Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA Coordenação Geral de Apoio Laboratorial - CGAL Manual de Métodos de Análises de Bebidas e Vinagres Fermentados Alcoólicos DERIVADOS CIANADOS Método 37 1. MÉTODO Colorimétrico. 2. PRINCÍPIO Obtenção por hidrólise ácida e separação por destilação do ácido cianídrico livre total da amostra. Reação com cloramina T e piridina e determinação colorimétrica do dialdeído glutacónico formado, graças à coloração azul que este produz com o ácido 1,3dimetilbarbitúrico. 3. MATERIAL 3.1 EQUIPAMENTO a) Espectrofotômetro. b) Cubetas de vidro com 20 mm de percurso óptico. c) Banho de água termostatizado a 20 °C. d) Aparelho de destilação utilizado para determinação do grau alcoólico. 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES a) Ácido fosfórico (H3PO4 ) a 25 % (m/v). b) Solução de cloramina T ( C7H7ClNNaO2S.3H2O) a 3 % (m/v). c) Solução do ácido 1,3-dimetilbarbitúrico: dissolver 3,658 g de ácido 1,3-dimetilbarbitúrico (C6H8N2O3) em 15 ml de piridina e 3 mL de ácido clorídrico ((d 20 = 1,19 g/mL) e completar o volume até 50 mL com água destilada. d) Cianeto de potássio (KCN). e) Solução de iodeto de potássio (KI) a 10 % (m/v). f) Solução 0,1 M de nitrato de prata (AgNO3). Atenção: Respeitar as normas de segurança para a manipulação de produtos químicos (cloramina T, piridina, cianeto de potássio, ácido clorídrico e ácido fosfórico). Descartar os produtos usados de forma compatível com as regras e a regulamentação aplicáveis em matéria de proteção do ambiente. Tomar precauções especiais com o ácido cianídrico liberado na destilação da amostra acidificado. 3.3 VIDRARIA E OUTROS MATERIAIS a) Balões volumétricos de 50 e 300 mL. b) Pipetas de 1, 2, 3, 4, 5, 10, 25 e 50 mL. c) Balão de destilação de 500 mL com boca esmerilhada. d) Balão de fundo chato de 50 mL. 4. PROCEDIMENTO 4.1 DESTILAÇÃO Pipetar 25 mL de vinho, 50 mL de água destilada, 1 mL de ácido fosfórico e algumas pérolas de vidro num balão de destilação, e colocá-lo imediatamente no aparelho de destilação. Recolher 30-35 mL do destilado em um balão volumétrico de 50 mL, já com 10 mL de água e imerso em Edição: 1 Revisão: 0 Página 1 de 2 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA Coordenação Geral de Apoio Laboratorial - CGAL Manual de Métodos de Análises de Bebidas e Vinagres Fermentados Alcoólicos DERIVADOS CIANADOS Método 37 água gelada. Lavar a extremidade do condensador com alguns mililitros de água destilada, completar o volume a 20 °C com água destilada. 4.2 DETERMINAÇÃO Pipetar 25 mL de destilado num balão de fundo chato de 50 mL com tampa esmerilhada, adicionar 1 mL de solução de cloramina T e vedar hermeticamente. Transcorridos exatamente 60 segundos, adicionar 3 mL de solução de ácido 1,3-dimetilbarbitúrico, vedar hermeticamente e deixar em repouso durante 10 minutos. De acordo com o manual do equipamento, selecionar o comprimento de onda de 590 nm e zerar o equipamento com o branco (25 mL de água destilada tratada da mesma forma que o destilado) para a leitura. 4.3 TITULAÇÃO ARGENTIMÉTRICA DO CIANETO DE POTÁSSIO Num balão volumétrico de 300 mL, dissolver cerca de 0,2 g de KCN , pesados com exatidão, em 100 mL de água destilada. Adicionar 0,2 mL de solução de iodeto de potássio e titular com a solução 0,1 M de nitrato de prata até a obtenção de uma coloração amarelada estável. Calcular o título desta solução de KCN, sabendo que 1 mL de solução 0,1 M de nitrato de prata correspondem a 13,2 mg de KCN. 4.4 CURVA DE CALIBRAÇÃO Conhecido o título de KCN determinado em 4.3, preparar uma solução-padrão de ácido cianídrico com a concentração de 30 mg/l (30 mg de HCN = 72,3 mg de KCN). Diluir esta solução 1:10. Pipetar 1, 2, 3, 4, e 5 mL da solução-padrão diluída em balões volumétricos de 100 mL e avolumar. A concentração de ácido cianídrico nas soluções preparadas é, respectivamente, 30, 60, 90, 120 e 150 µg/L. Pipetar 25 mL das soluções assim obtidas e prosseguir conforme descrito em 4.1 e 4.2. Os valores de absorvância obtidos para estas soluções-padrão em função dos teores de ácido cianídrico correspondentes definem uma reta com ordenada na origem. 5. CÁLCULOS E EXPRESSÃO DO RESULTADO Obter o teor de ácido cianídrico através da curva de calibração. Se ocorrerem diluições, multiplicar o resultado pelo fator de diluição. O teor de ácido cianídrico é expresso em microgramas por litro ( µg/L), sem decimais. REFERENCIA REGULAMENTO (CE) Nº 761/1999 DA COMISSÃO de 12 de Abril de 1999. Edição: 1 Revisão: 0 Página 2 de 2