A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO ENSINO SUPERIOR Karina Ferreira Correia1 (FASF) [email protected] Silvia Aparecida Medeiros Rodrigues2 (FASF) [email protected] RESUMO: O presente trabalho relata sobre a importância da prática de leitura no Ensino Superior, principalmente no curso de Pedagogia. A prática da leitura se faz presente na vida das pessoas desde o momento em que começam a compreender o mundo a sua volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, que se escolheu pesquisar sobre a leitura, prioritariamente no Ensino Superior, tendo em vista que esta se faz presente em todos os graus de ensino. Para esse trabalho baseou-se em CAGLIARI (2004); SAVELI (2013); KLEIMAN (2008) e SILVA (2011). O objetivo é o de analisar como as práticas de leitura no Ensino Superior influenciam na formação do (a) pedagogo (a). A pesquisa é de cunho bibliográfico, utilizando-se da aplicação de questionários para a análise de dados qualitativos às acadêmicas do 1º e 6º período do curso de Pedagogia de uma faculdade particular da cidade de Ponta Grossa,a fim de coletar dados que esclareçam como as acadêmicas constroem novos conhecimentos por meio da leitura, adquirindo meios para compreender textos com uma linguagem mais rica. Como resultado pode-se observar que a leitura é de muita importância na construção de novos pedagogos, mas que as alunas abordadas na pesquisa não têm a visão do quanto à teoria se faz importante para sua formação. PALAVRAS-CHAVES: Leitura. Ensino Superior. Formação. READING THE IMPORTANCE IN HIGHER EDUCATION ABSTRACT: This paper will report on the importance of reading practice in higher education, especially in the Faculty of Education. The practice of reading is present in people's lives from the moment they begin to understand the world around them. The constant desire to decipher and interpret the meaning of things around us, who chose research on reading primarily in higher education, given that this is present at all levels of education. For this work was based on CAGLIARI (2004); SAVELI (2013 ); KLEIMAN (2008 ) and SILVA ( 2011) . The goal is to analyze how the reading practices in higher education influence the formation of (a) teacher (a). The research is a bibliographical nature, using the questionnaires for qualitative data Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Sagrada Família (FASF) – [email protected] 2Professora da Faculdade Sagrada Família (FASF). Mestre em Linguagem, Identidade e Subjetividade pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - [email protected] 1 analysis ace academic 1st and 6th course of the period of Pedagogy a private college in the city of Ponta Grossa, in order to collect data to clarify how academic construct new knowledge through reading, acquiring means to understand texts with a richer language. As a result it can be seen that the reading is very important in the construction of new educators, but the pupils are not addressed in the research as to the vision of theory becomes important for its formation. KEYWORDS: Reading. Academic stage. Formation. 1 Introdução Ler não denota só olhar e acoplar as letras do alfabeto, mas antes de tudo saber dar um significado, um real sentido ao que se está lendo, mergulhando assim em outras representações do mundo. A aprendizagem da leitura se constitui em um instrumento imprescindível para a inclusão do sujeito na sociedade. Quando o indivíduo se apropria do conhecimento permitindo uma leitura dinâmica coloca-se como autor de sua própria história, descobrindo um novo mundo. O aprendizado é próprio de cada ser, ou seja, solitário, por mais que se desenvolva em um aspecto conjunto. A leitura é de suma importância para aprimorar conhecimentos em todos os níveis educacionais, desde a educação infantil até vida acadêmica, a qual deve ser trabalhada em todos os níveis de ensino sempre abrangendo a ampliação de vocabulário para se constituir a relação entre as pessoas em qualquer campo do conhecimento. O tema de pesquisa surgiu após diversas observações realizadasdurante as aulas da faculdade, na qual a autora é acadêmica do curso de Pedagogia, pois a forma em que são desenvolvidas as leituras de textos pelos acadêmicos desde o início do curso, causavam grandes dificuldades por ter uma linguagem diferenciada da que estavam acostumados, uma linguagem não acadêmica. Sendo assim, o referido trabalho buscará refletir sobre a importância da prática da leitura durante o processo de aprendizagem na faculdade, a fim de identificar entre as futuras pedagogas como a leitura tem influenciado na sua aprendizagem, e diagnosticar as dificuldades encontradas por elas. Desta forma, o presente artigo tem como problema pesquisar de que forma as práticas de leitura influenciam na formação do (da) pedagogo (a). Tendo como objetivo geral analisar como as práticas de leitura influenciam a formação do (a) pedagogo (a). E como específicos: diagnosticar as principais dificuldades encontradas pelos futuros pedagogos (as) ao se deparar com textos científicos, e identificar entre os