Jornalista: [Indefinido]

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Mudanças em anticoncepcionais (Jornal do Commercio - RJ)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - A pílula anticoncepcional tradicional será substituída em breve por novos
medicamentos, como as espirais de hormônios e a pílula de ciclo longo, até agora
liberada apenas nos Estados Unidos. A previsão foi feita ontem pela cientista alemã
Cosima Brucker, durante o Congresso Alemão de Ginecologia, em Hamburgo.
"O interesse por novas alternativas aos mecanismos contraceptivos tradicionais é
crescente", disse a cientista da Universidade de Ulm. Entre as inovações que estão
adquirindo cada vez mais importância estão as injeções que cobrem períodos de três
meses, os bastões, as espirais e os emplastros hormonais.
Mas a maior novidade é a pílula anticoncepcional de ciclo longo, com a qual as
mulheres passam a ter menstruação a cada três meses. Quando a pílula
anticoncepcional foi introduzida, na década de 60, havia muito cuidado para não se
alterar o ciclo menstrual natural, mas a posição mudou nos últimos anos. "Os desejos
das mulheres e as razões médicas levaram a alterar o esquema de ingestão", explicou
Cosima.
Remédio para epilepsia se mostra eficaz no combate ao alcoolismo (Diário
de São Paulo)
Jornalista: Luciana Sobral
17/09/2004 - Um medicamento usado no tratamento de epilepsia e de enxaqueca está
se mostrando eficaz no combate ao alcoolismo, problema que atinge hoje de 10% a
20% dos brasileiros. Estudo americano, publicado na revista científica The Lancet e
discutido no início do mês durante congresso sobre o assunto, revelou que o
topiramato (nome do princípio ativo da droga) reduz quase em 50% o consumo de
bebida alcoólica.
A droga se mostrou capaz de diminuir a vontade da pessoa beber, aumentando as
chances de suportar as crises de abstinência. Segundo o psiquiatra Luís André Castro,
pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o remédio diminui a
freqüência do consumo de álcool e a quantidade de doses ingeridas.
“O estudo envolveu 150 pacientes. Os que tomaram o remédio consumiram em média,
por dia, 3,36 doses. Já os dependentes que foram tratados com placebo (pílula de
farinha) ingeriram 6,24 doses, quase o dobro”, comenta o médico, lembrando que será
feita uma pesquisa semelhante no Brasil.
O topiramato é o primeiro medicamento testado em pessoas que ainda bebem. “Para o
tratamento do alcoolismo geralmente indicamos os benzodiazepínicos (remédios para
reduzir a ansiedade), que são prescritos assim que o paciente pára de beber, na fase
de desintoxicação”, acrescenta Castro. Os dependentes sentem prazer com a bebida
porque o álcool estimula a liberação de dopamina no cérebro.
O medicamento age “limpando” o excesso da substância e, conseqüentemente, o
prazer. A droga regula dois neurotransmissores — o NMDA e o Glutamato —,
estabilizando o humor e amenizando a excitabilidade típica da abstinência. Todos os
resultados foram apresentados durante Congresso da Associação Brasileira de Estudos
do Álcool e outras Drogas (Abead), em Florianópolis, Santa Catarina.
O estudo revelou ainda que os pacientes tratados com topiramato tinham seis vezes
mais chance de se manterem abstinentes por pelo menos um mês. O grupo placebo
apresentou um risco quatro vezes maior de beber pesadamente. “Se os estudos se
confirmarem, o remédio será uma importante arma contra o vício, principalmente para
aqueles que não podem tomar os benzodiazepínicos (pacientes pneumopatas, por
exemplo”, diz Castro.
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Dependência à cocaína também pode ser tratada (Diário de São Paulo)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - Um estudo brasileiro, que está prestes a ser concluído e é coordenado
pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, deverá confirmar os resultados de uma pesquisa
americana com o topiramato também no tratamento da dependência de cocaína.
Segundo os trabalhos, o uso do medicamento, que age em dois neurotransmissores
(gabaérgico e glutamato), pode reduzir a fissura pela droga.
“Vimos que o topiramato estava funcionando contra o alcoolismo, então decidimos
investigar a sua eficácia no vício de outras drogas”, conta Luís André Castro, um dos
pesquisadores. Pelo menos 38 pacientes — usuários de cocaína intra-nasal — já
receberam o tratamento e os resultados devem ser divulgados em outubro.
Aprovação
O trabalho americano demonstrou que, após a oitava semana (dose pretendida), os
dependentes tratados com o topiramato estiveram mais propensos à abstinência
quando comparados ao grupo placebo. Além disso, os indivíduos que receberam a
substância apresentaram maior probabilidade de atingir três semanas contínuas de
abstinência.
Apesar dos resultados, ainda são necessários novos estudos. Segundo o laboratório
Janssen-Cilag, fabricante do medicamento, as duas novas indicações ainda não foram
aprovadas pelos órgãos reguladores. Isso só deve acontecer nos próximos dois anos.
“O ideal hoje é termos várias opções de tratamento. Só o medicamento não resolve
em qualquer dependência química”, lembra Castro, que vai avaliar a substância
durante a síndrome de abstinência ao álcool.
Índice de reclamações dos planos de saúde é divulgado pela ANS (Tribuna
Digital)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - 22h11 - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o
Índice de Reclamações (IR) dos planos de saúde do mês de agosto. A lista classifica as
operadoras por quantidade de reclamações, com indícios de irregularidades, feitas ao
Disque ANS. O índice pode ser consultado no site www.ans.gov.br/consultas .
A lista está dividida em três grupos: operadoras com mais de 50 mil usuários; de
10.001 a 50 mil usuários e com até 10 mil usuários. No primeiro, formado por 141
empresas, a campeã de reclamações foi a Caixa de Assistência dos Advogados do
Estado do Rio de Janeiro, seguida pela Sul América e pela Golden Cross.
Já no segundo grupo, que tem 400 operadoras, a empresa com maior índice de
reclamações foi o Centro Transmontano de São Paulo. Em segundo e terceiro lugares
ficaram, respectivamente, Itauseg e Unimed Guararapes.
No terceiro grupo, formado por 1.058 empresas de planos de saúde, a lista do IR foi
encabeçada pela Med Family, seguida pelo Plano de Autogestão em Saúde dos
Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro e pela Silve Life.
O IR é calculado com a divisão da quantidade de reclamações pelo total de usuários da
operadora. As reclamações à Agência Nacional de Saúde Suplementar podem ser feitas
pelo Disque ANS (0800-701-9656) ou no “Fale Conosco” do site www.ans.gov.br . As
informações são da Agência Brasil.
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Proposta inclui remédios fitoterápicos na Rename (Panorama Brasil)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - O Projeto de Lei 4106/04, apresentado à Câmara pela Comissão de
Seguridade Social e Família, prevê a inclusão de medicamentos fitoterápicos na
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). A proposta determina que
esses remédios sigam a legislação prevista pela Anvisa.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No entendimento da Comissão, a medida
beneficiará os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que a Rename
estabelece a relação básica e prioritária dos medicamentos que deverão ser comprados
para uso do SUS.
A Comissão de Seguridade Social defende a aprovação da medida ao justificar que os
medicamentos fitoterápicos atingiram um alto nível de desenvolvimento, com
comprovados benefícios à saúde, e hoje são apresentados em formulações seguras e
com eficiência e eficácia comprovadas. Ela ainda destaca que, por serem produtos
derivados da biodiversidade, podem ser liberados no mercado a preços reduzidos
quando comparados com medicamentos obtidos por síntese química ou via
biotecnologia. "Nesse campo, houve sensível desenvolvimento científico, com inegáveis
benefícios, tendo em vista que vários grupos e renomadas instituições acadêmicas vêm
desenvolvendo técnicas cientificas que comprovam a eficácia e segurança no uso desse
tipo de medicamento", explica o presidente da Comissão, deputado Eduardo Paes
(PSDB-RJ).
De acordo com a Comissão, a legislação brasileira diferencia o que é de fato
medicamento e o que é complemento alimentar, não justificando o tratamento
discriminatório a esse grupo de medicamentos. No entanto, embora a legislação atual
seja bastante rigorosa na definição de critérios técnicos para os medicamentos
fitoterápicos, não há, segundo o deputado, qualquer incentivo ao seu uso.
Eduardo Paes também lembra que o incremento na produção desses medicamentos vai
gerar no País mais empregos, competitividade e conhecimento científico, já que são
produzidos, na maior parte dos casos, por empresas nacionais. A matéria aguarda ser
distribuída às comissões técnicas da Câmara.
