GABARITO IME DISCURSIVAS 2016/2017 FÍSICA DISCURSIVAS – 25/10/16 Questão 1 Como mostra a figura acima, a fonte sonora F1 está presa ao teto por uma haste vertical. Outra fonte sonora F2 está pendurada, em equilíbrio, por uma mola ideal na fonte F1. As duas fontes emitem sons de mesma frequência ƒ e em mesma fase. Se, em uma reta horizontal passando pela fonte F2, a intensidade do som é máxima no ponto P (primeiro máximo de intensidade), situado a uma distância d de F2, determine: a) A frequência ƒ das fontes, em função dos demais parâmetros; b) A equação que expressa a posição vertical da fonte F2 em função do tempo, a partir do instante em que a fonte F2 foi liberada, caso a fonte F2 seja deslocada para baixo por uma força externa até que a intensidade do som seja mínima no ponto P (primeiro mínimo de intensidade) e depois liberada. Dados: • d = 1 m ; • Peso da fonte: F2 = 10 N ; • Comprimento da mola relaxada: 90 cm ; • Constante elástica da mola: 100 N/m; • Velocidade do som: 340 m/s; • Aceleração da gravidade: 10 m/s2; • 2 = 1,4. • 0,11 = 0,33 Gabarito: a) y 2 d P GABARITO IME – FÍSICA Colocando a origem no ponto de equilíbrio: Equilíbrio da fonte 2: F2 = Kx → 10 = 100 · x → x = 10 cm. Distância entre as fontes: y = comprimento da mola relaxada + x Logo, y = 90 + 10 = 1 m. Para que ocorra interferência construtiva em P: ∆D = nλ (1o máximo n = 1) V y2 + d2 − d = λ → y2 + d2 − d = s f Vs f = . 2 y + d2 − d b) Substituindo os valores: 340 f= = 850 Hz. 2 −1 y P x z Mantendo a origem no ponto de equilíbrio da letra (a). Nesse caso, a diferença de caminho será: nλ ∆D = (1o máximo → n = 1) 2 λ y2 + d2 − z 2 + d 2 = . 2 Perceba que a diferença de caminho depende de z e para que satisfaça as condições do enunciado |∆D| = ∆D. Então: y2 + d2 − z 2 + d 2 = λ (λ = 0,4 m) → 2 − z 2 + 1 = 0, 2 2 z 2 + 1 = 1, 2 → z 2 = 4 · 0,11 → z = 2 · 0,11 = 0, 66. A equação da onda será, com referencial de y positivo para cima: y = 0,66 cos (10t + π ). 3 DISCURSIVAS – 25/10/16 Questão 2 Região do espaço sujeita a densidade de campo magnético B m v L H C D y 2H M k lente tela x Uma partícula de massa m e com carga elétrica q entra em um campo magnético B, movimentando-se no plano da figura de forma a atingir frontalmente (direção x) um corpo de massa M fixo a uma mola. O campo magnético é ortogonal ao plano da figura e é desligado em um determinado instante durante o movimento da partícula. A partícula colide com o corpo num choque perfeitamente inelástico, de forma a comprimir a mola que estava inicialmente relaxada. Uma lente, representada na figura, é utilizada para amplificar a imagem da mola, permitindo observar na tela a mola em sua compressão máxima decorrente do choque supracitado. Determine: a) O intervalo de tempo durante o qual o campo magnético permaneceu ligado após a entrada da partícula no campo magnético; b) A intensidade do campo magnético; c) A velocidade v da partícula ao entrar no campo magnético, em função dos demais parâmetros; d) A deformação máxima da mola; e e) A distância C entre a mola e a lente, em função dos