1 Mudanças em anticoncepcionais (Jornal do Commercio - RJ) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - A pílula anticoncepcional tradicional será substituída em breve por novos medicamentos, como as espirais de hormônios e a pílula de ciclo longo, até agora liberada apenas nos Estados Unidos. A previsão foi feita ontem pela cientista alemã Cosima Brucker, durante o Congresso Alemão de Ginecologia, em Hamburgo. "O interesse por novas alternativas aos mecanismos contraceptivos tradicionais é crescente", disse a cientista da Universidade de Ulm. Entre as inovações que estão adquirindo cada vez mais importância estão as injeções que cobrem períodos de três meses, os bastões, as espirais e os emplastros hormonais. Mas a maior novidade é a pílula anticoncepcional de ciclo longo, com a qual as mulheres passam a ter menstruação a cada três meses. Quando a pílula anticoncepcional foi introduzida, na década de 60, havia muito cuidado para não se alterar o ciclo menstrual natural, mas a posição mudou nos últimos anos. "Os desejos das mulheres e as razões médicas levaram a alterar o esquema de ingestão", explicou Cosima. Remédio para epilepsia se mostra eficaz no combate ao alcoolismo (Diário de São Paulo) Jornalista: Luciana Sobral 17/09/2004 - Um medicamento usado no tratamento de epilepsia e de enxaqueca está se mostrando eficaz no combate ao alcoolismo, problema que atinge hoje de 10% a 20% dos brasileiros. Estudo americano, publicado na revista científica The Lancet e discutido no início do mês durante congresso sobre o assunto, revelou que o topiramato (nome do princípio ativo da droga) reduz quase em 50% o consumo de bebida alcoólica. A droga se mostrou capaz de diminuir a vontade da pessoa beber, aumentando as chances de suportar as crises de abstinência. Segundo o psiquiatra Luís André Castro, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o remédio diminui a freqüência do consumo de álcool e a quantidade de doses ingeridas. “O estudo envolveu 150 pacientes. Os que tomaram o remédio consumiram em média, por dia, 3,36 doses. Já os dependentes que foram tratados com placebo (pílula de farinha) ingeriram 6,24 doses, quase o dobro”, comenta o médico, lembrando que será feita uma pesquisa semelhante no Brasil. O topiramato é o primeiro medicamento testado em pessoas que ainda bebem. “Para o tratamento do alcoolismo geralmente indicamos os benzodiazepínicos (remédios para reduzir a ansiedade), que são prescritos assim que o paciente pára de beber, na fase de desintoxicação”, acrescenta Castro. Os dependentes sentem prazer com a bebida porque o álcool estimula a liberação de dopamina no cérebro. O medicamento age “limpando” o excesso da substância e, conseqüentemente, o prazer. A droga regula dois neurotransmissores — o NMDA e o Glutamato —, estabilizando o humor e amenizando a excitabilidade típica da abstinência. Todos os resultados foram apresentados durante Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), em Florianópolis, Santa Catarina. O estudo revelou ainda que os pacientes tratados com topiramato tinham seis vezes mais chance de se manterem abstinentes por pelo menos um mês. O grupo placebo apresentou um risco quatro vezes maior de beber pesadamente. “Se os estudos se confirmarem, o remédio será uma importante arma contra o vício, principalmente para aqueles que não podem tomar os benzodiazepínicos (pacientes pneumopatas, por exemplo”, diz Castro. 2 Dependência à cocaína também pode ser tratada (Diário de São Paulo) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - Um estudo brasileiro, que está prestes a ser concluído e é coordenado pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, deverá confirmar os resultados de uma pesquisa americana com o topiramato também no tratamento da dependência de cocaína. Segundo os trabalhos, o uso do medicamento, que age em dois neurotransmissores (gabaérgico e glutamato), pode reduzir a fissura pela droga. “Vimos que o topiramato estava funcionando contra o alcoolismo, então decidimos investigar a sua eficácia no vício de outras drogas”, conta Luís André Castro, um dos pesquisadores. Pelo menos 38 pacientes — usuários de cocaína intra-nasal — já receberam o tratamento e os resultados devem ser divulgados em outubro. Aprovação O trabalho americano demonstrou que, após a oitava semana (dose pretendida), os dependentes tratados com o topiramato estiveram mais propensos à abstinência quando comparados ao grupo placebo. Além disso, os indivíduos que receberam a substância apresentaram maior probabilidade de atingir três semanas contínuas de abstinência. Apesar dos resultados, ainda são necessários novos estudos. Segundo o laboratório Janssen-Cilag, fabricante do medicamento, as duas novas indicações ainda não foram aprovadas pelos órgãos reguladores. Isso só deve acontecer nos próximos dois anos. “O ideal hoje é termos várias opções de tratamento. Só o medicamento não resolve em qualquer dependência química”, lembra Castro, que vai avaliar a substância durante a síndrome de abstinência ao álcool. Índice de reclamações dos planos de saúde é divulgado pela ANS (Tribuna Digital) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - 22h11 - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o Índice de Reclamações (IR) dos planos de saúde do mês de agosto. A lista classifica as operadoras por quantidade de reclamações, com indícios de irregularidades, feitas ao Disque ANS. O índice pode ser consultado no site www.ans.gov.br/consultas . A lista está dividida em três grupos: operadoras com mais de 50 mil usuários; de 10.001 a 50 mil usuários e com até 10 mil usuários. No primeiro, formado por 141 empresas, a campeã de reclamações foi a Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, seguida pela Sul América e pela Golden Cross. Já no segundo grupo, que tem 400 operadoras, a empresa com maior índice de reclamações foi o Centro Transmontano de São Paulo. Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, Itauseg e Unimed Guararapes. No terceiro grupo, formado por 1.058 empresas de planos de saúde, a lista do IR foi encabeçada pela Med Family, seguida pelo Plano de Autogestão em Saúde dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro e pela Silve Life. O IR é calculado com a divisão da quantidade de reclamações pelo total de usuários da operadora. As reclamações à Agência Nacional de Saúde Suplementar podem ser feitas pelo Disque ANS (0800-701-9656) ou no “Fale Conosco” do site www.ans.gov.br . As informações são da Agência Brasil. 3 Proposta inclui remédios fitoterápicos na Rename (Panorama Brasil) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - O Projeto de Lei 4106/04, apresentado à Câmara pela Comissão de Seguridade Social e Família, prevê a inclusão de medicamentos fitoterápicos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). A proposta determina que esses remédios sigam a legislação prevista pela Anvisa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No entendimento da Comissão, a medida beneficiará os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que a Rename estabelece a relação básica e prioritária dos medicamentos que deverão ser comprados para uso do SUS. A Comissão de Seguridade Social defende a aprovação da medida ao justificar que os medicamentos fitoterápicos atingiram um alto nível de desenvolvimento, com comprovados benefícios à saúde, e hoje são apresentados em formulações seguras e com eficiência e eficácia comprovadas. Ela ainda destaca que, por serem produtos derivados da biodiversidade, podem ser liberados no mercado a preços reduzidos quando comparados com medicamentos obtidos por síntese química ou via biotecnologia. "Nesse campo, houve sensível desenvolvimento científico, com inegáveis benefícios, tendo em vista que vários grupos e renomadas instituições acadêmicas vêm desenvolvendo técnicas cientificas que comprovam a eficácia e segurança no uso desse tipo de medicamento", explica o presidente da Comissão, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ). De acordo com a Comissão, a legislação brasileira diferencia o que é de fato medicamento e o que é complemento alimentar, não justificando o tratamento discriminatório a esse grupo de medicamentos. No entanto, embora a legislação atual seja bastante rigorosa na definição de critérios técnicos para os medicamentos fitoterápicos, não há, segundo o deputado, qualquer incentivo ao seu uso. Eduardo Paes também lembra que o incremento na produção desses medicamentos vai gerar no