Para Serra, negociar 2º turno agora é desrespeito (Valor Econômico)
Jornalista: Ilton Caldeira
17/09/2004 - O candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), não se
conteve e revidou as críticas feitas a ele pela atual prefeita e candidata à reeleição
Marta Suplicy (PT), acirrando ainda mais os ânimos na reta final da campanha eleitoral
no primeiro turno.
Após encontro ontem com representantes da Associação Viva o Centro o tucano voltou
a comparar a atual prefeita ao candidato Paulo Maluf (PP) e a dizer que nem mesmo
Marta acredita no que está falando. "Ela está repetindo o Maluf. Ela tentou seguir
coisas que nós fizemos no ministério e nem conseguiu, como foi o caso do
atendimento a gestante. Agora todas as declarações tem esse vício eleitoral e
publicitário que realmente não nos deve levar a perder tempo com elas", declarou
Serra.
Na parte da manhã, durante um compromisso de campanha, Marta havia dito que
Serra não tem propostas para governar a cidade, nem a inclusão social como
prioridade.
Em resposta à declaração da prefeita de que agora "está na hora de colocar os pontos
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nos is", o tucano aproveitou para criticar a gestão do PT na área da saúde na capital
paulista. "Ela tinha dito que ia por pingo nos 'is', a respeito dessa questão da saúde, e
até agora não pôs os pingos nos 'is'. Eu espero que possa pôr pelo menos os remédios
nos postos de saúde. Se não põe pingo no 'i' que ponha pelo menos o remédio no
centro de saúde", disse Serra.
Sobre as afirmações de Marta de que em um eventual segundo turno quer todos em
seu palanque e inclusive conquistar os eleitores do PSDB, o tucano respondeu que
"isso é um problema dela". Serra acrescentou que até terminar o primeiro turno não
vai procurar ninguém para negociar apoio para o segundo turno. "Isso seria um
desrespeito aos demais candidatos".
Em outro compromisso de campanha no Tribunal de Alçada Criminal, onde o candidato
fez uma palestra para magistrados, Serra voltou a afirmar que a eleição não será
decidida com base em promessas, mas nos valores defendidos por cada postulante.
"Não são valores abstratos. Isso está ligado a biografia, as idéias e ao estilo de
trabalho na vida pública", afirmou.
Ao abordar a questão da segurança pública Serra defendeu novamente a união de
esforços entre Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar, coordenada pelo Estado. O
candidato encerrou a série de encontros "A cidade e o crime", organizada pelo
Tribunal.
Marta imita Maluf e já não acredita mais no que diz, avalia tucano (DCI)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - O candidato do PSDB na eleição municipal de São Paulo, José Serra,
rebateu ontem as críticas feitas pela adversária do PT e atual prefeita, Marta Suplicy,
que afirmou que o tucano “não tem propostas, se escora nas ações do governador
Geraldo Alckmin (PSDB) e tenta a eleição como revanche de 2002”.
Serra, que participou de encontro com representantes das entidades integrantes da
Associação Viva o Centro, voltou a compará-la com outro adversário, Paulo Maluf (PP).
“Ela está repetindo o Maluf. Nem ela acredita nisso que está dizendo. Ela tentou seguir
até, não propostas, coisas que nós fizemos no ministério e não conseguiu, como foi o
caso de atendimento à gestante. Nem ela está acreditando em todas as declarações.
Agora tem esse vício eleitoral e publicitário que realmente não nos deve levar a perder
tempo”, disse o ex-ministro.
Serra aproveitou para criticar a gestão da petista na saúde. “Ela tinha dito que iria
colocar os pingos nos ‘is’ a respeito dessa questão da saúde. Espero que possa pôr
pelo menos os remédios nos postos de saúde. Se não tem pingo no ‘i’, que ponha pelo
menos remédios nos postos”. O candidato disse ainda que, se eleito, não fará
loteamento político nas subprefeituras da cidade. “Os vereadores vão participar
sugerindo pessoas competentes, mas não vamos lotear essa subprefeitura, desse ou
daquele vereador. Os critérios para indicação dos postos serão qualidade, experiência
administrativa e competência para administrar regiões da cidade”, afirmou ele.
Durante seu discurso na Associação, Serra defendeu o uso de incentivos para
transformar o centro numa “Broadway paulista”, em uma alusão à região da cidade de
Nova York que concentra os grandes espetáculos culturais. “Poderiam ser dados
incentivos, inclusive de Imposto Sobre Serviço (ISS) para atividades de audiovisual,
vídeo, cinema, publicidade, para transformar o centro num pólo nessa direção, temos
de fazer uma Broadway paulista”, disse ele. À tarde, Serra participou de uma palestra
no Tribunal de Alçada Criminal.
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Ausência de gene indica risco de câncer de próstata (Jornal do Commercio RJ)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - A perda de um gene supressor de tumores chamado Rb pode ser o
primeiro passo no desenvolvimento do câncer de próstata. A anomalia é detectada em
até 60% dos casos clínicos de câncer de próstata, segundo o médico Norman
Greenberg, do Instituto Fred Hutchinson (EUA).
A maioria dos genes existe como duas cópias - uma em cada par de cromossomos.
Greenberg descobriu que a deleção de um único gene Rb na próstata de ratos causou
mudanças pré-cancerosas. Mas, depois de um ano, as lesões não se tornaram
malignas e foram consideradas uma representação de um estágio inicial da doença.
"O objetivo de longo prazo é distinguir os pacientes com doença em estágio inicial que
têm mais chances de ter uma progressão daqueles que não correm esse risco",
explicou Greenberg.
"Se pudermos determinar com alguma certeza que um paciente só tem níveis
reduzidos de Rb na próstata, e nenhuma outra mudança, isso seria condizente com a
forma inicial da doença e indicaria que uma terapia mais agressiva provavelmente não
é necessária", disse o médico.
Um teste seguro e pouco invasivo para fazer um retrato genético da próstata do
paciente, segundo Greenberg, poderia ajudar significativamente os médicos a lidar
com o câncer de próstata.
Senado adia votação sobre biossegurança (Veja)
Jornalista: [Indefinido ]
17/09/2004 - Apesar da existência de um acordo entre governo e oposição, a votação
do projeto que cria a Lei de Biossegurança foi adiada para depois das eleições
municipais. Por falta de quórum mínimo, 41 senadores em plenário, os líderes
desistiram depois que a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) ameaçou pedir verificação
do quórum. Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a
nova tentativa de votação será na semana de 5 de outubro.
Nesta quarta-feira, o texto, que está há sete meses no Senado, foi aprovado por três
comissões temáticas da Casa: a de Constituição e Justiça (CCJ), a de Assuntos
Econômicos (CAE) e a de Assuntos Sociais (CAS). E mesmo depois da aprovação pelo
Senado, o projeto ainda terá de voltar para a Câmara, porque houve alteração.
De acordo com a versão aprovada pelas comissões, caberá à comissão formada pela
comunidade científica (CTNbio) a decisão técnica sobre os transgênicos. Órgãos que
representam o meio ambiente (Ibama) e a agricultura (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) poderão recorrer de decisões ao conselho formado por 11 ministros. A
versão é uma derrota para os ministérios do Meio Ambiente e da Saúde. No projeto
aprovado inicialmente pela Câmara, o Ibama e a Anvisa tinham o poder de vetar a
liberação comercial de um produto.
Outro ponto importante do projeto é a garantia de pesquisas com células
embrionárias. Segundo o texto aprovado, células de embriões congelados há mais de
três anos poderão ser utilizadas para pesquisa e obtenção das células-tronco. A
clonagem terapêutica, técnica pela qual se poderia clonar embriões para se obter
células-tronco, ficou fora do texto. A bancada da Igreja Católica foi a responsável pela
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pressão.
Medida Provisória - Da aprovação da Lei de Biossegurança depende, por exemplo, a
produção de soja transgênica, cuja época de plantio está chegando no Rio Grande do
Sul, sem que os agricultores saibam se poderão ou não trabalhar com o produto. No
ano passado, enfrentou-se o mesmo impasse e o governo editou uma medida
provisória autorizando a venda da soja transgênica já colhida. Desta vez, a Presidência
já afirmou que não vai editar uma nova MP. Segundo nota divulgada pela Secretaria de
Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República, o
Congresso é que deve decidir sobre a matéria. 'O governo mantém a confiança de que
o Congresso Nacional votará o projeto e não tem a intenção de editar uma Medida
Provisória em substituição ao texto que tramita no Parlamento', diz a nota.
Curitiba terá nova caminhada contra o câncer de mama (Gazeta do Povo)
Jornalista: Lívia Araújo
17/09/2004 - O câncer não é mais um bicho-papão. A gente aprende a lidar com a
morte e descobre que o tratamento não é tão difícil.” Jocielle Möller,
23, estudante de Ciências Sociais.