demais parâmetros. Dados: • tamanho da imagem na tela da mola em sua máxima compressão: i = 9 mm; • distância entre a lente e a tela: D = 100 mm; • distância focal: f = 10 mm; • massa da partícula: m = 1 g; 4 GABARITO IME – FÍSICA • • • • • massa do corpo inicialmente fixo à mola: M = 9 g; H = 10 m; comprimento da mola relaxada: L = 11 mm; carga da partícula: q = + 5 C; e constante elástica da mola: k = 40 N/mm. Consideração: • O plano da figura é ortogonal ao vetor aceleração da gravidade. Gabarito: Veja que é conveniente iniciar o problema pelo item e, pois todos os dados relativos à optica do problema são dados. e) Utilizando a equação dos pontos conjugados: 1 1 1 1 1 1 Df = + ⇒ = + ⇒C= D−f f p p' f C D Substituindo f = 10mm e D = 100mm, obtemos: C= 100 ⋅10 100 mm 1111 , mm. ⇒ C= 100 − 10 9 d) Como o tamanho da imagem é dado, podemos utilizar o aumento para descobrir o comprimento da mola: A= i −p' i D 9 100 = ⇒ = ⇒ = ⇒ L f = 1mm 100 o p o C Lf 9 A compressão da mola será: x = |∆L| = 11 – 1 ⇒ x = 10 mm c) Como a aceleração da gravidade é ortogonal ao plano da figura e a partícula se movimenta no plano, o módulo da velocidade não se altera. Desse modo, a partícula (m) se choca com o corpo (M) com uma velocidade v horinzontal. Para o choque inelastico: mv = (M+ m) V ⇒ V = m v. M+m Após o choque, conserva-se a energia: 2 (M+ m) x (M+ m)k V 2 kx 2 m 2 2 = ⇒ (M+ m) ⋅ ⋅ v = kx ⇒ v = + 2 2 M m m iC − L (M+ m)k D iC Onde: x = ∆L = − L . Portanto: v = m D 5 DISCURSIVAS – 25/10/16 Numericamente, temos: v= 10 ⋅ 10−3 (9 + 1) ⋅ 10−3 ⋅ 40 ⋅ 103 = 200 m / s. 10−3 b) H v H v Veja que o raio do movimento é H para que a partícula atinja o corpo com velocidade horizontal. Como somente a força magnética atua, temos: R= mv mv mv 1⋅ 10−3 ⋅ 200 ⇒B= = = ⇒ B = 4 ⋅ 10−3 T. 5 ⋅ 10 qB qR qH a) O corpo magnético atua enquanto o movimento é circular. Logo, o tempo será 1/4 do período: ∆t = π T 1 2 π m 2 ⋅ π ⋅ 1⋅ 10−3 = = ⇒ ∆t = s. −3 4 4 qB 4 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 10 40 Questão 3 B D E A’ 1 F 1 ρ ρ 1 ρ ρ 1 o 1 ρL 1 1 C 1 4 5,5 5,5 6 10,5 GABARITO IME – FÍSICA O sistema apresentado na figura encontra-se em equilíbrio estático, sendo composto por quatro corpos homogêneos, com seção reta na forma “+ I M E”. O corpo “+” está totalmente imerso em um líquido e sustentado pela extremidade A de um fio flexível ABC, de peso desprezível, que passa sem atrito por polias fixas ideais. Sabe-se que, no ponto B, o fio forma um ângulo de 90° e sustenta parcialmente o peso do corpo “M”. Finalmente, na extremidade C, o fio é fixado a uma plataforma rígida de peso desprezível e ponto de apoio O, onde os corpos “I M E” estão apoiados. Diante do exposto, determine: a) a intensidade da força de tração no fio BD; b) a intensidade da força de cada base do corpo “M” sobre a plataforma. Observação: • dimensão das cotas dos corpos “+ I M E” na figura em unidade de comprimento (u.c.); • considere fios e polias ideais; e • existem dois meios cubos compondo a letra “ M ” Dados: • aceleração da gravidade: g ; • massa específica dos corpos “+ I M E”: r; • massa específica do líquido: rL = r/9 ; • espessura dos corpos “+ I M E”: 1 u.c. ; e • comprimento dos fios DE = DF. Gabarito: Isolando o cabo BD T1y + T2y T2 T1 V+ = 1 · 1 · 1 · 9 = 9 uc3 achando T1: (equilíbrio do “+”) T1 = P – E → T1 = ρ g V+ – ρL g V+ T1 = 8 ρL g V+ = 8 ρL · g · 9 = 8 ρ g TRES T Achando T2: repare que, como o eixo de simetria do corpo “M” passa pelo ponto fixo (apoio) da barra, não há contribuição de torque devido a esse corpo, sobrando apenas: 7 DISCURSIVAS – 25/10/16 6,0 uc 8,5 uc T2 PE O PI 7 ⋅ 0, 5 + 3 ⋅ 1, 5 + 3 ⋅ 2, 5 + 2 ⋅ 3, 5 15 = 7 u.c xCM = ( E) xCM ( E) ∑Mo = D PI · 6 = T2 · 10,5 + PE · 7 7 ρ g 6 + T2 · 10,5 = 15 ρ g 7 T2 · 10,5 = 9 · 7 · ρ g T2 = 21 ρg = 6 ρg 3, 5 TRES = T12 + T22 = 62 ρ2g2 + 82 ρ2g2 TRES = 10 ρg a)10 ρ g mTOTAL do “M” b) equilíbrio do “M” → 22 · ρ · V = 2 N + 10 ρ g → N = 6ρg 8 GABARITO IME – FÍSICA Questão 4 3Ω 3Ω 3Ω 3Ω R = 1,5 Ω E + E + – – 1,5Ω 1,5Ω 9Ω A figura acima apresenta um circuito elétrico composto por duas baterias iguais e oito resistores. Determine o valor das baterias para que a potência elétrica no resistor R seja igual a 6 W. Gabarito: 1ª solução Como ele pede para olharmos o resistor R, podemos fazer Thevenin no resistor R: Calculo da Req de Thevenin: 3Ω 3Ω A 3Ω 3Ω E E 1,5Ω B 1,5Ω 9Ω 9 DISCURSIVAS – 25/10/16 Redesenhando o circuito: 3Ω A 3Ω 1,5Ω 3Ω 9Ω 1,5Ω B simetria no plano AB 3Ω Logo: 1,5Ω A B → Req= 1, 5 ⋅ 2, 25 = 0, 9 Ω 3, 75 1,5Ω 0,75Ω Calculando o Uab: Devemos andar pelo circuto e achar a ddp: 3Ω 3Ω A B – + + – i i= E A 7, 5 E 1,5Ω Logo Uab = −3 ⋅ 10 E + E → Uab = E (1− 0, 4) = Uab = 0, 6 E 7, 5 GABARITO IME – FÍSICA O circuito de Thevenin será: 0,9 Ω 0,6 E 1,5 Ω (R) Para que a potência dissipada seja 6w 0, 6 E P = R ⋅ i 2 → 6 = 1, 5. = E = 8V 2, 4 2a solução 3Ω A i1 A i1 C i5 i3 3Ω – 1,5Ω D i9 1,5 Ω + i10 i6 C 3r C i4 3Ω – D i7 i8 D B i2 + E i2 E B 1,5Ω B A 9Ω Como queremos que a potência no resistor R seja 6W temos que: P = Ri92 ⇒ 6 = 1,5i92 ⇒ i9 = 2A. Logo a ddp entre C e D é 1,5 · 2 = 3V. Pela simetria do problema temos que i1 = i2, i3 = i4, i5 = i6 e i7 = i8. i + i5 = i9 ⇒ i6 = i5 = 1A = i7 = i8 Pela Lei dos nós: 6 i6 + i8 = i9 Além disso, (1) i3 + i5 = i1 ⇒ i3 = i1 – 1 (2) i7 + i3 = i10 ⇒ i3 = i10 – 1 Daí i10 = i1. 11 DISCURSIVAS – 25/10/16 Caminhando pelo circuito de A para A, temos que: −2 3 i1 + 3 + 1, 5 i1 = 0 ⇒ 4, 5 i1 = − 3 ⇒ i1 = A. 3 Por fim, caminhando de C para D. 3 = 3i3 + E = 3(i1 – 1) + E = –5 + E ⇒ E = 8V. 3a solução: 3Ω B A A 3Ω A C 3Ω 3Ω R = 1,5 Ω B 1,5Ω + – E D D B No resistor R: PotR = R · i22 6 = 1,5 · i22 → i2 = 2A UAD = 1,5 · i2 = 3V = i1 UAD = 1,5 i1 + 0,75 i1 = 3 → C B 1,5 Ω A A 1,5 Ω i1 i2 I R = 1,5 Ω ε B 0,75 Ω D 3 4A = 2, 25 3 4 10 = A 3 3 Logo: UAD = –1,5 · I + ε → ε = 3 + 1,5 · ε = 3 + 1, 5 ⋅ 12 C 1,5Ω 9Ω Por simetria do circuito, vemos que VB = VC. Logo, o resistor de 9 Ω está em curto. Rebatendo os resistores e geradores em paralelo, teremos: I = i1 + i2 = 2 + + – E D 10 →ε=8V 3 D GABARITO IME – FÍSICA Questão 5 Um pesquisador recebeu a incumbência de projetar um sistema alternativo para