País mais empregos, competitividade e conhecimento científico, já que são produzidos, na maior parte dos casos, por empresas nacionais. A matéria aguarda ser distribuída às comissões técnicas da Câmara. Para Serra, negociar 2º turno agora é desrespeito (Valor Econômico) Jornalista: Ilton Caldeira 17/09/2004 - O candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), não se conteve e revidou as críticas feitas a ele pela atual prefeita e candidata à reeleição Marta Suplicy (PT), acirrando ainda mais os ânimos na reta final da campanha eleitoral no primeiro turno. Após encontro ontem com representantes da Associação Viva o Centro o tucano voltou a comparar a atual prefeita ao candidato Paulo Maluf (PP) e a dizer que nem mesmo Marta acredita no que está falando. "Ela está repetindo o Maluf. Ela tentou seguir coisas que nós fizemos no ministério e nem conseguiu, como foi o caso do atendimento a gestante. Agora todas as declarações tem esse vício eleitoral e publicitário que realmente não nos deve levar a perder tempo com elas", declarou Serra. Na parte da manhã, durante um compromisso de campanha, Marta havia dito que Serra não tem propostas para governar a cidade, nem a inclusão social como prioridade. Em resposta à declaração da prefeita de que agora "está na hora de colocar os pontos 4 nos is", o tucano aproveitou para criticar a gestão do PT na área da saúde na capital paulista. "Ela tinha dito que ia por pingo nos 'is', a respeito dessa questão da saúde, e até agora não pôs os pingos nos 'is'. Eu espero que possa pôr pelo menos os remédios nos postos de saúde. Se não põe pingo no 'i' que ponha pelo menos o remédio no centro de saúde", disse Serra. Sobre as afirmações de Marta de que em um eventual segundo turno quer todos em seu palanque e inclusive conquistar os eleitores do PSDB, o tucano respondeu que "isso é um problema dela". Serra acrescentou que até terminar o primeiro turno não vai procurar ninguém para negociar apoio para o segundo turno. "Isso seria um desrespeito aos demais candidatos". Em outro compromisso de campanha no Tribunal de Alçada Criminal, onde o candidato fez uma palestra para magistrados, Serra voltou a afirmar que a eleição não será decidida com base em promessas, mas nos valores defendidos por cada postulante. "Não são valores abstratos. Isso está ligado a biografia, as idéias e ao estilo de trabalho na vida pública", afirmou. Ao abordar a questão da segurança pública Serra defendeu novamente a união de esforços entre Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar, coordenada pelo Estado. O candidato encerrou a série de encontros "A cidade e o crime", organizada pelo Tribunal. Marta imita Maluf e já não acredita mais no que diz, avalia tucano (DCI) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - O candidato do PSDB na eleição municipal de São Paulo, José Serra, rebateu ontem as críticas feitas pela adversária do PT e atual prefeita, Marta Suplicy, que afirmou que o tucano “não tem propostas, se escora nas ações do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e tenta a eleição como revanche de 2002”. Serra, que participou de encontro com representantes das entidades integrantes da Associação Viva o Centro, voltou a compará-la com outro adversário, Paulo Maluf (PP). “Ela está repetindo o Maluf. Nem ela acredita nisso que está dizendo. Ela tentou seguir até, não propostas, coisas que nós fizemos no ministério e não conseguiu, como foi o caso de atendimento à gestante. Nem ela está acreditando em todas as declarações. Agora tem esse vício eleitoral e publicitário que realmente não nos deve levar a perder tempo”, disse o ex-ministro. Serra aproveitou para criticar a gestão da petista na saúde. “Ela tinha dito que iria colocar os pingos nos ‘is’ a respeito dessa questão da saúde. Espero que possa pôr pelo menos os remédios nos postos de saúde. Se não tem pingo no ‘i’, que ponha pelo menos remédios nos postos”. O candidato disse ainda que, se eleito, não fará loteamento político nas subprefeituras da cidade. “Os vereadores vão participar sugerindo pessoas competentes, mas não vamos lotear essa subprefeitura, desse ou daquele vereador. Os critérios para indicação dos postos serão qualidade, experiência administrativa e competência para administrar regiões da cidade”, afirmou ele. Durante seu discurso na Associação, Serra defendeu o uso de incentivos para transformar o centro numa “Broadway paulista”, em uma alusão à região da cidade de Nova York que concentra os grandes espetáculos culturais. “Poderiam ser dados incentivos, inclusive de Imposto Sobre Serviço (ISS) para atividades de audiovisual, vídeo, cinema, publicidade, para transformar o centro num pólo nessa direção, temos de fazer uma Broadway paulista”, disse ele. À tarde, Serra participou de uma palestra no Tribunal de Alçada Criminal. 5 Ausência de gene indica risco de câncer de próstata (Jornal do Commercio RJ) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - A perda de um gene supressor de tumores chamado Rb pode ser o primeiro passo no desenvolvimento do câncer de próstata. A anomalia é detectada em até 60% dos casos clínicos de câncer de próstata, segundo o médico Norman Greenberg, do Instituto Fred Hutchinson (EUA). A maioria dos genes existe como duas cópias - uma em cada par de cromossomos. Greenberg descobriu que a deleção de um único gene Rb na próstata de ratos causou mudanças pré-cancerosas. Mas, depois de um ano, as lesões não se tornaram malignas e foram consideradas uma representação de um estágio inicial da doença. "O objetivo de longo prazo é distinguir os pacientes com doença em estágio inicial que têm mais chances de ter uma progressão daqueles que não correm esse risco", explicou Greenberg. "Se pudermos determinar com alguma certeza que um paciente só tem níveis reduzidos de Rb na próstata, e nenhuma outra mudança, isso seria condizente com a forma inicial da doença e indicaria que uma terapia mais agressiva provavelmente não é necessária", disse o médico. Um teste seguro e pouco invasivo para fazer um retrato genético da próstata do paciente, segundo Greenberg, poderia ajudar significativamente os médicos a lidar com o câncer de próstata. Senado adia votação sobre biossegurança (Veja) Jornalista: [Indefinido ] 17/09/2004 - Apesar da existência de um acordo entre governo e oposição, a votação do projeto que cria a Lei de Biossegurança foi adiada para depois das eleições municipais. Por falta de quórum mínimo, 41 senadores em plenário, os líderes desistiram depois que a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) ameaçou pedir verificação do quórum. Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a nova tentativa de votação será na semana de 5 de outubro. Nesta quarta-feira, o texto, que está há sete meses no Senado, foi aprovado por três comissões temáticas da Casa: a de Constituição e Justiça (CCJ), a de Assuntos Econômicos (CAE) e a de Assuntos Sociais (CAS). E mesmo depois da aprovação pelo Senado, o projeto ainda terá de voltar para a Câmara, porque houve alteração. De acordo com a versão aprovada pelas comissões, caberá à comissão formada pela comunidade científica (CTNbio) a decisão técnica sobre os transgênicos. Órgãos que representam o meio ambiente (Ibama) e a agricultura (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) poderão recorrer de decisões ao conselho formado por 11 ministros. A versão é uma derrota para os ministérios do Meio Ambiente e da Saúde. No projeto aprovado inicialmente pela Câmara, o Ibama e a Anvisa tinham o poder de vetar a liberação comercial de um produto. Outro ponto importante do projeto é a garantia de pesquisas com células embrionárias. Segundo o texto aprovado, células de embriões congelados há mais de três anos poderão ser utilizadas para pesquisa e obtenção das células-tronco. A clonagem terapêutica, técnica pela qual se poderia clonar embriões para se obter células-tronco, ficou fora do texto. A bancada da Igreja Católica foi a responsável pela 6 pressão. Medida Provisória - Da aprovação da Lei de Biossegurança depende, por exemplo, a produção de soja transgênica, cuja época de plantio está chegando no Rio Grande do Sul, sem que os agricultores saibam se poderão ou não trabalhar com o produto. No ano passado, enfrentou-se o mesmo impasse e o governo editou uma medida provisória autorizando a venda da soja transgênica já colhida. Desta vez, a Presidência já afirmou que não vai editar uma nova MP. Segundo nota divulgada pela Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República, o Congresso é que deve decidir sobre a matéria. 'O governo mantém a confiança de que o Congresso Nacional votará o projeto e não tem a intenção de editar uma Medida Provisória em substituição ao texto que tramita no Parlamento', diz a nota. Curitiba terá nova caminhada contra o câncer de mama (Gazeta do Povo) Jornalista: Lívia Araújo 17/09/2004 - O câncer não é mais um bicho-papão. A gente aprende a lidar com a morte e descobre que o tratamento não é tão difícil.” Jocielle Möller, 23, estudante de Ciências Sociais. A luta contra o câncer de mama, uma doença que atinge 42 mil brasileiras todos os anos, 1.560 das quais no Paraná, não depende apenas de avanços médicos e tecnológicos. Solidariedade, auto-estima e coragem são importantes armas para superar o problema. Para estimular esse tipo de postura, o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC) promove neste domingo, em Curitiba, a "Corrida e Caminhada contra o Câncer de Mama", que terá como ponto de partida a Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. "Cada vez que é realizado um evento sobre o câncer de mama, aumenta a procura pelos médicos", afirma Tânia Gomes, presidente da Associação dos Amigos da Mama, fundada por ela e por Lourdes Girotto. A amizade das duas é prova de que o apoio da família não é o único fator para a superação da doença. Elas se conheceram quando estavam em tratamento médico. "Quando eu fazia quimioterapia, a Tânia me levava, e vice-versa. Isso acabou deixando nossas famílias mais tranqüilas", relembra Lourdes. O chefe do serviço de ginecologia e mama do hospital Erasto Gaertner, Sérgio Hatschbach, ressalta a importância da prevenção. "O auto-exame, apesar de não dispensar a necessidade de uma mamografia anual, é importante para que a mulher saiba se há algo errado", diz Hatschbach. Mesmo fazendo o auto-exame todos os meses desde a adolescência, a estudante de Ciências Sociais Jocielli Möller, de 23 anos, só confirmou o câncer quando ele estava em estágio avançado. "Como eu estava grávida do meu primeiro filho, os médicos achavam que era uma inflamação comum. Só quando eu estava grávida da minha segunda filha é que se confirmou o câncer". Pelo risco que a quimioterapia oferecia ao bebê, os médicos de Jocielle lhe ofereceram uma difícil escolha: ou ela, ou o bebê. "Foi um grande dilema. Mas hoje, estou feliz, porque consegui salvar minha filha e estou bem", comemora. Serviço: as inscrições para a caminhada podem ser feitas pelo site www.ibcc.org.br, pelo telefone 0800 773 0223 e nos postos oficiais, na Hering Store, Brincadeira de 7 Papel e Livrarias Curitiba. Hoje, também haverá um posto de inscrição na Rua XV de Novembro. As inscrições para a corrida custam R$ 30,00 e para caminhada R$ 20,00. Toda renda do evento será revertida para o Hospital Erasto Gaertner. OMS alerta para ameaça das doenças animais (Jornal do Commercio - RJ) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - A ameaça de doenças de origem animal chegarem ao ser humano é crescente e os governos devem ampliar a colaboração para evitar uma pandemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde, surtos como o da gripe das aves causam grandes prejuízos econômicos, aumentam a pobreza, criam pânico e muitas vezes provocam incertezas sociais e políticas. O problema é agravado pelo aumento da circulação de produtos, alimentos e pessoas pelo mundo, o que facilita e acelera a disseminação de doenças. "Essas infecções não respeitam fronteiras, não estão limitadas a países pobres. É preciso que haja uma preocupação política em todos os países que as reconhecem como uma ameaça", disse o diretor-assistente da OMS, Asamoa Baah, durante uma conferência em Haia, na Holanda. "Qualquer crise causada por uma doença pode deixar governos inseguros. Essa é mais uma razão para tratarem a questão como prioridade", acrescentou Baah. A OMS e a Organização Mundial para a Saúde Animal pediram mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento de vacinas, bem como maior colaboração e medidas coordenadas no combate às doenças. O vírus H5N1, causador do tipo mais grave de gripe das aves, matou 28 pessoas na Ásia este ano. Os especialistas lembraram que esse tipo de doença pode passar ao ser humano e iniciar uma epidemia global semelhante à gripe espanhola, que matou 40 milhões de pessoas, em 1918. Veterinários A natureza das doenças exige que médicos e veterinários se unam para encontrar uma solução. "A maioria dos médicos tem pouco ou nenhum conhecimento do problema das zoonoses. É uma questão de preocupação", comentou o ministro da Saúde da Holanda, Hans Hoogervorst. Os governos, segundo o ministro holandês, não podem ignorar a ameaça das doenças animais e devem desenvolver uma estratégia global de prevenção. "Os dias de boas intenções e promessas acabaram. É hora de agir. Vamos trabalhar antes que seja muito tarde", disse. Sob pressăo, Senado veta clone terapęutico (BOL) Jornalista: Luis Renato Strauss 17/09/2004 - A bancada religiosa conseguiu derrubar ontem no Senado o texto da Lei de Biossegurança que permitiria a utilizaçăo de células-tronco embrionárias obtidas por clonagem para pesquisa. No relatório aprovado ontem pelas comissőes da Casa, no entanto, foi mantida a possibilidade do uso de estoques congelados de embriőes resultantes de fertilizaçăo in vitro. 8 Os embriőes săo fonte das chamadas células-tronco embrionárias, consideradas uma grande promessa na medicina por sua capacidade de se transformar em qualquer tipo de tecido. Os cientistas acreditam que a pesquisa com esse tipo de célula poderá levar a tratamentos para lesăo de medula, problemas cardíacos ou doenças degenerativas como diabetes e mal de Parkinson. No relatório do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ficou estabelecido que somente poderăo ser usados "os embriőes congelados há tręs anos ou mais" ou que já estejam no estoque, "na data da publicaçăo da lei", e completarem tręs anos ao longo do tempo. "O cálculo é que o estoque seja suficiente para cinco anos de estudo", afirmou Lúcia Vânia (PSDB-GO). "Uma lei desse tipo precisa ser avaliada. Entăo, a gente fechou o universo dos embriőes que podem ser pesquisados. Agora, quando tivermos mais domínio sobre esse assunto, a pesquisa e terapia com embriőes, a gente pode avançar no processo", disse. O inciso que previa a clonagem terapęutica --prática que era vedada na versăo anterior do projeto no Senado-- foi inserido pela própria senadora de Goiás, após reuniőes com cientistas. A clonagem terapęutica consiste em fundir o núcleo de uma célula adulta com um óvulo sem núcleo, processo semelhante ao usado para criar a ovelha Dolly. O embriăo produzido por essa técnica se desenvolveria até a fase de blastocisto --uma bola de cem células-- e seria destruído para a extraçăo das células-tronco. Entre as vantagens defendidas por cientistas está a possibilidade de criar célulastronco com o material genético do próprio paciente, o que em teoria evitaria a rejeiçăo do corpo ao tratamento. O acordo foi firmado na manhă de ontem, após uma reuniăo entre representantes da comunidade científica, os senadores a favor da clonagem terapęutica Tiăo Viana (PTAC), Lúcia Vânia, Tasso Jereissati (PSDB-CE) e os parlamentares contrários Flávio Arns (PT-PR) e Magno Malta (PL-ES). A geneticista Mayana Zatz, da USP, participou da reuniăo. "É óbvio que eu preferiria que a permissăo para a clonagem terapęutica ficasse no texto, porque ela traz vantagens em relaçăo ŕ utilizaçăo dos embriőes congelados", disse Zatz ŕ Folha. "Mas, se o texto for aprovado com o uso desses embriőes, considero um avanço, sem dúvida", afirmou. Segundo Viana, o acordo agora prevę um debate sobre a clonagem terapęutica no Senado. Estăo previstas cinco audięncias públicas. Após esse debate, poderá ser encaminhado para votaçăo no Congresso um projeto de lei específico sobre o assunto. "Nós concordamos com o acordo. A gente năo vai fazer terapia celular, até porque essa tecnologia ainda năo está sendo empregada no país", afirmou a bióloga Patrícia Pranke, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Ela comemorou a manutençăo da pesquisa e terapia a partir de embriőes congelados. "A vitória só virá quando o texto passar na Câmara dos Deputados. Por enquanto, nós estamos eufóricos e otimistas", disse Pranke. O texto foi aprovado ontem nas tręs comissőes que analisavam o assunto --Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE) e Constituiçăo Justiça e Cidadania (CCJ). Agora, ele deve seguir hoje para a votaçăo em plenário no Senado. Se aprovado, o texto volta para Câmara dos Deputados, onde a utilizaçăo de embriőes havia sido vetada. 9 EDITORIAL: Em favor da razão (Folha de S. Paulo) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - Com o adiamento da votação da Lei de Biossegurança, parece difícil o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitar a edição de uma nova medida provisória que autorize o cultivo de sementes transgênicas de soja. O plantio da safra começa em outubro, e a única maneira de evitar que os agricultores que se valem dessa variedade fiquem na ilegalidade é editar nova MP. Desta feita, a responsabilidade pelo atraso na aprovação da Lei de Biossegurança, que forneceria um marco regulatório estável para os organismos geneticamente modificados (OGMs), deve recair sobre o Congresso Nacional, pois o governo enviou seu projeto ao Legislativo em novembro do ano passado. Se, neste caso específico, se pode censurar algo ao Planalto, é o fato de ter colocado na mesma peça legislativa dois temas altamente polêmicos: os transgênicos e a manipulação de embriões humanos para pesquisa. De fato, percebe-se entre os parlamentares a tendência de aceitar o plantio e a comercialização da soja transgênica e de apoiar a definição de regras mais fixas que permitam decidir sobre outros produtos geneticamente modificados. Não há, entretanto, nem sombra de consenso no que diz respeito à pesquisa com embriões e células-tronco. As bancadas evangélica e católica se mostram radicalmente contra, enquanto cientistas e a opinião pública esclarecida julgam que o Brasil não pode ser relegado ao atraso em tão promissora área da investigação médica por força de convicções religiosas de alguns -que são absolutamente respeitáveis, mas de maneira nenhuma universalizáveis. Esta Folha defende a liberação da soja transgênica e um marco regulatório para outros OGMs. A comercialização de produtos alterados só pode ser autorizada após cuidadosa avaliação técnica, quando houver indícios convincentes de que são seguros para a saúde e o meio ambiente. É fundamental também que o consumidor seja alertado, no rótulo, sobre a característica do produto. Quanto às pesquisas com embriões, ela precisa ser liberada, inclusive a clonagem terapêutica. Nas células-tronco pode estar a chave para a cura de várias moléstias degenerativas e até a possibilidade de que um dia se desenvolvam órgãos sobressalentes para transplantes. As perspectivas são animadoras demais para que permaneçam ignoradas. De resto, existem hoje milhares de embriões humanos que são sobras de tratamentos de fertilidade armazenados em freezers. Deixar de usar esses blastocistos, que não apresentam condições de serem implantados num útero, em pesquisas que poderão salvar vidas seria uma decisão absolutamente irracional. Estudos ratificam suspeita sobre asma (O Estado de S. Paulo) Jornalista: Alessandro Greco 17/09/2004 - O Brasil tem hoje mais de 19 milhões de asmáticos. Anualmente, cerca de 400 mil deles são internados devido a complicações da doença e dois mil morre. Dois estudos publicados na revista Science (www.sciencemag.org) dessa semana podem começar a mudar esse panorama do lado científico - do lado social, dados levantados pelo Comitê Global de Iniciativa contra Asma (Gina) mostraram que os asmáticos muitas vezes desconhecem a gravidade da sua situação. Nos estudos científicos, feitos por pesquisadores de universidades americanas e inglesas, foram usados camundongos geneticamente modificados incapazes de produzir eosinófilos, um tipo de glóbulo branco que se sabia estar associado à doenças alérgicas. "Havia sinais indiretos dessa relação", afirma o pneumologista pediátrico Gilberto Fischer, da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (Fffcmpa). "Agora temos os estudos que demonstram essa ligação". Em um dos 10 experimentos, os camundongos não tiveram algumas reações típicas da asma como a mai temida delas, a reação inflamatória crônica. "Se fosse possível fazer com que uma pessoa, usando um medicamento, ficasse como se estivesse sem os esinófolos, ela teria uma qualidade de vida muito melhor", completa Fischer. Segundo Alison Humbles, principal autora de um dos artigos, os estudos provavelmente levarão a ao estudo de opções de tratamento previamente descartados. Coração é tema de campanha no Ibirapuera (O Estado de S. Paulo) Jornalista: Alessandro Greco 17/09/2004 - Começa amanhã a campanha Coração de Mulher, com apoio científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia e patrocínio da Pfizer. No primeiro dia, o evento será das 9h30 às 16h30 no Parque do Ibirapuera (bolsão do MAM) e contará com profissionais para tirar dúvidas sobre doenças cardíacas e distribuir material educativo. Às 11 horas a atriz Cristiane Torloni, musa da campanha, estará no local. O próximo evento será no dia 26 no Clube Paineiras e no Shopping Anália Franco. As amigas do parto (Valor Online) Jornalista: Evaldo Mocarzel 17/09/2004 - As parteiras tradicionais do Amapá são um exemplo de atuação feminina que, com toda certeza, forneceria um riquíssimo material humano para a Conferência Mundial da Mulher, que vai acontecer em fevereiro em Nova York. São mulheres idealistas, incansá- veis, extremamente místicas, orgulhosas do dom e do ofício de partejar crianças que, acreditam, Deus lhes ofertou desde muito jovens. Praticamente todas se tornam parteiras no paroxismo de uma situação emergencial: uma mulher entra em trabalho de parto, não há médico, ela é filha ou neta de uma parteira que não está naquela região naquele momento. Toma coragem, então, e vai ajudar a parturiente a dar à luz. A urgência da situação é a gênese do ofício. Todas se consideram uma espécie de missionária de Deus. A grande maioria é analfabeta, não cobra nada pelo trabalho e tem um conhecimento muito especial sobre a vida e sobre a morte. As mais idosas carregam nas costas a árdua experiência de ter trazido à luz mais de quinhentas crianças - entre elas, os próprios netos e netas. O Amapá tem cerca de 600 mil habitantes, território de 144 mil quilômetros quadrados e uma das mais baixas densidades demográficas do Brasil: 2 habitantes por quilômetro quadrado. O Estado tem apenas 16 municípios e não dispõe de hospitais suficientes para atender à população, a maior parte concentrada na região de Macapá, a capital. Utilizando técnicas muito antigas, as parteiras ajudam no nascimento de crianças em todas as regiões, atravessando as grandes distâncias que dificultam o acesso entre as comunidades espalhadas pela selva amazônica, alagados e cerrados. E depois cumprem outra importante função social: é sua a incumbência de fazer o cadastro de nascimento nos povoados. A região Norte do Brasil é fortemente marcada pela imagem da parteira, sinônimo de fé, sabedoria, generosidade, altruísmo e amor pela condição humana. No entanto, muitas já foram vítimas de preconceitos, chamadas de "bruxa" e "feiticeira da floresta". Com o objetivo de acabar com esse tipo de discriminação, há alguns anos, o então governador Alberto Capiberibe e sua mulher Janete - que vieram ao mundo com a ajuda de parteiras - decidiram criar uma associação em que pudesse haver troca de informações e o resgate da auto-estima das parteiras negras, caboclas e índias do Estado, extremamente necessárias numa região tão carente de hospitais. Foi então criada a Associação das Parteiras Tradicionais do Amapá. Nos primeiros 11 encontros, muitas tiveram medo de ser presas, achando que a criação da associação era uma espécie de armadilha. Aos poucos, foram surgindo de todas as regiões. Um dos últimos levantamentos apontou um total de 918 parteiras no Amapá. Hoje, são mais de 1.000 mulheres credenciadas. Muitas recebem um pequeno salário e também um "kit parteira", com objetos para facilitar os partos: panela de pressão para esterilizar, linha especial para cortar o cordão umbilical, balança para pesar o bebê, luvas, gaze, mercúrio cromo, estetoscópio, fita métrica, tesoura, sombrinha, capa de chuva, escovinha de unha, sabonete ou sabão de coco, álcool iodado, lanterna e colírio argirol para abrir os olhos do recém-nascido. As parteiras são donas-de-casa, pescadoras, agricultoras e extrativistas de castanha. Deixam seus lares para auxiliar as parturientes a dar à luz, e sempre permanecem com elas mais sete dias depois do nascimento do bebê. Durante esse período de resguardo, fazem todo o serviço doméstico para a parturiente: lavam, passam, cozinham e limpam a casa. Fazem massagem, para que a barriga das mulheres volte ao normal. Ensinam a não comer comida "remosa", ou seja, caça, em geral gordurosa, que pode prejudicar a saúde da mãe ou do bebê, como jacaré ou capivara. Orientam as mulheres a comer pratos que elas mesmas preparam, como canja e galinha com caribé, que é uma farinha coada com água, sal, manteiga e alho. Como pagamento por todo esse cuidado e dedicação, recebem um pouco de milho ou outro cereal, uma galinha caipira ou uma pequena quantia, que pode variar de R$ 10 a R$ 40. Muitas recusam qualquer tipo de pagamento, pois acreditam terem sido escolhidas por Deus para a "missão de puxar barriga e pegar criança". O Amapá é o Estado com o maior índice de partos normais do Brasil (88%). O índice médio de cesarianas é de 12%, abaixo da marca de 15% apontada como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "Na hora do parto, eu falo assim: 'Me ajuda, meu Deus. Tu, que é o dono da obra. Tu, que é o dono de tudo.' Estou ali como uma acompanhante de Deus", explica Maria Pereira da Costa, 70 anos, da região de Tessalônica, próxima à Macapá, fervorosa parteira negra de formação religiosa protestante. "Tenho muito orgulho da minha profissão de parteira", diz Jovelina Costa dos Santos, de Ponta Grossa de Piririm, cabocla que já passou dos 70 anos e que sobrevive fazendo e vendendo farinha de mandioca. "Dizer que vivo de fazer parto? Não faço isso. Sei a condição das pessoas" garante Jovelina. Rossilda Joaquina da Silva, outra com mais de 70 anos, afirma que já trabalhou com muitas mulheres que tinham "nojo" na hora do parto. "Eu, não. Eu gosto. Me orgulho desse dom que Deus me deu." Num Estado carente de hospitais, também faltam medicamentos. As parteiras utilizam uma infinidade de remédios caseiros, chás calmantes e outros estimuladores de contrações. Fazem massagens na barriga das gestantes com ungüentos à base de gordura de animais e óleos vegetais. Algumas discordam sobre a prática de "puxar barriga". Dizem que são contra a "puxação" e ensinam apenas as técnicas da "apalpação". Mas a grande maioria assegura que consegue virar o bebê e o coloca na posição certa na hora do parto. "É o bebê que dá o impulso para sair", diz Rossilda. "Mas para isso ser possível é preciso esperar as nove luas. A lua tem uma influência muito grande sobre a mulher." E não faltam rezas, preces, simpatias e cantorias religiosas no momento do parto. As parteiras costumam dar banho com ervas nas parturientes. As que não recebem o "kit parteira" utilizam lascas de bambu e fibras para cortar o cordão umbilical. Conhecem ervas que ajudam a descolar a placenta. Usam óleo de andiroba, cânfora, copaíba, casca de barbatimão, verônica, folhas de hortelã do maranhão, mastruz, mel, chá de chicória com cominho (para aumentar as contrações) e chá de sete grelos do ingá (contra hemorragias), feito base de uma árvore da várzea, fervida com sal. Essas exuberantes figuras medievais são genuínas voluntárias da fé, do amor ao próximo e da solidariedade, conscientes do papel que precisam desempenhar em 12 regiões tão carentes de tudo. EUA liberam venda sem receita de desfibriladores domésticos (Tribuna On Line) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - As autoridades de saúde dos Estados Unidos aprovaram ontem a venda sem receita médica e para uso caseiro de desfibriladores portáteis que podem prevenir mortes provocadas por paradas cardíacas. Um anúncio oficial indicou que a Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, em inglês) acolheu uma recomendação de seu comitê assessor para eliminar a necessidade de receita médica para se comprar um desfibrilador, porque foi determinado que essas máquinas podem ser usadas sem maiores problemas. Calcula-se que pelo menos 80% dos casos de parada cardíaca, que em muitas ocasiões provocam a morte do paciente, ocorrem em casa. Com freqüência, é o primeiro sinal de uma doença cardíaca grave e causa a morte de cerca dee 340 mil pessoas por ano nos Estados Unidos. A forma mais efetiva de colocar fim a um parada cardíaca é aplicar um choque elétrico com o desfibrilador. Segundo uma porta-voz da Philips Medical Systems, empresa que fabrica os desfibriladores, quando esse choque elétrico é dado cinco minutos depois da parada cardíaca, salva-se a vida de 50% das vítimas. O desfibrilador também já está em uso em muitas academias, aeroportos e shoppings desse país. No fim do ano passado, a FDA aprovou o uso de um desfibrilador portátil que consiste de um cinto de eletrodos que é colocado em torno do peito e que está em contato com um monitor que ativa um sistema de alarme que fica na cintura. Se for detectado um ritmo cardíaco irregular que pode colocar em risco a vida do paciente, o sistema emite uma descarga elétrica. Setembro terá Campanha Nacional da Audição (UOL Noticias) Jornalista: Rodrigo Gerhardt 17/09/2004 - No próximo dia 20 -Dia do Idoso - a Academia Brasileira de Otologia (ramo da medicina que se ocupa dos ouvidos) inicia uma campanha nacional para divulgar a importância dos exames de audição e combater o preconceito que existe em relação ao uso de aparelhos auditivos, principalmente entre pessoas na terceira idade. "Com o envelhecimento, passamos a ver e a ouvir menos. Mas, enquanto usar óculos é rotineiro e visto como charme de intelectual, o aparelho auditivo ainda é rejeitado por ser associado à senilidade", diz o coordenador da campanha, o otorrinolaringologista Luiz Carlos Alves de Sousa. Segundo a própria ABO, no Brasil, 70% da população idosa - cerca de 10 milhões de pessoas - têm algum grau de deficiência auditiva, mas a maioria não se trata. "Queremos sensibilizar as pessoas para que procurem os hospitais e postos de saúde municipais para se tratarem. Em recém-nascidos, o "teste da orelhinha", que detecta qualquer anormalidade na audição, é tão importante quanto o do pezinho, mas ainda é pouco realizado", informa o secretário-geral da ABO, Oswaldo Laércio Mendonça Cruz. Com a desinformação, poucas pessoas sabem que é possível conseguir aparelhos auditivos de última geração, com tecnologia digital, gratuitamente. 13 Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza os aparelhos que, no mercado, chegam a custar R$ 4000, por meio de centros de referência determinados pelo Ministério da Saúde. Em São Paulo, o Hospital das Clínicas é o maior deles. "Já atendemos 2000 pessoas, sendo 70% dos pacientes encaminhados pelos médicos nos postos de saúde", informa o diretor técnico do serviço de saúde do HC, Sérgio Garbi. Segundo os especialistas, a deficiência auditiva é uma das causas principais do isolamento de idosos. "É um sofrimento desnecessário. Com os recursos de hoje, é possível levar uma vida perfeitamente normal", diz Sousa. Mais informações sobre a Campanha Nacional da Audição podem ser obtidas pelo telefone (0/xx/11) 5052-9515 Coração feminino Começa no próximo sábado (18/9) o evento Coração de Mulher, campanha de conscientização sobre as doenças cardiovasculares comum às mulheres, cujas complicações são responsáveis por um número seis vezes maior de mortes do que por câncer de mama. O lançamento da campanha -realizada pela Pfizer e Sociedade Brasileira de Cardiologia- será no parque Ibirapuera (no bolsão do MAM), SP, das 9h30 às 16h30, com distribuição de material educativo e mostra de vídeo. A campanha vai até novembro. Mais informações pelo site www.coracaodemulher.com.br. Para praticar A Publifolha lançou dois novos guias introdutórios na prática da ioga e do "power walking" para quem busca dar seus primeiros passos com segurança. "Para começar a praticar ioga", de Howard Kent e Claire Hayler, e "Para começar a praticar power walking", de Janice Meakin, trazem os princípios básicos e benefícios de cada atividade, além de fotos e informações extras de saúde que ajudam o leitor a alcançar o equilíbrio e entrar em forma. Os livros estão disponíveis em bancas e livrarias e pelo televendas 0800-140090. Preço: R$ 24,90, cada um. Saúde para idosos A Associação Paulista de Medicina (APM) promove, no próximo dia 25, o Curso de Reciclagem em Reabilitação do Paciente Idoso, coordenado por Marcelo Ares, presidente do Departamento de Medicina Física e Reabilitação. O objetivo do encontro é fazer uma abordagem básica de temas como a osteoporose e a prevenção de quedas. Local: APM, av. Brig. Luís Antônio, 278, SP. Inscrições 0/xx/11/3188-4252. Falsa segurança Moradores de pequenos municípios sofrem com a poluição assim como as pessoas da cidade grande. Estudo realizado