futuros pedagogos (as) como a leitura tem influenciado sua aprendizagem. A pesquisa encontra-se dividida em alguns tópicos para ser melhor fundamentada de acordo com seus objetivos. Em um primeiro momento é destacada a função da leitura e seu processo de constituição, para isso destaca-se a contribuição de Silva (2011, p.36) que relata que a leitura é um instrumento necessário para compreensão do material escrito, pois também é uma fonte de conhecimentos. E também de outros autores, tais como Kleiman (2008), Cagliari (2008), Colomer (2002). E um segundo momento do trabalho, é destacada a importância que a leitura possui durante a formação acadêmica, sabendo-se que os acadêmicos nem sempre tem as condições necessárias para esse aprendizado. Segundo Aquino (2000, p.14): Submetido, durante toda a sua escolarização, a essas práticas destruidoras da capacidade criativa de ler, ao chegar à universidade, o jovem não tem um repertório que possibilite o seu mergulho nas teias do texto, nas suas relações intertextuais e interdiscursivas. Ele não tem, portanto, a capacidade de ler a história no texto, de percorrer os labirintos que ligam um texto a outro e que constroem os sentidos na sociedade. Por fim, será apresentada a metodologia da pesquisa de forma a atingir o objetivo que é evidenciar a importância da leitura no ensino superior como forma de suporte para a fase acadêmica. Para isso, a pesquisa se deu de cunho qualitativo, com revisão bibliográfica e aplicação de questionário, sendo que os dados obtidos se apresentam na sequência. 2 O que é leitura A leitura da forma que é concebida hoje pode ser compreendida de diferentes maneiras, por diferentes pessoas, em diferentes segmentos sociais. Para melhor compreender o processo de leitura, Kleiman (2008, p.38) comenta que para os psicólogos da educação, a leitura é um processo interativo porque o desvendamento do texto se dá simultaneamente através da percepção de diversos níveis ou fontes de informação que interagem entre si. Ainda que na leitura interativa o leitor é caracterizado como sujeito cognitivo entre o leitor e o texto como material formal, a relação entre ambas as partes é importante, pois determinam diferentes maneiras de leitura. Com isso, Kleiman (2008, p.39) conclui: Parece-me que o paradoxo é fruto da simplificação do processo de interação. Numa atividade de leitura, é preciso distinguir as relações que são instituídas entre autor e leitor, por um lado, e entre leitor e contexto, por outro. No contexto escolar, o professor, um dos fatores da ação do contexto imediato no leitor, é também constitutivo do processo. Sendo assim, a leitura é uma atividade que coloca ao leitor momentos de adquirir novos pensamentos, novas escolhas, conhecimentos que se transformam a partir de novas visões. Nessa direção, a leitura proporcionaao sujeito conhecer o significado das palavras, interpretar e dar sentido ao que está lendo interligando o contexto e seus conhecimentos prévios. Como afirma Kleiman (2008, p.13): O processo de ler é complexo. Como em outras tarefas cognitivas, como resolver problemas, trazer à mente uma informação necessária, aplicar algum conhecimento a uma situação nova, o engajamento de muitos fatores (percepção, atenção, memória) é essencial se queremos fazer sentido do texto. Diante disso, percebe-se a importância de trabalhar o cognitivo para que assim as pessoaspossam dar sentido ao que se lê. Faz-se necessário compreender o que o leitor proficiente3 faz quando lê, isto é, a cada novo conhecimento o leitor amplia o conhecimento anterior e começa a dar novos sentidos para a sua leitura. Frente a isto Kleiman (2008, p.14) diz: Os mecanismos observáveis do leitor proficiente são um reflexo de estratégias de ordem superior e são essas estratégias as que caracterizam o bom leitor. Para melhor entendermos essas estratégias pensemos agora no que acontece com o leitor após a imediata percepção do material. Este precisa ser processado, de alguma forma, para que traços no papel sejam convertidos em significados [...]. Assim, ler é muito mais do que apenas reconhecer letras e formar palavras, a leitura pode ser vista com vários aspectos diferentes, como interpretar palavras, frases, textos, gestos, imagens, sons, ou seja, uma leitura verbal e não verbal, a qual se utiliza por meio da imaginação formas diferenciadas de perceber o mundo. O processo de ler, muitas vezes costuma ser relacionada a velocidade da leitura, a exatidão da soletração, a pronúncia correta das palavras retiradas de pequenos fragmentos ou frases de texto, pecando em colocar está concepção como definição de leitura, pois a leitura propriamente dita ultrapassa essa visão. Sobreo signo linguístico Cagliari (2008) comenta que: A escrita atua pela convencionalidade da representação gráfica dos signos, e a leitura também tem a sua convecionalidade guiada não só pelos elementos linguísticos, mas também pelos elementos culturais, ideológicos, filosóficos etc., do leitor. Ler é antes de tudo, compreender, de forma que o leitor ao ficar perante ao texto deve estar, não só