A luta contra o câncer de mama, uma doença que atinge 42 mil brasileiras todos os
anos, 1.560 das quais no Paraná, não depende apenas de avanços médicos e
tecnológicos. Solidariedade, auto-estima e coragem são importantes armas para
superar o problema. Para estimular esse tipo de postura, o Instituto Brasileiro de
Combate ao Câncer (IBCC) promove neste domingo, em Curitiba, a "Corrida e
Caminhada contra o Câncer de Mama", que terá como ponto de partida a Praça Nossa
Senhora de Salete, no Centro Cívico.
"Cada vez que é realizado um evento sobre o câncer de mama, aumenta a procura
pelos médicos", afirma Tânia Gomes, presidente da Associação dos Amigos da Mama,
fundada por ela e por Lourdes Girotto. A amizade das duas é prova de que o apoio da
família não é o único fator para a superação da doença. Elas se conheceram quando
estavam em tratamento médico. "Quando eu fazia quimioterapia, a Tânia me levava, e
vice-versa. Isso acabou deixando nossas famílias mais tranqüilas", relembra Lourdes.
O chefe do serviço de ginecologia e mama do hospital Erasto Gaertner, Sérgio
Hatschbach, ressalta a importância da prevenção. "O auto-exame, apesar de não
dispensar a necessidade de uma mamografia anual, é importante para que a mulher
saiba se há algo errado", diz Hatschbach.
Mesmo fazendo o auto-exame todos os meses desde a adolescência, a estudante de
Ciências Sociais Jocielli Möller, de 23 anos, só confirmou o câncer quando ele estava
em estágio avançado. "Como eu estava grávida do meu primeiro filho, os médicos
achavam que era uma inflamação comum. Só quando eu estava grávida da minha
segunda filha é que se confirmou o câncer". Pelo risco que a quimioterapia oferecia ao
bebê, os médicos de Jocielle lhe ofereceram uma difícil escolha: ou ela, ou o bebê. "Foi
um grande dilema. Mas hoje, estou feliz, porque consegui salvar minha filha e estou
bem", comemora.
Serviço: as inscrições para a caminhada podem ser feitas pelo site www.ibcc.org.br,
pelo telefone 0800 773 0223 e nos postos oficiais, na Hering Store, Brincadeira de
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Papel e Livrarias Curitiba. Hoje, também haverá um posto de inscrição na Rua XV de
Novembro. As inscrições para a corrida custam R$ 30,00 e para caminhada R$ 20,00.
Toda renda do evento será revertida para o Hospital Erasto Gaertner.
OMS alerta para ameaça das doenças animais (Jornal do Commercio - RJ)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - A ameaça de doenças de origem animal chegarem ao ser humano é
crescente e os governos devem ampliar a colaboração para evitar uma pandemia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, surtos como o da gripe das aves causam
grandes prejuízos econômicos, aumentam a pobreza, criam pânico e muitas vezes
provocam incertezas sociais e políticas.
O problema é agravado pelo aumento da circulação de produtos, alimentos e pessoas
pelo mundo, o que facilita e acelera a disseminação de doenças. "Essas infecções não
respeitam fronteiras, não estão limitadas a países pobres. É preciso que haja uma
preocupação política em todos os países que as reconhecem como uma ameaça", disse
o diretor-assistente da OMS, Asamoa Baah, durante uma conferência em Haia, na
Holanda.
"Qualquer crise causada por uma doença pode deixar governos inseguros. Essa é mais
uma razão para tratarem a questão como prioridade", acrescentou Baah. A OMS e a
Organização Mundial para a Saúde Animal pediram mais investimentos em pesquisa e
desenvolvimento de vacinas, bem como maior colaboração e medidas coordenadas no
combate às doenças.
O vírus H5N1, causador do tipo mais grave de gripe das aves, matou 28 pessoas na
Ásia este ano. Os especialistas lembraram que esse tipo de doença pode passar ao ser
humano e iniciar uma epidemia global semelhante à gripe espanhola, que matou 40
milhões de pessoas, em 1918.
Veterinários
A natureza das doenças exige que médicos e veterinários se unam para encontrar uma
solução. "A maioria dos médicos tem pouco ou nenhum conhecimento do problema das
zoonoses. É uma questão de preocupação", comentou o ministro da Saúde da Holanda,
Hans Hoogervorst.
Os governos, segundo o ministro holandês, não podem ignorar a ameaça das doenças
animais e devem desenvolver uma estratégia global de prevenção. "Os dias de boas
intenções e promessas acabaram. É hora de agir. Vamos trabalhar antes que seja
muito tarde", disse.
Sob pressăo, Senado veta clone terapęutico (BOL)
Jornalista: Luis Renato Strauss
17/09/2004 - A bancada religiosa conseguiu derrubar ontem no Senado o texto da Lei
de Biossegurança que permitiria a utilizaçăo de células-tronco embrionárias obtidas por
clonagem para pesquisa. No relatório aprovado ontem pelas comissőes da Casa, no
entanto, foi mantida a possibilidade do uso de estoques congelados de embriőes
resultantes de fertilizaçăo in vitro.
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Os embriőes săo fonte das chamadas células-tronco embrionárias, consideradas uma
grande promessa na medicina por sua capacidade de se transformar em qualquer tipo
de tecido. Os cientistas acreditam que a pesquisa com esse tipo de célula poderá levar
a tratamentos para lesăo de medula, problemas cardíacos ou doenças degenerativas
como diabetes e mal de Parkinson.
No relatório do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ficou estabelecido que somente
poderăo ser usados "os embriőes congelados há tręs anos ou mais" ou que já estejam
no estoque, "na data da publicaçăo da lei", e completarem tręs anos ao longo do
tempo.
"O cálculo é que o estoque seja suficiente para cinco anos de estudo", afirmou Lúcia
Vânia (PSDB-GO). "Uma lei desse tipo precisa ser avaliada. Entăo, a gente fechou o
universo dos embriőes que podem ser pesquisados.
Agora, quando tivermos mais domínio sobre esse assunto, a pesquisa e
terapia com embriőes, a gente pode avançar no processo", disse.
O inciso que previa a clonagem terapęutica --prática que era vedada na versăo
anterior do projeto no Senado-- foi inserido pela própria senadora de Goiás, após
reuniőes com cientistas.
A clonagem terapęutica consiste em fundir o núcleo de uma célula adulta com um
óvulo sem núcleo, processo semelhante ao usado para criar a ovelha Dolly. O embriăo
produzido por essa técnica se desenvolveria até a fase de blastocisto --uma bola de
cem células-- e seria destruído para a extraçăo das células-tronco.
Entre as vantagens defendidas por cientistas está a possibilidade de criar célulastronco com o material genético do próprio paciente, o que em teoria evitaria a rejeiçăo
do corpo ao tratamento.
O acordo foi firmado na manhă de ontem, após uma reuniăo entre representantes da
comunidade científica, os senadores a favor da clonagem terapęutica Tiăo Viana (PTAC), Lúcia Vânia, Tasso Jereissati (PSDB-CE) e os parlamentares contrários Flávio Arns
(PT-PR) e Magno Malta (PL-ES).
A geneticista Mayana Zatz, da USP, participou da reuniăo. "É óbvio que eu preferiria
que a permissăo para a clonagem terapęutica ficasse no texto, porque ela traz
vantagens em relaçăo ŕ utilizaçăo dos embriőes congelados", disse Zatz ŕ Folha. "Mas,
se o texto for aprovado com o uso desses embriőes, considero um avanço, sem
dúvida", afirmou.
Segundo Viana, o acordo agora prevę um debate sobre a clonagem terapęutica no
Senado. Estăo previstas cinco audięncias públicas. Após esse debate, poderá ser
encaminhado para votaçăo no Congresso um projeto de lei específico sobre o assunto.
"Nós concordamos com o acordo. A gente năo vai fazer terapia celular, até porque
essa tecnologia ainda năo está sendo empregada no país", afirmou a bióloga Patrícia
Pranke, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Ela comemorou a
manutençăo da pesquisa e terapia a partir de embriőes congelados.
"A vitória só virá quando o texto passar na Câmara dos Deputados. Por enquanto, nós
estamos eufóricos e otimistas", disse Pranke.
O texto foi aprovado ontem nas tręs comissőes que analisavam o assunto --Assuntos
Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE) e Constituiçăo Justiça e Cidadania (CCJ).
Agora, ele deve seguir hoje para a votaçăo em plenário no Senado. Se aprovado, o
texto volta para Câmara dos Deputados, onde a utilizaçăo de embriőes havia sido
vetada.