em Pamplona (Espanha) constatou que mesmo os baixos níveis de alguns contaminantes no ar influenciaram na taxa de mortalidade dos cidadãos. Segundo a autora, o objetivo da pesquisa é discutir os níveis ideais de contaminação para as pequenas cidades, já que, em nenhum momento durante o estudo, o índice de poluição ultrapassou os limites estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde. Ciclo de Palestras 14 Durante todo o mês de setembro, o Day Care, grupo que fornece apoio a portadores de câncer e familiares, vai abordar o tema "Linfomas e leucemias, os tratamentos e efeitos colaterais", em ciclo de palestras gratuitas. Local: al. Franca, 1.423, SP, tel. 0/xx/11/3064-7769. Deficientes Já começaram as atividades promovidas por algumas entidades sociais para marcar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, no próximo dia 21. Exclusão, cidadania, direitos civis e superação dos próprios limites são alguns dos temas abordados. Ontem, dia 15, a Associação Desportiva para o Deficiente (ADD) lançou, na estação CPTM do Brás, a exposição fotográfica "Vencedores", com fotos que retratam a superação de esportistas deficientes. No dia 21, às 18h30, o Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (IBDD) promove um concerto regido pelo maestro e pianista João Carlos Martins, no auditório do BNDES, na av. Chile, 100. Já a Secretaria de Estado da Cultura realiza, entre os dias 20 e 24, uma semana cultural com exposição, dança, teatro, performances e poesia, na Oficina Cultural Oswald de Andrade - r. Três Rios, 363, Bom Retiro. Informações sobre a programação no telefone 0/xx/11/222-2662. Todos os eventos tem entrada gratuita. Biossegurança só em outubro (Jornal de Brasília) Jornalista: [Indefinido] 17/09/2004 - A votação da Lei de Biossegurança pelo Senado ficou para outubro. Uma operação de obstrução capitaneada pela senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), somada ao baixo número de senadores em Brasília, obrigou o governo a retirar o projeto da pauta de votações. Com o adiamento, cogitou-se a possibilidade de o governo publicar uma medida provisória liberando o plantio e comercialização de soja transgênica, mas o ministro Aldo Rebelo desmentiu essa informação no início da noite de ontem. Um acordo de lideranças permitiu que a sessão de ontem fosse aberta com o quórum da sessão de quarta-feira, que registrava a presença de 74 senadores. Seria número suficiente para aprovar a lei. Contrária ao projeto, a senadora Heloísa Helena (PSOLAL) ameaçou pedir verificação de quórum, ou seja, a contagem de quantos senadores efetivamente estavam em plenário, sem apenas terem marcado presença. "A cada meia hora, perdíamos para as campanhas municipais", resumiu o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), relator do projeto, sobre o movimento de saída de Brasília. Pílula russa que promete curar ressaca causa furor nos EUA (Globo OnLine) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - 14h24 - A "pílula da KGB", composto inventado por um cientista russo durante a Guerra Fria que promete curar a ressaca, está causando furor nos Estados Unidos, onde vendeu o equivalente a US$ 2 milhões em um mês. Os fabricantes da RU-21, nome comercial da pílula, afirmam estar dispostos a vender seu produto em todos os cantos do planeta. O composto, que já é comercializado em 12 países, foi criado num laboratório ao sul de Moscou há mais de três décadas quando Yevgeny Mayevsky desenvolveu uma pílula a base de vitamina C, hidrocarbonetos e aminoácidos. O composto reduziria a produção de acetaldeído, uma substância química resultante da metabolização do 15 álcool que, além de causar a ressaca, se transforma num pernicioso ácido para o fígado, o ácido acético. Muitos especialistas, no entanto, se mostram céticos sobre os supostos benefícios da pílula. Roche e Protein Design Labs desenvolverão em conjunto Zenapax(R) para asma (Yahoo) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - A Roche e a Protein Design Labs anunciaram um acordo mundial para desenvolver e comercializar em conjunto o medicamento Zenapax para combater a asma e doenças respiratórias relacionadas, com base em dados positivos de fase II recentes de pacientes com asma de moderada a grave. Segundo os termos do acordo, a PDL receberá um pagamento adiantado de $17,5 milhões e até $187,5 milhões em incentivos de desenvolvimento e comercialização para impulsionar o desenvolvimento adicional de daclizumab. A Roche e a PDL vão desenvolver em conjunto o daclizumab em nível global para o tratamento da asma, compartilhar despesas de desenvolvimento e promover em conjunto o produto nos EUA. Fora dos EUA, a PDL receberá royalties sobre o faturamento líquido do produto para asma. Aché Laboratórios lança novos medicamentos e investe R$ 3 milhões em nova campanha (Maxpressnet) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - A OgilvyHealthcare lança no próximo dia 19/09 duas campanhas que marcam a chegada dos novos medicamentos da Aché Laboratórios ao mercado: o Flagass (anti-flatulento) e Biofenac Aerosol (analgésico/antiinflamatório). Com investimentos da ordem de R$ 3 milhões, o laboratório -- presente em 65% dos municípios do país, com 102 marcas e faturamento de R$ 670 milhões em 2003 -desenvolveu em parceria com a agência uma série de ações de comunicação que apresentam os novos produtos aos consumidores brasileiros. Indicado para contusões do dia-a-dia, o Biofenac Aerosol faz sua estréia na mídia com o objetivo de conquistar a liderança do setor. Muito conhecido pela classe médica, o medicamento é apresentado como a mais nova opção do mercado em um filme que aposta na tecnologia para posicionar o medicamento como um analgésico/antiinflamatório novo, moderno e prático. O filme intitulado "Campo de Provas" transporta os consumidores ao futuro, mostrando uma família colocada por um cientista em um campo de provas com obstáculos formados por objetos e situações do dia-a-dia. Ultrapassar os móveis de uma casa e até mesmo os buracos da rua formam uma difícil tarefa, nas quais as contusões se tornam rotineiras e a utilização do Biofenac essencial. O mote "Biofenac Aerosol. Rápido na dor. Fundo na inflamação" complementam a mensagem da campanha e destacam as principais características do produto: praticidade e rapidez com efeito prolongado. "Quebrando tabus"- Já a campanha de Flagass, medicamento indicado para o alívio do excesso de gases, inchaço, peso no estômago e fermentação intestinal, teve como desafio abordar de maneira leve, divertida e muito original um assunto tratado com certo "tabu" entre as pessoas, o problema de gases. A expectativa do laboratório em 16 relação à campanha é conquistar 15% de market share. Com uma linha de comunicação diferenciada, o filme intitulado "Tuba" é composto por uma animação criativa deste instrumento musical e destaca que o medicamento atua de forma segura, promovendo rápido alívio para adultos e crianças baseado no conceito "Flagass. Uma escolha inteligente". Ações de marketing promocional serão realizadas para intensificar o posicionamento das marcas no mercado. Serão distribuídos nos pontos-de-vendas displays, take-ones, faixas de gôndolas, stoppers e wooblers, todos alinhados de acordo com o tema da campanha desenvolvida para cada produto. O Flagass contará ainda com uma ação de ativação da marca, para a qual promotoras demonstrarão aos consumidores o mecanismo de ação do medicamento, explorando atributos como eficiência, preço e sabor. Serra volta a ironizar Marta e cobrar investimentos na saúde (Globes Online) Jornalista: Flávio Freire 16/09/2004 - 15h48 - Em tom de ironia, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, disse nesta quinta-feira que a prefeita Marta Suplicy (PT), candidata à reeleição, não conseguiu sequer cumprir a promessa de "colocar os pingos nos is" nos problemas da saúde. Após visita à Ong Viva o Centro, Serra ironizou as recentes declarações da prefeita cobrando dela mais investimentos para o setor. - Ela tinha dito que ia por os pingos nos is a respeito da saúde. Já que ela não colocou os pingos nos is, esperava que ela colocasse pelo menos remédios nos postos de saúde - afirmou o tucano, que voltou a comparar o estilo de Marta ao de Paulo Maluf, candidato do PP. Ele evitou falar sobre alianças para o segundo turno. Em palestra a profissionais do terceiro setor, Serra disse que, se eleito, pretende atrair escolas e universidades para o centro e transformar a região na Broadway paulistana, reativando cinemas e bares. Neste momento ele faz palestra para juízes. Multivacinação acaba amanhã (Correio do Povo) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - A Campanha de Multivacinação, no RS, se encerra amanhã naqueles municípios que ainda estão imunizando por não terem alcançado a meta proposta de 95% de cobertura vacinal. O secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, explica a importância da população se conscientizar de que a única forma de prevenir é a imunização. 