Efeitos respiratórios da espirometria de incentivo e do breath

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ID468
Efeitos respiratórios da espirometria de incentivo e do breath-stacking no pós-operatório de
cirurgia cardíaca
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Dayane Lopes Coelho, Tatiane Guedes Belisário, Liliane Ferreira de Souza, Fernanda dos Santos
Zacheu, Juliana Flávia de Oliveira, Fernando Silva Guimarães, Sara L. Silveira de Menezes,
Cristina Márcia Dias
Contextualização: As complicações respiratórias acarretam aumento da morbidade e da
mortalidade no pós-operatório de cirurgia cardíaca. A fisioterapia é utilizada no tratamento dessas
complicações, no entanto, ainda faltam evidências acerca dos benefícios das técnicas utilizadas.
Objetivo: Comparar o volume mobilizado e a função muscular respiratória durante a realização da
espirometria de incentivo e do breath-stacking no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Método: Foi
realizado ensaio clínico cruzado e randomizado. Dez pacientes foram orientados a inspirar
profundamente através do espirômetro de incentivo (Voldyne) e a realizar esforços inspiratórios
sucessivos pela máscara facial adaptada para realização da manobra de breath-stacking. Para
registro da atividade eletromiográfica, eletrodos de superfície foram colocados na região cervical,
no 1/3 proximal da clavícula e costal inferior para monitorização do esternocleidomastóideo, do
escaleno e do diafragma, respectivamente. Cada técnica foi realizada durante vinte segundos, no
segundo dia de pós-operatório, com intervalo de uma hora entre cada técnica. Um ventilômetro de
Wright registrou o volume inspiratório. Os resultados foram avaliados através do Teste t pareado, e
a significância estatística foi considerada quando p<0,05. Resultados: O volume inspiratório
mobilizado durante o breath-stacking foi significativamente maior do que durante a espirometria de
incentivo (2,52±0,24 versus 1,76±0,13, p=0,005). Não houve significância estatística entre valores
de RMS (Root Means Square) dos músculos esternocleidomastóideo (p=0,32), escaleno (p=0,19) e
diafragma (p=0,35), obtidos durante a execução das técnicas. Conclusão: Houve maior mobilização
de volume inspiratório durante a realização da manobra de breath-stacking, sendo o padrão de
atividade muscular respiratória similar em ambas as técnicas.
Palavras-chave: fisioterapia respiratória; cirurgia cardíaca; complicações pós-operatórias.
Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 422
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