INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLOGICA DA OCORRENCIA DE HEPATITE A EM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICIPIO DE PORTO VELHORO. Autores: Nazaré Valderez; Lucia Fátima; Eduardo Honda; Ronald Gabriel Passos; Eleildon Mendes Ramos; Belgrano Cavalcante Alves. INTRODUÇÃO: O vírus da hepatite A é mais comumente transmitido através da ingestão de água e alimentos contaminados pelas fezes de pessoas infectadas. É trasmitida também através do sexo oral-anal e prática dígito-anal-oral.Pode ocorrer em surtos epidêmicos (H2O contaminada), tendo relação com menores condições socioecônimas-educacionais. No Brasil, 75% da população adulta já teve contato com o vírus (apresentando sorologia IgG-anti HVA positiva) (MS, 2005). OBJETIVOS: Investigar a ocorrência de cinco casos de hepatite A confirmados por sorologia em alunos de uma escola publica do município de Porto Velho. MATERIAIS E METÓDOS: Foi solicitada pela epidemiologia em junho de 2010, que o Departamento de Vigilância Sanitária, através da Divisão em Saúde Ambiental a realização de coleta de água para verificar a causa da contaminação de cinco alunos de uma escola municipal por hepatite A. Foram coletadas 02 amostras de água nesta escola, nas residências dos alunos e também no peridomicilio destes que contraíram a doença, com visita domiciliar na residência de todos. RESULTADOS: Na visita aos domicílios foram verificados falta de higiene, muito lixo acumulado, restos de fezes de animais e humanas pelos terrenos, falta de estrutura sanitária. No laudo das analises coletadas realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Publica - LACEN foram detectados presença de coliformes termotolerantes acima das recomendadas pela portaria 518/MS nas amostras das residências. Na escola foi detectado a necessidade de limpeza e higienização do reservatório de água e ausência de coliformes nas amostras analisadas. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Muitos relatos, de diferentes países, mostram que a melhoria nas condições sanitárias de uma determinada população reduz a prevalência desta doença. Em particular, o suprimento de água segura, a longo prazo, diminui a prevalência da hepatite A. A disponibilidade de água tratada nos domicílios é uma medida eficaz para o controle da doença. Apesar de ter disponível no Brasil, a vacina, o custo é elevado e por isso ainda não foi incorporada no calendário de vacinação do Ministério da Saúde, mas está disponível para grupos especiais nos CRIES. Isto reforça o trabalho da vigilância sanitária no monitoramento da qualidade da água e orientações básicas de noções de higiene a população em geral. Apoio: Prefeitura Municipal de Porto Velho - SEMUSA; Departamento de Vigilância Municipal VISA; Agencia Estadual de Vigilância Sanitária Saúde - AGEVISA; Agencia Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; Instituto de pesquisas em Patologias Tropicais - IPEPATRO e Centro de Pesquisas em Medicina Tropical - CEPEM. Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN.