge o máximo ou o esgotamento profissional; a dupla responsabilidade de cuidar dos
filhos e pais idosos pode causar estresse; a partida dos filhos pode gerar a síndrome do
ninho vazio; maior cuidado com a aparência, tentando alcançar uma maior jovialidade; a
crise da meia idade; ocorre certa deterioração da saúde física e declínio da resistência; de
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acordo com Papalia (2000), embora o corpo não seja mais o mesmo, a maioria das pessoas
da Meia Idade está em boa forma física, cognitiva e emocional.
Principais etapas/ eventos desta fase
A partir da pesquisa verificou-se que as pessoas desta faixa etária passam por
diversas etapas, fazendo escolhas de eventos e atividades buscando a realização pessoal,
a saber: paternidade e netos; mudanças no corpo; aposentadoria; novos relacionamentos;
independência dos filhos, necessidade de continuar jovem; menopausa/ andropausa;
emprego novo; vida social mais ativa; bodas de prata e separações.
O educar e cuidar na Meia Idade
A educação é fundamental nessa fase do desenvolvimento humano, na medida em
que mudanças profundas na economia passam a exigir novas habilidades vocacionais.
Assim, muitos estudantes pertencem a fase da maturidade, mas aprender também se tornou
uma ocupação, um lazer, cada vez mais popular nessa idade. De modo que, esses
aprendizes maduros tendem a ser mais motivados do que aqueles em idade tradicional.
RESULTADOS
Através da leitura de diferentes autores foi possível constatar alguns dos principais
acontecimentos do período da Meia Idade e suas consequências, sendo eles:
O divórcio, o qual pode atingir o estado físico e emocional das pessoas, o que na fase
da maturidade pode causar desequilíbrios psicológicos que podem levar a solidão,
propensão ao suicídio, acidentes, depressão, sensação de fracasso e perda de auto-estima.
O desemprego, que traz aumento do risco de perturbações emocionais e doença
física, ambos pela perda da segurança econômica e deterioração das relações conjugais e
auto-estima. Isso porque na Meia Idade as pessoas encontram dificuldade de conseguir um
novo emprego, pois a sociedade prefere pessoas mais jovens para o mercado de trabalho,
acreditando que eles são mais saudáveis e podem render mais.
CONCLUSÕES
Com o estudo da Meia Idade, a partir de suas características físicas, psicológicas e
emocionais, decorrentes do avanço da idade, percebeu-se que estas podem levar as
pessoas a retornarem aos estudos, como forma de recuperar a estabilidade financeira e a
própria realização pessoal. Na complexa da sociedade atual, a educação nunca termina,
pois em um mundo com um número cada vez maior de adultos, a aprendizagem formal é
uma maneira importante de desenvolver seu potencial, bem como de acompanhar as
mudanças do mercado de trabalho e na tecnologia. Isso motiva os cinquentões a fazer
vestibular e prestar concursos na busca de uma virada profissional. Para isso, os
educadores bem como toda comunidade escolar precisam estar preparados para receber
essas pessoas e saber acolhê-las, conduzindo-as de acordo com as dificuldades,
porventura inerentes à idade, e muitas vezes ao tempo em que estiveram afastados do meio
escolar.
O estudo proporcionou novos conhecimentos científicos acerca da Meia Idade,
percebemos assim, a riqueza dessa pesquisa, pois como educadoras podemos ter em
nossas salas de aula, alunos nessa faixa etária. Portanto, o cuidar e o educar desses
indivíduos exige atenção especial e desafiadora, a qual será mais prazerosa quando se
compreende as características próprias da idade.
REFERÊNCIAS
BEE, Helen. O ciclo vital. Traduzido por Regina Garcez. Porto Alegre Artes Médicas, 1997.
PAPALIA, Diane e PAPALIA, Sally Wendkos Olds. Desenvolvimento humano. Porto
Alegre Artes Médicas, 2000.
ROSA, Nerval. Psicologia Evolutiva. Psicologia da Idade Adulta. Petrópolis, RJ Vozes,
1983.
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