o fornecimento de energia elétrica visando ao acionamento de compressores de geladeiras a serem empregadas no estoque de vacinas. De acordo com os dados de projeto, a temperatura ideal de funcionamento da geladeira deve ser 4 oC durante 10 horas de operação contínua, sendo que a mesma possui as seguintes dimensões: 40 cm de altura, 30 cm de largura e 80 cm de profundidade. Após estudo, o pesquisador recomenda que, inicialmente, todas as faces da geladeira sejam recobertas por uma camada de 1,36 cm de espessura de um material isolante, de modo a se ter um melhor funcionamento do dispositivo. Considerando que este projeto visa a atender comunidades remotas localizadas em regiões com alto índice de radiação solar, o pesquisador sugere empregar um painel fotovoltaico que converta a energia solar em energia elétrica. Estudos de viabilidade técnica apontam que a eficiência térmica da geladeira deve ser, no mínimo, igual a 50% do máximo teoricamente admissível. Baseado em uma análise termodinâmica e levando em conta os dados abaixo, verifique se a solução proposta pelo pesquisador é adequada. Dados: • Condutividade térmica do material isolante: 0,05 W / m oC; • Temperatura ambiente da localidade: 34 oC; • Insolação solar média na localidade: 18 MJ/m2, em 10 horas de operação contínua; • Rendimento do painel fotovoltaico: 10%; • Área do painel fotovoltaico: 2 m2. Gabarito: Para que a temperatura seja constante dentro da geladeira, todo o calor que flui do meio externo para o interior deve ser retirado pelo compressor. Repare que essa energia sai da fonte fria (geladeira) para a fonte quente (meio externo), portanto, será o calor frio (QF). Para encontrar esta energia, deve-se somar os fluxos por todas as paredes. 30 cm 40 cm 80 cm Pela Lei de Fourier: ∅ = KA∆T . Somando para cada face: ∅ TOTAL = Σ∅ = Σ KA∆T K ∆T K ∆T = ⋅ ΣA = ⋅ ATOTAL 13 DISCURSIVAS – 25/10/16 Desse modo, tem-se: ∅ TOTAL = ⇒ ∅ TOTAL = 0, 05 ⋅ ( 34 − 4 ) 1, 36 ⋅ 10−2 [0, 3 ⋅ 0, 4 + 0, 4 ⋅ 0, 8 + 0, 3 ⋅ 0, 8] ⋅ 2 0, 05 ⋅ 30 ⋅ 1, 36 = 150 J . s 1, 36 ⋅ 10−2 Em um período de 10 h, o calor trocado será: QF = ∅ TOTAL ⋅ ∆t = 150 ⋅ 10 ⋅ 3600 J Para manter o compressor funcionando, utiliza-se um painel fotovoltaico. Calculando a energia fornecida por esse, tem-se o trabalho fornecido ao refrigerador: 10 τ = 18 ⋅ 106 ⋅ 2 ⋅ = 3, 6 ⋅ 106 J. 100 Q 150 ⋅ 10 ⋅ 3600 Para refrigeradores, a eficiência será: e = F = = 1, 5. τ 3, 6 ⋅ 106 Para tais fontes, a eficiência máxima admissível ocorre para um refrigerador de Carnot, portanto: eCarnot = 1 1 277 = = . TQ 307 30 −1 −1 277 TF A razão entre a eficiência real e a máxima admissível será: e 1, 5 45 = = = 0, 16 ⇒ e = 0, 16 eCarnot < 0, 5 eCarnot . 277 eCarnot 277 30 Desse modo, a condição de funcionamento com 50% da eficiência máxima teórica possível não é satisfeita e a proposta é inadequada. 