decodificando as palavras, as mensagens presentes no mesmo, mas entrar em conflito, colocando novas indagações, aderir e divergir com o que está escrito no material 3 O leitor proficiente lê rapidamente- mais ou menos 200 palavras por minuto, se o assunto lhe for familiar ou fácil, e um número menor se ele for desconhecido ou difícil. a sua frente, no qual, o indivíduo abrange e decodifica a expressão apontada pela escrita e passa a envolver em suas vivencias no mundo. Dessa maneira, Safady (1968, p.13) apud Silva (2011, p.50) afirma: (...) o leitor curioso e interessado é aquele que está em constante conflito com o texto, conflito representado por uma ânsia incontida de compreender, de concordar, de discordar – conflito, enfim, onde quem lê não somente capta o objeto da leitura, como transmite ao texto lido as cargas de sua experiência humana e intelectual. A compreensão não se define em compreender o todo ou não compreender nada, mas sim quando o sujeito realiza uma interpretação da mensagem que se adapta com a intenção de escrita do autor de maneira compreensível. Contudo, Ricoueur (1978, p.15) apud Silva (2011, p.82) define a interpretação como: “[...] o trabalho de pensamento que consiste em decifrar o sentido oculto no sentido aparente, em desdobrar os níveis de significação implicados na significação literal”. O conhecimento adquirido pelo sujeito em suas experiências no mundo faz da leitura uma ferramenta indispensável para a compreensão do material escrito, pois também é uma fonte de conhecimento. Para Colomer (2002, p.31): Ler, mais do que um simples ato mecânico de decifração de signos gráficos, é antes de tudo um ato de raciocínio, já que se trata de saber orientar uma série de raciocínios no sentido da construção de uma interpretação da mensagem escrita a partir da informação proporcionada pelo texto e pelos conhecimentos do leitor e, ao mesmo tempo, iniciar outra série de raciocínios para controlar o progresso dessa interpretação de tal forma que se possam detectar as possíveis incompreensão produzidas durante a leitura. As formas básicas de leitura são conectadas de forma que, de início uma implica a outra; porém, são diferentesem seus aspectos. Colomer (2002, p.70), relata claramente quando diz que “qualquer ato de compreensão é entendido como uma alternação das redes em que estão organizados os conhecimentos.”Nesse sentido, é como um procedimento de transformar as composições de conhecimento que o leitor tinha antes de aprender novas informações. O leitor primeiramente deve decifrar a escrita, em seguida perceber a linguagem encontrada, logo decodificar as insinuações que o texto tem, e por fim, refletir sobre o mesmo e construir a sua própria opinião e conhecimento a partir do que leu. Para Cagliari (2008, 150),“a leitura sem decifração não funciona adequadamente, assim como sem a decodificação e demais componentes referentes à interpretação, se torna estéril e sem grande interesse”. A leitura é a concretização da finalidade da escrita. Praticamos de forma constante, a qual, muitas vezes não percebemos que estamos nesse processo de descoberta. Cagliari (2008, p.149) afirma que: A leitura pode também ser superficial, sem grandes pretensões, uma atividade lúdica, como um jogo de bola em que os participantes jamais se preocupam com a lei da gravidade, a cinética e a balística, mas nem por isso deixam de jogar bola com gosto e perfeição. Como se pode observar, conseguimos ter diversas maneiras para pensar perante a leitura. É uma atividade intensamente individual de forma que dois sujeitos raramente fazem a mesma leitura, a mesma interpretação de textos, por mais que seja cientifico. Contudo, se a leitura é em seu fundamento uma operação individual, a instituição não deve torná-la um simples motivo para avaliar outros aspectos, tais como, pronúncia, velocidade de decifração, entre outras. Neste sentido, Silva (2011, p.19) assegura: Vários fatores influenciam não só a amplitude de percepção como também a sua rapidez: a hipermetropia, a exoforia e os campos visuais restritos reduzem muito a rapidez de percepção. Um estudo usando a análise fatorial indica os seguintes fatores como sendo importantes na rapidez da percepção: 1. O tempo de reação do leitor; 2. O tempo de julgamento do leitor (prontidão com que se faz as suas escolhas); 3.rapidez e intensidade do fechamento (tempo exigido para encontrar os pormenores e completar um percepto, juntamente com a resistência à distração), e 4. Capacidade para manipular duas ou mais configurações ao mesmo tempo. A leitura oral necessariamente não é só feita por quem está lendo, mas também pode ser considerada quando se está lendo para alguém e este também se transforma em um leitor ouvinte, pois está ao mesmo tempo em processo de interpretação do que está ouvindo. Conforme Cagliari (2008), adiferença entre ouvir a fala e ouvir a leitura está em que a fala é produzida espontaneamente, ao passo que a leitura é baseada num texto escrito, que tem características próprias diferentes da fala espontânea. Desta maneira, Colomer (2002, p.39) também comenta: É simples comprovar como, em uma leitura em voz alta, o leitor afasta os olhos do papel enquanto diz o texto, e como uma interrupção repentina nunca ocorre em meio a uma unidade de sentido, mas o leitor sempre termina de emitir a última palavra que tinha compreendido. A leitura é um processo que demanda apropriação do que está escrito, por isso o leitor precisa ir ao texto reconhecendo, compreendendo e interpretando o que o autor diz, tal ação estabelece as unidades de sentido fundamentais no processo de leitura. Visto que a leitura é um processo muito importante durante a vida do ser humano e que envolve diversas peculiaridades se torna imprescindível tratar da importância da mesma no decorrer da vida acadêmica. 