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EDITORIAL: Em favor da razão (Folha de S. Paulo)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - Com o adiamento da votação da Lei de Biossegurança, parece difícil o
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitar a edição de uma nova medida
provisória que autorize o cultivo de sementes transgênicas de soja. O plantio da safra
começa em outubro, e a única maneira de evitar que os agricultores que se valem
dessa variedade fiquem na ilegalidade é editar nova MP.
Desta feita, a responsabilidade pelo atraso na aprovação da Lei de Biossegurança, que
forneceria um marco regulatório estável para os organismos geneticamente
modificados (OGMs), deve recair sobre o Congresso Nacional, pois o governo enviou
seu projeto ao Legislativo em novembro do ano passado.
Se, neste caso específico, se pode censurar algo ao Planalto, é o fato de ter colocado
na mesma peça legislativa dois temas altamente polêmicos: os transgênicos e a
manipulação de embriões humanos para pesquisa.
De fato, percebe-se entre os parlamentares a tendência de aceitar o plantio e a
comercialização da soja transgênica e de apoiar a definição de regras mais fixas que
permitam decidir sobre outros produtos geneticamente modificados.
Não há, entretanto, nem sombra de consenso no que diz respeito à pesquisa com
embriões e células-tronco. As bancadas evangélica e católica se mostram radicalmente
contra, enquanto cientistas e a opinião pública esclarecida julgam que o Brasil não
pode ser relegado ao atraso em tão promissora área da investigação médica por força
de convicções religiosas de alguns -que são absolutamente respeitáveis, mas de
maneira nenhuma universalizáveis.
Esta Folha defende a liberação da soja transgênica e um marco regulatório para outros
OGMs. A comercialização de produtos alterados só pode ser autorizada após cuidadosa
avaliação técnica, quando houver indícios convincentes de que são seguros para a
saúde e o meio ambiente. É fundamental também que o consumidor seja alertado, no
rótulo, sobre a característica do produto.
Quanto às pesquisas com embriões, ela precisa ser liberada, inclusive a clonagem
terapêutica. Nas células-tronco pode estar a chave para a cura de várias moléstias
degenerativas e até a possibilidade de que um dia se desenvolvam órgãos
sobressalentes para transplantes. As perspectivas são animadoras demais para que
permaneçam ignoradas. De resto, existem hoje milhares de embriões humanos que
são sobras de tratamentos de fertilidade armazenados em freezers. Deixar de usar
esses blastocistos, que não apresentam condições de serem implantados num útero,
em pesquisas que poderão salvar vidas seria uma decisão absolutamente irracional.
Estudos ratificam suspeita sobre asma (O Estado de S. Paulo)
Jornalista: Alessandro Greco
17/09/2004 - O Brasil tem hoje mais de 19 milhões de asmáticos. Anualmente, cerca
de 400 mil deles são internados devido a complicações da doença e dois mil morre.
Dois estudos publicados na revista Science (www.sciencemag.org) dessa semana
podem começar a mudar esse panorama do lado científico - do lado social, dados
levantados pelo Comitê Global de Iniciativa contra Asma (Gina) mostraram que os
asmáticos muitas vezes desconhecem a gravidade da sua situação.
Nos estudos científicos, feitos por pesquisadores de universidades americanas e
inglesas, foram usados camundongos geneticamente modificados incapazes de
produzir eosinófilos, um tipo de glóbulo branco que se sabia estar associado à doenças
alérgicas. "Havia sinais indiretos dessa relação", afirma o pneumologista pediátrico
Gilberto Fischer, da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre
(Fffcmpa). "Agora temos os estudos que demonstram essa ligação". Em um dos
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experimentos, os camundongos não tiveram algumas reações típicas da asma como a
mai temida delas, a reação inflamatória crônica. "Se fosse possível fazer com que uma
pessoa, usando um medicamento, ficasse como se estivesse sem os esinófolos, ela
teria uma qualidade de vida muito melhor", completa Fischer. Segundo Alison
Humbles, principal autora de um dos artigos, os estudos provavelmente levarão a ao
estudo de opções de tratamento previamente descartados.
Coração é tema de campanha no Ibirapuera (O Estado de S. Paulo)
Jornalista: Alessandro Greco
17/09/2004 - Começa amanhã a campanha Coração de Mulher, com apoio científico da
Sociedade Brasileira de Cardiologia e patrocínio da Pfizer. No primeiro dia, o evento
será das 9h30 às 16h30 no Parque do Ibirapuera (bolsão do MAM) e contará com
profissionais para tirar dúvidas sobre doenças cardíacas e distribuir material educativo.
Às 11 horas a atriz Cristiane Torloni, musa da campanha, estará no local. O próximo
evento será no dia 26 no Clube Paineiras e no Shopping Anália Franco.
As amigas do parto (Valor Online)
Jornalista: Evaldo Mocarzel
17/09/2004 - As parteiras tradicionais do Amapá são um exemplo de atuação feminina
que, com toda certeza, forneceria um riquíssimo material humano para a Conferência
Mundial da Mulher, que vai acontecer em fevereiro em Nova York. São mulheres
idealistas, incansá- veis, extremamente místicas, orgulhosas do dom e do ofício de
partejar crianças que, acreditam, Deus lhes ofertou desde muito jovens. Praticamente
todas se tornam parteiras no paroxismo de uma situação emergencial: uma mulher
entra em trabalho de parto, não há médico, ela é filha ou neta de uma parteira que
não está naquela região naquele momento. Toma coragem, então, e vai ajudar a
parturiente a dar à luz. A urgência da situação é a gênese do ofício.
Todas se consideram uma espécie de missionária de Deus. A grande maioria é
analfabeta, não cobra nada pelo trabalho e tem um conhecimento muito especial sobre
a vida e sobre a morte. As mais idosas carregam nas costas a árdua experiência de ter
trazido à luz mais de quinhentas crianças - entre elas, os próprios netos e netas.
O Amapá tem cerca de 600 mil habitantes, território de 144 mil quilômetros quadrados
e uma das mais baixas densidades demográficas do Brasil: 2 habitantes por quilômetro
quadrado. O Estado tem apenas 16 municípios e não dispõe de hospitais suficientes
para atender à população, a maior parte concentrada na região de Macapá, a capital.
Utilizando técnicas muito antigas, as parteiras ajudam no nascimento de crianças em
todas as regiões, atravessando as grandes distâncias que dificultam o acesso entre as
comunidades espalhadas pela selva amazônica, alagados e cerrados. E depois
cumprem outra importante função social: é sua a incumbência de fazer o cadastro de
nascimento nos povoados.
A região Norte do Brasil é fortemente marcada pela imagem da parteira, sinônimo de
fé, sabedoria, generosidade, altruísmo e amor pela condição humana. No entanto,
muitas já foram vítimas de preconceitos, chamadas de "bruxa" e "feiticeira da
floresta". Com o objetivo de acabar com esse tipo de discriminação, há alguns anos, o
então governador Alberto Capiberibe e sua mulher Janete - que vieram ao mundo com
a ajuda de parteiras - decidiram criar uma associação em que pudesse haver troca de
informações e o resgate da auto-estima das parteiras negras, caboclas e índias do
Estado, extremamente necessárias numa região tão carente de hospitais.
Foi então criada a Associação das Parteiras Tradicionais do Amapá. Nos primeiros
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encontros, muitas tiveram medo de ser presas, achando que a criação da associação
era uma espécie de armadilha. Aos poucos, foram surgindo de todas as regiões. Um
dos últimos levantamentos apontou um total de 918 parteiras no Amapá. Hoje, são
mais de 1.000 mulheres credenciadas. Muitas recebem um pequeno salário e também
um "kit parteira", com objetos para facilitar os partos: panela de pressão para
esterilizar, linha especial para cortar o cordão umbilical, balança para pesar o bebê,
luvas, gaze, mercúrio cromo, estetoscópio, fita métrica, tesoura, sombrinha, capa de
chuva, escovinha de unha, sabonete ou sabão de coco, álcool iodado, lanterna e colírio
argirol para abrir os olhos do recém-nascido.
As parteiras são donas-de-casa, pescadoras, agricultoras e extrativistas de castanha.
Deixam seus lares para auxiliar as parturientes a dar à luz, e sempre permanecem
com elas mais sete dias depois do nascimento do bebê. Durante esse período de
resguardo, fazem todo o serviço doméstico para a parturiente: lavam, passam,
cozinham e limpam a casa. Fazem massagem, para que a barriga das mulheres volte
ao normal. Ensinam a não comer comida "remosa", ou seja, caça, em geral gordurosa,
que pode prejudicar a saúde da mãe ou do bebê, como jacaré ou capivara. Orientam
as mulheres a comer pratos que elas mesmas preparam, como canja e galinha com
caribé, que é uma farinha coada com água, sal, manteiga e alho. Como pagamento por
todo esse cuidado e dedicação, recebem um pouco de milho ou outro cereal, uma
galinha caipira ou uma pequena quantia, que pode variar de R$ 10 a R$ 40.
Muitas recusam qualquer tipo de pagamento, pois acreditam terem sido escolhidas por
Deus para a "missão de puxar barriga e pegar criança". O Amapá é o Estado com o
maior índice de partos normais do Brasil (88%). O índice médio de cesarianas é de
12%, abaixo da marca de 15% apontada como aceitável pela Organização Mundial de
Saúde (OMS).
"Na hora do parto, eu falo assim: 'Me ajuda, meu Deus. Tu, que é o dono da obra. Tu,
que é o dono de tudo.' Estou ali como uma acompanhante de Deus", explica Maria
Pereira da Costa, 70 anos, da região de Tessalônica, próxima à Macapá, fervorosa
parteira negra de formação religiosa protestante. "Tenho muito orgulho da minha
profissão de parteira", diz Jovelina Costa dos Santos, de Ponta Grossa de Piririm,
cabocla que já passou dos 70 anos e que sobrevive fazendo e vendendo farinha de
mandioca. "Dizer que vivo de fazer parto? Não faço isso. Sei a condição das pessoas" garante Jovelina. Rossilda Joaquina da Silva, outra com mais de 70 anos, afirma que já
trabalhou com muitas mulheres que tinham "nojo" na hora do parto. "Eu, não. Eu
gosto. Me orgulho desse dom que Deus me deu."
Num Estado carente de hospitais, também faltam medicamentos. As parteiras utilizam
uma infinidade de remédios caseiros, chás calmantes e outros estimuladores de
contrações. Fazem massagens na barriga das gestantes com ungüentos à base de
gordura de animais e óleos vegetais. Algumas discordam sobre a prática de "puxar
barriga". Dizem que são contra a "puxação" e ensinam apenas as técnicas da
"apalpação". Mas a grande maioria assegura que consegue virar o bebê e o coloca na
posição certa na hora do parto. "É o bebê que dá o impulso para sair", diz Rossilda.
"Mas para isso ser possível é preciso esperar as nove luas. A lua tem uma influência
muito grande sobre a mulher." E não faltam rezas, preces, simpatias e cantorias
religiosas no momento do parto.
As parteiras costumam dar banho com ervas nas parturientes. As que não recebem o
"kit parteira" utilizam lascas de bambu e fibras para cortar o cordão umbilical.
Conhecem ervas que ajudam a descolar a placenta. Usam óleo de andiroba, cânfora,
copaíba, casca de barbatimão, verônica, folhas de hortelã do maranhão, mastruz, mel,
chá de chicória com cominho (para aumentar as contrações) e chá de sete grelos do
ingá (contra hemorragias), feito base de uma árvore da várzea, fervida com sal.
Essas exuberantes figuras medievais são genuínas voluntárias da fé, do amor ao
próximo e da solidariedade, conscientes do papel que precisam desempenhar em
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regiões tão carentes de tudo.
EUA liberam venda sem receita de desfibriladores domésticos (Tribuna On
Line)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - As autoridades de saúde dos Estados Unidos aprovaram ontem a venda
sem receita médica e para uso caseiro de desfibriladores portáteis que podem prevenir
mortes provocadas por paradas cardíacas.
Um anúncio oficial indicou que a Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, em
inglês) acolheu uma recomendação de seu comitê assessor para eliminar a
necessidade de receita médica para se comprar um desfibrilador, porque foi
determinado que essas máquinas podem ser usadas sem maiores problemas.
Calcula-se que pelo menos 80% dos casos de parada cardíaca, que em muitas ocasiões
provocam a morte do paciente, ocorrem em casa. Com freqüência, é o primeiro sinal
de uma doença cardíaca grave e causa a morte de cerca dee 340 mil pessoas por ano
nos Estados Unidos. A forma mais efetiva de colocar fim a um parada cardíaca é
aplicar um choque elétrico com o desfibrilador.
Segundo uma porta-voz da Philips Medical Systems, empresa que fabrica os
desfibriladores, quando esse choque elétrico é dado cinco minutos depois da parada
cardíaca, salva-se a vida de 50% das vítimas. O desfibrilador também já está em uso
em muitas academias, aeroportos e shoppings desse país.
No fim do ano passado, a FDA aprovou o uso de um desfibrilador portátil que consiste
de um cinto de eletrodos que é colocado em torno do peito e que está em contato com
um monitor que ativa um sistema de alarme que fica na cintura. Se for detectado um
ritmo cardíaco irregular que pode colocar em risco a vida do paciente, o sistema emite
uma descarga elétrica.
Setembro terá Campanha Nacional da Audição (UOL Noticias)
Jornalista: Rodrigo Gerhardt
17/09/2004 - No próximo dia 20 -Dia do Idoso - a Academia Brasileira de Otologia
(ramo da medicina que se ocupa dos ouvidos) inicia uma campanha nacional para
divulgar a importância dos exames de audição e combater o preconceito que existe em
relação ao uso de aparelhos auditivos, principalmente entre pessoas na terceira idade.
"Com o envelhecimento, passamos a ver e a ouvir menos. Mas, enquanto usar óculos é
rotineiro e visto como charme de intelectual, o aparelho auditivo ainda é rejeitado por
ser associado à senilidade", diz o coordenador da campanha, o otorrinolaringologista
Luiz Carlos Alves de Sousa. Segundo a própria ABO, no Brasil, 70% da população idosa
- cerca de 10 milhões de pessoas - têm algum grau de deficiência auditiva, mas a
maioria não se trata.
"Queremos sensibilizar as pessoas para que procurem os hospitais e postos de saúde
municipais para se tratarem. Em recém-nascidos, o "teste da orelhinha", que detecta
qualquer anormalidade na audição, é tão importante quanto o do pezinho, mas ainda é
pouco realizado", informa o secretário-geral da ABO, Oswaldo Laércio Mendonça Cruz.
Com a desinformação, poucas pessoas sabem que é possível conseguir aparelhos
auditivos de última geração, com tecnologia digital, gratuitamente.
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Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza os aparelhos que, no mercado,
chegam a custar R$ 4000, por meio de centros de referência determinados pelo
Ministério da Saúde. Em São Paulo, o Hospital das Clínicas é o maior deles. "Já
atendemos 2000 pessoas, sendo 70% dos pacientes encaminhados pelos médicos nos
postos de saúde", informa o diretor técnico do serviço de saúde do HC, Sérgio Garbi.
Segundo os especialistas, a deficiência auditiva é uma das causas principais do
isolamento de idosos. "É um sofrimento desnecessário. Com os recursos de hoje, é
possível levar uma vida perfeitamente normal", diz Sousa.
Mais informações sobre a Campanha Nacional da Audição podem ser obtidas pelo
telefone (0/xx/11) 5052-9515
Coração feminino
Começa no próximo sábado (18/9) o evento Coração de Mulher, campanha de
conscientização sobre as doenças cardiovasculares comum às mulheres, cujas
complicações são responsáveis por um número seis vezes maior de mortes do que por
câncer de mama. O lançamento da campanha -realizada pela Pfizer e Sociedade
Brasileira de Cardiologia- será no parque Ibirapuera (no bolsão do MAM), SP, das 9h30
às 16h30, com distribuição de material educativo e mostra de vídeo. A campanha vai
até novembro. Mais informações pelo site www.coracaodemulher.com.br.
Para praticar
A Publifolha lançou dois novos guias introdutórios na prática da ioga e do "power
walking" para quem busca dar seus primeiros passos com segurança. "Para começar a
praticar ioga", de Howard Kent e Claire Hayler, e "Para começar a praticar power
walking", de Janice Meakin, trazem os princípios básicos e benefícios de cada
atividade, além de fotos e informações extras de saúde que ajudam o leitor a alcançar
o equilíbrio e entrar em forma. Os livros estão disponíveis em bancas e livrarias e pelo
televendas 0800-140090. Preço: R$ 24,90, cada um.
Saúde para idosos
A Associação Paulista de Medicina (APM) promove, no próximo dia 25, o Curso de
Reciclagem em Reabilitação do Paciente Idoso, coordenado por Marcelo Ares,
presidente do Departamento de Medicina Física e Reabilitação. O objetivo do encontro
é fazer uma abordagem básica de temas como a osteoporose e a prevenção de
quedas. Local: APM, av. Brig. Luís Antônio, 278, SP. Inscrições 0/xx/11/3188-4252.
