RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME

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APROVADO EM
30-04-2009
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ceftazidima Sidefarma 1000 mg pó para solução injectável ou perfusão
Ceftazidima Sidefarma 2000 mg pó para solução injectável ou perfusão
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco para injectáveis contém 1000 mg ou 2000 mg de ceftazidima, sob a forma
penta-hidratada em tampão de carbonato de sódio.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó para solução injectável ou perfusão.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
A ceftazidima está indicada no tratamento de infecções simples ou múltiplas causadas por
microrganismos susceptíveis. A ceftazidima pode ser usada como fármaco único de
primeira escolha antes dos resultados dos testes de sensibilidade serem conhecidos.
Pode ser usada em associação com um aminoglicosido ou à maior parte dos outros
antibióticos beta-lactâmicos. Pode ser usado com um antibiótico activo contra anaeróbios.
As indicações incluem:
- Infecções graves em geral: septicemia, bacteriemia, peritonite, meningite, infecções em
doentes imunodeficientes e em doentes em unidades de cuidados intensivos, por ex.:
queimaduras infectadas.
- Infecções do tracto respiratório incluindo infecções pulmonares na fibrose quística.
- Infecções dos ouvidos, nariz e garganta.
- Infecções do tracto urinário.
- Infecções da pele e tecidos moles.
- Infecções gastrointestinais, biliares e abdominais.
- Infecções dos ossos e articulações
- Diálise: infecções associadas com hemodiálise e diálise peritoneal e com diálise
peritoneal ambulatória contínua (DPAC)
- Profilaxia: cirurgia da próstata (resseção transuretral).
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4.2 Posologia e modo de administração
A ceftazidima deve ser administrada por via parentérica, dependendo a dose da
gravidade, sensibilidade, local e tipo de infecção e da idade e função renal do doente.
A administração IM só deve ser efectuada em situações excepcionais e em doses não
superiores a 1 g.
Adultos
A dose média de ceftazidima para adultos é de 1 a 6 g/dia divididas em 2 ou 3 doses em
injecções I.V. ou I.M.
Nas infecções do tracto urinário e em outras infecções menos graves, 500 mg ou 1 g de 12
em 12 horas é geralmente suficiente.
Na maioria das infecções 1 g de 8 em 8 horas ou 2 g de 12 em 12 horas é a dose
recomendada.
Em infecções muito graves, especialmente em doentes imunodeficientes, incluindo
doentes com neutropenia, deve administrar-se 2 g de 8 em 8 horas ou 3 g de 12 em 12
horas.
Em infecções pulmonares por Pseudomonas em doentes adultos com fibrose quística a dose
recomendada é de 100 a 150 mg/kg/dia divididas em três tomas.
Quando usada como agente profiláctico na cirurgia da próstata deve administrar-se 1 g na
indução da anestesia. Na altura da remoção do catéter deverá ser administrada uma segunda
dose.
Em adultos com função renal normal, têm sido usadas com segurança doses até 9 g/dia.
Lactentes e crianças (> 2 meses)
A dose média em crianças com mais de 2 meses varia de 30 a 100 mg/kg/dia dividida em 2
ou 3 doses.
Doses até 150 mg/kg/dia (máxima 6 g/dia) divididas em 3 doses, podem ser
administradas em crianças imunodeficientes com infecções, ou com fibrose quística ou
com meningite.
Recém-nascidos e Lactentes até 2 meses de idade
25 a 60 mg/kg/dia divididas em 2 doses. Nos recém-nascidos, a semi-vida sérica da
ceftazidima pode ser 3 a 4 vezes a dos adultos.
Posologia nos idosos
Devido à depuração reduzida da ceftazidima em doentes idosos com doença grave, a dose
diária não deve normalmente exceder 3 g, em especial em doentes com idade acima dos
80 anos.
Posologia nos insuficientes renais
A ceftazidima é excretada inalterada pelos rins. Por conseguinte, em doentes com
insuficiência renal é recomendável uma redução na dose de ceftazidima. Deve
administrar-se uma dose inicial de 1 g de ceftazidima. As doses de manutenção devem
ser baseadas na velocidade de filtração glomerular (VFG).
Doses de manutenção de ceftazidima recomendadas na insuficiência renal
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Depuração
da Creatinina
Sérica Dose de Ceftazidima Intervalo entre as
creatinina (ml/min. µmol/l (mg/100 ml) recomendada (g)
doses (horas)
> 50
< 150
Dose normal
Intervalo normal
(<1,7)
50-31
150-200
1,0
12
(1,7-2,3)
30-16
200-350
1,0
24
(2,3-4,0)
15-6
350-500
0,5
24
(4,0-5,6)
<5
> 500
0,5
48
(>5,6)
Em doentes com infecções muito graves a dose unitária pode ser aumentada em 50% ou
aumentada adequadamente a frequência de administração. Nestes doentes recomenda-se o
controlo dos níveis séricos da ceftazidima e os níveis obtidos entre duas doses não devem
exceder 40 mg/l. Nas crianças a depuração da creatinina deve estar de acordo com a área da
superfície corporal ou a massa corporal.