'Precisamos manter a poliomielite afastada de nossas crianças. O vírus continua circulando em outros países. Na África, neste momento, está havendo uma epidemia da doença.' Quanto ao sarampo, o secretário diz que é um compromisso erradicar essa doença, que pode causar graves complicações e até mesmo a morte. Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), contabilizados até dia 9 de setembro, indicam que a Campanha de Multivacinação no RS, iniciada em 21 de agosto, imunizou 798.931crianças com menos de cinco anos contra a paralisia infantil (poliomielite). Isto significa que 94,28% da meta (847.400 crianças) foi alcançada. Quanto à Vacina Tríplice Viral, contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, foram aplicadas 582.017 doses em crianças de um a quatro anos, significando 84,09% da 17 meta (692.157 crianças). Sob pressão, Senado veta clone terapêutico (Folha Online) Jornalista: Luis Renato Strauss 16/09/2004 - 04h43 - A bancada religiosa conseguiu derrubar ontem no Senado o texto da Lei de Biossegurança que permitiria a utilização de células-tronco embrionárias obtidas por clonagem para pesquisa. No relatório aprovado ontem pelas comissões da Casa, no entanto, foi mantida a possibilidade do uso de estoques congelados de embriões resultantes de fertilização in vitro. Os embriões são fonte das chamadas células-tronco embrionárias, consideradas uma grande promessa na medicina por sua capacidade de se transformar em qualquer tipo de tecido. Os cientistas acreditam que a pesquisa com esse tipo de célula poderá levar a tratamentos para lesão de medula, problemas cardíacos ou doenças degenerativas como diabetes e mal de Parkinson. No relatório do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ficou estabelecido que somente poderão ser usados "os embriões congelados há três anos ou mais" ou que já estejam no estoque, "na data da publicação da lei", e completarem três anos ao longo do tempo. "O cálculo é que o estoque seja suficiente para cinco anos de estudo", afirmou Lúcia Vânia (PSDB-GO). "Uma lei desse tipo precisa ser avaliada. Então, a gente fechou o universo dos embriões que podem ser pesquisados. Agora, quando tivermos mais domínio sobre esse assunto, a pesquisa e terapia com embriões, a gente pode avançar no processo", disse. O inciso que previa a clonagem terapêutica --prática que era vedada na versão anterior do projeto no Senado-- foi inserido pela própria senadora de Goiás, após reuniões com cientistas. A clonagem terapêutica consiste em fundir o núcleo de uma célula adulta com um óvulo sem núcleo, processo semelhante ao usado para criar a ovelha Dolly. O embrião produzido por essa técnica se desenvolveria até a fase de blastocisto --uma bola de cem células-- e seria destruído para a extração das células-tronco. Entre as vantagens defendidas por cientistas está a possibilidade de criar célulastronco com o material genético do próprio paciente, o que em teoria evitaria a rejeição do corpo ao tratamento. O acordo foi firmado na manhã de ontem, após uma reunião entre representantes da comunidade científica, os senadores a favor da clonagem terapêutica Tião Viana (PTAC), Lúcia Vânia, Tasso Jereissati (PSDB-CE) e os parlamentares contrários Flávio Arns (PT-PR) e Magno Malta (PL-ES). A geneticista Mayana Zatz, da USP, participou da reunião. "É óbvio que eu preferiria que a permissão para a clonagem terapêutica ficasse no texto, porque ela traz vantagens em relação à utilização dos embriões congelados", disse Zatz à Folha. "Mas, se o texto for aprovado com o uso desses embriões, considero um avanço, sem dúvida", afirmou. Segundo Viana, o acordo agora prevê um debate sobre a clonagem terapêutica no 18 Senado. Estão previstas cinco audiências públicas. Após esse debate, poderá ser encaminhado para votação no Congresso um projeto de lei específico sobre o assunto. "Nós concordamos com o acordo. A gente não vai fazer terapia celular, até porque essa tecnologia ainda não está sendo empregada no país", afirmou a bióloga Patrícia Pranke, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Ela comemorou a manutenção da pesquisa e terapia a partir de embriões congelados. "A vitória só virá quando o texto passar na Câmara dos Deputados. Por enquanto, nós estamos eufóricos e otimistas", disse Pranke. O texto foi aprovado ontem nas três comissões que analisavam o assunto --Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE) e Constituição Justiça e Cidadania (CCJ). Agora, ele deve seguir hoje para a votação em plenário no Senado. Se aprovado, o texto volta para Câmara dos Deputados, onde a utilização de embriões havia sido vetada. Aids ameaça estabilidade na Europa, dizem especialistas (Globo OnLine) Jornalista: Roberta Jansen 16/09/2004 - A estabilidade social e econômica da Europa está sendo seriamente ameaçada pela epidemia de Aids, alertaram nesta quinta-feira especialistas, em entrevista ao site da BBC. Aproximadamente 1,8 milhão de pessoas na Europa e Ásia Central têm o vírus HIV, de acordo com o Programa das Nações Unidas para Aids (Pnaids) e a Organização Mundial de Saúde (OMS). As duas instituições asseguram que a epidemia continua se espalhando e que os governos europeus precisam agir imediatamente. A União Européia, apontaram, tem uma oportunidade única de trabalhar junto para salvar milhares de pessoas. "Construir parcerias efetivas é a chave para uma contribuição significativa e sustentável de conduzir a epidemia de HIV/Aids na Europa", afirmou Jack Chow, diretor da OMS para HIV/Aids, Tuberculose e Malária. Cientistas descobrem moléculas ligadas à infertilidade masculina (Globes Online) Jornalista: Roberta Jansen 16/09/2004 - 14h51 - Cientistas do Centro de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha descobriram uma molécula que exerce um papel chave no desenvolvimento do esperma. O Centro investigava, na verdade, o papel do JAM-C na formação de novos vasos sangüíneos ao redor de tumores. O trabalho, publicado na revista "Nature", sugere que defeitos genéticos interferem no funcionamento da molécula, podendo causar infertilidade ao bloquear a maturação dos espermatozóides. O estudo foi feito em camundongos, afirmaram os cientistas, em entrevista ao site da BBC. 19 Minas tem mais uma morte de criança que pode ter sido causada por leishmaniose (Globo OnLine) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - 11h19 - As autoridades de saúde de Minas Gerais suspeitam de uais uma morte provocada por leishmaniose no estado. O caso agora é o de uma criança na cidade de Montes Claros, na região norte do estado. De acordo com o setor de pediatria do Hospital Universitário Clemente Faria, uma menina de 2 anos foi internada em estado grave no dia 10 deste mês. Na última terça-feira, ela morreu, depois de ter uma hemorragia. A criança morava na zona rural de Varzelândia, cidade próxima a Montes Claros. O caso ainda não foi notificado na Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até a semana passada foram registrados 265 casos da doença no estado e 18 pessoas morreram neste ano de 2004. O controle sobre a leishmaniose, que também é conhecida como calazar, envolve o exame em cães e o combate ao mosquito-palha, que transmite a doença ao homem. Surdez: livro reúne artigos sobre leitura e escrita (Yahoo) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - Antecipando a comemoração do Dia do Surdo (26/09), acontece nesta terça (21/09), a partir das 18h30, no Auditório das Faculdades Integradas Rio Branco, a noite de autógrafos do livro Leitura e Escrita no Contexto da Diversidade (Ed. Mediação). Trata-se de uma coletânea de artigos que discutem as particularidades dos processos de aprendizagem de alunos surdos na leitura e na escrita, tratando também da formação de professores e das políticas de inclusão. O livro foi organizado por Ana Claudia B. Lodi, Katryn Marie P. Harrison e Sandra Regina L. de Campos, fonoaudióloga da Escola Especial para Crianças Surdas, da Fundação de Rotarianos. Na ocasião serão homenageados os