2 A leitura no ensino superior A leitura é importante em todos os níveis educacionais, desde a educação infantil até a vida acadêmica. Tal presença se inicia no período de alfabetização, quando se começa a compreender o real significado das palavras e dar sentido as mesmas. Em seguida o aluno se depara com atos de leitura em vários modelos de textos ao longo de seu andamento acadêmico. Seja na alfabetização, ou na universidade, o leitor está em contínua atribuição de significados. Como destaca Silva (2011, p.34): Desde a alfabetização até as formas mais complexas de encontro com textos nas universidades, é uma forma de atribuição contínua de significados. Dessa forma, o leitor, seja ele a criança que inicia a alfabetização, ou o adulto já na universidade, está num contínuo de atribuição de significados, de expectativas de visão e de chegar à idealidade daquilo que está sendo mostrado pela cartilha ou pelos diferentes tipos de texto. No meio acadêmico a necessidade da leitura é maior em virtude da sua dimensão e sua variedade. Ao longo dessa essencialidade de leitura na prática do acadêmico, o qual carece do seu desempenho na teoria e na prática para assim desenvolver com mais perfeição seus conhecimentos e aprendizagem em sua formação e como futuro profissional. Contudo, percebe-se que a prática de leitura no Ensino Superior ainda é amena. Possivelmente em virtude da sua carência na leitura dos ensinos anteriores o aluno se encontre nesta defasagem. Como afirma Saveli (2013):tais práticas continuam estáveis, a leitura quase sempre é tomada como a tradução oral do escrito. Essa concepção estruturalista de leitura,trazida pela autora, que considera um texto nele mesmo e por ele mesmo, é muito comum na escola. Dessa forma, quando o acadêmico se insere na leitura de textos científicos, esta concepção estruturalista reproduzida na escola, do texto só existir naquele dado momento, atravessa a vida do acadêmico o impedindo de se encorajar para leituras mais profundas que exigem mais esforço cognitivo. Assim, aponta Aquino (2000, p.14): Submetido, durante toda a sua escolarização, a essas práticas destruidoras da capacidade criativa de ler, ao chegar à universidade, o jovem não tem um repertório que possibilite o seu mergulho nas teias do texto, nas suas relações intertextuais e interdiscursivas. Ele não tem, portanto, a capacidade de ler a história no texto, de percorrer os labirintos que ligam um texto a outro e que constroem os sentidos na sociedade. Os alunos entram no Ensino Superior levando junto a eles uma bagagem de dificuldades com relação à linguagem que adquiriram durante toda sua vida escolar ou fora dela, incluindo aqui as práticas de leitura isolada e distante das práticas sociais. Tourinho (2011) apud Santos (1998) comenta que muitos entram na universidade sem compreender sequer um texto, tanto de ficção quanto de não ficção. Portanto, o professor passa a ser responsável por introduzir os alunos na linguagem acadêmica a fim de que eles assimilem os meios de falar, produzir, raciocinar. As leituras praticadas durante a graduação, na maioria das vezes, não relacionam a teoria à práticao que torna mais difícil a compreensão. Conforme Gee (1996), para que os alunos possam assumir-se parteda comunidade acadêmica precisam entender o funcionamento dos inúmeros discursos que circulam nela, bem como as formas de constituição dos gêneros discursivos próprios dessa esfera, e isso envolve muito mais do que habilidades de leitura e escrita, mas formas de ser, agir, valorizar e utilizar recursos e tecnologias, a fim de construir a condição letrada exigida pela universidade. Ou seja, o aluno se depara com textos específicos para a sua área, são leituras mais ligadas à teoria, com uma linguagem mais cientifica, bem como passa a exigir do leitor um raciocínio mais rígido onde tem que criar condições para que possa compreender o que o texto quer transmitir. Nesse sentido,Araújo (2008, p.18) e Severino (2002, s/p.), ressaltam que: Habituados à abordagens de textos literários, os estudantes ao se defrontarem com textos científicos ou filosóficos, encontram dificuldades logo julgadas insuperáveis e que reforçam uma atitude de desanimo e de desencanto, geralmente acompanhada de um juízo de valor depreciativo em relação ao pensamento teórico. Desta forma, se faz importante o interesse pela leitura por parte do aluno, já que o tipo de leitura realizada nesse processo é mais complexa. Sendo assim, é importante pesquisar quais são as dificuldades encontradas pelos mesmos na academia, no sentido de contribuir para que a academia seja um espaço de produção de conhecimentos por meio da leitura, compreendida como a interlocução entre leitor e escritor. 