14 GABARITO IME – FÍSICA Questão 6 y Rint Vint 0 A x B1 B3 + – v B2 B Figura 1 v[m/s] VAB [V] 6 50 4 2 40 0 1 2 3 4 Figura 2 5 t[s] 0 5 Ifonte [A] Figura 3 Uma fonte de tensão com uma resistência interna, Rint, tem as barras B1 e B2 condutoras conectadas aos seus terminais A e B, conforme apresentado na Figura 1. A barra B3, de 30 m de comprimento, pode mover-se sem atrito sobre as barras B1 e B2 e inicialmente encontra-se em repouso na posição x = 0 m. No instante t = 0, a barra B3 começa a deslocar-se para a direita, com velocidade v(t) dada pelo gráfico apresentado na Figura 2. A fonte de tensão possui característica terminal dada pelo gráfico apresentado na Figura 3, onde Ifonte é a corrente fornecida pela fonte de tensão e VAB é a tensão medida entre os seus terminais A e B. Diante do exposto, determine: a) O valor da resistência Rint da fonte de tensão (que é desprezível quando comparado com a da barra B3); b) A distância percorrida pela barra B3 no instante em que a tensão entre suas extremidades for igual a metade da tensão Vint ; c) Em que instante de tempo a barra atingirá a distância percorrida no item (b); d) A corrente Ifonte no instante calculado no item (c). 15 DISCURSIVAS – 25/10/16 Dados: • resistividades das barras B1, B2 e B3: ρ = 0,5 Ωm; • área da seção transversal das B1, B2 e B3: 2,5 mm2. Gabarito: a) VAB (V) 50 40 0 5 Ifonte (A) Equação da tensão da fonte VAB = Vint – Rint · Ifonte Para Ifonte = 0 → VAB = Vint = 50 V Para Ifonte = 5A → VAB = 40 V Logo: 40 = 50 – Rint · 5 → Rint = 2Ω b) R B1 Rint = 2Ω A Vint = 50 V RB3 Ifonte B x R B2 RB3 = 16 ρ ⋅ B3 A = 0, 5 ⋅ 30 2, 5 ⋅ 10 −6 = 6 ⋅ 106 Ω URB = 25 V 3 GABARITO IME – FÍSICA Rint é desprezível perante à RB3 ρ⋅ x Como RB1 = RB2 = , temos: A RB1 , RB2 e RB3 estão em série URB + URB + URB = 50 → 2URB + 25 = 5 3 1 1 2 2 U RB 1 URB = 12, 5 V 1 Logo, RB1 = RB2 = Assim: 3 ⋅ 106 = RB3 2 = 3 ⋅ 106 Ω 0, 5 ⋅ x 2, 5 ⋅ 10−6 → x = 15 m c) Pelo gráfico da figura 2, temos: (6 + 2) ⋅ 1 =6m 6 De 0 a 2 s: Ds = Área = 2 ⋅ 1+ 4 2 De 0 a 4 s: Ds = Área = 6 + 6 · 2 = 18 m 0 1 2 T 4 2 Logo o instante T desejado está entre 2 e 4s. 5 De 0 a T: Ds = Área = 6 + 6 · (T – 2) = 15 T = 3,5 s d) URB = 25 V 3 6 RB3 = 6 ⋅ 10 Ω → URB = RB3 ⋅ Ifonte → Ifonte = 3 25 ⋅ 10−6 A 6 17 DISCURSIVAS – 25/10/16 Questão 7 ν êmbolo B A gás O A figura acima mostra um recipiente com paredes transparentes de espessuras desprezíveis. Esse recipiente contém um gás ideal hipotético e é fechado por um êmbolo opaco. Inicialmente, um corpo encontra-se apoiado sobre o êmbolo, em sua extremidade, mantendo todo o sistema em equilíbrio. Uma microcâmera, posicionada no ponto O (interior do recipiente) e direcionada para o ponto A, consegue filmar o ponto B no corpo. O corpo é, então, lançado com velocidade horizontal ν e sem atrito. Após o lançamento do corpo, o gás se expande até que o êmbolo atinja o equilíbrio novamente em um intervalo de tempo desprezível. A temperatura permanece constante durante todo o fenômeno. Determine em quanto tempo, após o lançamento, o corpo voltará a ser filmado pela microcâmera. Observação: • o êmbolo tem altura suficiente para permanecer vedando o recipiente durante toda a expansão do gás; • considere que o gás obedeça à lei de Gladstone-Dale, que diz que a relação entre seu índice n−1 de refração n e sua densidade ρ é constante e dada pela expressão: = cte . p Dados: • Altura inicial do ponto B: 90 cm; • Altura do ponto A: 30 cm ; • Base do recipiente: Quadrado de lado 40 cm ; • Massa do corpo = Massa do êmbolo ; •Velocidade ν: 1,5 m/s ; • Índice de refração do vácuo: 1,0; e • Aceleração da gravidade: 10 m/s2. 