Hemodiálise
A semi-vida sérica da ceftazidima durante a hemodiálise varia de 3 a 5 horas. A dose de
manutenção adequada de ceftazidima deve ser repetida após cada sessão de
hemodiálise.
Diálise peritoneal
Ceftazidima pode ser administrada em diálise peritoneal e diálise peritoneal ambulatória
contínua (DPAC). Além de ser usada intravenosamente a ceftazidima pode ser
incorporada no fluído de diálise (geralmente 125 a 250 mg para 2 l de fluído de diálise).
Para doentes com insuficiência renal fazendo hemodiálise arteriovenosa contínua ou
hemofiltração de fluxo elevado nas unidades de cuidados intensivos: 1 g por dia, em dose
única ou em doses divididas. Para hemofiltração de baixo fluxo deve-se seguir a dosagem
recomendada para os insuficientes renais.
Para doentes em hemofiltração venosa e hemodiálise venosa, seguir a dosagem
recomendada nas tabelas seguintes:
Função renal residual Dose de manutenção (mg) para uma taxa de ultrafiltração
(Depuração
da (ml/min) de*
creatinina ml/min)
5
16,7
33,3
50
0
250
250
500
500
5
250
250
500
500
10
250
500
500
750
15
250
500
500
750
20
500
500
500
750
* Dose de manutenção para ser administrada de 12 em 12 h.
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Função
renal Dose de manutenção (mg) para uma taxa de fluxo dialisado
residual (Depuração de*:
da
creatinina
ml/min)
1,0 l/h
2,0 l/h
Taxa de Ultrafiltração (l/h) Taxa de Ultrafiltração (l/h)
0,5
1,0
2,0
0,5
1,0
2,0
0
500
500
500
500
500
750
5
500
500
750
500
500
750
10
500
500
750
500
750
1000
15
500
750
750
750
750
1000
20
750
750
1000
750
750
1000
*Dose de manutenção para ser administrada de 12 em 12 h.
Modo de Administração
A ceftazidima deve ser administrada por via intravenosa ou por injecção intramuscular
profunda. Recomenda-se como local de injecção intramuscular o quadrante superior externo
do grande glúteo ou parte lateral da coxa.
As soluções de ceftazidima podem ser administradas directamente na veia ou
introduzidas no tubo do sistema de perfusão, se o doente estiver a receber fluidos por via
parentérica.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à ceftazidima, a outros antibióticos do grupo das cefalosporinas ou a
qualquer um dos excipientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Antes de se iniciar a terapêutica com a ceftazidima, saber se o doente tem história de
reacções de hipersensibilidade à ceftazidima, cefalosporinas, penicilinas ou outros fármacos.
Recomenda-se precaução especial em doentes que têm manifestado reacção alérgica à
penicilina ou a outros beta-lactâmicos.
Se se verificar uma reacção alérgica à ceftazidima, deve-se suspender o tratamento.
Reacções graves de hipersensibilidade podem necessitar de epinefrina, hidrocortisona, antihistamínicos ou outras medidas de urgência.
O tratamento simultâneo com doses elevadas de cefalosporinas e com fármacos
nefrotóxicos, por exemplo, antibióticos aminoglicosídicos ou diuréticos potentes como a
furosemida, pode ter efeitos adversos na função renal. A experiência clínica com
ceftazidima demonstrou que nas doses recomendadas não é provável que isto possa
constituir um problema.
Não há evidência de efeitos adversos da ceftazidima na função renal nas doses terapêuticas
normais. A ceftazidima é eliminada por via renal, por conseguinte a dose deve ser reduzida
de acordo com o grau da insuficiência renal. Têm sido referidas ocasionalmente sequelas
neurológicas quando a dose não é adequadamente reduzida (ver 4.2 Posologia e Modo de
Administração - Insuficiência Renal e 4.8 Efeitos Indesejáveis).
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Como com outros antibióticos de largo espectro, o uso prolongado da ceftazidima pode
dar origem ao sobrecrescimento de microrganismos não sensíveis (ex.: Cândida,
enterococos) que podem exigir a suspensão do tratamento ou a adopção de medidas
adequadas. É essencial a observação repetida da situação do doente.