3. Metodologia 3.1 Tipo de pesquisa O tema de pesquisa surgiu da necessidade de descoberta de como o acadêmico se comporta diante das leituras realizadas na academia, pois nem sempre o acadêmico tem condições anteriores de leitura desenvolvida para este fim. Dessa forma, os textos científicos se tornam um dos entraves para a aprendizagem de conhecimentos diferenciados. A pesquisa teve como ponto de partida a abordagem qualitativa Conforme Moreira; Caleffe (2006, p.73): “a pesquisa qualitativa [...] explora as características dos indivíduos e cenários que não podem ser facilmente descritos numericamente. O dado é frequentemente verbal e é colocado pela observação, descrição e gravação”. Em síntese a pesquisa qualitativa é realizada com pessoas e ssociado a isso, Neves (2014, p.1) comenta que: “o objetivo da pesquisa é traduzir e expressar o sentido dos fenômenos do mundo social, reduzindo a distância entre indicador e indicado, entre teoria e dados, entre contexto e ação”. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico e exploratória, de acordo com Gil (2009,p.44): A pesquisa bibliográficaé desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos cientificos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Segundo Marconi e Lakatos (2003, p.188): As pesquisas exploratórias são compreendidas como investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Dessa forma, para a coleta de dados da pesquisa foi aplicado o questionário com acadêmicos do primeiro e sexto período do Curso de Pedagogia de uma faculdade particular da cidade de Ponta Grossa,a fim de coletar dados que ilustrem a importância da leitura no ensino superior. Assim, para melhor trazer essa problemática o questionário contava com as seguintes questões: - Durante uma atividade de leitura consegue se concentrar? - Utiliza o contexto para descobrir o significado de uma palavra/frase? - Quando não sabe o significado de uma palavra usa dicionário ou outro meio para compreender? - Assimila vocabulário novo? - Quando não compreende faz uma releitura? - Detecta as palavras chaves de um texto? - Capta as ideias principais em um parágrafo ou texto? - Memoriza conteúdo por meio da leitura? - Cita livros que lê em uma explanação oral? - Faz refletir sobre a importância da leitura no ensino superior. Os acadêmicos primeiramente deveriam responder uma das opções das alternativas e em seguida justificar sua resposta caso escolha da alternativa fosse negativa. A turma do primeiro período foi escolhida, pois elas estão iniciando o curso passaram a se deparar com linguagens diferentes do que estavam acostumadas uma vez que iniciam o trabalho com textos acadêmicos. A turma do sexto período (último período da faculdade) foi selecionada para responder o questionário para termos uma visão mais ampla da sua compreensão de leitura, saber quais foram as mudanças do primeiro até o último período no qual as alunas passam a ser mais críticas e leem com mais facilidade os textos ou saem com as mesmas dificuldades que entraram. Segundo Moreira; Caleffe (2006, p. 174): A seleção dos participantes depende, é claro, do problema a ser estudado. O participante (ou caso) pode ser uma pessoa ou várias pessoas–aluno(s), professor(es) etc., uma disciplina (matemática), uma instituição (escola, universidade, indústria, etc.), um projeto ou um conceito. A princípio a amostra aleatória não é utilizada, porque o propósito não é estimar um parâmetro da população, mas selecionar participantes que possam melhor contribuir para a pesquisa e para o conhecimento do fenômeno. Ao invés disso, a seleção dos participantes é intencional; na essência isso significa que a amostra é selecionada levando-se em consideração as pessoas que podem efetivamente contribuir para o estudo. Antes da aplicação do questionário, explicou-se a respeito de sua finalidade e de que forma deveria ser preenchido pelas alunas. Explicou-se também a importância do preenchimento correto, pois tratava-se de um instrumento importante para a pesquisa.Foram entregues cópias idênticas do questionário para as duas turmas da faculdade. O período de aplicação durou cerca de 15 minutos em cada sala, ao todo participaram da pesquisa 28 acadêmicas, sendo 16 alunas do 1º período e 12 alunas do 6º período, na qual, a maior parte das entrevistadas tem idade entre 20 à 30 anos. 3.2 Análise dos dados A presente pesquisa procura abranger questões significativas para que seus objetivos sejam atingidos. Portanto, foram analisados vinte e oito questionários de acadêmicas de uma faculdade particularda cidade de Ponta Grossa, PR, as quais responderam as questões de acordo com suas condições, já que cada pessoa tem seu entendimento e suas dificuldades referente ao tema abordado nas questões. Os gráficos abaixo indicam, em porcentagem, a quantidade de alunas que conseguem se concentrar durante uma atividade ou não. Gráfico 1- Durante uma atividade consegue se concentrar. Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora (2015) Percebe-se que há uma diferença significativa entre as turmas no que se diz respeito à concentração, observa-se que as alunas do primeiro período ainda não têm uma ideia aprofundada sobre o que é se concentrar. As alunas do sexto período aparentam ser mais críticas em relação a isto, pois a maior parte responde que não consegue se concentrar durante as atividades, dentre as justificativas colocadas pelas alunas que tiveram como resposta, não, de ambas as turmas foi de que perdem a concentração facilmente e que também depende do ambiente onde se encontram pois necessitam de silêncio para poder se concentrar. Para Kleiman (2008, p.17): O leitor está engajado, antecipando o material até a formulação de uma imagem, pois a decisão sobre a pausa ou fixação está determinada não só pelo que ele acaba de ler na página, mas também por seu conhecimento dos padrões ortográficos, da estrutura da língua, do assunto, etc. Sendo assim, a concentração no ato de ler traz muitos fatores para que no fim haja compreensão do que o leitor está lendo. O gráfico abaixo aponta, em porcentagem, a quantidade de acadêmicas que utilizam o contexto para descobrir o significado de uma palavra/frase. Gráfico 2- Utiliza o contexto para descobrir o significado de uma palavra/frase. Fonte: Autora (2015)Fonte: Autora (2015) Permite-se por meio do gráfico determinar que a maior parte das alunas das duas turmas conseguem utilizar o contexto para descobrir o significado das palavras. Portanto,pode-se dizer que a capacidade de separar os aspectos essenciais está associada à compreensão do texto tendo maior habilidade de esmiuçar e distinguir as partes mais importantes do texto. De acordo com Faulstich (2009, p.25), entender um texto é compreender claramente as ideias expressas pelo autor para, então, interpretar e extrapolar essas ideias. Entretanto, em relação a esses dados também se pode analisar que as acadêmicas têm dificuldade para compreender o que de fato seja utilizar o contexto para saber o significado das palavras, pois se conseguem fazer essa relação desde o primeiro período não chegariam com tanta dificuldade de compreensão de textos no final do sexto período, cuja capacidade de concentração, segundo o gráfico anterior, deveria ser maior, isto é mais alunas deveriam estar entre os sim. O próximo gráfico se refere ao uso do dicionário como uma das alternativas para ampliar o vocabulário. Gráfico 3 – Quando não sabe o significado de uma palavra usa o dicionário para compreender o significado. Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora (2015) Percebe-se que quando questionadas sobre o uso do dicionário ambas as turmas em maior porcentagem respondem que utilizam o dicionário quando não compreendem o significado de uma palavra. É evidente que o uso do dicionário é de extrema importância já que nem todas as vezes que entramos em contato com algo novo temos um conhecimento aprofundado sobre o assunto. Muitas vezes os acadêmicos utilizam as palavras, ou termos de forma equivocada por não saber o real significado das palavras, desta forma confundem a pronuncia com a escrita. Pode-se de dizer que as alunas ao responder esta questão se equivocaram já que o dicionário não é um material que faz parte do uso diário das alunas, dificilmente os professores encontram seus alunos com um dicionário junto a seus materiais. Quando necessário as acadêmicas fazem pesquisas no celular. A aluna que teve como resposta, não, diz que não utiliza o dicionário pois não gosta de ler e que prefere perguntar para alguém que saiba o significado da palavra. Como afirma Antunes (2003, p.65): “A fixação nos padrões da correção ortográfica, por exemplo, desviou a atenção do professor que, dessa forma, deixou de perceber a coesão, a coerência, a informatividade, a clareza, a concisão e outras propriedades do texto”. Quando questionadas sobre a assimilação do vocabulário novo, em maior porcentagem tiveram como resposta, sim, nas duas turmas. Já as que tiveram como resposta não, tiveram como justificativa encontrarem dificuldades para assimilar novos vocabulários. Gráfico 4 – Assimila vocabulário novo. Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora(2015) O uso da leitura como meio de adquirir o conhecimento de uma nova linguagem, a qual traz uma aproximação indireta. O aluno se foca apenas no conteúdo em que o texto está direcionado e faz com que o vocabulário passe despercebido. Frente a isso Faulstich (2009, p.41) afirma: A fim de que a unidade vocabular seja empregada adequadamente em uma exposição escrita ou oral, é necessário que se conheça o valor semântico que cada uma possui. Para isso, o conhecimento do vocabulário é fundamental. Vocabulário é o conjunto de vocábulos, empregados em um texto, caracterizadores de uma atividade, de uma técnica, de uma pessoa etc. Portanto, nota-se a importância que se obtém na assimilação de um novo vocabulário. Já que de fato as alunas podem não ter total conhecimento sobre o que é assimilar uma nova linguagem, falhando a maior parte em responder que sim, pois a assimilação de novos vocábulos gera novas buscas por novos conhecimentos. Quando as acadêmicas foram questionadas se fazem uma releitura quando não compreendem um texto obteve-se a seguinte resposta. Gráfico 5 – Quando não compreende faz uma releitura Fonte: Autora(2015)Fonte: Autora(2015) Ao perguntar às alunas se fazem uma releitura do texto quando não compreendem, a maior parte teve como respostam sim. A respeito desse assunto Chartier (1966, p.115) comenta: Para compreender um texto, é necessário dispor de conhecimentos que ao mesmo tempo digam respeito a seu conteúdo e a seu modo de comunicação. Ninguém pode compreender as situações evocadas nos livros se elas forem totalmente estranhas à sua experiência e a seus conhecimentos ou exteriores a seu meio. Ainda frente a este assunto, Colomer (2002, p.47), fala que: A compreensão não é uma questão de compreendê-lo todo ou não compreender nada, mas que, como em qualquer ato de comunicação, o leitor realiza uma interpretação determinada da mensagem que se ajusta mais ou menos à intenção do escritor. Diante disso, pode-se dizer que compreender vai além de uma simples leitura ou releitura de um texto, para tanto o leitor deve ter conhecimentos prévios sobre o assunto abordado para que assim passe assimilar o contexto. Quando as alunas dizem que fazem releitura, na perspectiva de compreender verdadeiramente o que se quer dizer, se de fato conseguem fazer releitura não teriam tanto problema na escrita de textos teóricos, como comumente se vê no contexto de sala de aula. Por isso, precisa rever o que as acadêmicas entendem por releitura do texto lido. Pode-se observar no gráfico abaixo que quando interrogadas se detectam as palavras chaves de um texto, as alunas do primeiro período em maior porcentagem responderam que não, colocando como justificativa que estão aprendendo agora na faculdade, já quando questionadas sobre captar as ideias principais de um parágrafo quase cem por cento das alunas responderam que sim. As alunas do sexto período em maior porcentagem responderam que sim nas duas questões, com porcentagens parecidas, as que tiveram como resposta não justificaram que ainda têm dificuldades para interpretação de texto. Gráfico 6 – Detecta as palavras chaves de um texto Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora (2015) Gráfico 7- Capta as ideias principais em um parágrafo ou texto. Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora (2015) Desta forma, Kleiman (2008, p.57) comenta que é justamente através de informações que não estão explícitas, que o aluno pode compreender o texto; compreendendo o implícito ele passa a compreender melhor o explícito. Faulstich (2009, p.19) afirma: A leitura crítica exige do leitor uma visão abrangente em torno no assunto que está sendo focalizado. É necessário, pois, que se faça uma pré-leitura do material a ser analisado para, então, estabelecer-se diferença entre a sucessão das ideias principais, contidas nas sentenças-tópico. Sendo assim, para que possa se retirar as palavras chaves de um texto o leitor deve compreender o que está lendo, então isso se torna mais fácil. Ao perguntar as alunas se memorizam conteúdos por meio da leitura, em porcentagem maior foi a resposta sim nas duas turmas. As acadêmicas que responderam não colocam como justificativa que aprendem melhor os conteúdos ouvindo o professor em sala. Gráfico 8- Memoriza conteúdo por meio da leitura Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora (2015) Portanto, verifica-se que a maior parte das alunas necessitam da leitura para memorizar os conteúdos de uma forma mais significativa. Sobre essa questão, Kleiman (2008, p.16) relata: Uma vez que a memória é esvaziada, se não conseguirmos reconhecer o material como unidade significativa ele será imediatamente esquecido. Mas, se o material for significativo, ele passa a receber a ação de um outro tipo de memória profunda ou memória a longo prazo, onde ficaria organizado todo o nosso conhecimento: o conhecimento da língua, nossas experiências, nossas convicções, nossos hábitos, etc. No entanto, para que haja a memorização de conteúdo é necessário que a leitura se torne significativa para as alunas, de forma que o contexto do que foi lido possa ser utilizado em outros contextos de comunicação e não só o momento imediato. A memória é um mecanismo que ajuda para que se fortaleça a construção de novos conhecimentos pelo leitor. Ao responderem a questão que fala se as acadêmicas ao fazer uma explanação oral citam livros, elas respondem que: Gráfico 9- Cita livros que lê em uma explanação oral Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora (2015) A turma do primeiro período em maior porcentagem diz que sim, que utilizam, mas de fato se estas alunas ao responder questões anteriores sobre detectar palavras