18 GABARITO IME – FÍSICA Gabarito: B m Êmbolo (n) 0,6 m 0,9 m A θ Gás 0,3 m 0 0,4 m Como no início a câmera consegue enxergar o ponto B, θ é o ângulo limite. Cálculo do ângulo limite: ^ sen L = sen θ ⇒ 1 0, 3 5 = ⇒ no = no 0, 5 3 Depois da massa m ser lançada, o gás expande, diminui a pressão, diminuindo a densidade e, com isso, diminui o índice de refração. (Por causa da Lei de Gladstone-Dale) Usando o equilíbrio do êmbulo para as duas situações: Início: m m 2 mg Po · A PoA = 2 mg Po = 2 mg A → ρo = Po MM RT Fim: m mg Pf · A Pf ⋅ A = mg Pf = mg A → ρf = Pf ⋅ MM RT 19 DISCURSIVAS – 25/10/16 Como a temperatura e massa molar são constantes, podemos dizer que: ρo = Po ⋅ k ρf = Pf ⋅ k Com Po = 2 Pf temos: Po = 2 Pf Pela lei de Gladstone-Dale: no − 1 nf − 1 = ⇒ Po Pf no − 1 = nf − 1 ⇒ 2 4 ⇒ nf = 3 ⇒ h θ é constante, mas o índice de refração do gás muda. Assim acharemos o novo α que satisfaz n1 sen α = n2 sen θ: 4 ⋅ sen θ ⇒ 3 4 3 ⇒ sen α = ⋅ ⇒ 3 5 4 ⇒ sen α = ⇒ 5 4 ⇒ tan α = 3 1 ⋅ sen α = Logo: h 4 = ∆S 3 Veja que: h = 0,6 − 20 g ⋅ t2 (MUV) 2 α ∆s = v · t ∆s = 1,5 · t Logo: t2 2 =4⇒ 1, 5 ⋅ t 3 0, 6 − g ⋅ ⇒ 1, 2 − gt 2 4 = ⇒ 3t 3 ⇒ 10 t2 + 4t – 1,2 = 0 ⇒ ⇒ 5 t2 + 2t – 0,6 = 0 ⇒ ⇒ t= −2 ± 4 = 0, 2 s 10 A θ GABARITO IME – FÍSICA Questão 8 D 20 kN 5 E C F 30 kN 12 A y 12 B 5 5 x A figura acima apresenta uma estrutura em equilíbrio, formada por oito barras AC, BC, AF, CF, CD, DE, DF e EF conectadas por articulações e apoiadas nos pontos A e B. Os apoios A e B impedem as translações nas direções dos eixos x e y. Todas as barras são constituídas por material uniforme e homogêneo e possuem pesos desprezíveis. No ponto D, há uma carga concentrada, paralela à direção do eixo x, da direita para esquerda, de 20 kN, e, no ponto E existe uma carga concentrada, paralela à direção do eixo y, de cima para baixo, de 30 kN. Determine: a) b) c) d) as componentes da reação do apoio A em kN; as componentes da reação do apoio B em kN; as barras que possuem forças de tração, indicando os módulos destas forças em kN; as barras que possuem forças de compressão, indicando os módulos destas forças em kN. Gabarito: 1a solução: 20 Isolando a estrutura como um todo: ∑MA = 0 → By · 10 + 20 · 17 + 30 · 12 = 0 10 By = –340 – 360 → By = –70 kN By = 70 kN (↓) ∑Fy = 0 → Ay = 30 + 70 = 100 kN (↑) ∑Fx = 0 → Ax + Bx = 20 30 Ax Bx Ay By 21 DISCURSIVAS – 25/10/16 – Pino B: FBC Bx 5 350 = → Bx = kN = 29,17 kN ( → ) 70 12 12 Ax = –9,17 kN = 9,17 kN (←) tg θ = θ FBC = 702 + 29,172 = 75, 83 kN Bx 70 – Pino E: FDE FEF (y) (x) θ 5 = 30 → FDE = 78 kN 13 12 FEF = 78 · → FEF = 72 kN 13 FDE · 30 FDF – Pino D: (x) 20 θ (y) 45º 2 12 = 20 + 78 · → FCD = 130,1 kN 2 13 5 FDF = 92 + 78 · → FDF = 122 kN 13 FCD · FCD 78 – Pino F: FDF FCF FEF FAF FAC – Pino A: 122 θ 