Como com outras cefalosporinas e penicilinas de largo espectro, algumas estirpes de
Enterobacter spp. e Serratia spp. inicialmente sensíveis podem desenvolver resistência
durante a terapêutica com ceftazidima. Quando for clinicamente adequado, deve ser
considerada a realização periódica de testes de sensibilidade, durante a terapêutica deste tipo
de infecções.
Este medicamento tem na sua composição cerca de 53 mg de sódio por dose para
Ceftazidima Sidefarma 1000 mg Pó para Solução Injectável ou Perfusão, e cerca de 106 mg
de sódio por dose para Ceftazidima Sidefarma 2000 mg Pó para Solução Injectável ou
Perfusão, o que deve ser tido em consideração, em doentes submetidos a dietas com
restrição de sódio.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
O uso concomitante de doses elevadas com fármacos nefrotóxicos pode afectar
adversamente a função renal (ver 4.4 Advertências e Precauções Especiais de Utilização).
O cloranfenicol é antagonista, in vitro, da ceftazidima e de outras cefalosporinas.
Desconhece-se o significado clínico deste facto, mas se for proposta a administração
simultânea da ceftazidima com cloranfenicol deve ser considerada a possibilidade de
antagonismo.
Tal como outros antibióticos, a ceftazidima pode afectar a flora intestinal, diminuindo a
reabsorção de estrogénios e reduzindo a eficácia das associações de contraceptivos orais.
A ceftazidima não interfere com os testes enzimáticos para determinação da glucose na
urina. Pode ser observada uma ligeira interferência com os métodos por redução do cobre
(Benedict, Fehling, Clinitest). A ceftazidima não interfere no doseamento da creatinina pelo
picrato alcalino.
4.6 Gravidez e aleitamento
Não há evidência experimental de efeitos embriopáticos ou teratogénicos atribuíveis à
ceftazidima, mas como acontece com todos os fármacos, deve ser administrada com
precaução durante os primeiros meses da gravidez e nas crianças muito jovens. A
ceftazidima é excretada no leite materno em baixas concentrações e,
consequentemente, deve-se terem atenção quando a ceftazidima é administrada em
mulheres que amamentam.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
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A frequência dos efeitos indesejáveis muito frequentes a raros foi determinada pela
informação proveniente de ensaios clínicos (publicados e internos). A frequência dos
efeitos indesejáveis muito raros foi principalmente determinada pelos relatos de póscomercialização.
A seguinte convenção tem sido utilizada na classificação de efeitos indesejáveis: Muito
frequentes (=1/10), Frequentes (=1/100 e <1/10), Pouco frequentes (=1/1000 e <1/100),
Raros (=1/10000 e <1/1000) e Muito raros (<1/10000).
Infecções e infestações
Pouco frequentes: Candidíase (incluindo vaginite e estomatite).
Doenças do sangue e do sistema linfático
Frequentes: eosinofilia e trombocitose.
Pouco frequentes: Leucopenia, neutropenia e trombocitopenia.
Muito raros: Linfocitose, anemia hemolítica e agranulocitose.
Doenças do sistema imunitário
Muito raros: Anafilaxia (incluindo broncospasmos e/ou hipotensão).
Doenças do sistema nervoso
Pouco frequentes: Cefaleia e tonturas.
Muito raros: Parestesias.
Têm sido referidas sequelas neurológicas, incluindo tremor, mioclonia, convulsões,
encefalopatia e em doentes com insuficiência renal aos quais a dose de ceftazidima
administrada não foi adequadamente reduzida.
Vasculopatias
Frequentes: Flebite ou tromboflebite com administração IV.
Doenças Gastrointestinais
Frequentes: Diarreia.
Pouco frequentes: Náuseas, vómitos, dor abdominal e colite.
Muito raros: Mau sabor na boca.
Como com outras cefalosporinas, a colite pode estar associada com Clostridium difficile
e pode apresentar-se sob a forma de colite pseudomembranosa.
Afecções hepatobiliares
Frequentes: Elevações transitórias de uma ou mais das enzimas hepáticas, ALT
(SGPT), AST (SGOT), LDH, GGT e fosfatase alcalina.
Muito raros: Icterícia.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Frequentes: Rash urticarial ou maculopapular.
Pouco frequentes: Prurido
Muito raros: Angioedema, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica.
Perturbações gerais e alterações no local de administração Frequentes: Dor e/ou inflamação
após injecção IM.
Pouco frequentes: Febre
Exames complementares de diagnóstico
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Frequentes: Teste de Coombs positivo.
Pouco frequentes: Como com outras cefalosporinas, observou-se elevações transitórias da
urémia, azoto urémico e/ou creatinina sérica.