deficientes auditivos que contribuíram para a obra: Ricardo Nakasato, Gisele Rangel, Marianne Rossi Stumpf e Alexandre Jurado Melendez, aluno do curso pedagogia das Faculdades Integradas Rio Branco e professor da Escola Especial para Crianças Surdas. Auditório das Faculdades Integradas Rio Branco - sala Q 01 - Av. José Maria de Faria, 111 Dia Mundial de Alzheimer é celebrado em todo o mundo (MaxPress Net) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - Dia 21 de setembro é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Criado em 1994, pela Organização Mundial de Saúde - OMS, o dia tem o objetivo de ampliar a conscientização sobre os sintomas da doença, a importância do diagnóstico precoce e as possibilidades de tratamento. A boa notícia é que quase 11 anos após a criação da data, a ciência começa a encontrar alternativas para adiar o processo de degeneração dos neurônios, característica da Doença de Alzheimer, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes. Lançado em 1998 pela Novartis, o Exelon® é o medicamento mais prescrito pelos médicos brasileiros para a doença, representando 60% do mercado nacional de drogas destinadas ao controle do Mal de Alzheimer. Outra boa notícia é que, no Brasil, o Ministério da Saúde regulamentou, em 2002, o atendimento de pacientes com a enfermidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e criou o Programa de Assistência aos Portadores do Mal de Alzheimer, que garante acesso gratuito aos medicamentos. O tratamento do Mal de Alzheimer deve sempre envolver uma equipe multidisciplinar formada por Neurologistas, Geriatras, Psiquiatras, Fonoaudiólogos e outros profissionais. 20 "O tratamento com Exelon® (rivastigmina) pode adiar o declínio cognitivo e a progressão da doença da fase moderada à fase grave em até 5 anos, diz o Dr. Marcello Pedreira, diretor médico da Novartis. É o único medicamento do mercado em sua categoria que inibe as duas principais enzimas envolvidas na degradação da acetilcolina - a acetilcolinesterase e a butirilcolinesterase - o que pode explicar a eficácia de longo prazo do medicamento, completa Dr. Marcello. Mal de Alzheimer O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta o cérebro e ainda não tem cura. Ela causa comprometimento da memória, do raciocínio e do comportamento, atingindo aproximadamente 15 milhões de pessoas em todo o mundo, e de 600 mil a 1 milhão no Brasil. Em geral, o declínio das funções intelectuais ocorre num período de dois a 10 anos, culminando com a total dependência e até mesmo a morte. Daí a importância da comercialização de um medicamento que adia o processo de deterioração dos portadores, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e seus familiares. O diagnóstico Não existe um teste clínico específico que permita a detecção de um diagnóstico correto da doença de Alzheimer. O diagnóstico é efetuado através de uma boa conversa com o especialista e de dados clínicos e laboratoriais que ajudam a excluir a suspeita de outras doenças. O grande desafio da medicina neurológica é o "subdiagnóstico", ou seja, quando o paciente começa a apresentar alguns dos sintomas da doença, como: perda da memória de fatos recentes, dificuldade na execução das atividades domésticas e manuais, desorientação, dificuldade em fazer contas, em geral, a primeira reação dos familiares é dizer que o "vovô ou a vovô está ficando velha", eles encaram estes distúrbios de comportamento como normais da idade e não entendem que devam levar o paciente ao médico. Com o passar do tempo, quando os familiares percebem que os distúrbios de comportamento estão muito sérios, é tarde demais, a doença já está em uma fase considerada grave. Por essa razão é muito importante conscientizar a população de que aos primeiros sinais dos distúrbios comportamentais da "velhice", os pacientes devem ser submetidos a uma consulta com especialista, a fim de, se for o caso, iniciar o tratamento rapidamente, fazendo com que o idoso tenha uma qualidade de vida melhor e por mais tempo, o que, inclusive, proporciona um melhor convívio social. Sobre a Novartis A Novartis é líder mundial em produtos farmacêuticos e consumer health. No ano de 2003, as divisões do Grupo totalizaram USD 24,9 bilhões em vendas e lucro líquido de USD 5 bilhões. O Grupo investiu aproximadamente US$ 3,8 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento. Com sua matriz na Basiléia, Suíça, as empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 78.500 pessoas em mais de 140 países em todo o mundo. Suassuna: Governo tem aval do Congresso para editar MP dos transgênicos (Globo OnLine) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - 12h55 - O governo federal tem o aval ético e político do Congresso Nacional para editar medida provisória (MP) que libera o plantio da safra de soja 21 transgênica. A avaliação é do relator do projeto de lei de Biossegurança, senador Ney Suassuna (PMDB-PB): - A Câmara já tinha aprovado os transgênicos. O Senado também vai aprovar. Então, se o presidente da República precisar editar uma MP, ele tem o aval do Congresso. Tem o respaldo ético e político. Por outro lado, Suassuna lembrou que o ideal seria que a Câmara votasse o projeto de Biossegurança, sem que fosse necessária a edição de medida provisória. A possível aprovação da lei de Biossegurança nesta quinta-feira no Senado não resolverá o impasse da soja transgênica, uma vez que o plantio da safra começa no próximo mês. O texto do projeto foi modificado pelos senadores e ainda terá que voltar à Câmara. Hoje, termina o esforço concentrado da Câmara para votar os projetos considerados prioritários pelo governo. A pauta da Casa está trancada por 11 MPs, que têm prioridade de votação e impedem que outras propostas sejam apreciadas. O projeto de Biossegurança trata das normas para pesquisas e plantio de organismos geneticamente modificados e das pesquisas com células-tronco de embriões para cura de doenças degenerativas. Candídiase é uma infecção oportunista (MaxPress Net) Jornalista: [Indefinido] 16/09/2004 - Aquela coceirinha forte que quase toda mulher tem ou já teve, pode não ser assim tão inocente. Causada pelo fungo oportunista de nome Candida sp, a Candidíase se aproveita de indivíduos imunodeprimidos (com baixa imunidade) para se manifestar. De acordo com a Drª. Elise Nakabayashi, ginecologista do Hospital e Maternidade São Camilo Ipiranga, ela atinge principalmente as mucosas como boca, estômago, vagina etc. A Candidíase vaginal é uma das mais freqüentes e se manifesta pelo aparecimento de corrimento líquido com placas brancas ou esverdeadas de odor fétido, acompanhado de prurido (coceira) local e às vezes causando fissuras. "Estas placas podem estar aderidas à mucosa tanto externa quanto interna", diz a médica. Embora seja totalmente tratável, a Candidíase vaginal pode ser transmitida ao parceiro na relação sexual. "O parceiro pode apresentar prurido peniano e, em alguns casos, lesões vesiculares (bolhas)", afirma a médica. A infecção pode ocorrer em todas as faixas etárias e em gestantes. A Candidíase pode indicar também outras doenças. Mulheres diabéticas, por exemplo, sofrem com a infecção quando há aumento do nível glicêmico, o que propicia um meio de cultura para os fungos. Já as mulheres portadoras do vírus HIV podem apresentar incidência maior de Candidíase devido à baixa imunidade causada pela doença. RECIDIVA - O que mais preocupa as mulheres, segundo a Drª. Elise, é a recidiva, ou seja, quando os sintomas da Candidíase voltam a aparecer mesmo após o tratamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos: - Tratamento interrompido ou realizado de forma errada; - Mulheres que apresentaram infecção e tiveram de fazer uso de antibióticos; - Uso de corticóides por tempo prolongado; - Etiologia sazonal: um clima quente e chuvoso torna a vagina mais quente e úmida causando proliferação dos fungos; - Período pré-menstrual, quando ocorre discreto declínio da imunidade no organismo; - Stress emocional causando pela alimentação deficiente, insônia e desgaste físico e mental; 22 - Uso de vestimentas apertadas e de material sintético como nylon deixam a vagina abafada e úmida. TRATAMENTO - O tratamento para combater a infecção consiste em medicamentos de ação sistêmica (comprimido via oral) e de ação local (cremes vaginais). Nos casos em que o tratamento não teve resposta satisfatória, deve-se adotar medicação de amplo espectro. "O parceiro também deve receber tratamento para evitar recidiva", afirma a médica.