9,17 100 22 FAF = FDF = 122 kN FCF = FEF = 72 kN 5 = 9, 7 13 FAC = 23,84 kN FAC · GABARITO IME – FÍSICA – Barras: D E FDE FCD FDE E tracionada F FEF D FEF comprimida tracionada C C FCF F C FCF FCD FAC FBC C tracionada A comprimida tracionada B FAC FDF FAF D comprimida F FDF comprimida F A FAF FBC a)Ax = 9,17 kN (←) e Ay = 100 kN (↑) b)Bx = 29,17 kN (→) e By = 70 kN (↓) c) Barra DE: FDE = 78 kN Barra CD: FCD = 130,1 kN Barra AC: FAC = 23,84 kN Barra BC: FBC = 75,83 kN d) Barra EF: FEF = 72 kN Barra CF: FCF = 72 kN Barra DF: FDF = 122 kN Barra AF: FAF = 122 kN 23 DISCURSIVAS – 25/10/16 2a solução (2) 20 kN 5 45° α β 30 kN (1) 12 Ay Ax 12 5 Bx α 5 By senα = 12 13 cosα = 5 13 Equilíbrio de forças externas: ∑Fx = 0 ⇒ Ax + Bx = 20 kN (I) ∑Fy = 0 ⇒ Ay + By = 30 kN (II) Momento em relação ao ponto B: ∑MB = 0 ⇒ 20 · 17 + 30 · 22 = Ay · 10 ⇒ Ay = 100 kN (↑) De (II): By = 70 kN (↓) Sabemos que na barra BC a direção da força está ao longo da barra, portanto: tgα = 12 B y = ⇒ Bx = 29,167 kN (→) 5 Bx De (I): Ax = 9,167 kN (←) Na barra BC: FBC = 24 B2 x + B2 y = 5750, 71 = 75, 83 kN (Tracionada) GABARITO IME – FÍSICA Usando a seção (1): 20 kN 30 kN FAF FAC FBC ∑Fx = 0 ⇒ FAC cosα + FBC cosα = 20 kN FAC = –23,83 kN Barra AC: 23,83 kN C A Tracionada! ∑Fy = 0 ⇒ FAF + 30 + FBC senα = FAC senα FAF = –121,99 kN Barra AF: 121,99 kN Comprimida! 25 DISCURSIVAS – 25/10/16 Usando a seção (2): 20 kN FDC FFC 30 kN Ay FAC Ax ∑Fy = 0 ⇒ 30 + FDC sen45° = Ay + FAC senα FDC = 130,1 kN Barra DC: 130,1 kN Tracionada! ∑Fx = 0 ⇒ 20 + FFC = FDC cos45° + FAC cosα + Ax FFC = 71,99 kN Barra FC: 71,99 kN 26 Comprimida! GABARITO IME – FÍSICA Isolando o nó D: α 20 kN 45° FDE FDC FFD ∑Fx = 0 ⇒ 20 = FDC sen45° + FDE senα FDE = –77,99 kN ∑Fy = 0 ⇒ FFD + FDC cos45° = FDEcosα FFD = –121,99 kN Na barra DE 77,99 kN Tracionada! Barrra FD 121,99 kN Comprimida! Isolando o nó E: α FED FEF 30 kN ∑Fx = 0 ⇒ FED senα = FEF FEF = 71,99 kN Barra EF: 71,99 kN Comprimida! 27 DISCURSIVAS – 25/10/16 a)Ax = 9,167 kN (←) Ay = 100 kN (↑) b) Bx = 29,167 kN (→) By = 70 kN (↓) c) Barra AC → 23,83 kN Barra DC → 130,1 kN Barra DE → 78 kN Barra BC → 75,83 kN d) Barra AF → 122 kN Barra FC → 72 kN Barra FD → 122 kN Barra EF → 72 kN Questão 9 y +Q x Uma partícula de carga + Q está presa a um espelho plano que se movimenta ortogonalmente ao plano xy. Em um instante t, onde 0 < t < ½ p, a interseção do espelho com o plano xy encontra-se na reta de equação y = sen(t) x + cos2(t). Sabe-se que a coordenada y da partícula vale sempre 1 e que toda a região está sujeita a um campo magnético de coordenadas (0, 0, B). Determine: a) as coordenadas do vetor da força magnética sofrida pela partícula; b) o cosseno do ângulo entre o vetor da força magnética e o plano do espelho; c) as coordenadas do vetor da força magnética refletido no espelho. 