Em 5% dos doentes o teste de Coombs é positivo (devido ao uso de ceftazidima) e pode
interferir com a determinação da compatibilidade sanguínea.
4.9 Sobredosagem
A sobredosagem pode provocar sequelas neurológicas, incluindo encefalopatia, convulsões
e coma.
Os níveis séricos da ceftazidima podem ser reduzidos por hemodiálise ou diálise
peritoneal.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Classificação farmacoterapêutica: 1.1.2.3 Cefalosporinas de 3a geração Classificação ATC:
J01DD02 Ceftazidime
A ceftazidima tem uma acção bactericida, inibindo a síntese da parede bacteriana. Uma
vasta gama de estirpes patogénicas e isoladas são sensíveis à ceftazidima "in vitro"
incluindo estirpes resistentes à gentamicina e outros aminoglicosidos. A ceftazidima é
altamente estável à maior parte das beta-lactamases clinicamente importantes, produzidas
tanto por organismos Gram-positivos como Gram-negativos e é, consequentemente, activa
contra um grande número de estirpes resistentes à ampicilina e à cefalotina. A ceftazidima
tem uma elevada actividade intrínseca "in vitro" e actua numa estreita gama de CIMs, para a
maior parte dos microrganismos, com alterações mínimas das CIMs, a vários níveis de
inóculo. As actividades da ceftazidima e de antibióticos aminoglicosídicos "in vitro" são
aditivas; há evidência de sinergia nalgumas estirpes. Foi demonstrado que a ceftazidima é
activa "in vitro" contra os seguintes microrganismos:
Espécies habitualmente susceptíveis
Gram positive aeróbios
Streptococcus agalactiae
Streptcoccus pyogenes
Aeróbios Gram-negativo
Haemophilus influenzae
Morganella morganii
Neisseria meningitidis
Proteus mirabilis
Proteus vulgaris
Providencia spp.
Espécies cuja aquisição de resistências pode ser um problema
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Aeróbios Gram-negativo
Acinetobacter spp.
Escherichia coli
Klebsiella spp.
Pseudomonas aeruginosa
Staphylococcus spp.
Staphylococcus aureus
Stenotrophomonas maltophilia
Streptococcus pneumoniae
Espécies com resistência inerente
Aeróbios Gram-positivo
Enterococcus spp.
Listeria monocytogenes
Anaeróbios
Bacteroides spp.
Clostridium spp.
Fusobacterium spp.
Peptostreptococcus spp.
Outros
Chlamydia spp.
Campylobacter spp.
Legionella spp.
Mycobacterium spp.
Mycoplasma spp.
A ceftazidima não é activa in vitro contra os seguintes microrganismos:
Staphylococcus resistentes à meticilina
Enterococcus (Streptococcus) faecalis e muitos outros Enterococcus
Clostridium difficile
Listeria monocytogenes
Campylobacter spp.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração intramuscular de 1 g, atinge-se rapidamente o nível sérico máximo de
37 mg/l. Cinco minutos após uma injecção de bólus intravenoso de 1 g e 2 g, os níveis
séricos são respectivamente 87 e 170 mg/l.
Distribuição
São ainda verificadas, concentrações séricas terapeuticamente eficazes 8 a 12 horas após
administração intravenosa ou intramuscular. A ligação da ceftazidima às proteínas séricas é
cerca de 10%: Concentrações de ceftazidima muito acima das CIM's para os patogénios
comuns podem ser atingidas no tecido ósseo, coração, bílis, expectoração e fluído
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sinovial, pleural e peritoneal e do humor aquoso. A ceftazidima atravessa a placenta
rapidamente e é excretada no leite materno. A cefatzidima penetra na barreira hematoencefálica intacta, em pequenas quantidades em pequenas quantidades e os níveis obtidos
no L.C.R. são baixos na ausência de inflamação. No entanto, quando as meninges estão
inflamadas, podem ser atingidos níveis terapêuticos de 4 a 20 mg/l, ou mais elevados.
Metabolização
A ceftazidima não é metabolizada no organismo.
Eliminação
A ceftazidima administrada por via parentérica, atinge níveis séricos elevados e
prolongados, estes diminuem com um tempo de semi-vida de cerca de 2 horas. A
ceftazidima é excretada pela urina, inalterada, na forma activa, por filtração glomerular.
Cerca de 80 a 90% da dose é recuperada na urina em 24 horas. A eliminação da ceftazidima
é diminuída em doentes com insuficiência renal e a dose deve ser reduzida (ver Posologia
na Insuficiência Renal). Menos de 1% é excretado através da bílis, limitando
significativamente a quantidade que entra no intestino.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e
toxicidade reprodutiva.
