Semiotécnica • Histórico PROPEDÊUTICA CARDIOLÓGICA Anamnese A Antecedentes pessoais i e familiares f ii Queixa principal •Inspeção • Palpação Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle • Ausculta Análise de um sintoma • Início: gradual, súbito Semiologia cardiovascular Sintomas mais freqüentes: • Freqüência - Dispnéia • Intensidade - Dor ou desconforto torácico • Evolução: contínua, intermitente, melhorando, inalterado - Cianose - Síncope ou tonteiras • Manifestações associadas Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca - P l it õ Palpitações - Edema 1 Dispnéia - ¨Sensação de falta de ar, cansaço, fôlego curto curto¨¨ - Dispnéia – Classificação da NYHA I – Atividades ordinárias não causam dispnéia anormal quando ocorre em repouso ou para atividades que não II – Limitação leve da atividade física – atividades ordinárias causam dispnéia – confortáveis em repouso causavam - Causas cardíacas, pulmonares, caixa torácica, ansiedade - Edema pulmonar, disfunção do VE, estenose mitral - Súbita: TEP, pneumotórax, EAP, pneumonia ou obstrução de VA - ICC CC crônica: ô i desenvolvimento i progressivo i de dispnéia i éi aos esforços f - Funcional: somente em repouso e não nos esforços - Crises de pânico: associada à hiperventilação III – Limitação marcante das atividades físicas. Atividades menores que as ordinárias causam dispnéia – confortáveis em repouso IV – Incapacidade de realizar quaisquer atividades sem dispnéia – sintomas mesmo em repouso Dor torácica - Causas cardíacas e não cardíacas (aorta, artéria pulmonar, árvore brônquica, pleura, esôfago, diafragma, parede torácica, músculos, ú l pele, l junções j õ costocosto-condrais, d i medular d l espinhas, i h órgãos subdiafragmáticos) Síncope • Súbita e transitória perda de consciência e tônus postural, com recuperação espontânea, espontânea por redução da perfusão cerebral.. cerebral – Localização, irradiação, características, o que provoca e o que alivia, duração, freqüência, recorrência, situações em que ocorre, sintomas associados. Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca 2 Síncope – causas vasculares Síncope – causas cardíacas Arritmias (TV, BAV), estenose aórtica, TEP maciça - Hipotensão ortostática: queda de 20 mmhg na PAS ou de 10 mmhg na PAD dentro de 3 minutos de ortostatismo. - Sintomas: tonteiras, visão turva, fraqueza, tremores e síncope, mais Síncope – causas neurológicas freqüentes de manhã, após exercícios ou refeições, especialmente em idosos. Enxaqueca, AIT, convulsões Drogas (vasodilatadores ou depletores de volume). Síncope – causas metabólicas Hipoglicemia, hiperventilação, distúrbios psiquiátricos Palpitações - Sensação desagradável de um batimento cardíaco mais forte ou mais rápido rápido.. ¨Arranque, pulo, batedeira¨ batedeira¨. - Importante avaliar início e fim, temporalidade, fatores desencadeantes, sintomas associados, regularidade Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca A palpitação ocorre? Se sim, suspeitar Como saltos ou arrancos isolados Extrassístoles Ataques c/ início abrúpto, FC: 120, regulares ou não Taqui paroxística Independentes dos esforços FA,flutter, anemia, febre, ansiedade Em ataques rápidos, independentes dos esforços Hemorragia, hipoglicemia, tumores adrenais Concomitantes ao uso de drogas Fumo, café, álcool, chá, efedrina, amnofilina Em pé Hipotensão postural Mulheres de meia idade, com sudorese Climatério Freqüência normal e rítmo regular Ansiedade 3 Inspeção e Palpação Inspeção e Palpação a)Vascular • Realizados simultaneamente • Pesquisa por abaulamentos Endurecimento e tortuosidades b) Edemas c) Tipo de tórax • Pesquisa do ictus cordis: localização, extensão, intensidade, mobilidade, mobilidade ritmo e freqüência Ictus cordis • Sua localização varia de acordo com o biótipo do paciente • Mediolíneos Mediolíneos:: linha hemiclavicular esquerda (LHE) com 4° 4° ou 55°° espaço intercostal • Brevelíneos Brevelíneos:: 2 cm lateralmente a LHE no 4° 4° espaço 5° espaço • Longelíneos Longelíneos:: 1 a 2 cm medialmente a LHE no 5° • Seu deslocamento indica dilatação e/ou hipertrofia do VE, Ictus cordis • Sua palpação e visualização fica praticamente imposível: • Portadores de enfisema pulmonar • Obesos • musculatura muito desenvolvida • Grandes mamas • Mesmo em pacientes normais pode não ser visível como na estenose aórtica, insuficiência aórtica, mitral e HAS Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca 4 Ictus cordis Ictus cordis • Em pacientes com: • Escoliose A- normal • tórax infundibiliforme B- Hipertrofia de VD • derrame pleural C- leve hipertrofia de VE • Elevação do diafragma (ascite, obesidade) D- Hipertrofia e dilatação O deslocamento do ictus cordis não indica hipertrofia ou de VE dilatação do VE. Palpação arterial - Pulso Artérias:: radial, braquial, carótida, femoral. Artérias femoral. Observar:: Observar • Ritmo – Arritmia sinusal: sinusal: alternância de pulsações ora rápidas ora lentas – Extra Extra--sístole sístole:: comum, não indica necessariamente lesão cardíaca • Freqüência F üê i : 60 a 100 Freqüência: – Taquidardia – Bradicardia Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca 5 Pressão arterial Pressão arterial Pressão Sistólica (ou máxima) – Pressão que se desenvolve durante a ejeção, determinada por: PRESSÃO = Fluxo X Resistência - VOLUME SISTÓLICO DO VE Pressão arterial – mmHg onde 1 mmHg = 13,6 mm H2O 1 atm = 760 mmHg - VELOCIDADE DE EJEÇÃO - ELASTICIDADE DA AORTA 1mm Hg = 0,133 kPa PA de 120X70 = 16/9,3 kPa deve--se ao esvaziamento da Pressão diastólica (ou mínima) – deve árvore arterial para a rede capilar durante a diástole e depende: - NÍVEL DE P DURANTE A SÍSTOLE - RESISTÊNCIA PERIFÉRICA - DURAÇÃO DA DIÁSTOLE (freqüência cardíaca) Pressão arterial média Determinação da Pressão arterial - Métodos esfigmomanométricos - Método não invasivo - Média da PA durante o ciclo cardíaco; como a sístole é mais - Método invasivo curta, a PAM é menor que a média aritmética entre a sistólica e a diastólica PAM = PAD + ((PAS PAS – PAD) PAD) 3 ou PAM = PAS + 2 PAD 3 Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca 6 Ausculta cardíaca • Ambiente de ausculta Pressão arterial sistólica Pressão arterial diastólica < 130 mmHg < 85 mmHg Pressão arterial nomal nomal--alta 130 130--139 8585-89 Hipertensão (ligeira) fase 1 140140-159 9090-99 Hipertensão (moderada) fase 2 160160-179 100100-109 Hipertensão (grave) fase 3 180 180--209 110110-119 ≥ 210 ≥ 120 Categoria Pressão arterial normal Hipertensão (muito grave) fase 4 Erros comuns • Posição do paciente e do examinador • Instrução adequada ao paciente • Escolha correta do estetoscópio • Aplicação correta do estetoscópio • Relação com a respiração Focos de ausculta cardíaca • Foco mitral (FM): 4° ou 55°° espaço intercostal E na linha hemiclavicular, corresponde ao ictus cordis 2° espaço intercostal E junto ao esterno • Foco pulmonar (FP): (FP): 2° • Foco aórtico (FAo): (FAo): 2° 2° espaço intercostal D junto ao esterno • Foco F tricúspide t i ú id (FT): (FT): ligeiramente li i t aEd do processo xifóide ifóid Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca 7 Posições para ausculta cardíaca Bulhas cardíacas Bulhas cardíacas • 1° Bulha: Bulha: fechamento das válvulas atrioventriculares (mitral e • 2° Bulha: Bulha: fechamento das válvulas semilunares (aórtica e tricúspide) pulmonar) • Início da sístole ventricular • Início da diástole ventricular •Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo • Representada pela expressão TÁ • Timbre Ti b mais i grave • Desdobrada D d b d pela l expressão ã TLÁ • Tempo de duração maior que da 2° 2° bulha • Representada pela expressão TUM Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca 8 Bulhas cardíacas Intensidade das bulhas cardíacas • 3° Bulha: Bulha: Ruído de baixa freqüência, observada em crianças e adolescentes, raramente em adultos. Enchimento ventricular • Normofonético: normal rápido durante a diástole - TU • 4° Bulha: Bulha: Ruído débil que ocorre no fim da diástole, ouvida em crianças a adultos jovens. Sempre patológica Normal • Hipofonético: reduzido • Hiperfonético: aumentada • Ritmo Rit d de galope: l aparecimento i t da d 3° 3° e 4° 4° bulhas b lh 3° Bulha Variações de intensidade da 11°° bulha Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca Variações de intensidade da 22°° bulha 9 Alterações na ausculta cardíaca • Sopro Sopro turbilhonamento sangüíneo • Ocasionado por : Atrito pericárdico São ruídos de duração relativamente prolongada, que podem – Aumento A t da d velocidade l id d sangüínea üí ocorrer tanto na sístole como na diástole, diástole concomitantemente – Estreitamento das valvas (estenose) ou de modo isolado, sendo descritos como sons rudes ou ásperos – Insuficiência ou regurgitação valvar – Estreitamento vascular à ausculta, e estão relacionados ao contato das camadas visceral e parietal do pericárdio, envolvidas por um processo • Classificação: Classificação Cl ifi ã : – Suave = + – Moderado = ++ – Forte = +++ – Muito forte = ++++ inflamatório. Normal Et Estenose aórtica ó ti Estenose pulmonar Estenose mitral Insuficiência aórtica Prolapso mitral Comparação entre dois métodos de retirada do suporte ventilatório em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca 10