chaves do texto em maior parte responderam que não, se as mesmas têm dificuldade quanto a isso, podese questionar de como elas conseguem então citar livros em uma explanação oral já que é algo mais complexo. As alunas do sexto período o resultado foi mediano entre as duas respostas. A explanação oral utilizando autores é dificilmente vista em sala de aula já que para isso é necessário que as alunas realizem leituras diárias. Segundo Faulstich (2009, p.27): Aplicação é a capacidade de resolver situações semelhantes à situação explicitada no texto. Manifesta-se pela habilidade de, ao associarem-se assuntos paralelos, utilizarse de princípios aprendidos num contexto em contextos semelhantes; é a capacidade que nos garante ter entendido o assunto e nos permite projetar novas ideias a partir dos conhecimentos adquiridos [...]. Desta forma percebe-se a importância de compreender o que se está lendo para que assim possa associar a novas situações e a novos assuntos. Gráfico 10- Quantos livros leu e compreendeu seu conteúdo nos últimos três anos Fonte: Autora (2015) Fonte: Autora (2015) Quando questionadas sobre o número de livros que leram e compreenderam a maioria das alunas respondem menos que seis livros. Novamente se aponta sobre a importância da leitura ao compreender o que está lendo. Perante a isso, Hébrard (1996, p.119) afirma que compreender é sempre formar representações mentais da situação proposta, enriquecer e estabilizar progressivamente essas representações, interpretando os dados novos em função dos esquemas já memorizados. E ainda para, Silva (2011, p.50): O “compreender” deve ser visto como uma forma de ser, emergindo através das atitudes do leitor diante do texto, assim como através do seu conteúdo, ou seja, o texto como uma percepção ou panorama dentro do qual os significados são atribuídos. Nesse sentido, não basta decodificar as representações indicadas por sinais e signos; o leitor porta-se diante do texto transformando-o e transformando-se. Portanto ler é, antes de tudo, compreender. No qual o leitor passa entender novos significados e a representar situações a qual o autor quer passar, colocando isso juntamente com seus conhecimentos prévios. As alunas afirmam que fazem releitura, que memorizam os textos, mas o índice de livros lidos é irrelevante para um acadêmico, insuficiente para formar leitor e escritor de textos significativos para a realidade social em que estão inseridos. 4 Considerações finais Durante o trabalho apresentou-se um estudo acerca da leitura e sua importância no ensino superior, pois se percebe que há uma grande dificuldade dos alunos quanto à leitura ao ingressar em uma faculdade. Teve-se como foco analisar como as práticas de leitura influenciam a formação do (a) pedagogo (a). Desse modo, por meio da pesquisa realizada pode-se dizer que foi atingido o objetivo proposto para essa investigação. A partir dos questionários consegue-se perceber que as alunas do primeiro período ainda se encontram confusas em relação ao quanto de conhecimento podem adquirir através do curso. Já as alunas do sexto período demonstram um perfil mais crítico, pois, reconhecem a importância de buscar conhecimentos e que o professor na sua formação tem a leitura como aspecto primordial, entretanto ainda é muito deficitária as leituras realizadas por acadêmicos em fase final de conclusão de curso. Diante dos resultados levantados, pode-se concluir que a prática da leitura é de suma importância, mais especificamente no ensino superior, percebe-se a primordialidade de ajudar a melhorar a performance e a prática de ler para alunos do ensino superior. Nota-se que as alunas têm uma carência em relação ao ato de ler, a compreender o que lê, e principalmente dar o real valor à leitura, pois através desse processo é possível descobrir novas ideias, criar atividades com fundo acadêmico, tornando-se um profissional diferenciado que não tenha apenas a prática a seu favor, mas também a fundamentação teórica. Referências AMORA, S.Minidicionário da língua português. São Paulo: Saraiva, 2009. ANTUNES, I. Aula de português encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003. AQUINO, M. de. A. Leitura e Produção: desvelando e (re) construindo textos. João Pessoa: Editora Universitária, 2000. ARAÚJO, C.A; et. al. A importância do ato de ler. In: BARRETO-SE, T. 2008. Trabalho Acadêmico, Universidade do Vale do Acaraú.Disponível em: <http://pt.slideshare.net/cursoraizes/tcc-monografia-a-importancia-do-ato-de-ler>. Acesso em: 20/10/15. CAGLIARI, C. L. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 2004. CHARTIER, M.A; CLESSE, C.; HÉBRARD, J. Ler e escrever entrando no mundo da escrita. Porto Alegre: Artmed, 1996. COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002. CORREA, A.D. Práticas de letramento no ensino leitura, escrita e discurso. São Paulo: Parábola, 2009. FAULSTICH, J.L.E. Como ler, entender e redigir um texto. Rio de Janeiro: Vozes,2009. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,2009. KLEIMAN, A. 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