28 GABARITO IME – FÍSICA Gabarito: a) A partícula está presa ao plano xy, portanto encontra-se na interseção do plano do espelho com o plano xy. Essa interseção é dada por: y = x sent + cos2t. Desse modo, a posição da partícula (xp, yp) satisfaz a equação da reta: yp = xp sen t + cos2 t Como yp = 1, temos: 1− cos2 t sen2 t = = sen t sen t sen t Desse modo, para a partícula, a posição será: r = (sen t, 1, 0). Derivando em relação ao dr tempo: v = = (cos t, 0, 0). Logo, a velocidade está no sentido positivo de x. dt Para o campo, B = (0, 0, B), temos que esse atua somente no sentido positivo de z. Como F = q v × B, temos: F = (0, –QB cos t, 0). 1 = x p sen t + cos2 t ⇒ x p = b) Olhando para o plano xy y (y = sen(t)x + cos2 (t)) a q x Veja que tgq = inclinação da reta = sen t, mas note que o ângulo pedido é a, pois a força magnética está só em y. 1 1 sen α sen2 α 1− cos2 α 1 ⇒ = ⇒ = = Daí sen( t ) = tg α sen( t ) cos α sen2 ( t ) cos2 α cos2 α ⇒ 1 2 sen ( t ) = 1 2 cos α − 1 ⇒ cos2 α = sen2 ( t ) 2 1+ sen ( t ) = cos2 α = sen( t ) 1+ sen2 ( t ) 29 DISCURSIVAS – 25/10/16 c) Decompondo a força magnética e refletindo em relação ao espelho: y direção do espelho F sen a a q x a F cos a Logo, Fi,y = F sen2 a – F cos2 a = – F cos 2a Fi,x = – F sen a cos a – F sen a cos a = – F sen 2a Sabemos pela (b) que cos α = Assim, como |F| = QB cos t, temos que: sen( t ) 1+ sen2 ( t ) Fi , x = −QB cos( t ) ⋅ sen2 α = −QB cos( t )[2 sen α cos α] = Fi , y = −QB cos( t ) ⋅ cos2 α = −QB cos( t )[2 cos2 α − 1] = −QB sen( 2t ) 1+ sen2 ( t ) QB cos3 ( t ) 1+ sen2 ( t ) Fi,z = 0 Questão 10 feixe de fótons θ superfície 30 GABARITO IME – FÍSICA Um feixe de fotóns de frequência f incide obliquamente, fazendo um ângulo θ com a vertical, sobre uma superfície plana especular parcialmente absorvedora. A fração do número de fótons refletidos em relação ao número de fótons incidentes é igual a k(0 < k < 1), o número de fótons por volume no feixe incidente é igual a n. Calcule a pressão exercida pelos fótons sobre a superfície. Dados: • constante de Planck: h; e • velocidade da Luz: c. Gabarito: Sejam a a área do feixe e A a área incidência na superfície a θ a A θ θ A a = Acos θ Em um tempo ∆t, são emitidos N = n · a · c∆t fótons. Desses, são refletidos NR = k · nac · ∆t e são absorvidos NA = (1 – k)nac · ∆t. – Fótons refletidos: θ p= hf c p= hf c ∆py 2 p cos θ 2 hf ⋅ NR = ⋅ ⋅ cos θ ⋅ knac∆t ∆t ∆t ∆t c F1 = 2 hfkna cos θ F1 = = – Fótons absorvidos: ∆py p cos θ p cos θ hf cos θ ⋅ = ⋅ NA = ⋅ (1 − k ) nac∆t = (1 − k ) nac∆t ∆t ∆t ∆t ∆t c F2 = hf (1 − k ) na cos θ F2 = 31 DISCURSIVAS – 25/10/16 A pressão será: 2 F1 + F2 2 hfkna cos θ + hfna cos θ − hfkna cos θ (1 + k ) hfna cos θ = = a a A cos θ P = (1 + k ) hfn cos2 θ P= Comentários A prova de Física deste ano caracterizou-se, novamente, pela vasta abrangência e excelente criatividade. Destaca-se a presença de conceitos de Física Moderna, tema não recorrente no concurso. A ausência de assuntos como gravitação e eletrostática é notória, mas não reduz a diversidade de conteúdos. Destacam-se as questões 7, 9 e 10 como mais difíceis, enquanto 1, 4 e 6 como mais fáceis. Finalmente, parabenizamos a banca pela excelente prova. Professores: 32 Bruno Lerner Fábio Oliveira Gabriel Gregon Leonardo Domingos Lucas Scheffer Lucas Herlin Pedro Lameirão Raphael Mendes William Luna