Falsa segurança
Moradores de pequenos municípios sofrem com a poluição assim como as pessoas da
cidade grande. Estudo realizado em Pamplona (Espanha) constatou que mesmo os
baixos níveis de alguns contaminantes no ar influenciaram na taxa de mortalidade dos
cidadãos. Segundo a autora, o objetivo da pesquisa é discutir os níveis ideais de
contaminação para as pequenas cidades, já que, em nenhum momento durante o
estudo, o índice de poluição ultrapassou os limites estabelecidos pela Organização
Mundial da Saúde.
Ciclo de Palestras
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Durante todo o mês de setembro, o Day Care, grupo que fornece apoio a portadores
de câncer e familiares, vai abordar o tema "Linfomas e leucemias, os tratamentos e
efeitos colaterais", em ciclo de palestras gratuitas. Local: al. Franca, 1.423, SP, tel.
0/xx/11/3064-7769.
Deficientes
Já começaram as atividades promovidas por algumas entidades sociais para marcar o
Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, no próximo dia 21.
Exclusão, cidadania, direitos civis e superação dos próprios limites são alguns dos
temas abordados. Ontem, dia 15, a Associação Desportiva para o Deficiente (ADD)
lançou, na estação CPTM do Brás, a exposição fotográfica "Vencedores", com fotos que
retratam a superação de esportistas deficientes. No dia 21, às 18h30, o Instituto
Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (IBDD) promove
um concerto regido pelo maestro e pianista João Carlos Martins, no auditório do
BNDES, na av. Chile, 100. Já a Secretaria de Estado da Cultura realiza, entre os dias
20 e 24, uma semana cultural com exposição, dança, teatro, performances e poesia,
na Oficina Cultural Oswald de Andrade - r. Três Rios, 363, Bom Retiro. Informações
sobre a programação no telefone 0/xx/11/222-2662. Todos os eventos tem entrada
gratuita.
Biossegurança só em outubro (Jornal de Brasília)
Jornalista: [Indefinido]
17/09/2004 - A votação da Lei de Biossegurança pelo Senado ficou para outubro. Uma
operação de obstrução capitaneada pela senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), somada
ao baixo número de senadores em Brasília, obrigou o governo a retirar o projeto da
pauta de votações. Com o adiamento, cogitou-se a possibilidade de o governo publicar
uma medida provisória liberando o plantio e comercialização de soja transgênica, mas
o ministro Aldo Rebelo desmentiu essa informação no início da noite de ontem.
Um acordo de lideranças permitiu que a sessão de ontem fosse aberta com o quórum
da sessão de quarta-feira, que registrava a presença de 74 senadores. Seria número
suficiente para aprovar a lei. Contrária ao projeto, a senadora Heloísa Helena (PSOLAL) ameaçou pedir verificação de quórum, ou seja, a contagem de quantos senadores
efetivamente estavam em plenário, sem apenas terem marcado presença.
"A cada meia hora, perdíamos para as campanhas municipais", resumiu o senador Ney
Suassuna (PMDB-PB), relator do projeto, sobre o movimento de saída de Brasília.
Pílula russa que promete curar ressaca causa furor nos EUA (Globo OnLine)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - 14h24 - A "pílula da KGB", composto inventado por um cientista russo
durante a Guerra Fria que promete curar a ressaca, está causando furor nos Estados
Unidos, onde vendeu o equivalente a US$ 2 milhões em um mês. Os fabricantes da
RU-21, nome comercial da pílula, afirmam estar dispostos a vender seu produto em
todos os cantos do planeta.
O composto, que já é comercializado em 12 países, foi criado num laboratório ao sul
de Moscou há mais de três décadas quando Yevgeny Mayevsky desenvolveu uma pílula
a base de vitamina C, hidrocarbonetos e aminoácidos. O composto reduziria a
produção de acetaldeído, uma substância química resultante da metabolização do
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álcool que, além de causar a ressaca, se transforma num pernicioso ácido para o
fígado, o ácido acético. Muitos especialistas, no entanto, se mostram céticos sobre os
supostos benefícios da pílula.
Roche e Protein Design Labs desenvolverão em conjunto Zenapax(R) para
asma (Yahoo)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - A Roche e a Protein Design Labs anunciaram um acordo mundial para
desenvolver e comercializar em conjunto o medicamento Zenapax para combater a
asma e doenças respiratórias relacionadas, com base em dados positivos de fase II
recentes de pacientes com asma de moderada a grave.
Segundo os termos do acordo, a PDL receberá um pagamento adiantado de $17,5
milhões e até $187,5 milhões em incentivos de desenvolvimento e comercialização
para impulsionar o desenvolvimento adicional de daclizumab. A Roche e a PDL vão
desenvolver em conjunto o daclizumab em nível global para o tratamento da asma,
compartilhar despesas de desenvolvimento e promover em conjunto o produto nos
EUA. Fora dos EUA, a PDL receberá royalties sobre o faturamento líquido do produto
para asma.
Aché Laboratórios lança novos medicamentos e investe R$ 3 milhões em nova
campanha (Maxpressnet)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - A OgilvyHealthcare lança no próximo dia 19/09 duas campanhas que
marcam a chegada dos novos medicamentos da Aché Laboratórios ao mercado: o
Flagass (anti-flatulento) e Biofenac Aerosol (analgésico/antiinflamatório). Com
investimentos da ordem de R$ 3 milhões, o laboratório -- presente em 65% dos
municípios do país, com 102 marcas e faturamento de R$ 670 milhões em 2003 -desenvolveu em parceria com a agência uma série de ações de comunicação que
apresentam os novos produtos aos consumidores brasileiros.
Indicado para contusões do dia-a-dia, o Biofenac Aerosol faz sua estréia na mídia com
o objetivo de conquistar a liderança do setor. Muito conhecido pela classe médica, o
medicamento é apresentado como a mais nova opção do mercado em um filme que
aposta na tecnologia para posicionar o medicamento como um
analgésico/antiinflamatório novo, moderno e prático.
O filme intitulado "Campo de Provas" transporta os consumidores ao futuro, mostrando
uma família colocada por um cientista em um campo de provas com obstáculos
formados por objetos e situações do dia-a-dia. Ultrapassar os móveis de uma casa e
até mesmo os buracos da rua formam uma difícil tarefa, nas quais as contusões se
tornam rotineiras e a utilização do Biofenac essencial. O mote "Biofenac Aerosol.
Rápido na dor. Fundo na inflamação" complementam a mensagem da campanha e
destacam as principais características do produto: praticidade e rapidez com efeito
prolongado.
"Quebrando tabus"- Já a campanha de Flagass, medicamento indicado para o alívio do
excesso de gases, inchaço, peso no estômago e fermentação intestinal, teve como
desafio abordar de maneira leve, divertida e muito original um assunto tratado com
certo "tabu" entre as pessoas, o problema de gases. A expectativa do laboratório em
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relação à campanha é conquistar 15% de market share.
Com uma linha de comunicação diferenciada, o filme intitulado "Tuba" é composto por
uma animação criativa deste instrumento musical e destaca que o medicamento atua
de forma segura, promovendo rápido alívio para adultos e crianças baseado no
conceito "Flagass. Uma escolha inteligente".
Ações de marketing promocional serão realizadas para intensificar o posicionamento
das marcas no mercado. Serão distribuídos nos pontos-de-vendas displays, take-ones,
faixas de gôndolas, stoppers e wooblers, todos alinhados de acordo com o tema da
campanha desenvolvida para cada produto. O Flagass contará ainda com uma ação de
ativação da marca, para a qual promotoras demonstrarão aos consumidores o
mecanismo de ação do medicamento, explorando atributos como eficiência, preço e
sabor.
Serra volta a ironizar Marta e cobrar investimentos na saúde (Globes Online)
Jornalista: Flávio Freire
16/09/2004 - 15h48 - Em tom de ironia, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo,
José Serra, disse nesta quinta-feira que a prefeita Marta Suplicy (PT), candidata à
reeleição, não conseguiu sequer cumprir a promessa de "colocar os pingos nos is" nos
problemas da saúde. Após visita à Ong Viva o Centro, Serra ironizou as recentes
declarações da prefeita cobrando dela mais investimentos para o setor.
- Ela tinha dito que ia por os pingos nos is a respeito da saúde. Já que ela não colocou
os pingos nos is, esperava que ela colocasse pelo menos remédios nos postos de saúde
- afirmou o tucano, que voltou a comparar o estilo de Marta ao de Paulo Maluf,
candidato do PP.