Não foram realizados estudos de potencial carcinogénico com ceftazidima, uma vez que o
fármaco se destina apenas a tratamento de curto prazo.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Carbonato de sódio anidro.
6.2 Incompatibilidades
A ceftazidima é menos estável na Solução Injectável de Bicarbonato de Sódio do que
noutros fluídos intravenosos, pelo que este fluído não é recomendado como solvente.
Ceftazidima Sidefarma não deve ser misturado na mesma seringa ou conjunto de perfusão
com antibióticos aminoglicosídicos. Tem sido referida precipitação quando se junta
vancomicina à solução de ceftazidima. Recomenda-se por isso enxaguar o conjunto de
administração e os tubos entre a administração destes dois antibióticos.
6.3 Prazo de validade
3 Anos.
Prazo de validade após reconstituição: 24 horas à temperatura de 2°C-8°C.
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6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco para injectáveis em vidro Tipo II, contendo pó para solução injectável
equivalente a 1 g ou 2 g de ceftazidima.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
A ceftazidima Sidefarma é compatível com as soluções para administração intravenosa
mais comuns.
Todos os frascos para injectáveis estão sob pressão reduzida. Quando o produto se dissolve
liberta-se dióxido de carbono e desenvolve-se uma pressão positiva.
Apresentação
Volume de solvente a usar (ml) Concentração
aproximada
(mg/ml)
1g
intramuscular
bólus intravenoso
perfusão intravenosa
3,0
10,0
50,0*
bólus intravenoso
10,0
260
90
20
2g
perfusão intravenosa
50,0*
*a adição deve ser feita em duas fases (ver abaixo)
170
40
A ceftazidima é compatível com a maioria das soluções para administração intravenosa.
Contudo a Solução Injectável de Bicarbonato de Sódio não é recomendada como solvente
(ver 6.2 Incompatibilidades).
A solução injectável pode apresentar uma coloração ligeiramente amarelada até âmbar
dependendo da concentração, do solvente usado e das condições de armazenagem.
Dentro das condições recomendadas a potência do produto não é afectada por essa
variação de cor.
A ceftazidima Sidefarma na concentração de 40 mg/ml é compatível com:
- Cloreto de sódio injectável
- Lactato de sódio 1/6 M injectável
- Lactato de sódio composto injectável (solução de Hartmann)
- Cloreto de sódio a 0,9% e Dextrose a 5% injectável.
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- Dextrose injectável a 10%.
Sendo estável durante 24 horas a 4ºC.
Preparação das soluções para injecção intramuscular ou bólus intravenoso
1.Introduzir a agulha da seringa através da rolha e injectar no frasco para injectável o
volume de solvente recomendado.
2.Remover a agulha e agitar o frasco para injectável para obter uma solução límpida.
3.Inverter o frasco para injectável. Com o êmbolo da seringa totalmente descido,
introduzir a agulha na solução. Retirar todo o líquido mantendo sempre a agulha
mergulhada na solução. As pequenas bolhas de dióxido de carbono não têm efeitos
prejudiciais.
Preparação das soluções para perfusão intravenosa
Utilizando um total de 50 ml de solvente adequado, adicionado em dois passos,
prepare a solução como descrito em baixo:
Frasco para injectáveis de 1 g e 2 g para perfusão intravenosa:
1.Introduzir a agulha da seringa através da rolha e injectar no frasco para injectável 10 ml do
solvente.
2.Retirar a agulha e agitar o frasco para injectável até obter uma solução límpida.
3. Não inserir a agulha até que todo o produto esteja dissolvido. Inserir na rolha uma agulha para
libertar o gás e reduzir a pressão interna no frasco para injectável.
4. Transferir a solução reconstituída para o sistema de administração final, perfazendo
um volume total de pelo menos 50 ml e, administrar por perfusão intravenosa durante
15-30minutos.
NOTA: Para conservar a esterilidade do produto é importante que a agulha para libertação
do gás não seja inserida antes do produto estar dissolvido.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
SIDEFARMA – Sociedade Industrial de Expansão Farmacêutica, S.A.
Rua da Guiné, nº26
2689-514 Prior Velho
Portugal
8. NÚMERO (S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Ceftazidima Sidefarma 1000 mg Pó para solução injectável ou perfusão:
Registo n.º xxxxxx - 1 frasco
Registo n.º xxxxxx – 5 frascos
Ceftazidima Sidefarma 2000 mg Pó para solução injectável ou perfusão:
Registo n.º xxxxxx - 1 frasco
Registo n.º xxxxxx – 5 frascos
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9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
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