Ele evitou falar sobre alianças para o segundo turno. Em palestra a profissionais do
terceiro setor, Serra disse que, se eleito, pretende atrair escolas e universidades para
o centro e transformar a região na Broadway paulistana, reativando cinemas e bares.
Neste momento ele faz palestra para juízes.
Multivacinação acaba amanhã (Correio do Povo)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - A Campanha de Multivacinação, no RS, se encerra amanhã naqueles
municípios que ainda estão imunizando por não terem alcançado a meta proposta de
95% de cobertura vacinal. O secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, explica a
importância da população se conscientizar de que a única forma de prevenir é a
imunização. 'Precisamos manter a poliomielite afastada de nossas crianças. O vírus
continua circulando em outros países. Na África, neste momento, está havendo uma
epidemia da doença.' Quanto ao sarampo, o secretário diz que é um compromisso
erradicar essa doença, que pode causar graves complicações e até mesmo a morte.
Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), contabilizados até dia 9 de
setembro, indicam que a Campanha de Multivacinação no RS, iniciada em 21 de
agosto, imunizou 798.931crianças com menos de cinco anos contra a paralisia infantil
(poliomielite). Isto significa que 94,28% da meta (847.400 crianças) foi alcançada.
Quanto à Vacina Tríplice Viral, contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, foram
aplicadas 582.017 doses em crianças de um a quatro anos, significando 84,09% da
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meta (692.157 crianças).
Sob pressão, Senado veta clone terapêutico (Folha Online)
Jornalista: Luis Renato Strauss
16/09/2004 - 04h43 - A bancada religiosa conseguiu derrubar ontem no Senado o
texto da Lei de Biossegurança que permitiria a utilização de células-tronco
embrionárias obtidas por clonagem para pesquisa. No relatório aprovado ontem pelas
comissões da Casa, no entanto, foi mantida a possibilidade do uso de estoques
congelados de embriões resultantes de fertilização in vitro.
Os embriões são fonte das chamadas células-tronco embrionárias, consideradas uma
grande promessa na medicina por sua capacidade de se transformar em qualquer tipo
de tecido. Os cientistas acreditam que a pesquisa com esse tipo de célula poderá levar
a tratamentos para lesão de medula, problemas cardíacos ou doenças degenerativas
como diabetes e mal de Parkinson.
No relatório do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ficou estabelecido que somente
poderão ser usados "os embriões congelados há três anos ou mais" ou que já estejam
no estoque, "na data da publicação da lei", e completarem três anos ao longo do
tempo.
"O cálculo é que o estoque seja suficiente para cinco anos de estudo", afirmou Lúcia
Vânia (PSDB-GO). "Uma lei desse tipo precisa ser avaliada. Então, a gente fechou o
universo dos embriões que podem ser pesquisados.
Agora, quando tivermos mais domínio sobre esse assunto, a pesquisa e
terapia com embriões, a gente pode avançar no processo", disse.
O inciso que previa a clonagem terapêutica --prática que era vedada na versão
anterior do projeto no Senado-- foi inserido pela própria senadora de Goiás, após
reuniões com cientistas.
A clonagem terapêutica consiste em fundir o núcleo de uma célula adulta com um
óvulo sem núcleo, processo semelhante ao usado para criar a ovelha Dolly. O embrião
produzido por essa técnica se desenvolveria até a fase de blastocisto --uma bola de
cem células-- e seria destruído para a extração das células-tronco.
Entre as vantagens defendidas por cientistas está a possibilidade de criar célulastronco com o material genético do próprio paciente, o que em teoria evitaria a rejeição
do corpo ao tratamento.
O acordo foi firmado na manhã de ontem, após uma reunião entre representantes da
comunidade científica, os senadores a favor da clonagem terapêutica Tião Viana (PTAC), Lúcia Vânia, Tasso Jereissati (PSDB-CE) e os parlamentares contrários Flávio Arns
(PT-PR) e Magno Malta (PL-ES).
A geneticista Mayana Zatz, da USP, participou da reunião. "É óbvio que eu preferiria
que a permissão para a clonagem terapêutica ficasse no texto, porque ela traz
vantagens em relação à utilização dos embriões congelados", disse Zatz à Folha. "Mas,
se o texto for aprovado com o uso desses embriões, considero um avanço, sem
dúvida", afirmou.
Segundo Viana, o acordo agora prevê um debate sobre a clonagem terapêutica no
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Senado. Estão previstas cinco audiências públicas. Após esse debate, poderá ser
encaminhado para votação no Congresso um projeto de lei específico sobre o assunto.
"Nós concordamos com o acordo. A gente não vai fazer terapia celular, até porque
essa tecnologia ainda não está sendo empregada no país", afirmou a bióloga Patrícia
Pranke, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Ela comemorou a
manutenção da pesquisa e terapia a partir de embriões congelados.
"A vitória só virá quando o texto passar na Câmara dos Deputados. Por enquanto, nós
estamos eufóricos e otimistas", disse Pranke.
O texto foi aprovado ontem nas três comissões que analisavam o assunto --Assuntos
Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE) e Constituição Justiça e Cidadania (CCJ).
Agora, ele deve seguir hoje para a votação em plenário no Senado. Se aprovado, o
texto volta para Câmara dos Deputados, onde a utilização de embriões havia sido
vetada.
Aids ameaça estabilidade na Europa, dizem especialistas (Globo OnLine)
Jornalista: Roberta Jansen
16/09/2004 - A estabilidade social e econômica da Europa está sendo seriamente
ameaçada pela epidemia de Aids, alertaram nesta quinta-feira especialistas, em
entrevista ao site da BBC. Aproximadamente 1,8 milhão de pessoas na Europa e Ásia
Central têm o vírus HIV, de acordo com o Programa das Nações Unidas para Aids
(Pnaids) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
As duas instituições asseguram que a epidemia continua se espalhando e que os
governos europeus precisam agir imediatamente. A União Européia, apontaram, tem
uma oportunidade única de trabalhar junto para salvar milhares de pessoas. "Construir
parcerias efetivas é a chave para uma contribuição significativa e sustentável de
conduzir a epidemia de HIV/Aids na Europa", afirmou Jack Chow, diretor da OMS para
HIV/Aids, Tuberculose e Malária.
Cientistas descobrem moléculas ligadas à infertilidade masculina (Globes
Online)
Jornalista: Roberta Jansen
16/09/2004 - 14h51 - Cientistas do Centro de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha
descobriram uma molécula que exerce um papel chave no desenvolvimento do
esperma. O Centro investigava, na verdade, o papel do JAM-C na formação de novos
vasos sangüíneos ao redor de tumores.
O trabalho, publicado na revista "Nature", sugere que defeitos genéticos interferem no
funcionamento da molécula, podendo causar infertilidade ao bloquear a maturação dos
espermatozóides. O estudo foi feito em camundongos, afirmaram os cientistas, em
entrevista ao site da BBC.
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Minas tem mais uma morte de criança que pode ter sido causada por
leishmaniose (Globo OnLine)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - 11h19 - As autoridades de saúde de Minas Gerais suspeitam de uais uma
morte provocada por leishmaniose no estado. O caso agora é o de uma criança na
cidade de Montes Claros, na região norte do estado. De acordo com o setor de
pediatria do Hospital Universitário Clemente Faria, uma menina de 2 anos foi internada
em estado grave no dia 10 deste mês. Na última terça-feira, ela morreu, depois de ter
uma hemorragia.
A criança morava na zona rural de Varzelândia, cidade próxima a Montes Claros. O
caso ainda não foi notificado na Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros. De
acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até a semana passada foram registrados
265 casos da doença no estado e 18 pessoas morreram neste ano de 2004. O controle
sobre a leishmaniose, que também é conhecida como calazar, envolve o exame em
cães e o combate ao mosquito-palha, que transmite a doença ao homem.
Surdez: livro reúne artigos sobre leitura e escrita (Yahoo)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - Antecipando a comemoração do Dia do Surdo (26/09), acontece nesta
terça (21/09), a partir das 18h30, no Auditório das Faculdades Integradas Rio Branco,
a noite de autógrafos do livro Leitura e Escrita no Contexto da Diversidade (Ed.
Mediação). Trata-se de uma coletânea de artigos que discutem as particularidades dos
processos de aprendizagem de alunos surdos na leitura e na escrita, tratando também
da formação de professores e das políticas de inclusão.
O livro foi organizado por Ana Claudia B. Lodi, Katryn Marie P. Harrison e Sandra
Regina L. de Campos, fonoaudióloga da Escola Especial para Crianças Surdas, da
Fundação de Rotarianos.
Na ocasião serão homenageados os deficientes auditivos que contribuíram para a obra:
Ricardo Nakasato, Gisele Rangel, Marianne Rossi Stumpf e Alexandre Jurado Melendez,
aluno do curso pedagogia das Faculdades Integradas Rio Branco e professor da Escola
Especial para Crianças Surdas. Auditório das Faculdades Integradas Rio Branco - sala
Q 01 - Av. José Maria de Faria, 111
Dia Mundial de Alzheimer é celebrado em todo o mundo (MaxPress Net)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - Dia 21 de setembro é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Criado em
1994, pela Organização Mundial de Saúde - OMS, o dia tem o objetivo de ampliar a
conscientização sobre os sintomas da doença, a importância do diagnóstico precoce e
as possibilidades de tratamento. A boa notícia é que quase 11 anos após a criação da
data, a ciência começa a encontrar alternativas para adiar o processo de degeneração
dos neurônios, característica da Doença de Alzheimer, proporcionando melhor
qualidade de vida aos pacientes.
Lançado em 1998 pela Novartis, o Exelon® é o medicamento mais prescrito pelos
médicos brasileiros para a doença, representando 60% do mercado nacional de drogas
destinadas ao controle do Mal de Alzheimer. Outra boa notícia é que, no Brasil, o
Ministério da Saúde regulamentou, em 2002, o atendimento de pacientes com a
enfermidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e criou o Programa de Assistência aos
Portadores do Mal de Alzheimer, que garante acesso gratuito aos medicamentos. O
tratamento do Mal de Alzheimer deve sempre envolver uma equipe multidisciplinar
formada por Neurologistas, Geriatras, Psiquiatras, Fonoaudiólogos e outros
profissionais.
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"O tratamento com Exelon® (rivastigmina) pode adiar o declínio cognitivo e a
progressão da doença da fase moderada à fase grave em até 5 anos, diz o Dr. Marcello
Pedreira, diretor médico da Novartis. É o único medicamento do mercado em sua
categoria que inibe as duas principais enzimas envolvidas na degradação da
acetilcolina - a acetilcolinesterase e a butirilcolinesterase - o que pode explicar a
eficácia de longo prazo do medicamento, completa Dr. Marcello.
Mal de Alzheimer
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta o cérebro e ainda não tem
cura. Ela causa comprometimento da memória, do raciocínio e do comportamento,
atingindo aproximadamente 15 milhões de pessoas em todo o mundo, e de 600 mil a 1
milhão no Brasil. Em geral, o declínio das funções intelectuais ocorre num período de
dois a 10 anos, culminando com a total dependência e até mesmo a morte. Daí a
importância da comercialização de um medicamento que adia o processo de
deterioração dos portadores, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e seus
familiares.
O diagnóstico
Não existe um teste clínico específico que permita a detecção de um diagnóstico
correto da doença de Alzheimer. O diagnóstico é efetuado através de uma boa
conversa com o especialista e de dados clínicos e laboratoriais que ajudam a excluir a
suspeita de outras doenças. O grande desafio da medicina neurológica é o
"subdiagnóstico", ou seja, quando o paciente começa a apresentar alguns dos
sintomas da doença, como: perda da memória de fatos recentes, dificuldade na
execução das atividades domésticas e manuais, desorientação, dificuldade em fazer
contas, em geral, a primeira reação dos familiares é dizer que o "vovô ou a vovô está
ficando velha", eles encaram estes distúrbios de comportamento como normais da
idade e não entendem que devam levar o paciente ao médico. Com o passar do tempo,
quando os familiares percebem que os distúrbios de comportamento estão muito
sérios, é tarde demais, a doença já está em uma fase considerada grave. Por essa
razão é muito importante conscientizar a população de que aos primeiros sinais dos
distúrbios comportamentais da "velhice", os pacientes devem ser submetidos a uma
consulta com especialista, a fim de, se for o caso, iniciar o tratamento rapidamente,
fazendo com que o idoso tenha uma qualidade de vida melhor e por mais tempo, o
que, inclusive, proporciona um melhor convívio social.
Sobre a Novartis
A Novartis é líder mundial em produtos farmacêuticos e consumer health. No ano de
2003, as divisões do Grupo totalizaram USD 24,9 bilhões em vendas e lucro líquido de
USD 5 bilhões. O Grupo investiu aproximadamente US$ 3,8 bilhões em Pesquisa e
Desenvolvimento. Com sua matriz na Basiléia, Suíça, as empresas do Grupo Novartis
empregam aproximadamente 78.500 pessoas em mais de 140 países em todo o
mundo.
Suassuna: Governo tem aval do Congresso para editar MP dos transgênicos
(Globo OnLine)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - 12h55 - O governo federal tem o aval ético e político do Congresso
Nacional para editar medida provisória (MP) que libera o plantio da safra de soja
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transgênica. A avaliação é do relator do projeto de lei de Biossegurança, senador Ney
Suassuna (PMDB-PB):
- A Câmara já tinha aprovado os transgênicos. O Senado também vai aprovar. Então,
se o presidente da República precisar editar uma MP, ele tem o aval do Congresso.
Tem o respaldo ético e político.
Por outro lado, Suassuna lembrou que o ideal seria que a Câmara votasse o projeto de
Biossegurança, sem que fosse necessária a edição de medida provisória.
A possível aprovação da lei de Biossegurança nesta quinta-feira no Senado não
resolverá o impasse da soja transgênica, uma vez que o plantio da safra começa no
próximo mês. O texto do projeto foi modificado pelos senadores e ainda terá que
voltar à Câmara. Hoje, termina o esforço concentrado da Câmara para votar os
projetos considerados prioritários pelo governo. A pauta da Casa está trancada por 11
MPs, que têm prioridade de votação e impedem que outras propostas sejam
apreciadas.
O projeto de Biossegurança trata das normas para pesquisas e plantio de organismos
geneticamente modificados e das pesquisas com células-tronco de embriões para cura
de doenças degenerativas.
Candídiase é uma infecção oportunista (MaxPress Net)
Jornalista: [Indefinido]
16/09/2004 - Aquela coceirinha forte que quase toda mulher tem ou já teve, pode não
ser assim tão inocente. Causada pelo fungo oportunista de nome Candida sp, a
Candidíase se aproveita de indivíduos imunodeprimidos (com baixa imunidade) para se
manifestar. De acordo com a Drª. Elise Nakabayashi, ginecologista do Hospital e
Maternidade São Camilo Ipiranga, ela atinge principalmente as mucosas como boca,
estômago, vagina etc.
A Candidíase vaginal é uma das mais freqüentes e se manifesta pelo aparecimento de
corrimento líquido com placas brancas ou esverdeadas de odor fétido, acompanhado
de prurido (coceira) local e às vezes causando fissuras. "Estas placas podem estar
aderidas à mucosa tanto externa quanto interna", diz a médica.
Embora seja totalmente tratável, a Candidíase vaginal pode ser transmitida ao parceiro
na relação sexual. "O parceiro pode apresentar prurido peniano e, em alguns casos,
lesões vesiculares (bolhas)", afirma a médica. A infecção pode ocorrer em todas as
faixas etárias e em gestantes.
A Candidíase pode indicar também outras doenças. Mulheres diabéticas, por exemplo,
sofrem com a infecção quando há aumento do nível glicêmico, o que propicia um meio
de cultura para os fungos. Já as mulheres portadoras do vírus HIV podem apresentar
incidência maior de Candidíase devido à baixa imunidade causada pela doença.
RECIDIVA - O que mais preocupa as mulheres, segundo a Drª. Elise, é a recidiva, ou
seja, quando os sintomas da Candidíase voltam a aparecer mesmo após o tratamento.
Isto pode ocorrer por diversos motivos:
- Tratamento interrompido ou realizado de forma errada;
- Mulheres que apresentaram infecção e tiveram de fazer uso de antibióticos;
- Uso de corticóides por tempo prolongado;
- Etiologia sazonal: um clima quente e chuvoso torna a vagina mais quente e úmida
causando proliferação dos fungos;
- Período pré-menstrual, quando ocorre discreto declínio da imunidade no organismo;
- Stress emocional causando pela alimentação deficiente, insônia e desgaste físico e
mental;
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- Uso de vestimentas apertadas e de material sintético como nylon deixam a vagina
abafada e úmida.
TRATAMENTO - O tratamento para combater a infecção consiste em medicamentos de
ação sistêmica (comprimido via oral) e de ação local (cremes vaginais). Nos casos em
que o tratamento não teve resposta satisfatória, deve-se adotar medicação de amplo
espectro. "O parceiro também deve receber tratamento para evitar recidiva", afirma a
médica.
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